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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Polícia chega rápido para proteger empresa, mas para ajudar cidadão....



Luís Alberto Alves

A Polícia tem dois pesos para atuar. Quando o bairro é de rico, por ali o patrulhamento é constante. Qualquer tentativa de assalto às mansões, em fração de segundos, o local fica repleto de soldados, seja de carros ou motos. Afinal de contas o capital precisa de proteção.

Na periferia, onde prolifera a miséria e a desigualdade de social e econômica é gritante, o tratamento é diferente. Dependendo da ocorrência, a PM demora para chegar ou até mesmo nem vai. Motivo: população pobre. Não é em vão que maior número de mortos em tiroteio ocorre nesta região.

Quando assunto é sindicalismo, a mesma regra é aplicada. Manifestação legítima por aumento de salários e melhores condições de trabalho são interpretadas como subversivas. Caso a gritaria esteja acontecendo na porta da matriz dos patrões, a polícia vai aparecer para proteger o capital.

Se algum dirigente sindical fizer algum gesto relacionado a violência, a repressão virá rápido por meio de golpes de cassetetes, torções nos braços e enfiado no camburão. Mesmo em pleno século 21, prossegue o tratamento desigual quando a voz que grita não pertence à burguesia.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Manifestações por direitos trabalhistas sofrem boicote na grande imprensa


Trabalhadores do turno da madrugada de uma fábrica em Sorocaba (SP) protestando contra as ameaças do governo Temer



Luís Alberto Alves

Ontem (22), ocorreram manifestações em várias cidades do País. Sindicalistas foram às ruas em protesto contra as ameaças de retiradas de direitos trabalhistas e reforma na Previdência. Dois assuntos que deveriam merecer destaques na grande mídia. Entraram para o time secundário. Nos telejornais apenas alguns segundos de atenção.

O leitor fica se perguntado qual o motivo para a imprensa patronal (Globo, Band, Record, SBT, RedeTV, Cultura, Estadão, Folha de S.Paulo, O Globo, O Dia, Zero Hora, Correio Braziliense, Jovem Pan, CBN, Bandeirantes entre outras) descer a lenha no movimento sindical poupando os grandes empresários?

A leitura é a seguinte: trabalhador no Brasil, na visão deste segmento da sociedade, não precisa de amparo de leis. Se possível, não deve nem ter salário. Equipamentos de proteção é luxo, assim como se aposentar após 35 anos de serviço. Como milionários à custa dos pobres, este segmento envenena a mídia com seus anúncios publicitários, dificultando a divulgação de agendas favoráveis aos desvalidos.


Por isso que você leitor, assiste ao Jornal Nacional, e imagina que todo sindicalista é baderneiro, ladrão ou corrupto. Claro, na visão da Rede Globo, porta voz da elite empresarial, qualquer voz contrária aos interesses da burguesia brasileira é considerada alienígena e merece permanecer no esquecimento. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Intolerância nas redes sociais



Luís Alberto Alves

Nas redes sociais é visível o Brasil intolerante. Em termos de política, quem sair do eixo PSDB é visto como esquerdopata, termo pejorativo criado pelos analfabetos políticos. Desconhecem o significado da palavra democracia. Raivosos, só aceitam suas verdades. As dos outros são mentiras.

Defendem a ferro e fogo ditaduras. Ficam alegres quando a polícia deixa feridos nas passeatas. Gostam de ver sangue. Não conseguem enxergar a realidade ao redor deles. Bandidos, na visão destes intolerantes, só existem no PT. Nos outros partidos a santidade reina absoluta.

São pessoas saudosistas do regime militar, onde era extremamente proibido se manifestar. Tudo era motivo para forte repressão. E até mesmo para desaparecer, após tortura, por discordar dos absurdos cometidos pelas autoridades governamentais.


Porém são covardes, porque se escondem atrás das ferramentas usadas nas redes sociais. É fácil vomitar regras por trás de um notebook ou smartphone. Essa é a tática dos medrosos. Têm medo do debate frente a frente, por falta de argumento plausível. No fundo tenho pena dessas pessoas. Precisam abrir os olhos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Até que ponto vai sua ética?



Luís Alberto Alves

Hoje virou rotina criticar político corrupto. É fácil jogar pedra e quando a situação se inverte? O Congresso Nacional é o único lugar na vida pública quem ninguém entra sem passar pelo crivo dos votos obtidos numa eleição. Eles funcionam como cartão de acesso.

Nas empresas é comum encontrarmos funcionários sem qualquer ética. Falam mal dos desonestos, mas o comportamento deles é semelhante aos senadores e deputados bandidos, que diariamente aparecem nos telejornais e outros veículos de comunicação.

Caso você cometa um erro e sabe que a reparação vai mexer no seu salário, qual atitude que irá tomar? Fugir da responsabilidade ou chamar para si a responsabilidade. Ou seja, colocando a cara para bater. São poucos os que tomam essa atitude.

Jesus Cristo disse que com a mesma medida que medirmos o nosso próximo, seremos medidos por Ele no dia do grande juízo. Portanto, é momento de deixarmos a hipocrisia de lado e vivermos de acordo com os padrões da honestidade. Ela começa dentro da nossa casa, no convívio com os familiares.


quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Você consegue segurar sua boca?



Luís Alberto Alves

Você consegue segurar sua boca? Seja em casa, no trabalho ou mesmo na faculdade? Sabe aquele momento de ira, quando alguém te provoca e o sangue começa a esquentar e cresce o desejo de devolver na mesma moeda o ataque recebido, na maioria das vezes de forma covarde?

Atualmente vivemos um momento de intolerância. As pessoas, principalmente adolescentes e jovens, perderam a paciência com o próximo. Os palavrões ou mesmo tom de voz alto é usado para solucionar situações comuns, que não exigiriam atitude tão mesquinha.

Qual a razão para vivermos desta forma? Não estamos no auge da tecnologia, onde é possível localizar alguém que resida em qualquer região deste planeta em fração de segundos? Nada disso justifica a degradação humana a que chegamos. Nem dentro de nossas casas.


Tudo se resume à nossa boca. Muitos não gozam de maturidade de fechar e abrir a boca na hora certa. É o estopim para criação de crises matrimoniais, profissionais e até estudantis. Precisamos manter os pés no chão. Pensar no próximo. Ninguém é ilha. Sermos amorosos com o próximo.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A vida da canalha Eduardo Cunha chega ao fim?




Luís Alberto Alves

Parece que a vida política do canalha Eduardo Cunha chegou ao fim. Considerado o rei da Câmara dos Deputados, há dois anos tinha cacife até para encostar na parede a então presidente Dilma Rousseff. Empresários interessados na aprovação de projetos de leis o tratava igual realeza.

Mas nesta vida nunca devemos ignorar a poder do tempo. Quem imaginaria que 450 deputados votariam pela cassação de Cunha? Quem apostasse em algo assim poucos meses atrás seria considerado maluco. Mas o resultado de ontem (12) revelou que o tempo ainda é capaz de aprontar surpresas, boas ou ruins.

Agora Cunha cairá nas mãos do temível juiz Sérgio Moro e corre sério risco de tomar chá de canequinha e tomar banho gelado num banheiro coletivo. Tem a alternativa de entrar para o clube dos delatores para ganhar tornozeleira eletrônica e fugir do inferno da cela fechada.


O que virá pela frente, ninguém é capaz de prever. Não creio que vá aguentar o sofrimento sozinho, principalmente o ostracismo, o mal de que todo político corre. Deste caldo indigesto, é bem provável que um pouco espirrará do caldeirão de maldades e vai respingar no presidente Michel Temer, comparsa de Eduardo Cunha no PMDB.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Qual será o resultado destas eleições?





Luís Alberto Alves

Percebo que estas eleições se parecem com o time de futebol que perdeu no primeiro jogo a vantagem do empate e precisará fazer vários gols para levar o título. A equipe percebe rapidamente o erro, e admite apenas entrar em campo por respeito aos torcedores, renunciando ao desgaste.

Após a patifaria armada contra a presidente Dilma Rousseff, como colocar na cabeça do eleitor que o nosso sistema é democrático? Quando agrada a elite, tudo funciona bem, do contrário começam a surgir diversas teses malucas e elas acabam ganhando corpo no Congresso Nacional.

Não será novidade um grande número de votos nulos ou brancos. O brasileiro percebeu o jogo de carta marcada envolvendo partidos e candidatos sem qualquer ideologia. Exemplo disso é Marta Suplicy: criticava tanto o PMDB e hoje está nos braços deste dinossauro da corrupção.


O discurso é o mesmo. O eleitor se cansou de promessas, nunca cumpridas após o resultado. Cadê o PSDB do desgovernador Geraldo Alckmin? E o choque de gestão do petista Fernando Haddad? Em outras cidades a situação se repete. Errar uma vez é perdoável, mas insistir no erro é burrice.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Crescem protestos contra Temer




Luís Alberto Alves

Domingo, dia reservado para muitos ficarem em casa ao lado da família, ou mesmo passeando pelos parques de sampa, ou jogando futebol de salão nas poucas quadras esportivas existentes na cidade ou tentando combater a gordura correndo. Esta não foi a realidade para mais de 100 mil que decidiram protestar contra o ditador de plantão, Michel Temer, ontem (3).

Curiosamente os veículos de comunicação silenciaram. Na Rede Esgoto (desculpe Globo) não saiu um segundo falando desta manifestação. As demais acompanharam o bloco da desinformação. Mas estamos na era da internet, das redes sociais, dos vídeos postados no youtube, onde é possível ver o quanto a nossa mídia é comprometida com essa elite podre e reacionária.

Pela primeira vez, equipes de segurança dos movimentos sociais impediram a ação de black blocs, paus mandados pela própria polícia para provocar baderna em manifestações contra o governo. A Avenida Paulista virou um mar de gente, que saiu em passeata até o Largo da Batata, em Pinheiros, Zona Oeste.

Como se vê, a vida do salafrário Michel Temer não será fácil. Em todo o Brasil, aumentam os protestos contra uma política atrasada, visando apenas em retirar direitos dos trabalhadores e favorecer especuladores, que ganham bilhões sem aplicar um centavo na produção. Por quanto tempo, os veículos de comunicação esconderão o sol com a peneira?



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Decisão de Lewandowski poderá ajudar corruptos



Luís Alberto Alves

Diz um ditado popular que o que é ruim poderá ficar pior. Aplico essa máxima à política. Após analisar a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, de aceitar o destaque na votação de cassação da presidente afastada Dilma Rousseff, sem retirar seus direitos políticos por oito anos.

Ela poderá voltar a se candidatar a presidente da República em 2018 ou disputar uma vaga no Senado ou mesmo ao governo do Rio Grande do Sul. Lewandowski abriu a brecha para outros políticos corruptos exigirem o mesmo tratamento na Câmara dos Deputados ou mesmo no Senado.

De quebra, beneficiou o mafioso Eduardo Cunha (PMDB/RJ), na alça de mira de perder o cargo e ficar distante das urnas durante oito anos. A resposta veio rápida. Cunha exigirá o mesmo. Não se conformará de perder a boquinha de bandido de colarinho branco na Câmara.


Por causa de ações deste tipo, a política brasileira fica cada vez mais parecida com vaso sanitário entupido de boteco de esquina nas ruas decadentes das grandes cidades. Agora a briga recomeça no STF. Ali, esse nó deverá ser desatado, para restar alguma credibilidade no processo democrático deste país, corrupto deste a invasão portuguesa em 1500.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

PT perdeu a oportunidade de mudar o Brasil


Luís Alberto Alves


Todo agricultor sabe que cobra morre com golpe certeiro na cabeça, do contrário ela picará quando alguém passar pelo mesmo lugar onde foi encontrada. Na primeira gestão Lula, o governo tinha maioria no Congresso Nacional, aprovava qualquer projeto, por mais absurdo. Mas o PT vacilou, preferiu discutir o sexo dos anjos, investindo em temas de pouca importância, deixando de fora reforma política e tributária.

Nessa época viajava muito a Brasília, e percebia nos mais diferentes ministérios, que o pessoal não levava a sério a administração pública. Participei de grupo de trabalho que se reuniu quatro vezes em 12 meses e nada acabou aprovado. Valia apenas, ao governo, a chancela de que fazia algo.

Estive presente à cerimônia da passagem de cargo de ministro do Meio Ambiente de Marina Silva para Carlos Minc. Ali, Lula em poucas palavras rifou Marina e passou a cacifar Dilma como futura sucessora ao seu cargo. Arrogante e prepotente, às vezes sem educação com jornalistas em coletivas de imprensa, percebi que um barco furado seria colocado nas mãos dela.

Meses depois Marina saiu do PT e Lula prosseguiu viajando na maionese. Em vez de investir na aprovação de projetos relevantes, insistia em temas típicos de diretórios acadêmicos. Ignorou a direita conservadora e reacionária, que às vezes se veste de modernidade, mas permanece fã do atraso típico de uma sociedade colonial, saudosa da época da escravidão.

Veio o escândalo do Mensalão e Lula conseguiu passar pela barreira de fogo. Até chegar a Operação Lava Jato. Contra fatos não existe argumentos. Diversos políticos, inclusive do PT, foram pegos com a boca na botija da corrupção. Aos poucos o todo-poderoso Zé Dirceu percebeu que não adiantava mais mentir e caiu na real. A casa petista começou a desabar.

A mídia golpista e interesseira aproveitou a deixa e partiu para o ataque. Globo, que deve mais de R$ 600 milhões à Receita Federal, Editora Abril, outra pendurada nas mãos do Leão, junto com a Editora Três, dona do título IstoÉ, e Estadão, cada vez mais diluído financeiramente, não perderam tempo. Aproveitaram da burrice popular e passaram a atacar o governo Dilma.

Em vez de responder com trabalho, se preocupou em ignorar os fatos. Sem jogo de cintura, desprezou os movimentos populares, os sindicatos, e outras entidades representativas da sociedade civil organizada. Imaginou que teria força para enfrentar a direita reacionária, mas unida. Quando abriu os olhos, já era tarde. O navio estava afundando e acabou de chegar ao chão hoje (31) após o senado cassar o cargo de presidente da República.

Em qualquer fase da vida, não devemos jamais perder as oportunidades. O tempo não espera ninguém. Só anda para frente. Precisamos aproveitar, sem se preocupar com besteiras. Calculo que o PT entrou na fase de hibernação. Talvez daqui a 20 anos possa se reerguer. É o tempo necessário para profunda autocrítica. Não é vergonhoso reconhecer os erros, não pode é insistir neles!