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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Bagunça não é sinônimo de democracia

O patrimônio público é o alvo preferido dos baderneiros Black Blocs


Luís Alberto Caju

 Algumas pessoas confundem democracia com bagunça. Acreditam poderem tomar qualquer tipo de atitude nociva ao bem comum sob o manto da liberdade de expressão. Iguais às crianças que derrubam as louças da mesa, as panelas do fogão, pulam sem cessar sobre o sofá da sala, abrem a torneira da pia do banheiro e fazem “chuveirinho” com água. Imaginam viver num mundo sem regras. Não é assim.

 Numa sociedade o direito das pessoas termina onde começa o das outras. Mesmo o bilionário, dono de um apartamento de 600 m², não pode ouvir música em alto volume, realizar festas em sua casa, incomodando os vizinhos. Precisa obedecer a regras. O campeão mundial de Fórmula 1, Sebastian Vettel, nas ruas da Alemanha, onde nasceu, precisa aguardar a abertura do semáforo para continuar transitando.

 O jatinho executivo só decola no aeroporto após receber autorização da torre de controle. Mesmo que dentro dele estejam homens poderosos politicamente e financeiramente. São essas leis, algumas nem existentes no papel, que regem a democracia. Com as pessoas sabendo até onde poder ir, sem prejudicar o direito dos outros.

 Porém no Brasil, desde o final do primeiro semestre de 2013 essa situação sofreu inversões. Sob argumento de combate à corrupção, milhares de manifestantes tomaram ruas e avenidas de diversas cidades em protesto contra os desmandos reinantes neste País. No começo tudo prosseguia em ordem, até a entrada de baderneiros, mascarados, adotando a triste tática de destruir o patrimônio público.

 Depois elegeram a imprensa como alvo de seus ataques, agredindo jornalistas, alegando que os veículos de comunicação colocavam nos telejornais, portais, programas de rádio e páginas de revistas e jornais mentiras a respeito do movimento. Agiam de forma semelhante às nações totalitárias, como Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, Irã, onde não há imprensa livre.

 Para piorar, alguns adolescentes, inflamados e carentes de informações políticas adotaram o mesmo discurso, transformando as manifestações em cenário de bagunça e destruição. Quando reprimidos pela polícia, alegam cerceamento da liberdade, como se democracia fosse a senha para quebrar o patrimônio público visando descarregar suas frustrações.

 Os canalhas e criminosos do grupo de baderneiros autodenominados Black Blocs alegam que a depredação de imóveis comerciais é uma crítica ao capitalismo, sistema segundo eles, responsável pela miséria de milhões no mundo. Caso seja feita rigorosa triagem nessa corja de desocupados, a maioria tem pais endinheirados, nunca sofreram o flagelo da fome, precisaram trabalhar desde criança para manter o sustento da casa ou sentiram a dor e vergonha de morar em regiões da cidade onde o cidadão precisa abaixar a cabeça para as leis draconianas impostas pelo crime organizado.

 São rebeldes sem causa. Adoram destruição para saciar a sede de sair na mídia, que tanto criticam. Passam grande parte do dia visitando as páginas das redes sociais, visto que ficam longe de algo chamado emprego, onde pessoas de bem produzem para levar o salário para casa e manter uma vida digna.

  Esses criminosos, pois dois deles foram responsáveis pela morte do cinegrafista da Band TV, Santiago Andrade na segunda-feira (10), desconhecem o significado da palavra democracia. De defender seus direitos, até de forma calorosa, mas ciente de que eles chegam ao fim, onde começa os das demais pessoas. Ou seja, democracia não é sinônimo de bagunça.


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