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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vice de Obama visita Brasil para corrigir erro dos EUA




O vice Joe Biden tenta apagar o incêndio provocado pela política de espionagem dos EUA contra o Brasil

Luís Alberto Alves

 A visita do vice-presidente Joe Biden nesta semana ao Brasil visa corrigir o erro da política internacional dos Estados Unidos cometidos recentemente. Primeiro tentaram empurrar ao nosso país os caças fabricados pela Boeing para renovar a frota da Força Aérea Brasileira. Perderam para os suecos. Arrogantes consideraram a fatura ganha, mas os militares da FAB optaram pelos aviões Gripen. A decisão demorou a sair, porém a oferta americana acabou recusada.

 Depois vieram as denúncias de espionagem feitas pela Agência Nacional de Segurança (NSA) que bisbilhotou empresas, cidadãos e a própria presidente Dilma Rousseff. A partir daí ela recusou viajar aos Estados Unidos para participar de jantar oferecido por Barack Obama, ano passado. É o mesmo do marido adúltero, pego em flagrante com a amante, fingir santidade na busca do perdão da esposa traída.

 Mas como em política as opiniões mudam rapidamente, iguais as nuvens do céu, é provável que Biden saia de Brasília com o incêndio debelado. Sua viagem revela que a política do grande irmão do Norte sofre mudanças. Mergulhado numa forte crise econômica, com o desemprego funcionando como lama grudada no pneu do carro atolado, os Estados Unidos perceberam que não podem continuar insistindo na falsa impressão de permanecerem donos do mundo. Principalmente por causa do veloz crescimento econômico da China, país que várias nações correm atrás em busca do seu gigantesco mercado, ignorando sua triste e decepcionante política de direitos humanos.

 Infelizmente a América Latina foi ignorada várias décadas pelos Estados Unidos. Abaixo de Miami todos os países eram considerados lixo ou república de bananas. A população norte-americana visualizava o Brasil como lugar exótico, onde cobras e onças andavam nas praias do Rio de Janeiro e índios usavam suas flechas para atacar turistas. O surgimento da Internet mostrou a realidade. A forte crise econômica ajudou as empresas a procurar outros nichos. Vários executivos viajaram ao Brasil em busca de fechamento negócios, inclusive para vendas de seus produtos.

 A Flórida percebeu que brasileiros tinham dinheiro, quando a maioria dos seus imóveis passou a ser compradas pelos “brazucas”. As viagens para Disney aumentaram. Num gesto de bom senso o governo americano reduziu a burocracia para entrar naquele país. Claro, a condição econômica do turista brasileiro virou fiel da balança.Hoje, ao contrário do passado, o Brasil é credor dos Estados Unidos.


 Mesmo assim, a arrogância do governo de Barack Obama insistiu na espionagem contra empresas e cidadãos brasileiros. De nariz arrebitado, achavam que a concorrência dos caças estava ganha. Perderam. Depois surgiu a denúncia das espionagens. Ai a casa caiu de vez. Com fortalecimento das exportações para a China, os Estados Unidos perceberam que eles não são a última bolacha do pacote. Essa é a razão da viagem do vice Joe Biden: tentar apagar o incêndio provocado por uma política indecente, onde jamais um grande parceiro deve ser ludibriado, nem sua intimidade vasculhada. 

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