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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Deputada sugere grupo permanente para combate ao doping no esporte



A Comissão do Esporte da Câmara realizou audiência pública para discutir o assunto na quarta-feira (12)
Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o doping no esporte, um assunto de saúde pública
Audiência pública reuniu representantes de entidades esportivas
A deputada Flávia Morais (PDT-GO) propôs a criação de um grupo de trabalho permanente com a participação de entidades esportivas para combater o doping no esporte. Ela é autora do pedido para realização de audiência pública sobre o assunto, realizada nesta quarta-feira (12) na Comissão do Esporte.
"Nós estamos aqui encampando essa discussão na Câmara no sentido de trazer uma segurança maior para muitos jovens que não conhecem o mal que o uso indiscriminado dessas substâncias pode trazer para a sua saúde no curto e no longo prazo", declarou.
A coordenadora Geral da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Adriana Taboza, destacou que o objetivo do controle de dopagem é justamente garantir que as competições sejam realizadas de forma justa com igualdade entre seus participantes.
Taboza informou que nos últimos três anos o órgão realizou campanhas educativas para 223 mil atletas, familiares, treinadores e outas pessoas envolvidas no treinamento e acompanhamento das competições. Além disso a entidade mantém um laboratório no Rio de Janeiro para a realização dos exames antidoping.
Anabolizantes
Flávia Morais afirmou que a discussão é importante principalmente no fisiculturismo onde a forma muscular garante pontos para os atletas.

O médico Eduardo de Rose alertou para os riscos à saúde causados pelo uso de anabolizantes. Referência brasileira no mundo no combate ao doping, de Rose reafirmou a necessidade de campanhas ostensivas sobre os prejuízos à saúde no uso desses produtos, uma vez que a prática tem se disseminado por todo o País.

"Pesquisas mostram que já há um uso de anabólicos nas escolas secundárias para ter um físico mais bonito que possa sensibilizar uma garota. A gente vai para as academias e vê um uso de anabólicos em virtude dessa busca moderna desse físico perfeito, a gente vê nos esportes recreativos muito uso e a gente também vê em esporte profissional que é praticamente o único local que a gente detecta o uso do doping", relatou.

O presidente da Confederação Brasileira de Musculação, Fisiculturismo e Fitness, Maurício de Arruda, afirmou que a confederação vem tomando providencias para coibir o uso de anabolizantes e outras drogas pelos fisiculturistas.

Arruda destacou que a confederação mudou a arbitragem e novas categorias de competição foram criadas como forma de garantir um ambiente de competição mais saudável, mas reconhece que ainda existem campeonatos que são realizados no Brasil por entidades que não atendem às determinações de combate ao doping.

Dificuldades

O representante da Organização Nacional das Entidades de Desporto, Humberto Panzetti, chamou a atenção para a dificuldade que as entidades ligadas aos esportes não olímpicos têm no acesso a exames antidopping, que custam em média R$ 2 mil, dificultando a análise dos atletas nas competições.

"Para uma entidade pequena num esporte que não tem as fontes de receitas essas estão fadadas a não fazer e muitas vezes estão sendo crucificadas por isso”, revelou. Ele também reclamou da falta de amparo do setor público. “E pior estamos caindo na questão da marginalidade", lamentou.

Sedentarismo é o pavio de pólvora da diabetes



Relação entre sedentarismo e diabetes 

Redação/Hourpress

Já parou para pensar que com o passar dos anos, a sociedade tem se moldado para ficar cada vez mais acomodada e evitar movimento? Esse é um fator que acompanha a humanidade há séculos.  

Desde a antiguidade, os homens deixaram de ser nômades, criando aldeias e, posteriormente, civilizações. Estudos indicam que existem quatro cadeiras para cada habitante. Sendo assim, com sete bilhões de pessoas no mundo, são cerca de 28 bilhões de cadeiras.  

O estilo de vida também é alterado com as inovações de dispositivos que visam facilitar o cotidiano e, ao mesmo tempo, auxiliam no crescimento do sedentarismo. O surgimento de um simples controle remoto, por exemplo, ocasionou a perda da obrigação de se levantar do sofá para mudar de canal. 

“Práticas mais atuais como o home-office, que exclui a necessidade de se deslocar, também é um grande fator que contribui para o aumento desse quadro sedentário”, comentou a endocrinologista Lívia Porto.  

A definição de sedentarismo diz respeito à prática de atividades físicas leves inferiores a 150 minutos por semana. Realizar exercícios diariamente promove inúmeros benefícios para o metabolismo, sistema hemodinâmico, neurotransmissores, sistema cardíaco e pulmonar.

 Além disso, dados indicam que indivíduos ativos apresentam o aumento da endorfina que ajuda na proteção de doenças mentais, “Há também a redução das enzimas inflamatórias, fazendo um efeito de defesa contra o desenvolvimento de câncer”, completa Lívia.  

Da mesma maneira que ser ativo traz muitas melhorias, a inatividade física pode acarretar diversos problemas. O sedentarismo retém um impacto negativo em vários casos de doenças orgânicas, entre elas a diabetes. A ligação entre ambos os termos requer atenção. 

O termo correto é Diabetes Mellitus, uma enfermidade caracterizada pela redução, ou dificuldade, na produção de insulina que, por sua vez, é responsável por consumir o açúcar proveniente do consumo de carboidratos, resultando em energia. Nesse contexto, há o aumento do risco de lesões vasculares como AVC e infarto.  

Existem três formas da doença, sendo a conhecida como “Tipo 2” a que detém uma relação próxima com o sedentarismo, já que seu aparecimento está correlacionado ao estilo de vida adotado. A pessoa sedentária tem uma redução do consumo de açúcar no organismo, sobrecarregando as células pancreáticas, e a diminuição da sensibilidade do corpo à insulina, gerando resistência. Dessa forma, a longo prazo, o indivíduo pode apresentar diabetes.  

Segundo a especialista, essa substância é fundamental para o ser humano. A base da alimentação da maioria da população brasileira está nos carboidratos e estes, por sua vez, são a origem da energia necessária para a realização das atividades diárias. “A falta de insulina leva a impossibilidade de converter açúcares em energia e, por isso, um dos sintomas do diabetes descompensado é a perda de peso”, pontuou.  

O estímulo à atividade física funciona como um aliado ao combate do crescente sedentarismo e, consequentemente, auxilia na conscientização da diabetes. A pessoa ativa apresenta melhora na sensibilidade e no controle da insulina.  

Especialistas como os endocrinologistas têm um importante papel na conscientização e prevenção por estarem ligados ao tratamento de doenças metabólicas diretamente impactadas pela questão da prática de exercícios. 

Lívia afirma ainda que, a família é indispensável na criação de um estilo de vida saudável “Os pais devem influenciar no desenvolvimento do hábito de exercitar-se. Ao praticarem atividades físicas e promoverem lazer ao ar livre, há a redução das chances dessa criança ser um adulto sedentário no futuro”.  

Você sabia que a Polineuropatia Amiloidótica Familiar pode te matar?



Neurologistas de todo o Brasil em campanha para alertar médicos e cidadãos sobre doença rara e mortal   

Redação/Hourpress
A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) inicia campanha nacional para conscientizar os cidadãos sobre uma doença genética rara conhecida como PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar ou Paramiloidose. A ação também visa disseminar informações para a própria classe médica, já que muitos sintomas são também comuns a outros males, dificultando diagnóstico e tratamento adequado. 

Brasília será sede de uma dessas ações. A partir das 9 horas, o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal fornecerá palestras para pacientes do ambulatório.  

Dra Ingrid Faber, neurologista especialista em doenças neuromusculares pela Unicamp, acredita que o evento é essencial “É importante conscientizar e possibilitar o diagnóstico precoce de uma doença grave e potencialmente fatal, que possui opções de tratamento.”, acrescentou.  
A PAF é popularmente chamada de “doença dos pezinhos”. Isso 
porque, na polineuropatia, os pés acusam a consequências primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa. Como sintoma inicial também pode haver perda involuntária de peso.

 Em seguida os sintomas acometem as mãos e braços e ocasionam também fraqueza e atrofia, muitas vezes com perda da capacidade de deambular. O acometimento do sistema nervoso autonômico é outra característica da doença, gerando sintomas como diarreia, incontinência urinária, disfunção sexual, boca seca e turvação visual. 

Além do sistema nervoso periférico pode afetar outros órgãos, como coração, rins e olhos. O pico de início da doença ocorre entre 25 a 33 anos, podendo levar a morte cerca de 10 a 15 anos após o início dos sintomas.  

Mais comum em descendentes de portugueses (onde a  prevalência pode chegar a 1 caso a cada 1000 habitantes) estima-se que a PAF seja subdiagnosticada no Brasil. É decorrente de uma variante patogênica (mutação) no gene que produz a proteína transtirretina (TTR), a proteína anormal não pode ser adequadamente degradada pelo organismo se acumulando nos tecidos, onde é chamada de amilóide.  

São centenas mutações no gene TTR que podem levar à doença. Comumente, os portadores brasileiros manifestam a predominante também entre os portugueses, a V30M. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública. Até então, a única opção de tratamento modificador de doença era o transplante de fígado.  

Mundialmente, junho é destacado como Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista lusitano Mário Corino da Costa Andrade, falecido no dia 16/ano 2005, seu descobridor nos idos de 1950.  

Você sabe o que é congelamento de óvulos?



Recentemente, a cantora Paula Fernandes, que tem 34 anos e está solteira, anunciou que pretende congelar seus óvulos


Redação/Hourpress

Uma tendência mundial e também no Brasil, envolve o avanço da idade das mulheres que buscam a gravidez. Cada vez mais independentes, com sonhos, profissões renomadas e com a agenda cheia de compromissos, as mulheres brasileiras estão optando pela gravidez tardia, geralmente a partir dos 35 anos, e fazem crescer a procura por congelamento de óvulos nas clínicas de reprodução humana.

Recentemente, a cantora Paula Fernandes, que tem 34 anos e está solteira, anunciou que pretende congelar seus óvulos. "Vou fazer porque é necessário. É um conforto pra gente", disse. "Filhos são resultado de uma relação bem-sucedida". 

Para explicar mais detalhes sobre esse procedimento que vem despertando o interesse de diversas pacientes, e não só da cantora,  o médico mestre em Reprodução Humana pela Universidade Autonoma de Barcelona e Doutorando em Ginecologia e Obstetrícia pela UFMG, Dr. Matheus Roque explica mais detalhes sobre o congelamento de óvulos, um procedimento muito procurado nas clínicas onde atua no Rio de Janeiro e em São Paulo, que é utilizado por mulheres em idade reprodutiva com o objetivo de preservar o seu potencial fértil.

 “A criopreservação refere-se ao processo de resfriamento celular à temperaturas abaixo de 0ºC com o objetivo de parar todas as atividades biológicas celulares preservando-as para utilização futura. O advento da técnica de vitrificação oocitária talvez tenha sido um dos passos mais importantes dados pela medicina reprodutiva nos últimos anos. Atualmente, ela possibilita a manutenção da autonomia reprodutiva feminina, tornando possível para a mulher preservar seu potencial reprodutivo, seja por indicação médica ou desejo pessoal”, explica o médico que também venceu o GFI (Grant for Fertility Innovation), em 2017, considerado o maior prêmio de reprodução humana do mundo.

Quem pode fazer?
O congelamento de óvulos é indicado para mulheres que desejam postergar ou não tenha definido se desejará uma gestação no futuro.  A idade ideal para isso acontecer é abaixo dos 35 anos, apesar de não existir uma contraindicação sobre esse fator. Mesmo feito esse procedimento, há também a chance da mulher ter uma gravidez de forma natural, mas se isso não ocorrer, esses óvulos podem ser utilizados para uma reprodução assistida.
Com o passar dos anos, o relógio biológico feminino diminui a quantidade e a qualidade dos óvulos que a mulher possui, uma vez em que ela já nasce com todos os óvulos que terá durante toda a sua vida, até que chegue um certo limite e entre em menopausa.

“Talvez ainda mais importante que a diminuição da reserva ovariana esteja o fato da piora da qualidade oocitária, que também ocorre com o passar dos anos. Esta piora leva a uma menor chance de gravidez, maiores riscos de abortamentos, malformações e síndromes com o avanço da idade. Estas alterações passam a ser mais significativas após os 36 anos de idade”, salienta o especialista.

O congelamento de óvulos não tem prazo de validade, como por exemplo,  recentemente, a imprensa noticiou o caso de uma mulher americana de 26 anos, que deu a luz à um embrião (óvulo e espermatozoide fecundados) congelado em 1992, há 24 anos. Assim que passou por esse procedimento, o óvulo mantém as suas características e não envelhece.

“O objetivo do congelamento de óvulos é mostrar claramente às mulheres que as chances de gravidez de maneira natural ou com tratamentos caem drasticamente com o avançar da idade. Assim como ocorre um aumento no risco de aborto e de doenças genéticas com o avançar da idade. Porém, existe uma tendência mundial em que as mulheres estão adiando o momento para iniciarem a tentativa de engravidar. Isso faz com que as chances de gravidez diminuam e que aumente o número de pacientes inférteis. E a única maneira de tentar evitar os danos que a idade causa sobre o potencial reprodutivo da mulher, é através da Preservação de Fertilidade - congelamento de óvulos ou embriões”,  enfatiza.

Mulheres com histórico de menopausa precoce entre os familiares e mulheres que desejam conservar sua fertilidade são aconselhadas a fazerem o congelamento de óvulos. Quem está em tratamento de câncer apresenta um risco aumentando a insuficiência ovariana ou menopausa precoce e também pode congelar seus óvulos para uma futura gestação.
“Os tratamentos oncológicos, principalmente a quimioterapia e radioterapia podem causar um dano aos ovários das pacientes e levar à diminuição da reserva ovariana, levando a uma antecipação da menopausa nestas pacientes. Assim, todas as pacientes em idade reprodutiva que irão submeter-se a tratamentos oncológicos têm a indicação formal de realizarem um tratamento de preservação de fertilidade - congelamento de óvulos/embriões - antes de submeterem-se aos tratamentos oncológicos”, ressalta Roque.

Como funciona?
A paciente passa por uma estimulação hormonal, recebendo uma alta carga de hormônios para estimular o amadurecimento de diversos óvulosdurante o período de estímulo, que dura em média 9-10 dias. Dois dias após o último dia do estímulo é realizada a captura dos óvulos guiada por uma ultrassonografia transvaginal, procedimento no qual uma agulha é introduzida através do fundo vaginal até os ovários, onde os óvulos são aspirados. O procedimento é feito com anestesia (sedação) e pode ser que ocorra uma cólica moderada, após o procedimento que dura cerca de 15-20 minutos e é feito em clínicas de reprodução humana.

 “Não há nenhum tipo de diferença entre a gravidez com óvulos frescos ou a gravidez com o óvulo congelado. Depois de descongelado, ele se torna igual ao óvulo encontrado no ovário em um ciclo natural ou durante um tratamento de Fertilização in vitro”,  finaliza  dr. Matheus Roque.
 
Serviço:
Dr. Matheus Roque
Instagram: @matheusroque_mr 

A batalha entre fãs da lava jato e apoiadores de Lula prejudica o Direito



Devemos ter claro: quem defende a prevalência de princípios constitucionais necessariamente não está defendendo Lula

*Dr Cassio Faeddo
Passados vários dias da publicação do site de notícias Intercept a respeito do processo do ex-presidente Lula, o embate entre fãs da Lavajato e apoiadores do Lula Livre solaparam a real importância do ocorrido.
Devemos ter claro: quem defende a prevalência de princípios constitucionais necessariamente não está defendendo Lula. Defende-se a própria essência do Estado Democrático de Direito.
Ocorre que quando o Estado tomou para si o poder/dever de aplicar o direito, a solução de litígios deixou de ser um favor real e passou a ser um direito do cidadão.
Com isso o processo passou a contar com um estrutura dialética de tese (do autor), de antítese (da parte adversa) e a síntese traduzida pela sentença proferida pelo Estado Juiz. Temos, por isso, o Estado acusador (autor) e Estado julgador (juiz) em vértices opostos de uma pirâmide processual.
Por isso, pouco importam ilações. Também pouco importa se houve ou não ilícitudes nos diálogos entre juiz e Ministério Público, simplesmente porque neste “gabinete virtual”, o advogado do réu não estava presente.
Que fique bem claro que não acreditamos em hipótese alguma que juiz e procurador não sejam pessoas honradas.  Não temos a menor dúvida que são. Não pactuamos com acusações políticas.
Porém,  resta claro que o processo foi maculado por troca de informações entre acusador e julgador absolutamente impróprias e que jamais deveriam ter ocorrido. Ministério Público e juiz, diante de tão importante investigação, não poderiam estar juntos nem em altar de batismo.
Se fosse o caso de a legislação admitir um juiz investigador, o julgamento deveria ser atribuído a outro que estivesse totalmente alheio à investigação. Mas nos parece que o Ministério Público faz bem esse papel sem necessitar de orientação.
A oposição tem utilizado de forma bastante astuta o grave evento, e faz-se necessário separar quem está defendendo a higidez processual no Estado Democrático de Direito, da campanha do Lula Livre.
Deve interessar a todos que o réu tenha um julgamento justo, sem qualquer sombra de suspeição. Processo impuro, contaminado, apenas canoniza o réu. Se o preço for Lula Livre, pois há simbiótica relação, que seja.
Vamos nos deter no que diz a Constituição:
Art. 5º (...)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
E mais:
Ainda, no art. 5º, LIII,  temos o princípio do Juiz natural estabelecendo que ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente, afirmação quie representa  a garantia de um órgão julgador técnico e isento.
No Código de Processo Penal:
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes.
No plano internacional, em instrumentos nos quais o Brasil se comprometeu e foi signatário:
A Convenção Americana de Direitos Humanos, comumente denominada “Pacto de San José da Costa Rica”, em seu artigo 8º.1. dispõe que: “toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei (...).
Ora, da forma que o caso se alonga, certamente este caso será conduzido até a Corte Interamericana de Direitos Humanos, em razoável desprestígio ao Brasil.
Por fim, as instituições são mais importantes que as pessoas, e para o país, mais importante é a prevalência das garantias constitucionais sem olhar a quem. 
*Dr Cassio Faeddo Advogado. Mestre em Direitos Fundamentais, MBA em Relações Internacionais - FGV SP. - www.instagram.com/faeddo

Bancoin é alternativa para quem não conta em banco



Redação/Hourpress

Nos últimos 6 meses, os pedidos de empréstimos na plataforma atingiram R$ 712 mil
Pode-se pensar que, em pleno 2019, é impossível para alguém ficar de fora do mercado de crédito, nisso inclui-se não ter cartões de crédito, contas correntes, contas digitais entre outros, mas, por incrível que pareça, não é o que acontece na prática e é a realidade dos cidadãos desbancarizados no país.
Hoje, existem cerca de 43 milhões de brasileiros desbancarizados, economicamente potenciais, de acordo com dados da proScore, bureau digital de crédito e authority de score, especializado em inteligência de dados e motor de decisão. Esse número representa boa parte da população do país, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 202.7 milhões de habitantes.
Esse público movimenta mais de R$ 650 bilhões ao ano, ou seja, têm dinheiro mas não estão inseridos no sistema bancário. Com o objetivo de mudar essa realidade, nasceu o Bancoin, fintech bivalente de cunho social com retorno aos seus investidores, que está lançando o “INclusômetro”, referência mercadológica que pode ser acompanhada, em sua plataforma, por todo o mercado a fim de criar a percepção do quanto, projetos com o propósito de impactar financeira e socialmente os brasileiros, fomentam o crescimento econômico e aceleram o desenvolvimento do país.
“No Bancoin, realizamos a inclusão financeira e social da população excluída, por meio de uma relação consciente entre a oferta de nossos serviços e o impacto na sociedade. São brasileiros que geram baixa renda recorrente, mas tem grande potencial para consumo. Já o “INclusômetro” serve como estímulo à confiança mercadológica e de exemplo a outros empreendedores que ainda tenham suas dúvidas em se envolver nessas frentes”, comenta Mellissa Penteado, CEO do Bancoin.
Sabendo que o Brasil tem o maior spread bancário do mundo, o Bancoin quer mudar essa realidade se ajustando ao perfil financeiro do seu público. Com isso, reduz os juros abusivos, promovendo o acesso a produtos financeiros de uma parcela importante da população, e indo na contramão dos bancos tradicionais.
“Não liberamos um crédito maior do que o bolso do nosso cliente. Praticamos juros que se moldam de acordo com o comportamento do usuário, então quanto melhor sua relação com o mercado, melhores serão as taxas praticadas”, exemplifica Penteado.
Por exemplo, o valor de solicitações de empréstimos realizados na plataforma nos últimos 6 meses foi de R$ 712 mil reais. Em estudo, a fintech revelou que a maior parte das pessoas que solicitaram crédito são solteiras (59%), de São Paulo (39%), com idade entre 30 e 39 anos (39%) e destas pessoas 32% delas possui renda entre R$ 1 mil a R$ 2 mil reais. 72% das solicitações foram realizadas através de smartphones, dos quais 90% são celulares com sistema operacional Android. Entre as profissões, 31% são pessoas autônomas, que trabalham por conta própria ou são empreendedores informais.
“O público desbancarizado é negligenciado pela rede bancária tradicional, já que a maioria deles não consegue comprovar renda e a maior parte de seus negócios são informais. Aqui realizamos a inclusão financeira e social da população excluída do país, através de uma relação consciente entre a oferta de nossos serviços e o impacto na sociedade”, afirma.
O Brasil, por possuir uma enorme extensão geográfica, ainda tem muitas regiões a serem impactadas, e com o avanço da tecnologia e acesso mais fácil e barato aos cidadãos, isso poderá ser superado. Mesmo assim, nota-se uma crescente variedade de plataformas que já ofertam algum produto financeiro digital, mas, para os criadores do Bancoin, é necessário pensar em inclusão em toda sua amplitude e interfaces.
“Mais do que dar crédito ou abertura de conta, é necessário fazer um acompanhamento sustentável do uso desse recurso com educação financeira assertiva e personalizada, até que haja um engajamento mais maduro dessas pessoas com o dinheiro e a tecnologia”, finaliza Mellissa.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Mais conectividade, melhor gestão, maior produção





O Brasil é um país de contrastes


Redação/Hourpress

Um dos balanços possíveis de se fazer após a realização da 25ª. edição do Agrishow, em Ribeirão Preto, SP, a principal feira de tecnologias voltada para o agronegócio, que se encerrou no início de maio deste ano, é que foi um evento onde a palavra conectividade esteve em grande parte das conversas e dos estandes. Quase todas as empresas tinham algum produto, equipamento, aplicativo que se destinava a conectar uma máquina com outra ou com o computador do escritório ou mesmo aos smartphones. E é impressionante perceber o veloz crescimento no número de startups ou de empresas já longamente estabelecidas, que ofereciam seus serviços, sempre com a premissa de conexão via Bluetooth, internet, satélite ou alguma outra solução semelhante.
E isto é extraordinário, fantástico porque boa parte desta tecnologia que está sendo desenvolvida já está incorporada ou em vias de ser implantada nas máquinas e equipamentos agrícolas. Ou seja, elas, as máquinas, já estão no mundo digital e isto não tem mais volta. E é possível dizer que quase não há mais diferença entre os produtos vendidos no Brasil e os que estão nos EUA ou Europa. E fica difícil conter este pensamento...que mundo fantástico este!
  Mas...e muitas vezes aparece um, mas na vida, nem tudo é um mar de rosas. E, mesmo quando é, logo nos fazem lembrar que elas têm espinhos. Conectividade precisa de rede de telefonia móvel ágil, banda larga de internet, preferencialmente por fibra óptica, para que os dados transmitidos circulem rapidamente para todas as pessoas que estão precisando deles. E, é neste momento que, no campo, a banda toca diferente do que toca na cidade.
 Já explico. O Brasil é um país de contrastes. E de regramentos um tanto estranhos, para dizer o mínimo. Creiam. A população que mora na cidade e que num clicar de dedo em sua tela touch do celular acessa milhares de informações, não imagina que esta facilidade não chegou ao campo. Centenas de propriedades rurais, muitas vezes, só conseguem usar o telefone celular, na banda 2G, a mais antiga e uma das primeiras a ser comercializadas no País. E só realizam este feito porque sobem num morro, vão para um descampado ou alguma outra peripécia do gênero. E já estamos no final da segunda década do século 21.
Veja, se formos pensar que o produto que sai da indústria chamada campo/fazenda, é o alimento de milhões de pessoas que vivem nas cidades, não era de ser justamente o contrário ou pelo menos igual? O agronegócio representa cerca de 40% do total do PIB brasileiro que em 2018 foi de R$ 1,716 trilhão. Vamos considerar que 15% seja produzido por quem vive nas zonas rurais, longe dos centros urbanos. Não seria justo que os investimentos em infraestrutura de telefonia principalmente para acesso a rede de dados (internet) fosse no mínimo igual aos das cidades? Afinal, todos no campo também querem se conectar de forma ágil para melhorar a comunicação entre si e poder tratar de negócios, tanto quanto as empresas da cidade, não é?
E para que o campo possa produzir melhor e nos mesmos níveis de competição que seus concorrentes é preciso ter acesso à internet. E isto não acontece.  E é aí que vem a parte estranha das regras. A legislação da privatização de telefonia no Brasil permitiu que as operadoras fizessem instalações das suas redes em grandes centros urbanos, onde há maior demanda pelos seus serviços, mas não as obrigou a atender da mesma forma as áreas rurais. Assim, e muitos de vocês já devem ter passado por isto, saiu alguns quilômetros da zona urbana, você está no limbo, fora do mundo!
 Máquinas conectadas – Mas porque falar do problema da telefonia no campo? Porque boa parte das máquinas agrícolas brasileiras já estão no mundo digital. Cada vez mais e mais elas incorporam computadores de bordo, sistemas de telemetria, piloto automático, aplicativos, sensores via satélite que fazem a leitura em tempo real da situação da lavoura, plataformas de inteligência artificial e uma infinidade de tecnologias que dependem e muito do acesso à rede de telefonia e de transmissão de dados, para enviar as informações do campo para o escritório e vice versa.
 E, com isto, dar rapidez na tomada de decisões sobre as atividades planejadas para aquele turno ou dia. Afinal, a propriedade rural é um negócio, uma fábrica de alimentos, e como tal, precisa de agilidade nas suas comunicações para que as ações a serem tomadas sejam as mais corretas e, por conseqüência, se tenha o produto final para vender e ter lucro. Não é assim com as empresas que estão nas cidades?
E como ofertar máquinas agrícolas com todas estas ferramentas se o produtor não puder utilizá-las de forma adequada? Atualmente os sistemas estão programados para que, quando passar por uma zona que tenha sinal, o computador se conecte e transmita todos os dados que foram armazenados até aquele momento, ou então somente no final da jornada, quando a máquina retorna para a sede da fazenda descarrega os dados via sinal de Wi-Fi direto para o computador do gestor. Qualquer correção de percurso fica mais difícil de ser feito em tempo real. E só se terá maior agilidade, maior produção, se houver acesso à conexão via internet, sem isto, fica difícil.
 Por conta desta situação, algumas empresas, por iniciativa própria, lançaram programas de conexão para o campo. Mas em realidade, creio que já esta na hora das entidades representativas do agronegócio, respaldado pelos seus mais de R$ 1,7 trilhão de PIB, pressionarem o Governo Federal em busca de uma solução e chamarem à mesa as operadoras de telefonia instaladas no Brasil e outras que queiram se instalar ou competir, para um encontro com fins específicos de trazer uma solução para este nó.
Afinal, o agronegócio também é um forte consumidor dos serviços de telefonia e, se este nó não for desfeito, nossa agricultura, considerada uma das mais modernas em climas tropicais, vai parar no tempo, porque não vai ter como se comunicar adequadamente. E, creio que, sem conexão, não tem como aumentar a produção. E sem produção suficiente e eficiente, não tem alimento para atender o crescimento populacional. Simples assim!


Brasil é o 3º país mais complexo para se fazer negócios


O Índice de Complexidade Global do Grupo TMF considera apenas a Grécia e a Indonésia mais complexas que o Brasil em termos de impostos, regras e regulamentos e questões de emprego

Luís Alberto Alves/Hourpress
As normas de legislação tributária são aparentemente definidas por grandes empresas e só podem ser entendidas com a experiência que vem de "tentativa e erro", diz o diretor do Grupo TMF.
Tom Jobim é creditado como o primeiro a dizer, mas o Global Business Complexity Index recém-publicado pela TMF prova, mais uma vez, que a famosa frase do compositor brasileiro ainda se aplica perfeitamente hoje: o Brasil não é para iniciantes. Embora isso não surpreenda a quem registrou impostos corporativos nos últimos meses, o Global Business Complexity Index contradiz o relatório mais recente do Banco Mundial (Doing Business), que na verdade, viu o Brasil melhorar em 10 posições. Então, os negócios no Brasil estão ficando menos complicados ou não?  Uma questão complexa e particularmente interessante.
O Global Business Complexity Index é a criação da TMF Group, fornecedora mundial de serviços administrativos internacionais, com cerca de 7.800 especialistas internos em mais de 80 países, incluindo 700 apenas no Brasil. O índice classifica a complexidade e imprevisibilidade de 76 jurisdições em operar, receber e manter negócios. Os resultados são baseados em uma combinação de dados estatisticamente ponderados e pesquisa qualitativa entre especialistas do mercado local, e focados em três áreas: regras, regulamentos e penalidades; contábil e fiscal;
contratação, demissão e pagamento de funcionários.
O Brasil, com uma classificação de complexidade de 81%, está posicionado em terceiro lugar, atrás apenas da Indonésia (82%) e da Grécia (84%). Dos outros nove países da América do Sul no índice, a Bolívia e o Peru não ficaram muito atrás do Brasil, ocupando o 5º e 10º lugares mais complexos do índice geral. Por outro lado, o Paraguai foi considerado um dos lugares mais fáceis de se fazer negócios, com apenas Tailândia, Jersey, Curaçao e as Ilhas Cayman sendo consideradas.
“A legislação no Brasil não é clara e há um grande grau de incerteza sobre práticas aceitáveis, mesmo dentre o governo”, é o que diz no perfil do país no relatório. O index atesta também que grande parte da complexidade do Brasil é impulsionada por três fatores: regulamentação tributária de tentativa e erro, do complexo e burocrático código trabalhista do país e sindicatos com influência significativa - apesar da reforma da legislação trabalhista aprovada em novembro de 2017.
Para Rodrigo Zambon, diretor sub-regional do Grupo TMF no Brasil, “as normas de legislação tributária são amplamente estabelecidas pelas maiores empresas do país. A maneira a qual essas empresas interpretam a legislação é o que se torna o padrão aceito”.
“As reformas trabalhistas trouxeram algum alívio para os empresários com a flexibilidade da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e uma tendência mais favorável em relação à terceirização”, diz Zambon. “Mas o ônus sobre a folha de pagamento continua grande e há uma inércia institucional que pesa sobre as empresas, especialmente nos tribunais trabalhistas. O Brasil tem hoje um recorde mundial de processos trabalhistas”, comenta.
De acordo com Zambon, as empresas que têm boa reputação são aquelas que têm fortes relações com os sindicatos. Existem, no entanto, setores particulares - principalmente industrial e manufaturas tradicionais - onde os sindicatos tiveram mais influência histórica. Isso resulta em proteções específicas do setor implementadas em alguns setores. Por exemplo, se uma empresa fechasse uma fábrica, teria que pagar uma multa do governo, além de dar aos funcionários um aviso prévio de um ano.
Ele acrescenta que outro fator que influencia a complexidade do Brasil é a distribuição caótica de poder e atribuições no país. Com três divisões separadas - federais, estaduais e municipais - e mais de 5.000 municípios, cada um com seu próprio conjunto de regras e processos, a possibilidade de ter um entendimento completo e nacional é quase impossível.
“Um empresário que instala uma empresa no Brasil é forçado a pagar impostos a três diferentes esferas de governo. Isso torna a contabilidade de empresas muito complexa e cara”, disse Zambon. “Vemos empresas com os mesmos modelos de negócios, operando na mesma localidade, mas sendo tratadas de maneira diferente em termos de impostos. Além disso, há uma chamada "guerra fiscal", em que municípios e estados da federação competem por incentivos fiscais", completa.
Com presença no Brasil desde 2006, o Grupo TMF tem mais de 400 clientes no país, auxiliando novas empresas a entrarem no mercado e agilizando as operações atuais.
“Para ter sucesso no Brasil, é essencial ter um parceiro local com experiência em operar dentro da complexa estrutura de negócios do país”, disse Zambon. "Temos uma equipe de mais de 700 especialistas locais capazes de ajudar com contabilidade, impostos, folha de pagamento, finanças estruturadas, conformidade ou uma série de outras necessidades".

Sobre a TMF Group
A TMF Group é provedora global líder de serviços empresariais de alto valor para clientes que operam e investem internacionalmente. Concentra-se no fornecimento de serviços administrativos, financeiros, jurídicos e de recursos humanos altamente especializados e essenciais aos negócios, que permitem aos clientes operar suas estruturas corporativas, veículos financeiros e fundos de investimento em diferentes localizações geográficas. A TMF Group tem operações em mais de 80 países nas Américas, Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e África.www.tmf-group.com

A importância da gestão do tempo



O volume excessivo de trabalho é um dos vetores da falta de foco

Redação/Hourpress
Reuniões são mesmo necessárias em qualquer circunstância? Trabalhar horas a fio é sinal de entrega de resultados? O desperdício de tempo está mais presente no cotidiano dos executivos do que eles próprios imaginam.  O volume excessivo de trabalho é um dos vetores da falta de foco. Mas, o excesso de assuntos aleatórios, que nada tem a ver com as decisões de muitos gestores, também é comum na rotina desses profissionais.
 Conhecer o próprio ritmo para delegar funções e ter um método adequado de organização são pontos cruciais para gerir melhor o tempo e ter qualidade de vida dentro e fora das corporações. “A hierarquia, conforme o perfil da companhia, também pode ser causa de desperdício de tempo. 
De acordo com um estudo publicado em 2018 pela Harvard Business School, somente 5% dos CEOs, mantêm contato com equipes operacionais e da linha de frente do negócio. Essa relação de proximidade dinamiza a rotina”, afirma David Braga, CEO da Prime Talent  – empresa de busca e seleção de executivos de média e alta gestão, que atua em todos os setores da economia na América Latina, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte.

Confederação das Seguradoras revisa para menos projeção de crescimento em 2019



Alta entre 4,7% e 6,9% reflete desempenho menor de automóvel e de planos de riscos 

Luís Alberto Alves/Hourpress

Um intervalo de crescimento anual do mercado segurador mais estreito - de 4,7% a 6,9% agora em maio - consta da sétima edição ampliada da publicação Conjuntura CNseg, referente ao primeiro trimestre do ano e disponível aos leitores no portal daConfederação  (cnseg.org.br). A projeção anterior, de fevereiro, oscilava de 4,5% a 7,1% (piso e teto, respectivamente).  A nova taxa tem relação direta com a perspectiva de menor evolução da carteira de seguro de automóvel - com intervalo de 0,5% e 3,5% de alta no ano; anteriormente esperava algo entre 5,4% e 7% em 2019. O seguro de automóvel é a principal carteira de danos e responsabilidade e segue a trajetória de desaceleração nas vendas de automóveis novos no ano. Em 2018, a receita do mercado alcançou R$ 445,16 bilhões.

“O aumento das incertezas, tanto na economia brasileira quanto em escala global, torna as projeções um desafiador exercício. São tantas variáveis capazes de provocar reação ou retração dos mercados, que sua combinação, no final, definirá a trajetória do setor segurador”, afirma Marcio Coriolano, presidente da CNseg.

A nova projeção considera também um crescimento menor dos seguros de pessoas. Pelo estudo, enquanto os planos de acumulação (PBGL e VGBL) mantêm a trajetória de expansão inalterada no ano (5,5% a 6%), acredita-se em alta menor dos prêmios estimados dos planos de risco (agora de 3,2% a 8,8% ante os 6,9% a 9,4%).  

Dependendo do comportamento de algumas das principais variáveis macroeconômicas, há dois cenários possíveis - otimista ou pessimista- projetados para a atividade seguradora. No melhor cenário (de alta de 6,9%), o PIB cresceria 1,3% no ano; a produção industrial teria alta real de 1,57%; a Selic recuaria para 6% ao ano; o câmbio ficaria em R$ 3,61; e a inflação oficial seria de 3,80% medida pelo IPCA. No quadro pessimista (alta de 4,7%) do setor segurador, considera-se a aprovação da reforma da Previdência incompleta; a desvalorização mais acentuada do câmbio; juros básicos em trajetória de alta; e crescimento da economia abaixo do observado em 2018.

A projeção de arrecadação do mercado segurador é uma das seções que estarão incorporadas à edição ampliada. Na nova coluna destaque das federações, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) aponta os riscos de o seguro de Garantia de Obras não sair do papel, se algumas ameaças estudadas forem incluídas ao projeto de lei, como a cobrança de quase a totalidade da importância segurada, caso a seguradora não retome e conclua a obra. Na parte da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), artigo mostra os efeitos práticos do novo marco regulatório para a expansão da capitalização.

Os leitores poderão ainda se informar sobre temas relevantes para o mercado de seguros. A coluna dedicada à produção acadêmica do setor propõe discussão sobre os impactos da longevidade sobre os custos da saúde e nas tábuas de mortalidade usadas nos seguros de vida. O potencial do seguro cibernético, o que define as escolhas de seguros pelos consumidores e quanto estão dispostos a pagar pelo seguro saúde são outros artigos disponíveis na edição ampliada.
 
Sobre a CNseg

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). A missão primordial da CNseg é congregar as lideranças das Associadas, elaborar o planejamento estratégico do setor, colaborar para o aperfeiçoamento da regulação governamental, coordenar ações institucionais de debates, divulgação e educação securitária e representar as Associadas perante as autoridades públicas e entidades nacionais e internacionais do mercado de seguros.