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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Bacon e lingüiça acendem sinal verde ao câncer

Bacon em excesso pode provocar câncer


Luís Alberto Alves

Essa é notícia divulgada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) a  respeito dos danos provocados por lingüiça, bacon e outras comidas processadas. Câncer do intestino e reto são os locais escolhidos por este tipo de moléstia quando as vítimas são grandes consumidoras destes alimentos.

Atualmente, o ritmo frenético de vida exige que a durabilidade da carne seja mantida através de salga, secagem, fermentação, defumação e outros processos visando melhorar a preservação. Neste time entram: bacon, salsichas, lingüiça, bacon, presunto, carne enlatada e carne seca.

Mais preocupante é o alerta da OMS para os carnívoros compulsivos: eles têm 18%  de chance para desenvolver câncer colorretal ao ingerir porção de 50 gramas de carne processada diariamente. Não precisa entender muito de medicina e descobrir o risco de acender o sinal verde dessa terrível doença.

 A maioria dos consumidores não presta atenção aos aditivos químicos , por exemplo, existentes no presunto, patê e hambúrgueres. Ficam conservados durante algum tempo à base de substâncias  nocivas ao organismo humano.

 Porém, em termos de alimentação jamais deveremos agir como fundamentalistas. Bom senso é bom. Quando a alimentação é balanceada não há perigo algum. O erro é depender exclusivamente de carne, inclusive a colocando no cardápio do café da manhã, tarde e até na hora de dormir. Neste caso o câncer virá de fórmula 1, não a cavalo.


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Abutres do FMI atacam outra vez no Brasil




FMI é um abutre interessado apenas no pagamento de juros da dívida externa do Brasil

Luís Alberto Alves

O Brasil só deverá voltar a crescer em 2017, disse o economista Marcello Estevão, chefe do grupo de análises regionais do Fundo Monetário Internacional. Segundo ele, a previsão da entidade é que a economia do país encolha este ano em 3% e, em 2016, tenha retração de 1%. Estevão afirmou que o relatório mostra que o Brasil está “no meio de uma recessão”. O economista do FMI sugeriu que o governo brasileiro dê prosseguimento ao ajuste fiscal e à política monetária que reduza a inflação.

 Lembro das recomendações do FMI na década de 1980, quando a inflação mensal, às vezes, chegava a 60%. Nunca pediam para suavizar, mas apertar mais o cinto. Até o Brasil elevar a taxa Selic para 45% ao ano em 1999 durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e o desemprego explodir numa taxa superior a 22%.

 Seria estranho o FMI sugerir que o País pisasse no freio neste maluco ajuste fiscal, onde os únicos vitoriosos são os bancos. A falta de trabalho aumenta a cada dia, a ponto de o brasileiro não ter mais medo da violência, e sim de ficar sem emprego. Com o mote de combater a inflação, nosso ministro da Fazenda, Joaquim Levy, continua aplicando injeção forte num doente que está perto da morte.

 Considero os economistas do Fundo Monetário Internacional iguais abutres, de olho apenas na carcaça do animal morto. Não é interesse desses emissários dos grandes grupos financeiros que o Brasil invista no capital produtivo, o único responsável pela geração de emprego e pagamentos de uma fábula de impostos.


 A regra sensata, na opinião do FMI, é prosseguir enchendo os cofres dos bancos. Trabalhar o ano inteiro para pagamento de juros da dívida externa, que na gestão Lula tinha sido paga. É o famigerado superávit primário. Em nome dele vale qualquer sacrifício, até cortar verba do Bolsa Família. Neste balaio de gato não sei mais quem é abutre: a presidente Dilma Rousseff (PT) ou os economistas do FMI.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Álcool + volante = morte


As duas vítimas pintavam a ciclovia quando foram atropeladas
Luís Alberto Alves
 Contra fatos não há argumentos, diz uma das máximas do Direito. A motorista Juliana Cristina da Silva, 28 anos, bêbada, matou dois funcionários de uma empresa que pintava uma ciclovia na Avenida Luiz Dumont Villares, Tucuruvi, Zona Norte de SP, por volta da 1h da madrugada deste domingo (18). Pior: fugiu do local e tentou agredir os policiais ao ser presa dois quilômetros à frente.
 Esse caso mostra que bebida não combina com volante, principalmente apimentada com alta velocidade. Juliana dirigia um Vectra cinza correndo muito. O mais estranho nesta história é que ela acabou indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Discordo! A partir do momento em que alguém alcoolizado conduz um veículo está propondo a morte de alguém.
Dois funcionários de uma empresa prestadora de serviços da prefeitura que pintavam uma ciclovia na avenida Luiz Dumont Villares, no Tucuruvi (zona norte), morreram após serem atropelados por uma motorista bêbada na madrugada de ontem.
 O teste do bafômetro revelou 0,85 mg/l (miligrama de álcool por litro de ar expelido) no organismo de Juliana. Pela lei seca, acima de 0,34 mg/l já é considerado crime. O impacto do carro foi tão forte que uma das vítimas morreu no local, a outra encaminhada à Santa Casa, em Santa Cecília, Centro, morreu após atendimento.
 Infelizmente existem pessoas criticando a lei seca. Considera absurdo alguém receber pesada multa, ter a carteira de habilitação cassada e até presa, porque bebeu muito. A lei não proíbe ninguém de ingerir álcool, mas a partir do momento que se propõe a dirigir, colocando a vida dos outros em risco, é um assassino em potencial nas ruas e deve ser preso.




sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Brasil no estágio de doente terminal

Brasil se comporta igual doente terminal


Luís Alberto Alves

O país entrou no estágio de doente terminal. Problemas estouram de todos os lados. Escândalos de corrupção envolvendo diversas autoridades, inclusive do governo Dilma Rousseff (PT), empresários, senadores, deputados e o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

 A economia empacou igual burro quando não aceita ordens para continuar na caminhada. Demissões ocorrem de todas as frentes. O exército de sem empregos aumenta a cada dia. Assim como os problemas sociais gerados pela falta de salários.

 É tão grave a situação que o comandante do Exército emitiu nota recentemente deixando bem claro que as Forças Armadas não recuarão de suas obrigações sociais de colocar as tropas nas ruas, caso o caos social estoure, principalmente com invasão de supermercados em busca de comida, saques em feiras livres e comércio.


 Nossos atuais políticos continuam brincando com fogo na ânsia por mais poder. Não entenderam que o momento é grave. A mistura de desemprego, inflação subindo, recessão e falta de perspectivas pode jogar o Brasil num beco sem saída, onde tropas militares entrarão em campo para garantir a ordem, que nem as polícias conseguem fazer, haja visto o ocorrido no Rio de Janeiro nas últimas semanas.

 Ditado antigo diz: “para bom entendedor pingo é letra”. Infelizmente no Congresso Nacional e mesmo no Palácio do Planalto sinais de esgotamento social são ignorados. A população não agüenta mais tanto sacrifício, principalmente quando começa perder empregos e até a moradia, tão alardeada no programa Minha Casa Minha Vida.


 O momento é de racionalidade. De todos os setores conversarem, deixando de lado as vaidades e pensar no Brasil. Do contrário corremos o risco de ver se repetir o triste filme que começou em abril de 1964 e terminou em janeiro de 1985, deixando para trás a morte e desaparecimento de milhares de pessoas. 


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Morre coronel Brilhante Ustra, outro carniceiro do DOI-Codi


Ustra é acusado de matar vários militantes políticos sob tortura

Luís Alberto Alves

O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, de 83 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, em Brasília. Ele estava internado no Hospital Santa Helena em tratamento de quimioterapia contra um câncer e estava com baixa imunidade. A família ainda não decidiu onde Ustra será velado e enterrado.

 Entre 1970 e 1974, auge do terror implantado pela Ditadura Militar de 1964, ele foi chefe do DOI (Destacamento de Operações de Informações) Codi (Centro de Operações de Defesa Interna) criado para reprimir manifestações políticas de oposição. Entre os militantes que conseguiram sair vivos do centro de tortura que funcionava, onde hoje é o 36⁰ DP (Paraíso), Paraíso, Zona Sul de SP, ficou conhecido como Dr. Tibiriça, codinomes usados para evitar agentes do Estado envolvidos na repressão.

 Durante depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 10 de maio de 2013, negou que tenha torturado opositores do regime. Para arrancar informações, no DOI/Codi, os suspeitos tomavam choques elétricos dependurados no pau de arara (barra de ferro onde a pessoa ficava suspensa com pés e mãos amarrados), passavam por sessões de enforcamentos, tinham a cabeça enfiadas em baldes cheios de água durante processo de afogamento, recebiam golpes de palmatória nas mãos, pés, costas e de aspirar amônia.

  Dependendo do grau de suposta periculosidade do então considerado terrorista pelo regime da época, Ustra acompanhava a selvageria, às vezes colocava a mão na massa. Orientava aos torturadores, geralmente delegados da Polícia Civil ou oficiais da PM, que o sofrimento não podia matar. A regra era obter informações de como prender outros militantes, de preferência vivos.

 Segundo depoimentos de sobreviventes, os castigos duravam mais de 24 horas seguidas, como ocorreu com o estudante de Geologia Alexandre Vannuchi Leme, detido na USP (Universidade de São Paulo) em 1973, acusado de participar do grupo armado Ação Libertadora Nacional. Preso em 15 de março daquele ano, foi torturado pela equipe de Ustra dois dias seguidos.

 Como regra usada na época, o DOI/Codi alegou que Vannuchi morreu atropelado ao fugir do cárcere. Para tentar ocultar o crime, o enterraram no cemitério de Perus, extremo Norte da capital paulista numa cova rasa, sem caixão, num local forrado de cal virgem para esconder as marcas das torturas.

Somente dez depois os familiares conseguiram resgatar os restos mortais de mais uma vítima do regime que Ustra serviu rigorosamente. Em 17 de março de 2014, 41 anos após sua morte, a família de Vannuchi recebeu atestado de óbito retificado em que a causa da morte é reconhecida como lesões provocadas por tortura e o local como dependência do II Exército, DOI/Codi SP.




terça-feira, 13 de outubro de 2015

A situação de Eduardo Cunha se complica




Eduardo Cunha e suas contas na Suíça

Luís Alberto Alves

De arauto da moralidade a corrupto com dinheiro depositado na Suíça.  Assim defino a trajetória do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Em poucos meses saiu do olimpo dos honestos para a vala dos políticos envolvidos até pescoço na lama da desonestidade.

 No princípio até coloquei alguma confiança no taco de Cunha, ao ter peito para por em votação temas polêmicos. Olhou para a sociedade em primeiro lugar, deixando em segundo plano os arautos da confusão. Povo que se preocupa apenas com o bem estar deles, às vezes vendendo propostas inviáveis ao País, mas na visão dessa turma algo palpável.

 Mas a vida é uma escola. Ela ensina que as pessoas que procuram aparentar muita honestidade, são as piores. É igual à menina certinha da rua, que no bairro ignora todos e não pisa no portão de casa. Porém, longe dos olhares da vizinhança pinta e borda até aparecer grávida.

O mesmo se aplica ao garoto bem certinho, calado e longe de qualquer bagunça. Anos mais tarde, em algumas vezes, se transforma em bandido perigoso e assassino cruel, como narra a vida de vários seriais killer.

 Não sou ingênuo a ponto de crer que existam santos no Congresso Nacional. Ali é terreno minado. Onde a capa de honestidade fica escondida embaixo da bancada. Na disputa pelo poder e dinheiro, o bom caráter é deixado de lado. Assim ocorreu com Eduardo Cunha.

 Achei interessante quando ele falou que depositaram US$ 5 milhões (R$ 15 milhões) em sua conta corrente na Suíça. Nesta fala percebi o quanto é canalha. Quem dera alguém por engano colocar essa fortuna na minha conta corrente. Zombou dos seus eleitores.

 Apesar de ser um país considerado lavanderia do dinheiro sujo do crime, a Justiça suíça é rigorosa. Não age igual a brasileira. Independente do cargo e quantia depositada, caso haja algo errado, dificilmente ficará escondido. Após o Ministério Público deles divulgarem que Cunha estava sendo investigado por suspeita de lavagem de dinheiro, tirei minhas dúvidas e percebi que ele é tão corrupto quanto a grande maioria dos parlamentares do nosso imundo e fétido Congresso Nacional.



quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A chapa de Dilma Rousseff (PT) esquenta mais



A cada dia se complica a situação da presidente Dilma Rousseff

Luís Alberto Alves

 O mais otimista dos petistas sabe que esquenta cada vez mais a chapa da presidente Dilma Rousseff. A pá de cal veio nas palavras do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Furtado Coelho: “É indiscutível a gravidade da situação consistente no parecer do TCU (Tribunal de Contas da União) pela rejeição das contas da presidente da República”, disse.

 A entidade criou comissão para decidir se apresenta ao Congresso pedido de impeachment de Dilma a partir da recomendação do Tribunal de Contas da União pela rejeição das contas de 2014 do governo. Ontem (7) a Corte de Contas por unanimidade reprovou o balanço contável apresentado pela União por apurar a existência de irregularidades, entre elas as  pedaladas fiscais.

 Na avaliação da OAB, o descumprimento à Constituição Federal e às leis que regem os gastos públicos é grave. A OAB, como voz constitucional do cidadão, analisará todos os aspectos jurídicos da matéria e a existência  ou não de crime praticado pela presidente da República e sua implicação no atual mandato presidencial.


 O avanço da crise econômica, centenas de milhares de desempregados, aumento de falências e concordatas, e o crescente desânimo da população em relação ao governo funcionam como combustíveis para aumentar mais ainda o fogo em que Dilma Rousseff está queimando desde o começo de 2015. Dizem que a esperança é a última que morre, mas no caso da gestão petista do governo federal ela já pode ter falecido há muito tempo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

País carente de lideranças políticas



Atualmente faltam lideranças para assumir o poder no Brasil

Luís Alberto Alves

Acompanho a discussão violenta a respeito do novo presidente da República, caso Dilma Rousseff (PT) resolva jogar a toalha sem cumprir nem a metade do segundo mandato que ganhou legitimamente nas urnas durante as eleições de 2014.

 Quem poderia ocupar o seu lugar? O playboy e despreparado tucano Aécio Neves? No segundo turno perdeu no Estado onde esteve no governo durante duas gestões. Os mineiros devem ter motivos de sobra para vê-lo longe do Palácio do Planalto.

 O governador Geraldo Alckmin, cuja administração é marcada pelo extermínio de jovens da periferia, principalmente negros, e por grave seca em São Paulo por falta de investimento em saneamento básico. Claro, além do sucateamento da educação, com várias escolas fechando as portas e transporte coletivo, inclusive Metrô, hoje de péssima qualidade.

 Renan Calheiros, senador, não têm condições morais de assumir o cargo, por causa de inúmeros processos que colecionou durante a vida pública. O “coroné” e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, não agrada nem o Congresso Nacional, portanto é outra carta fora do barulho.

 O próprio ex-presidente Lula é outra opção descartada. Na avaliação dos brasileiros já teve seus dias de glória. Se insistir em novo mandato irá passar vergonha. A população não é mais ingênua a ponto de crer que ele não sabia da roubalheira realizada por peixes graúdos do seu partido.

 Deve ficar no Rio de Janeiro, o ex-governador Sérgio Cabral, lembrado pelos cariocas nas duas administrações transformando em feia a cidade maravilhosa. Atualmente não consegue eleger nem síndico ou presidente de associação de moradores de bairro.

 A arrogante Marta “Interesseira” Suplicy só consegue voto hoje das minorias. Seu raio de influência não sai de São Paulo. Muitos se lembram da famosa frase vomitada da sua boca: “relaxa e goza”. É pedra de dominó fora da caixa.

 Pedir ajuda aos militares é solução descartada. Ainda chamuscados pelos crimes cometidos durante a Ditadura de 1964, não teriam moral para impor regras de honestidade, nem muito menos sair assassinando opositores como fizeram no passado. Eles querem é continuar de pijamas, assistindo o circo pegar fogo.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Pizzolato vai tomar chá de canequinha na Papuda



Pizzolato tem quase 13 anos de cadeia para cumprir

Luís Alberto Alves

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, tentou fugir de cumprir a pena em cadeias deste país.  Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão, entrou, nesta segunda-feira (5), com recurso na Corte Europeia de Direitos Humanos para tentar evitar sua extradição da Itália ao Brasil.
 Mas ao contrário do governo Lula que não deixou o criminoso Cesari Batisti voltar ao solo italiano para pagar pelos seus homicídios, a Justiça da Itália autorizou em 22 de setembro o envio de Pizzolato para pagar pelos seus delitos. Três agentes da Polícia Federal, acompanhado de uma enfermeira, vão trazê-lo de volta ao Brasil.
 Ele fugiu do país em 2013 com passaporte falso, em nome do irmão, morto há 30 anos. Acabou detido em fevereiro de 2014 em Maranello. Como tática para ficar na Itália alegou que corria risco de morte caso cumprisse pena no Brasil, por causa das péssimas situações do sistema carcerário nacional.
 A Justiça italiana não caiu nessa conversa fiada. Analisou a documentação e considerou, em setembro, que Pizzolato não terá nenhuma ameaça à integridade física para quitar sua dívida. Na cadeia encontrará muito tempo para refrescar a memória e meditar que é melhor ser honesto pobre, do que bandido rico e trancafiado.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Neurose toma conta do brasileiro




Artefato foi deixado num ponto de táxi próximo à Avenida Paulista

Luís Alberto Alves

O brasileiro virou refém da neurose. Nas redes sociais, o encontro de uma mochila contendo pequeno botijão de gás, fio e um relógio,  hoje (5) de manhã, mobilizou esquadrão de bombas da PM no início da Avenida Paulista, Paraíso, Centro expandido da capital. Rapidamente internautas passara a postar mensagens de que deveria ser ato de petistas, outros falavam que eram “coxinhas” (nome dado aos desgostosos com a presidente petista Dilma Rousseff).

 Não esperaram nem o veredito da polícia para colocar a culpa na gestão caótica do governo federal. Ou seja, tudo de ruim que acontece no Brasil atualmente, a culpa recai sobre o PT. Este tipo de comportamento revela o quanto nossa sociedade se encontra doente. Não consegue mais aplicar a sensatez. Já descamba para o ódio.

 Antes da existência das redes sociais era difícil detectar essa anomalia político econômica. Agora tudo mudou. Na internet ocorre gratuitamente a intolerância. As pessoas tiram as máscaras. Destilam o veneno da falta de jogo político. Não consegue separar oposição de raiva. Tudo de negativo é creditado ao partido da presidente Dilma.

 Se de fato fosse uma bomba encontrada naquele trecho da Avenida Paulista, como  é possível ir jogando a culpa num segmento partidário do Brasil, sem qualquer tipo de prova? É muito perigoso quando parte da sociedade envereda por caminho pantanoso igual a este.

 É semelhante à vítima de racismo que passa a odiar negros ou brancos por que sofreu violência nas mãos de pessoas desta etnia. Ou a mulher passar a odiar todos os homens, por causa de violência sexual ou mesmo alguém que, alvejado pela polícia, tomou extrema raiva desta instituição e jogou todos os seus componentes na vala comum da arbitrariedade.


 As pessoas precisam colocar os pés no chão. Não se pode incentivar o ódio contra ninguém. A vida é semelhante um grande barco, onde estamos de passageiros. Cada ser humano carece da ajuda do outro. Mesmo o bilionário necessita do trabalho doméstico do pobre.

 Afinal de contas rico nenhum irá fazer faxina a casa de outro endinheirado. Todos têm direito de jogar no time da oposição. Aliás medida salutar para troca de ar na sociedade. Não pode é deixar a intolerância cegar a razão.  Abaixo vejam alguns do comentários comprovando a loucura que toma conta de parte dos brasileiros: 

Com certeza Jisleny para acabar com esta roubalheira deste partido que enganou o povo pregando a divisão de riquezas; não passam de um bando de ladrões que enriqueceram as nossas custas . Pergunte se o Lula algum dia trabalhou quando era operário. Ficava no sindicato ganhando sem trabalhar até conseguir o poder com o voto de um povo sem cultura que vivia na ilusão de sair da pobreza. Hoje José Dirceu, Genoíno, Lula e etc estão na mordomia vivendo do nosso dinheiro que somos honestos e pagamos impostos para estes vagabundos. Que nasça outro Osama Bin Laden para acabar com esta festa em cima de um povo sofrido,

Tatiana Zaharansky Almeida Monteiro
Quem deu a oportunidade e abriu portas para esse ódio foi o Lula durante as eleições quando disse "NÓS CONTRA ELES", e mais, o presidente da CUT disse ao vivo em rede nacional que iria às ruas para a guerra armados. Entendeu quem tem o ódio nas veias. Não foi a direita quem disse isso. É a lei da ação e reação. Se as autoridades e o governo não tomarem providências, inclusive tirando o Lula de onde ele estiver ou querer estar (até porque ele não tem cargo no governo, estranho ele estar em Brasília transitando pelos corredores), tirando espaços desses movimentos que não protegem as pessoas de menor renda e sim pensam apenas em si, tirando sanguessugas de Brasília que apenas fazem algo se receberem algo em troca e isso não é pensar na população, estaremos a caminha de uma guerra civil declarada. Uma bomba em um ponto de ônibus não é algo comum no Brasil, é de se repensar os conceitos no Brasil.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Violência policial supera massacre do Pavilhão nove






Maioria dos presos foi fuzilada dentro das celas do Pavilhão Nove a tiros de metralhadoras e pistolas

Luís Alberto Alves

O dia 2 de outubro de 1992 era uma sexta-feira. Porém diferente das demais: aquela data ficaria marcada como a chacina do Pavilhão Nove, na então Casa de Detenção, que ficava no terreno onde hoje existe o Parque da Juventude, no Carandiru, Zona Norte de SP. Oficialmente a tropa de choque da PM, sob comando do major Ubiratan, executou 111 detentos. Extraoficialmente teriam morrido 354 presos, a maioria fuzilados a tiros de metralhadores e pistolas automáticas, amontoados nos cantos das celas.

 Passados 23 anos, a cada semestre temos uma chacina igual à do Pavilhão Nove acontecendo...nas ruas. Os primeiros sete meses de 2015, de acordo com dados da Ouvidoria das Polícias e do Instituto Sou da Paz, registram 494 homicídios atribuídos apenas a policiais. Este número é três vezes maior do que as execuções ocorridas dentro da Casa de Detenção.

 Em 2014, entre janeiro e junho, a PM matou 317 pessoas, maior do que no primeiro semestre de 2003, quando 399 assassinatos foram cometidos por agentes do Estado, pagos para proteger a população, mas que às vezes funcionam como exterminadores de vidas.

 Nos bairros da periferia de São Paulo é perigoso andar à noite, principalmente quando a futura vítima for negra e jovem. Caso encontre pela frente carros da Força Tática ou da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) é grande a chance de entrar nestas macabras estatísticas.

 Parte da população aplaude o modo de agir da PM. Segundo os Boletins de Ocorrência, os mortos teria reagido à abordagem e no revide morreram. Infelizmente diversos inocentes, muitos trabalhadores, perdem a vida e no depoimento dos policiais são transformados em bandidos, mesmo com carteira registradas.

 Talvez o avanço da criminalidade tenha retirado de muitas pessoas o bom senso. A capacidade de raciocinar de que não é função da PM executar, mas repreender a criminalidade, levando os suspeitos até as delegacias para que sejam detidos e depois julgados. É perigoso quando a sociedade atinge este estágio, apostando na truculência como solução de problemas sociais. É o caminho rápido para institucionalização da barbárie.