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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

As pessoas deveriam imitar os cães

Cães têm qualidades ignoradas pelo ser humano


Luís Alberto Alves

 Fidelidade! Esta é uma das qualidades dos cães. Não importa o que aconteça com o seu dono, ele continua fiel. É diferente do ser humano. Permanece ao lado de alguém enquanto o mar está calmo, sem ondas violentas. Na primeira, pula do namoro, noivado ou mesmo casamento. O cachorro sabe comer contrafilé, ração de qualidade, e também consome arroz e feijão, quando a situação econômica da família onde mora não é boa.
 Alegria. Apesar de considerados irracionais, os cães são alegres, principalmente ao sair no portão para receber seus donos. Ao balançar o rabo demonstra a felicidade de revê-los após longo dia de trabalho e estudos na faculdade ou mesmo colégio. Faz festa, corre para todos os lados e depois se joga nas pernas das pessoas que o recebeu ainda bebê e lhe deu um lar.

Sem vingança. Mesmo nos momentos de ira, o cão compreende as pessoas. Ignora o pontapé e até mesmo os xingamentos das horas de raiva. Ao ver a poeira baixar, se aproxima como se estivesse perguntando: “Está tudo bem agora, posso ficar ao seu lado”? Consegue esquecer rapidamente a maldade cometida contra ele. Retira do coração o veneno da vingança e rancor.

Protetor. Para garantir a segurança da casa onde mora, o cão fica alerta sempre. Seja noite ou dia, ao perceber a presença do perigo, começa a latir, rosnar e até avançar contra o causador do problema. Só sossega quando o problema é resolvido. Há casos de cachorros que enfrentaram cães maiores e violentos para guardar a vida de crianças de dois anos de idade, correndo sério risco de morte. O cão guarda o seu dono, independente da situação.

Sensibilidade. Mesmo irracional, o cachorro sabe quando seu dono não se encontra bem. Percebe a tristeza nos olhos e até na tonalidade da voz. É quando encosta o corpo nas pernas daquele que o cria e late baixinho e balança o rabo, tentando dizer que ele está ali. Quando a pessoa adoece, deita perto da cama montando guarda. Na morte dos donos sente o impacto da perda, deixando de comer ou mesmo beber água.

 Quantas pessoas carecem dessas cinco qualidades existentes nos cães? Muitos deixaram morrer a sensibilidade com o próximo. A única preocupação é em ganhar dinheiro e status. Tratam os familiares como párias. Há muito abandonaram o instinto de proteção. Na hora ruim, são os primeiros a pular do barco, esquecendo-se das juras de amor feitas no pé do altar quando se casaram.

 Diversas pessoas adoram vingar-se. Destilam este veneno contra parentes e colegas de trabalho. Alguns fazem isto no trânsito, fechando deliberadamente o motorista que impediu sua passagem alguns quarteirões atrás. O marido ou esposa após o divórcio procuram jogar lenha nesta fogueira maligna da vingança para ver o mal de alguém que um dia esteve ao lado, nos bons momentos.

 A alegria atualmente é baseada no saldo bancário. Grande maioria da população virou escrava do consumismo. Têm prazer apenas na compra de objetos que logo ficarão abandonados nas gavetas do guarda-roupa ou armário. Tudo gira em torno de dinheiro e do interesse de conseguir algo. Poucos conseguem sentir-se felizes em todos os momentos. A alegria de muitos é conquistada nos vícios, principalmente de drogas e prostituição.

 Já a fidelidade é mercadoria rara no mundo atual. É rotina homens dizerem que não é possível transar apenas com a esposa. Novidades são bem-vindas. Mulheres fazem o mesmo, à procura de quebrar a rotina. Nas empresas diversos funcionários esquecem-se dos investimentos feitos neles e trocam de lado na primeira oportunidade que encontrar no mercado. Nem com Deus as pessoas permanecem fieis. Estão ao lado do Senhor nos momentos de bonança, quando o barco sofrer o balanço das fortes ondas, a fidelidade é a primeira a ser jogada no mar. Nesses exemplos citados acima, precisamos aprender muito com os cães.


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Conselhos úteis para empresa estrangeira ganhar dinheiro no Brasil


O Carnaval na Bahia dura vários dias, oposto de outras regiões do Brasil


Luís Alberto Alves

 O Brasil é um país de costumes curiosos para estrangeiros. A população é alegre. Não é adepta de questionamentos, principalmente em relação a governantes corruptos (há muitos nesta nação, em diversos níveis). O povo é emotivo, principalmente nos assuntos esportivos. Dos quase 200 milhões de habitantes, cada um é técnico de futebol em época de Copa do Mundo ou nas modalidades disputadas numa Olímpiada.

Se for final de campeonato de Fórmula-1, vira o melhor piloto de automobilismo, explicando em detalhes o que fazer para vencer e conquistar o título. Ficam tão envolvidos que discutem o assunto citando inúmeras informações pescadas nas reportagens para dizer que o brasileiro é o melhor do mundo. Caso você estrangeiro esteja no meio dessa conversa não ouse questioná-los. Sorria e finja concordar com os argumentos expostos.Nas cidades onde não há praias, a população adora frequentar shoppings, ou para comprar ou mesmo passear.
Mulata são mulheres que desfilam nas escolas de samba existentes em todo o País


 O local preferido para discutir qualquer assunto é a mesa de bares no Rio de Janeiro ou de padarias em São Paulo, os dois Estados mais importantes do País. Caro gringo, nunca, em hipótese alguma, despreze o brasileiro; jamais o chame de subdesenvolvido, de povo miserável e corrupto. A população adora pagar pequena quantia ao guarda de trânsito para escapar de punição grave, como estar circulando com pneu careca, documentação atrasada, mas numa viagem na estrada, o cidadão apelará para esse recurso. É errado, porém não o chame de corrupto.

                                                   Refrigério do perdão
 Bandidos na opinião do eleitor brasileiro são os políticos. O povo nunca vai se encaixar neste perfil, mesmo furando fila no banco, no supermercado ou mesmo no check in do aeroporto. Em questão de segurança pública, o brasileiro é extremista. Defende pena de morte aos criminosos, mesmo para o ladrão de relógio na esquina. Mas se for para alguém de sua família, vai apelar para a justiça, dizendo que o erro dele não merece tirar a vida como castigo. Ou seja, aos outros o peso da Lei e aos seus familiares o refrigério do perdão.
Dependendo do lugar, brasileiro gosta de furar fila para ser atendido primeiro


 Outro hábito estranho é falar de forma inversa. Caso você estrangeiro esteja numa reunião ou festa e o seu colega brasileiro disser: “estou chegando”! Na verdade ele está falando que vai embora. Quando vai perguntar algo, geralmente usam o tempo verbal incorreto: “fulano de tal, eu queria saber como ficará a situação da empresa neste cenário de crise”. Brasileiro não gosta de ser incisivo, questionando direto. Neste caso ele diria: “fulano quero saber como ficará a situação da empresa neste cenário de crise”.

 Cumprimento de horário não é o forte no Brasil. Nunca marque reuniões de negócios às 8h ou 9h da manhã, principalmente em São Paulo ou Rio de Janeiro, cidades atormentadas por grandes congestionamentos. Para alguém chegar ao encontro das 11h, marque às 10h. Até governantes, esfera municipal, estadual ou federal, descumprem horários. Pontualidade britânica inexiste entre brasileiros.
Congestionamento de manhã ou final de tarde acontece na maioria das grandes cidades brasileiras


                                                    Fechamento de negócios
 Os trabalhadores deste país adoram emendar feriados. Se for na quinta-feira, o dia seguinte acabará enforcado. E quando comparecem, a produção renderá pouco, porque a maioria estará de mau humor. O Carnaval no Brasil é sagrado. São cinco dias de festas, na Bahia ele dura várias semanas. Não adianta ameaçar com demissões. Quem entrar no lugar funcionário cortado vai repetir a mesma prática. Nunca caia na besteira de marcar compromissos, principalmente fechamento de negócios, nessa época do ano.

 Neste ano de 2014, o Carnaval começa dia 28 de fevereiro e chega ao fim no dia 5 de março. Antes disso o País vinha em marcha lenta. O grosso das grandes transações só decola depois desta festa. É como se a vida profissional e financeira tivessem início após a passagem da folia. Até os bancos encerram o expediente nesta sexta-feira (28) e só abre as portas ao meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas. Detalhe: a segunda-feira (3) não é feriado, mas tudo é ignorado.

 Caso sua empresa vá para o Rio de Janeiro, Bahia ou Pernambuco. Prepare o ânimo. Habitantes dessas regiões do País são festeiros. Faça a política da boa vizinhança. Procure implantar regime de compensação dos dias que eles não trabalharão. Não caia no erro de impor política de recursos humanos da matriz. Serão ignoradas e talvez virem alvos de greves ou manifestações sindicais.

                                                     Semana Santa
 O brasileiro é muito religioso, mesmo de fachada. Semana Santa e Natal são duas datas importantes para o funcionário. Aliás, durante o início da Semana Santa, que no Brasil já começa na quinta-feira, as pessoas tornam-se boas. Caso sua empresa venha de nação protestante, evite dizer que as pessoas precisam praticar a bondade o ano inteiro, não apenas nessa época. Emotivos, eles não entenderão. No refeitório mande preparar alimentação à base de peixes e frutos do mar. Porque seus empregados não consumirão carne durante esse feriado santo.Mas não pode faltar o arroz e feijão, alimentos básicos na mesa do brasileiro.
Arroz e feijão é o alimento básico na mesa do brasileiro


 No final do ano, que no Brasil começa a partir do dia 10 de dezembro, nunca deixe para fechar negócios nesse período. O país desacelera. Todos ficam preocupados com viagens, festas, compras de presentes aos amigos e familiares. O próprio governo tira o pé do acelerador. Do dia 20 de dezembro em diante, as pessoas fingem trabalhar. O ano acabou. A cabeça deles já está em janeiro.
Shopping center é a praia do brasileiro, principalmente no final de ano para fazer compras

 Para você ficar bem, em termos de futebol, procure torcer pelos times populares. Flamengo no Rio de Janeiro, Corinthians em São Paulo, Atlético em Minas Gerais, Vitória na Bahia, Internacional no Rio Grande do Sul, Sport em Pernambuco. São equipes de massa. Quando ganham campeonatos, a alegria resulta no aumento da produção. Mesmo na crise, evite comentários negativos relativos a essas equipes. Emotivos, os brasileiros brigam e até matam pelo time de futebol do seu coração.

Corinthians e Flamengo (camisa vermelha e preta), os times de futebol mais populares do Brasil

                                                    Pessoa honesta
A relação com a morte no Brasil é curiosa. A pessoa pode ser ruim e desonesta, mas ao colocar os pés no além vira santa. Ninguém ousa dizer que ela colheu o que plantou, vai pagar pelos erros. O passado tenebroso é esquecido. Este tipo de postura acontece com políticos, artistas e esportistas. Dependendo da fama, o velório se torna espetáculo. Como ocorreu com o piloto de Fórmula-1, Ayrton Senna, que era uma pessoa honesta, competente e que valorizou o nome do País no Exterior.
O piloto de F/1, Ayrton Senna, verdadeiro ídolo do automobilismo brasileiro e mundial


 O velório dele virou feriado no Brasil. Nenhuma empresa teve ousadia de fazer seus funcionários trabalharem naquele dia. Tamanha comoção, que todas as emissoras de televisão do País suspenderam sua programação para transmitir noticiário relativo à morte de Ayrton Senna, provocada por acidente durante o Grande Prêmio de Ímola na Itália, 1º de Maio de 1994. As ruas e avenidas de São Paulo viraram imenso mar de pessoas.
Cortejo do enterro de Ayrton Senna em 1994


 O brasileiro reconhece o valor dos seus grandes ídolos, como no caso de Ayrton Senna. Não sente vergonha de chorar em público, de falar da sua admiração. Caso sua empresa seja da Europa, Ásia ou mesmo dos Estados Unidos, não exija dos seus funcionários racionalidade numa hora dessas. Ganhará inimigos. Ele precisa colocar para fora a tristeza causada por aquela perda. Após algum tempo tudo volta ao normal.

                                                   Sensualidade
 A mulher brasileira é vaidosa, mesmo a empregada nas funções mais simples dentro da empresa. Outra marca delas é a sensualidade. Porém não caia no erro de considerar que são presas fáceis para passar qualquer noite com elas num motel (no Brasil este tipo de estabelecimento é usado para aventuras sexuais, oposto dos Estados Unidos).

 A delicadeza é a chave para conquistar o coração dessa funcionária. Claro, sem exagero. Não estranhe se a sua secretária receber flores do namorado, noivo ou marido, ou mesmo de algum cliente da empresa. É comum isso ocorrer no Brasil. Os homens enviam rosas para as mulheres para expressar amizade ou mesmo interesse sentimental.
Beleza e sensualidade, duas das inúmeras qualidades da mulher brasileira


 Elas gostam demais de novelas. Muitas, no final de semana frequentam barzinhos, onde bebem e dançam. Aliás, as brasileiras têm cintura mole. Sabem requebrar muito. E apimentam tudo com grandes doses de sensualidade. Mesmo as universitárias aproveitam as noites de sextas-feiras para descarregar as tensões da semana. Tente compreendê-las.

                                                   Solidariedade
 Quando alguém vai casar. Nas empresas brasileiras é comum os trabalhadores fazerem longa lista onde cada um entrega determinado valor para ajudar o futuro noivo. Até diretores entram. Seja delicado e colabore. Do contrário, a atitude é vista como arrogância. A entrega do dinheiro é feita na sexta-feira, véspera do casamento. É cultura do País. Assim como afixar no quadro de avisos, o convite para aquele matrimônio.
Quando algum funcionário vai se casar, é comum os demais colegas recolherem dinheiro para doar ao noivo ou noiva


 Se um colega morrer, dentro da empresa ou fora dela, muitos irão faltar para comparecer ao velório e enterro. Nesse dia, a produção vai despencar. A perda de alguém querido no chão de fábrica, principalmente, mexe profundamente com o brasileiro. Não tente dizer, naquele momento, que a vida continua. Eles não compreenderão.  A ida ao cemitério servirá para desafogar a tristeza e compromisso de dar o último adeus.
Brasileiros se unem para socorrer vítimas de tragédias, principalmente quem ganha pouco


 Em época de enchentes (elas ocorrem no Sul e Sudeste do Brasil durante o Verão), seus funcionários ficarão muito solidários. Não se espante com a criação de campanhas dentro da empresa para arrecadar alimentos, roupas e calçados aos desabrigados. Brasileiro, principalmente os mais humildes e de salários baixos, gosta de ajudar o seu próximo. Divide o quilo de alimento com quem perdeu tudo.

                                                  Prática esportiva
 Para finalizar esse tópico, cuja intenção é servir de cartilha para alguém que pretenda abrir filial no Brasil, incentive a prática de esportes na sua empresa. Principalmente na área metalúrgica e eletrônica. Times de futebol de campo (com 11 atletas) e de salão (com cinco) ou society (com sete) ganham o coração dos funcionários. Eles mesmos vão criar campeonatos internos, de seção contra seção.

 Caso seja grande o número de mulheres no quadro funcional, dê apoio para a criação de equipes de vôlei. O basquete não é muito praticado no Brasil. Por meio da prática esportiva é possível reduzir tensões no chão de fábrica. Na final do campeonato, procure comparecer e até dar o chute inicial. O trabalhador vai interpretar o gesto como apoio àquela iniciativa.

 Lembre-se que sua empresa resolveu se instalar num país tropical, com imensa variedade de ritmos musicais e até costumes, mas unido. Não caia na besteira de impor regras que deram certo na matriz, em outro cenário sócio econômico. Uma nação que conseguiu vencer a batalha numa época que a inflação era de 60% ao mês, enfrentou 21 anos de ditadura militar e permaneceu de pé, tem algo de bom a ensinar. Do contrário não existiria grande interesse de multinacionais de todo mundo querendo vir para este lado do mundo.



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Quando a força das ideias derruba a ideia da força


Manifestantes ucranianos vão às ruas sem máscaras nos rostos


Luís Alberto Alves

 O que a Ucrânia tem a ensinar aos manifestantes brasileiros? Muito! A população desse país foi às ruas por que não aceitou acordo firmado pelo governo, com a Rússia, de recusar entrada na União Europeia. Durante algum tempo o presidente ucraniano Viktor Yanukovich colocou a polícia nas ruas para reprimir manifestações da oposição.

 Sem apelar para as táticas terroristas dos baderneiros Black Blocs, parte do povo acampou nas praças, embaixo de tendas, e todos os dias saia em passeata exigindo mudança no acordo firmado com o déspota da Rússia, Vladimir Putin. No calor da repressão policial, mais de 50 pessoas morreram. Porém, os manifestantes não caíram na armadilha do quanto pior, melhor.

 O aumento da pressão vinda das ruas resultou na destituição de Yanukovich. Agora os ucranianos vão escolher outro presidente para formação de novo governo. Lógico que a situação ainda continua delicada, mas prevaleceu a vontade da população.

 No Brasil, onde não está em jogo a deposição da presidente Dilma, os protestos contra a realização da Copa do Mundo em junho, descabam para a violência gratuita. Simpatizantes da bagunça, de rostos cobertos por máscaras ou camisetas, destroem patrimônio público ou privado, inclusive telefones públicos.

 Quando sofrem repressão da polícia, que precisa estar nas ruas para manter a ordem retiram do dicionário palavras de ordem como truculência, partidarização dos protestos e governo ditatorial. São pessoas despreparadas, sem qualquer noção do significado da palavra democracia. Acreditam que a destruição do patrimônio público vá atrair a população para uma causa ancorada na violência.


 Esquecem que numa manifestação deve prevalecer a força das ideias, nunca a ideia da força. Não é quebrando portas de estabelecimentos bancários, lojas, orelhões ou tocando fogo em carros da polícia que o brasileiro ficará sensibilizado para os gigantescos gastos na reforma e construção de estádios para a Copa do Mundo no Brasil. No berço da democracia, essas pessoas não passam de crianças rebeladas....

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Demagogia não sustenta nenhuma democracia




Manifestante ferido a tiro é socorrido durante protesto recente em Caracas

Luís Alberto Alves

  O ditador Nicolás Maduro, herdeiro da triste figura Hugo Chávez, na Venezuela, continua investindo na demagogia para se manter no poder. A exemplo de Chávez investe nas bravatas tentando sufocar o desejo da população por um regime democrático, algo inexistente naquele país atualmente.

 Simpatizante de ditaduras como Cuba, Coreia do Norte e Irã, Maduro mandou as Forças Armadas às ruas para repreender severamente as vozes contrárias ao seu trágico governo. De país rico, no clube dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Venezuela vive atualmente na miséria. Nos supermercados faltam diversos gêneros alimentícios. Até papel higiênico precisou ser importado.

 A inflação sobe igual balão em festa junina. A violência anda sem controle, principalmente na periferia de Caracas. Morrer a tiro ou a facada nas cidades venezuelanas é tão certo quanto o sol desaparecer no final da tarde. Porém, o rigor da política de segurança pública de Maduro é contra protestos. Não investe em programas que resolvam os graves problemas do seu país.

 Como Chávez, adotou o discurso de que as grandes potências, inclusive os Estados Unidos, têm interesse na queda do seu regime. Em vez de entrar no mundo civilizado, prefere cerrar carreira ao lado do trio do mal (Coreia do Norte, Cuba e Irã).


 A população é calma, mas quando a fome começa bater na porta do estômago não existe ditadura, por mais sangrenta que seja, que tenha poder de impedir a chegada da democracia. Mesmo a preço de mortes e prisões arbitrárias. Não tenho dúvida de que o governo vergonhoso de Nicolás Maduro não vai durar muito tempo, caso insista em calar a voz das ruas. 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O amor resiste à falta de dinheiro?





Luís Alberto Alves

 Desculpem os românticos, mas a ausência de dinheiro prejudica o relacionamento, por mais intenso que seja o amor. Principalmente se existem dívidas para pagar. Os atrasos, os telefonemas de cobrança, a compra no supermercado de produtos básicos, o corte nos passeios, ao cinema e até nos almoços e jantares fora. Tudo impacta a vida do casal.
A falta de dinheiro prejudicará o relacionamento do casal

 Logo aparecerão conflitos entre ambos, motivados pela crise financeira. Se o marido estiver desempregado, a cobrança ficará pesada. Mesmo que exerça boa profissão, a esposa vai passar a exigir que ele pegue o que encontrar pela frente, mesmo em funções opostas à dele. O importante é garantir a entrada de dinheiro em casa.
 Na cama o desejo vai diminuir, pois 50%  do prazer proporcionado pelo sexo têm o cérebro como maestro. É impossível alguém sem trabalho, com o saldo bancário estourado, escritórios de cobrança lhe infernizando a vida todo dia, nome sujo nos serviços de crédito e os filhos pedindo dinheiro para passeios e ele percebendo que o casamento mergulhou na crise, se manter firme nesta hora.

 A culpa não é da esposa. Afinal, por mais avanços existentes em nossa sociedade, o homem continua sendo a linha de frente numa casa, arcando com a maior parte das dívidas e responsável pelo conforto. Não por questão de machismo, mas pela parte que cabe a ele.

 Quando chega neste estágio, é visível perceber a falta de solidariedade entre o casal. Tudo é maravilhoso quando o dinheiro jorra igual água mantendo acesa a fogueira do conforto. Mesmo que o marido trabalhe igual escravo em jornadas e viagens estafantes, sendo vigiado pelo celular da empresa para acioná-lo em qualquer emergência.
Por mais sensual que seja a esposa, a crise afeta a vida sexual


 Ficou mais de seis meses parado, sem retorno ao mercado, logo receberá indiretas de que é vadio, está à procura de sombra e água fresca para deixar o burro na sombra. Nessa altura, o amor da época de namoro, noivado e até dos primeiros anos de matrimônio perdeu a doçura. Vale mais a lei da sobrevivência, de se manter de pé desfrutando do bem-estar anterior.

 Nessa hora é possível reconhecer a qualidade daquela esposa. Se amar o marido de verdade, as condições financeiras proporcionadas pela sua vida profissional serão esquecidas. É rara a mulher que resolve segurar o rojão e manter acesa a chama do amor lutando para não deixar esmorecer o homem que um dia conquistou o seu coração e lhe prometeu ser fiel na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte os separe. Infelizmente o dinheiro tem força para destruir juramentos feitos diante de Deus...


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Tempo de mudanças, o passado precisa ficar para trás



O passado não deve nos escravizar

Luís Alberto Alves

 Em nossa vida é preciso colocar em pratica o que o sábio Salomão reitera no capítulo 3, versículo 3, do livro de Eclesiastes, que ele escreveu e faz parte do Velho Testamento na Bíblia: “... tempo de derrubar e tempo de edificar...” Quantas vezes insistimos na guarda do lixo depositado no fundo da nossa alma?

 As pessoas viram museus. Insistem e ficam teimosas quando alguém aconselha a se livrar de objetos que não servem mais para ocupar espaço seja na casa, apartamento, sítio ou mesmo na memória do computador. Aliás, após determinado tempo a nossa caixa de e-mail vai deixando para trás as mensagens antigas. Perderam a importância, não terão mais impactos ou qualquer resultado para nós.

 O ser humano vira refém, na maioria das vezes, das lembranças de maus momentos. Tenta inutilmente retornar no tempo, quando começa a pensar, o que poderia ter feito para que aquela situação não acontecesse. Mantém objetos guardados para que sirvam de alerta quanto àquela situação ocorrida há muito tempo.

 Não é sábio fazer isto. O passado deve ficar preso no local onde se encontra. Distante na longa e interminável estrada do tempo. Apenas precisam resistir dentro da nossa mente os bons momentos, as alegrias de termos vencido batalhas, que muitos apostavam na derrota. Essa regra não se aplica ao sofrimento. Basta apenas a dura lição proporcionada pela decepção, servindo de alerta para que não ocorra em eventos futuros. Ou seja, aprender com o erro.

 Ninguém pode viver eterno luto. Precisa dar um basta na tristeza, melancolia e decepção e olhar para o horizonte. Vivendo intensamente os momentos proporcionados pelo presente, sem a neurose de antecipar o futuro. É desta forma que precisamos olhar para nossa vida.


 Não é fácil romper cadeias e correntes enferrujadas e potentes colocadas em nossa alma pelo tempo, deixando de vigia seu carrasco passado. Mas ao quebrá-las voltamos respirar vida e ganhar energia para continuarmos na corrida rumo ao futuro. Ele chega a cada nascer do sol do dia seguinte. 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sensualidade como ferramenta rumo ao sucesso










Poses sensuais de Janet Jackson para ajudar vender mais CDs

Luís Alberto Caju

 Atualmente o meio artístico mundial apela de forma desproporcional à sensualidade para chegar ao sucesso. Seja na televisão, cinema ou música. As mulheres investem pesado, principalmente em roupas que tenham o poder de atiçar os desejos sexuais nos fãs e acelerar o consumo do produto que elas vendem no formato de filmes, novelas, peças teatrais, desfiles de moda ou música, geralmente de péssima qualidade.

 No Brasil, final da década de 1970, uma cantora ganhou destaque nos programas de auditório da época, não por causa da música que interpretava, mas pelos seus rebolados e voz sensual. Às vezes levantava e se agachava insinuando manter relação sexual com alguém, passando sua língua nos lábios, borrado de batom vermelho.  Gretchen era seu nome.
Cantora Gretchen no começo da carreira no final da década de 1970


 Nas décadas seguintes ficou célebre pelos shows que fazia, onde a segurança reforçada impedia que alucinados subissem ao palco para tentar estuprá-la.  Porém ninguém conseguia impedir que algumas pessoas se masturbassem visualizando os rebolados ultrassensuais de Gretchen.

                                                           Gemidos
 Há quase 40 anos, ela seria o embrião do que vemos atualmente com as meninas que se atrevem a cantar Trash Music (que muitos chamam de Funk, sem ter qualquer ligação com o ritmo nascido nos Estados Unidos na década de 1950) rebolando, vestindo shorts, bermudas ou saias bem curtos. Além dos gemidos mais parecidos com os de garotas de programas na cama fazendo sexo.

A estrela do Pop/Rock Madonna usou muito a sensualidade na sua carreira  artística
 Na década de 1980, Madonna nos Estados Unidos, estrela do Pop/Rock também estourou no Show Biz apelando ao erotismo como forma de grudar sensualidade às suas músicas. O público adolescente da época acabou fisgado e a moda se espalhou em vários estilos artísticos. As capas dos discos de vinil (ainda não existia CDs) deixaram de lado a famosa foto de perfil, sorrindo ou diante de cenário bonito da natureza.
A cantora Toni Braxton turbinou as vendas de seus CDs investindo em capas sexy
O quente era criar capas sensuais, como a de Toni Braxton, estrela da Black Music, de vestido branco coladinho e curto, deixando à mostra suas belas pernas. Depois a irmã de Michael Jackson, Janet imitou as mesmas capas, que mais pareciam das revistas Playboy.
Carla Perez deixou muito marmanjo babando no É o Tchan


                                                            Ar sexy
 As novelas, principalmente da Rede Globo, deixaram de lado personagens comportados para investir pesado na sensualidade como instrumento para garantir audiência. Em algumas novelas, como Malhação, direcionada ao público adolescente, as meninas começaram a aparecer com ar sexy.
Algumas das bailarinas do Domingão do Faustão que atrai os olhares da plateia masculina 
 Mas os programas de auditório, exceção de Silvio Santos, mergulharam fundo nas bailarinas de corpo escultural. Quem não se lembra de Rita Cadillac no Cassino do Chacrinha? Depois veio o Domingão do Faustão colorido com diversas meninas de corpo sarado em academia de ginástica. O fenômeno Sabrina Santo, do Pânico na TV, cresceu em cima de uma jovem de origem oriental, mas bonita de rosto e de curvas incendiárias.
Rita Cadillac e o velho guerreiro Chacrinha


 O mundo da música na Bahia nunca mais foi o mesmo depois que a loira oxigenada, Carla Perez, apareceu de shortinho, rebolando na banda de Axé Music, É o Tchan na década de 1990, e pouco tempo depois ao lado da morena Scheila Carvalho. Venderam milhões de discos. Os shows eram disputados, principalmente os primeiros lugares.

                                                          Carisma
A plateia masculina queria conferir os rebolados das duas garotas. Poucos ligavam para o conteúdo musical do É o Tchan. Importava era ver as pernas lindas das dançarinas, às vezes se insinuando sexualmente durante as canções. Ambas posaram nuas na Playboy, disputada a tapas nas bancas de jornal.

 Porém a sensualidade não consegue se manter eternamente. O peso da idade provoca várias cirurgias plásticas, até o corpo não conseguir mais disfarçar a chegada da velhice. Nem todas são Gretchem, Rita Cadillac, Carla Perez, Scheila Carvalho, Janet Jackson, Madonna ou mesmo Toni Braxton.
Scheila Carvalho do É o Tchan







 Cada uma delas, descontadas devidas proporções, tinham ou carregam pequenas doses de carisma. Algo que a sensualidade não consegue colar na vida de nenhuma mulher candidata à estrela, nem que seja por pouco tempo.