Postagem em destaque

A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Geração escrava da tecnologia



Tecnologia que aproxima pessoas distantes, afasta quem está ao nosso lado

Luís Alberto Alves

 É incrível como a atual geração de jovens se tornou escrava da tecnologia. Não conseguem fazer qualquer atividade longe do apoio da internet ou mesmo de calculadora. Mesmo tarefas simples exigem deles o apoio do Google na busca por informação, em muitos casos duvidosa. Cálculos de matemática feitos de cabeça são raros entre os adolescentes. Preferem a ajuda da máquina de calcular existentes no celular.
  Poucos desenvolvem o saudável hábito da leitura. Preferem abrir o Google e pegar a informação ali publicada e assumir verdades, que podem ser falsas. O mundo corre grande perigo, pois dentro de poucos anos, eles serão adultos, alguns ocupando postos importantes nas empresas e até mesmo em setores do governo.

 Há poucos anos ouvi de um jovem a seguinte frase: “sem internet não consigo fazer nada”! Percebi que seu mundo girava em torno de aparelhos de informática. Para fazer comida, o melhor era correr para os temíveis restaurantes de fast food, quando salutar seria degustar a alimentação repleta de arroz, feijão, salada, carne, frango ou peixe, suco de fruta natural, deixando de escanteio os refrigerantes.

 São poucas as mulheres desta geração experts na arte de cozinhar, mesmo o básico. Optam pelo rápido, cheio de calorias e substâncias químicas culpadas pelo aumento da hipertensão e diabetes, principalmente entre crianças. Pois a tecnologia está dentro das cozinhas. Quantos não fazem arroz no micro ondas? Ou mesmo outro tipo de alimento sem passar pelo fogão.

 Quantos não preferem a falsa comodidade das redes sociais em vez de apostar na deliciosa visita à casa do amigo ou amiga? Para os nossos adolescentes e jovens, mandar torpedos ou curtir a página do colega é algo que parece amizade. Não é. A tecnologia que nos faz entrar em contato com pessoas distantes, atualmente afasta quem se encontra ao nosso lado.

 Antigamente as crianças gostavam de brincadeiras de rua, como jogar taco, pega­pega, bolinha de gude, carrinho de rolimã (alguns até faziam o próprio), ou caçar passarinho. Hoje, elas grudam nos jogos eletrônicos dos celulares e esquecem de viver a infância. Desenvolvem tendinite ainda cedo, por causa do hábito de digitar rapidamente nos teclados de celulares ou tablets.

 Mesmo nos estúdios, a tecnologia tem fabricado falsos talentos. Afinal de contas os programas de computadores são capazes de afinar a voz de alguém que nasceu sem nenhuma queda para cantar. Esse avanço é responsável pelo surgimento do Pancadão. Canções de uma nota só, cuja batida rítmica nunca muda. São poucos os garotos com violão, guitarra ou cavaquinho nas mãos. É preferível usar o computador para “fabricar” uma música de péssima qualidade.


  Essa mesma tecnologia é culpada pelo desinteresse do jovem por atos tão belos, como ler um livro de romance. É a geração da velocidade. Tudo precisa ser rápido. Pegar algo nas mãos é perda de tempo. Nessa busca louca por momentos de fama, passaram a fazer fotos de todos os seus momentos, mesmo o de intimidade e postar nas redes sociais. Desconhecem que a sabedoria é o melhor que podem conquistar. Devemos desfrutar dos avanços tecnológicos, porém sem ficarmos dependentes deles.

Holanda mostra que nunca se deve desanimar numa luta



Lance que iria originar o pênalti que premiaria o esforço da Holanda contra o México

Luís Alberto Alves

 A partida entre Holanda e México, disputada no sábado (28) mostrou exemplos que devemos seguir em nossa luta diária pela sobrevivência. Após marcar o primeiro gol, o técnico mexicano tirou o atacante Giovani Santos e colocou outro atleta para fortalecer o meio de campo e segurar o resultado que o levaria para as quartas de final.

 Para muitos torcedores, a laranja mecânica do futebol iria para casa mais cedo. Mas os craques holandeses não se abateram. Prosseguiram na batalha para reverter o resultado negativo. O goleiro Ochoa, grande muralha deste Mundial, passou a sofrer intensos ataques. Todos pela ponta direita. Aos 42 minutos do segundo tempo, o meia-atacante Robben sofre pênalti e a partida empata.

 Este resultado levaria o jogo para uma desgastante prorrogação, debaixo de forte calor. A Holanda aumentou a dose. Aos 46 minutos veio o segundo gol, num chute violento indefensável para Ochoa. Os mexicanos perderam a vaga que estava nas mãos. Aceitaram o resultado e recuaram.

 Quantas vezes em nossa vida não tomamos atitudes iguais ao da equipe do México? Por medo ou falta audácia nos conformamos com as migalhas caídas da mesa, quando deveríamos lutar para sentar e compartilhar do banquete que ali está sendo servido. É a derrotista máxima de que é melhor um pombo na mão do que dois voando. Nem sempre o que ficou em nossas mãos é bom.

 Nas empresas não é novidade encontrar funcionários frustrados, mesmo ungidos de grande talento. Não têm coragem de sair dali e apostar no seu sonho. “Como arquiteto posso fazer belos empreendimentos residenciais, mas aqui tenho salário e a certeza que dificilmente serei demitido. Prefiro não arriscar, afinal de contas ninguém vive de sonhos”, assume o empregado que poderia fazer a diferença neste mercado.

  Poucas pessoas apostam no próprio potencial. Preferem o comodismo ou mesmo a sombra de algo que aparentemente passa segurança. O mercado financeiro é repleto de bancários que saíram dos bancos de faculdade, mas que continuaram na categoria, por receio de quebrar a cara na disputa por um lugar ao sol.

 Em qualquer profissão existe dificuldade. Só o capacitado vai transpor a barreira. O primeiro passo é apostar na sua força interior. Ir à luta sem qualquer medo. Enfrentará obstáculo, porém conseguirá concretizar o objetivo. Quanto ao medroso, ficará no mesmo lugar de sempre, comendo das migalhas caídas da mesa. Se o México fosse audacioso, teria despachado a forte equipe da Holanda. Quem sabe na próxima Copa do Mundo eles aprendem a lição de que a melhor a defesa é ataque, assim como na vida.



Choro pode ser sinal de fraqueza?




Luís Alberto Alves

 O choro dos jogadores da Seleção Brasileira na batalha contra o Chile, sexta-feira (27) virou polêmica. Alguns defendem os craques, outros criticam, qualificando a atitude como fragilidade emocional. Porém em todas as profissões existe pressão. Imagina o empresário próximo do final do ano, calculando pagamento de impostos (e são muitos), de fornecedores, de aluguel, salários e 13º, depositando a confiança nas compras do produto que sai de sua linha de montagem.
Líder não fica sentado quando precisa tomar decisão importante


 Para aumentar a dramaticidade, suponha que essa indústria tenha 500 empregados. Como o valor do rendimento do operário registrado é quase 100% em encargos, a folha de pagamento é imensa. Caso não recebam o dinheiro no mês de dezembro, a confusão está armada, com paralisações e manifestações na porta da empresa. Nem por causa disso enxergamos empresários chorando, pois precisam resolver o problema rapidamente. Afinal de contas famílias dependem do dinheiro que sairá da conta corrente dos empregados que trabalham.

  Outro caso de pressão é a sofrida pela tripulação de aviões. Toda decolagem e pouso são grandes o risco de acidente fatal, resultando em centenas de mortos. Quem não se lembra do desastre com Fokker 100 da TAM em 1996, ceifando a vidas de 99 passageiros poucos segundos após sair do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de SP. Não encontramos histórias de pilotos e comissários de bordo chorando, ao saber que a vida deles e das pessoas que estão ali viajando pode se acabar num piscar de olhos, caso a aparelho exploda na decolagem ou o trem de pouso apresente defeitos ao pousar.

 Não existe ninguém igual ao outro. Os craques da Seleção Brasileira sabem a importância desta Copa do Mundo no País. Da alegria que pode proporcionar à população o hexacampeonato. A realização do sonho para sepultar o pesadelo de 1950. O próprio governo aposta no título, do contrário as manifestações colocarão em xeque a gestão Dilma Rouseff, pois muitos estádios irão se transformar em elefantes brancos após esse mundial.

 O grave problema é que esse time não tem muitos atletas que assumam para si a responsabilidade. Tipo Dunga ou Rondinelli, zagueiro do Flamengo conhecido por sua raça na década de 80. Na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, o volante Toninho Cerezzo chorou no vestiário, assumindo a culpa por um dos gols da Itália. Levou uma “dura” do atacante Serginho Chulapa, que antes de virar artilheiro no São Paulo nas décadas de 1970 e 1980, conheceu a várzea da Zona Norte, inclusive da Casa Verde e Parque Peruche. Voltaram e lutaram até o último minuto de partida.

 Líder não pode sentar em cima da bola, antes da cobrança fatal de pênaltis e chorar. Como capitão Thiago Silva deveria encostar os colegas na parede e descarregar a pressão jogando bom futebol. Disputando cada lance com garra, se possível atirando o adversário na pista de atletismo. Ir para cima. Jamais assumir uma derrota, sem antes conhecer o adversário. O torcedor não é bobo. Ele sabe quem dá o sangue durante a partida e quem se esconde atrás do nome.


 O menino Neymar, apesar dos 22 anos, tem mostrado que acredita no sonho do hexacampeonato. Ou alguém duvida do craque machucado, resolver cobrar um pênalti, com quase 90% chance de errar por causa das dores? O grupo é consciente do significado de colocar as mãos nesta taça. Porém é preciso colocar o coração na ponta da chuteira e partir para cima dos leões. Um deles se chama medo. Num jogo só existem duas probabilidades: perder ou ganhar. Para conhecer o resultado é preciso entrar em campo e segurar o choro na decisão.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Tua vida se resume a um pedaço de papel




A papelada que o brasileiro não consegue driblar durante a vida

Luís Alberto Alves

 Por mais avanço do mundo, o ser humano continua preso a papéis. Sem eles sua existência é nula. Nem a internet conseguiu derrubar esta barreira. Quando a criança nasce, o registro é a prova que aquela vida está legal perante o Estado. Alguém sem esse documento é inexistente perante as autoridades. A vida do bebê vai seguir o caminho da vida por meio de vários pedaços de papéis.

 Para entrar na escola, os pais precisam apresentar o registro de nascimento comprovando a idade do estudante. Essa rotina andará ao seu lado sempre. Na adolescência, ou mesmo na infância, vai tirar o RG, outro papel que mostra a situação de honestidade daquele cidadão perante a Justiça. Na formatura, o diploma é um pedaço de papel comprovando a finalização de determinado curso colocando aquele aluno, no caso de faculdade, na classe dos bacharéis.

 O mercado de trabalho só aceita funcionário munido de carteira profissional. Ela registrará a vida do empregado até chegar o sonhado dia da aposentadoria. Mostra quanto tempo permaneceu numa empresa, as promoções. A Previdência Social não aceita outro documento como prova de tempo de serviço prestado. Mesmo amarelado, é um papel que jamais pode ir para o lixo. Do contrário é dor de cabeça no futuro.

 Na época do Serviço Militar, os jovens recebem o certificado de reservista. Pedaço de papel comprovando que ele se apresentou às Forças Armadas. Rico ou pobre, famoso ou anônimo, não escapa desse pedaço de papel. Por enquanto as mulheres estão fora dessa obrigação.

 O CPF, atualmente um cartão, mas no passado era de papel, é a prova da vida financeira de alguém. Bom ou mau pagador é registrado por meio do número ali existente. Válido em todo o Brasil é difícil comprar a crédito ou abrir conta corrente sem esse documento. Por meio dele o Serviço de Proteção ao Crédito conhece o presente ou passado do consumidor.

 Não adianta ser ótimo motorista, mas faltar a carteira nacional de habilitação. Perante as autoridades de trânsito, a CNH é comprovante para dirigir qualquer tipo de veículo, por causa da letra ali existente. A D permite conduzir caminhões e ônibus, por exemplo. Passar numa blitz policial dirigindo sem esse documento é sinônimo de dor de cabeça e processo, caso tenha atropelado alguém ou provocado acidente.

 Até para casar o “ditador” papel marca presença na vida dos noivos. O cartório vai publicar edital para verificar se o homem ou mulher estão casados, em outras cidades ou mesmo regiões do Brasil. Após determinado prazo, acende o sinal verde ou vermelho. Alguém, perante a Lei, é casado quando apresenta a certidão de casamento.

 Não deu certo a união firmada no cartório, entra em ação outro papel: a certidão de matrimônio trazendo carimbada no verso a informação de que aquela pessoa é separada ou divorciada. É a prova de que não é mais solteiro (a). O papel é a prova final.

 Comprou um imóvel, a escritura, com várias páginas, mostra quem é dono daquela propriedade. A regra é válida para todos os brasileiros donos de casas, apartamentos, sítios, fazendas ou mesmo terrenos onde estão empresas. Esse papel vale, perante a Justiça, como atestado final, de que tal pessoa é dona daquele bem.

  Após poucos ou muitos anos a morte chegou. Para mostrar ao governo o final da vida, o cartório vai emitir o atestado de óbito. Ele traz o nome do médico e as causas que ceifaram aquela vida. A partir deste documento, todos os dados do falecido são apagados dos órgãos governamentais, inclusive da Previdência Social.


 Nesses exemplos citados acima, ficou visível o quanto nós estamos reféns de papéis, mesmo em tamanho reduzido. Permanecemos grudados a eles. Por enquanto os avanços tecnológicos não permitiram que alguém escape deles. Nem fugindo para um país distante. Aliás, para viajar ao Exterior precisamos de passaporte. Licença para entrar em outra nação. Pelo visto é melhor deixar de escrever sobre assunto. Ainda bem, que é na tela do computador. Pelo menos nisto driblei o papel.... 

O coronel do sertão resolveu ir embora



Em mais de 50 anos de vida pública, Sarney aumentou a miséria do Maranhão, um dos Estados mais pobres do Brasil


Luís Alberto Alves

 Após mais de 50 anos de vida pública, o senador José Sarney (PMDB/AP) resolveu ir embora para casa. Não vai deixar saudades. Deveria ter feito isto há muito. Legítimo coronel do sertão, durante as cinco décadas que comandou o Maranhão, a população só conheceu e experimentou o aumento da miséria.

 Como se fosse um feudo tratou de colocar todos os parentes na máquina do governo, inclusive a filha Roseana, que mais tarde foi senadora e depois governadora. O filho Zequinha seguiu o mesmo caminho. Quem visita o Maranhão percebe que vários locais receberam nomes de alguém da família Sarney, desde ruas, avenidas, hospitais, escolas. Tudo. Algo adotado pelos ditadores, visando permanecer na memória da população.

 Como político oportunista, Sarney procurou sempre ficar ao lado da situação. Jamais teve peito de enfrentar o governo. Durante a Ditadura Militar navegou no barco da Arena, sigla criada pelos ditadores do regime para simular falsa democracia no Brasil pós golpe de 1964. Ali ficou até o barco naufragar em 1985, quando o general João Batista Figueiredo saiu do Palácio do Planalto.

  Esperto, Sarney percebeu que não era mais possível remar contra a maré. Entrou na chapa de Tancredo Neves como vice. A então Arena virou PDS. Assumiu a presidência do Brasil com a morte de Tancredo. Pensou que o país era o Maranhão, onde deitava e rolava e quase quebrou cara. Greves, inflação alta numa explosiva combinação com desemprego. Muitos sentiram saudade dos militares, quando na década de 70 sobrava trabalho.

 Na gestão Collor de Mello, oportunista Sarney não ficou na oposição. Depois resolveu entrar no PMDB que não tinha mais a aura de partido de oposição. Havia se transformado num balcão de negócios, com a legenda virando abrigo de figuras que nos países sérios, onde a Justiça funciona contra poderosos e ricos, estariam presos. Inclusive o próprio Sarney.

 Quando sentiu o fogo atingir seu feudo, por meio de uma operação da Polícia Federal, entrou na Justiça e censurou o jornal O Estado de S.Paulo, proibido de publicar o conteúdo da barbárie existente no seu quintal chamado Maranhão. 

 A população maranhense vai ficar feliz ao ver o coronel Sarney deixar o poder. Quem sabe assim novos ares soprem num Estado, onde miséria e descaso são irmãos gêmeos. Principalmente na questão da segurança pública, caótica, onde o crime organizado manda no presídio de Pedrinhas, em clara afronta ao governo de sua filha Roseana Sarney, que na verdade desconhece o significado da palavra competência.

 A saúde é outro caos. Ninguém do feudo Sarney se aventura a usar os hospitais. Preferem os existentes em São Paulo. Aos pobres ficam reservados os leitos sobrecarregados e ausência de materiais cirúrgicos, medicamentos e claro, a certeza de que é difícil sair vivo dali.

 Nas cidades do interior do Maranhão existem casas onde não há luz elétrica. Água encanada é artigo de luxo. Saneamento básico é palavra estranha. O banheiro se resume ao buraco cavado no chão, próximo ao poço de onde se tira água para beber. As desavenças são resolvidas pelos pistoleiros, que cobram ninharia para executar alguém.

  Nesses locais o mundo moderno que encontramos nas cidades do Sul e Sudeste do Brasil, ali é algo estranho. É comum o jagunço que manda na cidade dizer que a lei é ele quem faz, claro, com as bênçãos do “padim” Sarney. Nas eleições dificilmente a oposição consegue ganhar, por causa das fraudes e da compra descarada de votos.


 O sonho do jovem maranhense é sair dali e tentar a vida em São Paulo ou Rio de Janeiro, principalmente as meninas. Algumas delas ficam às margens das estradas tentando pegar carona com caminhoneiros e sair da falta de perspectiva de um lugar aonde o futuro nunca chega. Ele foi preso pela oligarquia Sarney durante mais de meio século. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ideologia: palavra desconhecida pelos políticos brasileiros





  • Para muitos eleitores de esquerda essa foto pode parecer miragem, mas é verdadeira

    Luís Alberto Alves


     Infelizmente a política brasileira se resume a jogo de interesses financeiros. Ninguém está preocupado com a defesa da população, mas de manter a conta corrente abastecida, com dinheiro arrecadado nas inúmeras falcatruas tramadas nos corredores da Câmara dos Deputados e Senado. A troca de partido entre os nossos parlamentares é vista como algo comum. Ideologia é algo que nunca entrará na rotina deles. Neste caso, o válido é prosseguir tirando vantagem em tudo. Depois questionam o motivo do aumento de votos nulos e brancos nas eleições. Precisa responder?
  •  Em todas eleições ocorre a mesma situação: partidos fazem alianças estranhas, jogando na lata do lixo a ideologia. A mais absurda delas é a aliança do PP (no passado ex­Arena, PDS e depois PPB) do nefasto Paulo Salim Maluf, grande colaborador do regime militar que deu o golpe de estado em 1964, retirando do poder um presidente eleito diretamente.
  •  Ele trabalha nos bastidores para que seu partido ocupe o cargo de vice­governador na chapa de Alexandre Padilha. Para eleger Fernando Haddad prefeito de SP, Lula não sentiu vergonha de sair na foto com Maluf. Corre nos bastidores o boato de que Gilberto Kassab (PSD), um dos piores prefeitos que São Paulo já teve vai engordar a lista de apoio de Padilha.
  •  Nos outros partidos o válido é continuar no poder. O PTB, do corrupto deputado Roberto Jefferson, resolveu pular no barco do tucano Aécio Neves para continuar mamando nas tetas do governo federal, caso Dilma Rousseff não consiga mais um mandato. Se ela ganhar, o PTB vai procurar outra forma de retornar ao poder, via bancada no Congresso Nacional, entrando na base de apoio ao futuro presidente.



  • quinta-feira, 19 de junho de 2014

    Perfeccionistas deveriam se casar com o espelho


    O espelho reflete nossas imperfeições

    Luís Alberto Alves

      Numa relação conjugal são comuns as diferenças. Afinal de contas ninguém é igual, do contrário não teria graça conviver ao lado de uma pessoa parecida com a nossa sombra. O mesmo de adoçar algo já doce. Mas existem homens e mulheres correndo atrás de suas cópias. Semelhantes nas atitudes, nos gestos de raiva ou educação, na administração do dinheiro, luta pela concretização dos sonhos. Enfim o reflexo de sua própria personalidade.

     Nesta luta é difícil descobrir qual busca com maior intensidade a finalização dessa loucura: homem ou mulher? É notório que o sexo feminino tem a sensibilidade bem aflorada. Não dá para comparar o talento de uma mulher arrumando a casa, cuidando dos filhos ou mesmo num cargo de chefia. Elas têm o feeling de detectar algo no ar, mesmo quando ocorre a luta para ocultar o malfeito. Exemplo disso são as mães: percebem que o dia de trabalho do filho não foi bem, só pela tonalidade da voz ao dizer boa noite.

     Infelizmente hoje, os casais se esforçam para encontrar alguém parecido em tudo com suas atitudes. Resultado disso será solidão. Dos bilhões de habitantes existentes na Terra, nenhum é parecido com outro, nem mesmo irmãos gêmeos. Cada um de nós tem sua particularidade. A marca registrada, o modo especial de ver qualquer tipo de acontecimento, de agir e mesmo reagir.

     A magia do casamento é complementar o outro. Suprir o que falta no parceiro ou parceira. Lapidar o diamante bruto, destacar suas virtudes, às vezes escondidas e nunca reparadas. Hoje, talvez por causa da velocidade das informações, vários casais estão caindo na armadilha do instantâneo. Exigem do outro (a) tudo perfeito. Não admitem falhas. Cobram tudo. Como se o relacionamento conjugal fosse linha de montagem.

     Caso você aja desta forma, é melhor tomar cuidado. Nunca encontrará alguém que seja sua cópia. É ilusão. É bom compartilhar sua amizade e carinho com a mulher ou homem que demonstre preocupação contigo. Não é ciúme, marcação cerrada, mas que deseja o teu bem em todos os sentidos. Que lhe telefona durante o dia para perguntar a respeito do seu trabalho, faculdade ou mesmo como está a casa, os filhos. Algo sadio. Mostra o quanto sua companhia é importante para ele ou ela.

     É bacana sermos corrigidos porque alguém que nos ama. Mesmo de forma ríspida, é uma maneira de destacar o cuidado com a nossa vida. Quantas vezes, na época da infância e adolescência, levamos “enquadradas” dos pais, ao perceber que estávamos caminhando rumo à trilha errada. Aliás, o verdadeiro amor alerta o parceiro (a). Quando andamos em direção ao abismo nunca desconfiamos. O motorista bêbado sai da festa e diz à esposa que consegue dirigir o carro. Está lúcido. Mas quem enxerga ele falar, com voz pastosa e sem equilíbrio nas pernas, percebe a mentira em suas palavras.

     Quando alguém vive no erro, nunca detecta para o mau que faz a si mesmo. É como viver vários dias num local imundo. Aos poucos o olfato se acostuma com o mau cheiro. Mas para quem está de fora, tudo é diferente. É neste momento que a correção coloca tudo nos eixos. O melhor amigo ou alguém que nos ama sempre se lembrará de nos aconselhar para o nosso próprio bem.

     Outra fábula do casamento é imaginar a ausência de momentos ruins. Tanto homem ou mulher pensam que o mar de rosas será eterno. Esquecem que essa flor de perfume maravilhoso tem espinhos. É lindo sentir a doçura e carinho de quem amamos, beijar os lábios doces e acariciar a pele macia da linda esposa ou ela sentir o calor quando aconchega a cabeça no peito do marido e suas mãos fortes acariciam os seus cabelos. E quando chegam as dívidas, o desemprego ou mesmos os dias da temível TPM? Tudo deve continuar lindo, pois após as nuvens escuras o sol volta a brilhar.

     Qual marido ou mulher não fica feliz quando percebe que um deseja o bem do outro. Seja no trabalho ou mesmo na concretização de sonho acalentado há tanto tempo. Receber os parabéns por aquela conquista, algo sincero. O abraço de alegria. Afinal esposo e esposa não são adversários num casamento. É a complementação.

     A essência do relacionamento conjugal é construída sobre o alicerce chamado verdade. Quando a mentira entra na vida do casal. Pode ter certeza que teve início o estrago do relacionamento, igual vazamento de água. Existem maneiras de se dizer a verdade, não é preciso humilhar ou mesmo agir de forma arrogante. Tudo deve caminhar na honestidade. Não vai dar para chegar a tempo de sair para aquele compromisso, é salutar telefonar e dizer o motivo. Mentir é tentar fazer o outro (a) de bobo (a). Mais vale o amargo da verdade do que a doçura da mentira.

    quarta-feira, 18 de junho de 2014

    Vice de Obama visita Brasil para corrigir erro dos EUA




    O vice Joe Biden tenta apagar o incêndio provocado pela política de espionagem dos EUA contra o Brasil

    Luís Alberto Alves

     A visita do vice-presidente Joe Biden nesta semana ao Brasil visa corrigir o erro da política internacional dos Estados Unidos cometidos recentemente. Primeiro tentaram empurrar ao nosso país os caças fabricados pela Boeing para renovar a frota da Força Aérea Brasileira. Perderam para os suecos. Arrogantes consideraram a fatura ganha, mas os militares da FAB optaram pelos aviões Gripen. A decisão demorou a sair, porém a oferta americana acabou recusada.

     Depois vieram as denúncias de espionagem feitas pela Agência Nacional de Segurança (NSA) que bisbilhotou empresas, cidadãos e a própria presidente Dilma Rousseff. A partir daí ela recusou viajar aos Estados Unidos para participar de jantar oferecido por Barack Obama, ano passado. É o mesmo do marido adúltero, pego em flagrante com a amante, fingir santidade na busca do perdão da esposa traída.

     Mas como em política as opiniões mudam rapidamente, iguais as nuvens do céu, é provável que Biden saia de Brasília com o incêndio debelado. Sua viagem revela que a política do grande irmão do Norte sofre mudanças. Mergulhado numa forte crise econômica, com o desemprego funcionando como lama grudada no pneu do carro atolado, os Estados Unidos perceberam que não podem continuar insistindo na falsa impressão de permanecerem donos do mundo. Principalmente por causa do veloz crescimento econômico da China, país que várias nações correm atrás em busca do seu gigantesco mercado, ignorando sua triste e decepcionante política de direitos humanos.

     Infelizmente a América Latina foi ignorada várias décadas pelos Estados Unidos. Abaixo de Miami todos os países eram considerados lixo ou república de bananas. A população norte-americana visualizava o Brasil como lugar exótico, onde cobras e onças andavam nas praias do Rio de Janeiro e índios usavam suas flechas para atacar turistas. O surgimento da Internet mostrou a realidade. A forte crise econômica ajudou as empresas a procurar outros nichos. Vários executivos viajaram ao Brasil em busca de fechamento negócios, inclusive para vendas de seus produtos.

     A Flórida percebeu que brasileiros tinham dinheiro, quando a maioria dos seus imóveis passou a ser compradas pelos “brazucas”. As viagens para Disney aumentaram. Num gesto de bom senso o governo americano reduziu a burocracia para entrar naquele país. Claro, a condição econômica do turista brasileiro virou fiel da balança.Hoje, ao contrário do passado, o Brasil é credor dos Estados Unidos.


     Mesmo assim, a arrogância do governo de Barack Obama insistiu na espionagem contra empresas e cidadãos brasileiros. De nariz arrebitado, achavam que a concorrência dos caças estava ganha. Perderam. Depois surgiu a denúncia das espionagens. Ai a casa caiu de vez. Com fortalecimento das exportações para a China, os Estados Unidos perceberam que eles não são a última bolacha do pacote. Essa é a razão da viagem do vice Joe Biden: tentar apagar o incêndio provocado por uma política indecente, onde jamais um grande parceiro deve ser ludibriado, nem sua intimidade vasculhada. 

    sexta-feira, 13 de junho de 2014

    Brasil racista mostra a cara outra vez



    Marcelo foi alvo de vários ataques racistas no Twitter

    Luís Alberto Alves
     Para os inocentes de plantão, que batem os pés contra a existência de racismo no Brasil e sim discriminação social, alguns internautas no Twitter revelaram o contrário. Uma minoria em nosso país não gosta de negros. O gol contra do lateral-esquerdo Marcelo na partida Brasil x Croácia, ontem no Itaquerão, Zona Leste, na abertura da Copa do Mundo, foi o estopim para comentários raivosos.

      O twiteiro identificado como Lucifer (pelo apelido deve ser tremendo mau caráter) escreveu: “olha meu cachorro falou aqui sobre o gol “tinha que ser preto né”, que cachorro mau. Depois veio outra paulada sobre o jogador da Seleção Brasileira, por alguém que assina como Harnock: “tira esse Marcelo de campo, depois vai dizer que sou racista, mas tinha que ser preto”.
    Prova do ódio destilado pelos racistas contra o jogador da Seleção Brasileira


     No total de ataques, cinco internautas vomitaram o ódio contra o erro cometido pelo lateral do Brasil, como se errar fosse prerrogativa só de negros e acertos somente para brancos. Agora compreendo a humilhação sofrida pelo goleiro Barbosa na Copa do Mundo de 1950, quando o Brasil perdeu a final disputada com o Uruguai. Até sua morte, aos 79 anos, em abril de 2000, carregou a culpa de não ter conseguido impedir a gol que deu ao Uruguai o título daquele Mundial.

     Aliás, durante vários anos a então CBD (Confederação Brasileira de Desportos), hoje CBF (Confederação Brasileira de Futebol) ficou sem convocar goleiros negros para defender a Seleção em Copas do Mundo. Só em 2002, o arqueiro Dida quebrou essa maldição sagrando campeão.
    Comentários desse tipo revelam o quanto o racismo está impregnado em minorias deste país.

     A própria festa de abertura deixou de fora o torcedor brasileiro de cor negra, numa nação onde 50% da população são escuras. A Fifa que em público é contrária ao racismo, é a primeira adotar práticas discriminatória ao gerar imagens distribuídas para emissoras de televisão, só focando em homens e mulheres, brancos, de aspecto bonito, como se os negros fossem todos doentes.

     O azar de Marcelo foi a bola chutada pelo croata Jelavic ter batido no seu pé e entrar no gol brasileiro. Imaginem esta situação numa final e o título não ficasse no Brasil. Provavelmente ele teria de sair escoltado pela polícia do estádio, colocado num avião para permanecer em local seguro.  Carregaria para sempre o peso de colaborar para a derrota da Seleção e, claro, o comentário racista: “só podia ser coisa de preto”.

      O mais curioso dessa triste história é que o melhor jogador de futebol de todos os tempos é negro: Pelé. Em nenhum país ninguém questiona essa qualidade do eterno camisa 10 do Brasil. Cabe ao serviço de inteligência da polícia identificar todos esses internautas e que eles paguem pelo erro na Justiça.

     Não adianta aparecer advogados dizendo que foram comentários sem desejar ofender ninguém, tudo feito no calor da emoção do jogo. Erraram feio, pois o publicado na internet ganha o mundo e não volta mais. É igual soltar penas no alto de uma montanha e depois pretender juntar tudo de novo.



    quinta-feira, 12 de junho de 2014

    Globo apresenta Brasil sueco na abertura da Copa do Mundo



    Pelas câmaras da Rede Globo, só aparecem torcedores de pele clara

    Luís Alberto Alves

      Hoje (12) na abertura da Copa do Mundo no Itaquerão, pelas imagens da Rede Globo, algo me chamou a atenção: os closes das arquibancadas só destacavam torcedores brancos. Parecia que estávamos na Suécia ou qualquer outro país europeu. Como faz com suas novelas, onde é mínima a presença de atores e atrizes de pele escura, o mesmo se repetiu no futebol.

     Quando assumiu de vez os desfiles das escolas de samba em São Paulo, aos poucos destaques e passistas negros foram perdendo espaço, para ceder lugar para artistas das casas, com “melhor plástica”. Ou seja, pele clarinha, olhos azuis ou verdes, para causar boa impressão no Exterior.

     Nas conversas que já tive com jornalistas estrangeiros, sempre eles questionam a mesma coisa: “engraçado, como o Brasil tem muitos negros. Curioso que não os encontramos nas novelas vendidas para os nossos países. Vocês têm vergonha da cor da pele?” Realmente, o país exibido nos filmes e novelas da Globo é diferente do real, principalmente das periferias onde a maioria dos moradores não é branca.

     Assim como fez com carnaval paulistano, retirando sutilmente passistas e destaques negros, a Globo aplicou a mesma regra na abertura da Copa do Mundo. Ao soltar a imagem, ocorre rápida edição e foco são os rostos de matiz europeu.

     É algo que o leigo não consegue captar rapidamente. É preciso o olhar crítico de jornalista, profissão que exerço há quase 30 anos, para perceber este tipo de sacanagem. Não vejo demérito nenhum mostrar ao mundo nossa verdadeira cara. Esse Brasil de várias mistura de cores, que resultou numa nação alegre e batalhadora.

     Povo sofrido, mas especialista em encontrar forças onde ela já se esvaiu pelo ralo. Talvez para o elitismo global, mostrar muitos negros por meio de suas lentes possa aguçar o sentimento de alto estima. E claro, eles podem começar a lutar ferozmente pela conquista de espaço para que a igualdade seja realidade, principalmente nos filmes e novelas, onde personagens negros são reservados aos vilões e prostitutas...


    quarta-feira, 11 de junho de 2014

    Copa do Mundo ou da Segurança Pública?




    Excesso de segurança poderá tirar o brilho da Copa do Mundo


    Luís Alberto Alves

     O ônibus trazendo os jogadores da Seleção Brasileira entrou na Avenida 23 de Maio, uma das mais importantes de São Paulo, após as 23 horas de ontem (10). Garoava, e logo chegou ao hotel, próximo ao Obelisco do Ibirapuera. Alguns corajosos torcedores tentaram recepcionar Neymar e Cia., mas o aparato policial os assustaram: PMs, Polícia Federal, soldados do Exército e segurança particulares. O cordão de isolamento manteve o público longe dos atletas.

     Mais parecia um hotel em Bagdá, Iraque, onde são grandes os riscos de atentados. Por causa de ameaça de greve dos metroviários no dia 12, data de abertura da Copa do Mundo no estádio Itaquerão, Zona Leste, todas as estações da Linha Vermelha, receberam policiamento reforçado da PM e auxílio da Polícia do Exército. Ou seja, de homens preparados para matar, nunca para reprimir.

     A meta é proibir qualquer tipo de manifestação no trajeto ou mesmo próximo do Itaquerão. Em nome de um evento esportivo, realizado por uma entidade particular, no caso a Fifa, as 12 sedes onde ocorrerão os jogos do Mundial, até a final no dia 13 de julho, a segurança pública estará em todos os locais. Nem os altos dos edifícios, que possam colocar em risco a vida de atletas e autoridades, estarão livres da presença de atiradores de elite das Forças Armadas.

     Com tantos policiais nas ruas, corre-se o risco da Copa do Mundo perder sua beleza, de algo espontâneo, onde a alegria dos torcedores é o tempero das partidas. Em caso de derrota, se um grupo começar a xingar os jogadores, eles poderão ser presos? E caso alguém jogue o copo cheio de bebida na direção do juiz suspeito de ignorar pênalti legítimo, também pode cair na vala de suposto terrorista?

     Segurança é preciso, mas calculo que o governo brasileiro exagerou na dose. Mobilizar 180 mil homens, envolvendo Forças Armadas, Polícia Federal, PMs, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) infiltrados entre os torcedores, além de 40 mil soldados do Exército é algo absurdo, quando se trata apenas de uma Copa do Mundo.

     A regra é impedir qualquer tipo de protesto perto dos estádios, porque falar em atentados terroristas no Brasil é viajar na maionese. Só na época da Ditadura Militar que eles ocorreram, muitas vezes praticados por agentes do próprio regime, como foi na explosão de bomba no estacionamento do Rio Centro, no começo da década de 1980, cuja missão ficou a cargo de um tenente e um sargento do Exército.

     Por que a soma astronômica de cerca de R$ 2 bilhões investida nesta operação de guerra contra manifestantes não foi aplicada para reforçar o policiamento nas fronteiras, impedindo a entrada de drogas e armas que abastecem o crime organizado? Não é interessante ao governo. Não vira vitrine para o mundo. Por que inexiste a preocupação de oferecer Segurança Pública à população, cada vez mais reféns dos criminosos.

     Não é novidade na periferia, onde quem manda são as facções criminosas. Inclusive ordenando o fechamento do comércio em determinados horários ou mesmo autorizando quem pode circular ou não em determinados locais.
    Por outro lado a Polícia Militar é educada para reprimir pobre, preto e favelado, tratando todos como se fossem bandidos. Quando na verdade os mafiosos residem nas mansões luxuosas dos bairros grã-finos.

     Infelizmente vejo este investimento feito para algo que não merece tamanha preocupação, pois após o dia 13 de julho, os cofres da Fifa ficarão mais cheios de dinheiro e o cidadão comum continuará sofrendo nas filas dos hospitais públicos, onde nunca tem seu problema de saúde resolvido, as escolas prosseguirão com péssimo ensino e as favelas ainda permanecerão como última opção de moradia, para quem deu a sorte de jogar num time de futebol de elite. Ou seja, estão usando tiro de canhão para matar formiga...