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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A bonitinha, mas assassina e psicopata Suzane Von Richthofen




Bonitinha, mas assassina; assim é Suzane von Richthofen

Luís Alberto Alves

 Lembro-me que na época do crime cometido por Suzane von Richthofen, em 31 de 0utubro de 2002, exercia o cargo de secretário de redação num jornal. Para os leigos em jornalismo, esse profissional é responsável pelo trabalho que a equipe de repórteres está fazendo na rua e cobra as pautas daquele dia.

 Logo quando entrou nos telejornais o sepultamento dos pais de Suzane reparei que ela chorava sem deixar cair nenhuma lágrima dos olhos. Comentei com alguns editores o comportamento dela para quem acabou de perder os pais de forma trágica. Até brinquei que ela estaria por trás daquele duplo homicídio.

 Poucos dias depois minhas previsões se concretizaram. Soube que Suzane é psicopata. O tipo de assassino sem ausência de qualquer sentimento de amor pelo próximo. Tanto que após o crime foi transar num motel com o namorado, comparsa dela nesta barbaridade.

 O pai de Suzane, segundo comentários que circularam na época, era o homem forte na Dersa, que cuida da manutenção de rodovias estaduais em São Paulo. Ou seja, respondia pela licitação de empresas que faria obras viárias nas estradas de Sampa. Surgiram inúmeras teorias para o crime, com nenhuma virando algo verdadeiro.

 Quatro anos depois ela é condenada a 39 anos de reclusão junto com os irmãos Cravinhos (Daniel e Christian). Pegou o mamão com açúcar. Caso morasse nos Estados Unidos ou iria receber pena de prisão perpétua ou sentiria nas veias os efeitos da injeção letal que os condenados à morte têm direito, como punição pelo crime cometido.

 Sofreu bastante até chegar ao presídio de segurança máxima de Tremembé, Vale do Paraíba, Interior de SP. Criminosos não perdoam estupradores, autores de homicídios de crianças, velhos e pais. Ficou marcada no sistema. Quando esteve na cadeia pública feminina de Ribeirão Preto amargou a solidão da cela do seguro, onde ficam os detentos marcados para morrer.

 Pelo visual apresentando nesta quarta-feira (25) durante entrevista no programa do apresentador Gugu Liberato na Rede Record, em nenhum momento demonstrou aparência de arrependimento. Lógico que usou os clichês: “Se eu pudesse voltar no tempo ouviria os conselhos de meus pais...”
 Todo psicopata simula sentimento de compaixão. Mas ao fixar nos olhos de Suzane, é visível que seu coração está isento de qualquer sentimento. Aliás, está bem contente ao lado da “esposa” Sandrão, também condenada por homicídio e seqüestro. Quer dizer: a suja ao lado da má lavada...

  Durante algum tempo lutou para não perder o direito à herança deixada pelos pais, cerca de R$ 3 milhões. Mas a Justiça impediu e deixou o dinheiro para o irmão Andreas. Suzane ficou na roça. Quando sair da cadeia terá menos de 50 anos e tempo para refazer a vida. Deixando para trás a triste mancha de ser autora intelectual da morte dos pais, de forma terrível.

 Porém não deixará de ser psicopata. A triste qualidade de ausência de sentimentos e talvez possa cometer outra besteira. Vivendo com a “esposa” criminosa e violenta é bem provável que sinta atração por esse lado obscuro da vida. Caso fosse nos Estados Unidos seus ossos estariam apodrecendo em algum cemitério ou sofrendo a solidão dos condenados a reclusão eterna, como expurgo pelos erros que resultaram na perda da vida alheia. Infelizmente a Justiça brasileira gosta de passar as mãos na cabeça de cobras, único animal que o homem não consegue domesticar.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Crianças de hoje são escravas da tecnologia



A infância está virando refém da tecnologia

Luís Alberto Alves

Não vos esqueçais que não sois máquinas, sois seres humanos” (Charles Chaplin, no filme O Grande Ditador). Com raras exceções, hoje chame uma criança para brincar. Rodar pião mande-a fazer uma pipa ou carrinho de rolimã, jogar bolinha de gude ou mesmo taco, até tentar subir numa árvore. Poucas conseguirão.
 Agora no item tecnologia, a nova geração é mestra nesta modalidade. Sabe corretamente o funcionamento de celulares, tablets e até como bloquear ou desbloquear esses equipamentos. Até no famoso whatsapp elas conhecem todos os recursos no envio de mensagens, anexarem fotos, vídeos, entrarem ou sair de grupos.

 Porém este excesso de “sabedoria” está impedindo as crianças do século 21 de aproveitarem a infância. Por causa da violência ficam presas dentro de casa ou apartamentos. As amizades virtuais tomaram o lugar das virtuais. Reduziu o número de “amiguinhos” que se encontravam na rua para o lazer comum na infância.

 São autênticos robôs. Perderam o interesse pelas atividades que ajudam na locomoção motora e até na sociabilidade nas atividades onde várias pessoas interagem, como ocorre no pega-pega ou esconde-esconde. Mesmo nas ruas, é comum encontrar crianças de celulares nas mãos nos jogos eletrônicos.

 É ruim este tipo de postura, pois começa a se formar uma geração de robôs, pessoas que acreditam que o mundo virtual é igual o real, onde as decepções fazem parte da vida, até para servir de aprendizado. No dia a dia precisamos do próximo, seja em casa, na escola ou no trabalho. É a mão dupla fixada por Deus.

 Atualmente é mais fácil a criança conhecer o funcionamento dos aparelhos eletrônicos do que puxar conversa com os pais para lhe pedir algo ou mesmo desculpa por algo errado que tenha cometido. Para complicar muitas mães passaram a utilizar o whatsapp para encontrar ou chamar os filhos dentro de casa.

 Durante o almoço ou jantar algumas famílias ficam divididas na mesa. Os celulares ou tablets tomaram lugar do diálogo sadio durante as refeições. Afinal de contas as pessoas sentam-se à mesa para comer e conversar. Não é algo solitário, de apenas ingerir o alimento e sair calado.


 A falta de atividade física na infância e adolescência irá repercutir numa população adulta de obesos, inimiga dos exercícios e de qualquer atividade esportiva. Essa geração, caso não abra os olhos, se tornará refém da hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Por gostar das besteiras oferecidas pelos restaurantes de fast food, terá pouca resistência a qualquer tipo de esforço. Dominará a tecnologia, mas perderá o bem maior do ser humano: a saúde.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Infelizmente algumas escolas de samba elogiam ditadores




Escola de samba Beija Flor é acostumada a prestar homenagens a ditadores

Luís Alberto Alves

A escola de samba Beija-Flor, campeã do Carnaval carioca deste ano, pisou na bola outra vez. Em 1974 levou para a avenida o tema enredo “Salve o Decênio” homenageando os dez anos da Ditadura Militar que derrubou o presidente eleito João Goulart em 1° de abril de 1964. Aliás, na década de 70 ela foi escolhida pela família do ditador João Batista Figueiredo para sua família desfilar. Portanto não é novidade resolver dar benção ao sanguinário Teodoro Mbasogo da Guiné Equatorial, um dos governantes mais corruptos da África, há 35 anos no poder. O patrono da Beija-Flor é o  contraventor Aniz Abraão  David.
 Infelizmente algumas escolas se rendem ao dinheiro e status dos ditadores para bancar o carnaval. Em 2006 a Vila Isabel levou o título para casa com o enredo “Soy Loco por Ti, América – A Vila canta a latinidade”. O ditador de esquerda, dirigindo a Venezuela de onde só saiu após a morte, Hugo Chávez patrocinou a escola da Zona Norte do Rio de Janeiro.

 Na década de 70, a Peruche resolveu levar para a Avenida Tiradentes o enredo que prestava homenagens à Polícia Civil. Isto numa época em que vários delegados estavam envolvidos em torturas de militantes políticos. Em 1972, a Vai-Vai fala do sesquicentenário da independência do Brasil. O samba, composto pelo carioca Zé Di, numa dos versos diz: “Vai meu Brasil segue avante/ ninguém segura esse gigante/independência ou morte Dom Pedro I bradou/ e o povo brasileiro se libertou...”

 A letra tocou no coração do ditador de plantão, Emílio Garrastazu Médici, que condecorou Zé Di com uma medalha, que ele recebeu no Palácio do Planalto em Brasília. O país vivia o milagre econômico, atraindo grandes investimentos, porque nenhum trabalhador podia reclamar das péssimas condições nas empresas. Se fizesse isto era preso ou desaparecia. Esse caso foi exceção na alvinegra do Bixiga, que na década de 1980 cantou samba enredo pedindo democracia, após a morte de Tancredo Neves em 1985.

 A regra no carnaval, após a era de temas enredos históricos predominante nas décadas de 1950 e 1960, é obter muito dinheiro para colocar os passistas na passarela. Não importa de onde ele venha. No Rio de Janeiro, cuja maioria das escolas está nas mãos de milicianos (Portela), ex-torturador e contraventor (Imperatriz Leopoldinense), contraventor (Vila Isabel), contraventor (Salgueiro), ideologia é conversa de “bicho grilo”. Para garantir a verba do Estado, até o Rio de Janeiro é cantado em verso e prosa.

 Em 2002, a Leandro de Itaquera, levou para o Sambódromo do Anhembi o enredo: Mário Covas, São Paulo, Brasil meu orgulho meu amor. Naquela noite nunca se viu tanto tucano numa escola de samba. Claro que muitos jamais sambaram na vida.  Covas, morto em 2001, não era ditador, mas o governo paulista contribuiu financeiramente com o carnaval da escola de samba da Zona Leste.


 Os exemplos citados acima mostram o quanto as agremiações de carnaval andam grudadas aos governantes. O ano de 2012 foi a vez da Gaviões da Fiel apresentar enredo político: Verás que o filho fiel não foge à luta homenageou o ex-presidente Lula. Seja da esquerda ou direita, muitos dirigentes sambistas “pensam” na saúde financeira da sua entidade e claro, de usar a puxa-saquice como moeda de troca na hora de reivindicar algo. Talvez um emprego em alguma estatal para familiares ou amigos próximos...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Quase R$ 20 bilhões estão na Suíça: "dinheiro de brasileiros”



Bilhões de dólares que vieram de práticas ilícitas

Luís Alberto Alves
 Não mereceu destaque na imprensa brasileira, mas na Europa e Estados Unidos foi ao ar a lista onde aparecem nomes de aproximadamente 5 mil brasileiros, que juntos têm R$ 20 bilhões depositados no HSBC da Suíça. Com certeza classe média e pobres estão fora desta papelada. Ali só há pessoas ricas, a maioria de forte influência política, a ponto de silenciar a mídia do Brasil.
 Numa de suas raras entrevistas, o banqueiro Edmond Safra disse que o sucesso da empresa que ele presidia era o silêncio! A falta de assunto sugere que milhões que procuram moradas nas agências da Suíça são provenientes de ações ilícitas, como sonegação e até mesmo dinheiro de roubo, corrupção, tráfico de drogas e armas.
 Mas como disse Jesus Cristo séculos atrás, “nada há de oculto que não seja revelado, nem secreto que não seja descoberto”. A casa caiu e na lista de 180 mil nomes, 5 mil são de brasileiros. Não é novidade que bancos trabalhem lavando dinheiro. Principalmente na Europa. O total guardado ilicitamente na Suíça é de US$ 120 bilhões (R$ 250 bilhões), realizados entre 2005 e 2007.
 A história ganhou as páginas do The Guardian e BBC (Grã-Bretanha), Le Monde (França) e o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos no começo deste mês. Por meio de denúncia, o HSBC forneceu contas para parentes de ditadores, corruptos na África, mercadores de armas e empresários corruptos.
 Não ficou de fora nem esportistas, como o piloto de Fórmula 1, Fernando Alonso, o roqueiro David Bowie, o rei Abdullah II da Jordânia, o ator John Malkovich, o jogador de futebol uruguaio Diego Forlán. A filial suíça do HSBC ajudou a sonegar impostos e esconder milhões de dólares em ativos, distribuídos em pacotes difíceis de rastrear.

 Ninguém guarda fortuna em casa, escondida no colchão ou dentro do guarda-roupa, principalmente quando as cifras atingem milhões. Só o tráfico internacional de drogas movimenta US$ 400 bilhões, equivalentes a 8% do total do comércio mundial. Tudo isso via sistema bancário.

 Agora é aguardar as investigações da Polícia Federal que prometeu examinar a lista para conhecer quais brasileiros enviaram dinheiro para Suíça sem deixar o quinhão pertencente ao Leão. Talvez este seja o motivo para parte da mídia do Brasil não destacar o assunto. É bem provável que nomes famosos, principalmente de empresários influentes política e economicamente estejam ali.




sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Desfiles de carnaval sem empolgação de antigamente


O criador deste blog desfilando na Avenida Tirandentes, em SP, pela Vai Vai no Carnaval de 1987


Luís Alberto Alves

 Não sou nostálgico, mas há muito tempo perdi o interesse pelo Carnaval, seja paulistano ou carioca. Peguei a época de bons sambas enredos, nas décadas de 1970 e 1980. Era poesia pura, regrado de lindas melodias. Os passistas, muitos residentes nas comunidades carentes e periferia, vestiam a camisa da agremiação. Hoje, as escolas viraram reféns do marketing carnavalesco da Globo. Os negros sumiram. Agora o espaço é de artistas da casa e diversas modelos, sem qualquer intimidade com o samba.

 Gosto de tecnologia de ponta em qualquer segmento da sociedade. Mas o problema da Rede Globo é que ela destrói a essência onde coloca suas mãos ou tentáculos. Antigamente a Corrida de São Silvestre era de noite, levava multidões às ruas para assistir os atletas que se despediam do “ano velho” correndo. A Globo assumiu o evento, retirou do horário noturno, trouxe primeiro para a tarde e agora a corrida é de manhã.

 Com o Carnaval de São Paulo ocorreu o mesmo. Aos poucos, evitando polêmica, introduziu o seu padrão de beleza. Já repararam que nas novelas e minisséries dessa emissora os negros aparecem em pouco número. Predomina artistas brancos, de preferência de olhos claros e loiros. Como se o Brasil fosse os países nórdicos.
A paulistana escola Camisa Verde e Branco, em 1987, colocando "fogo" na passarela da Tiradentes

 Até a década de 1980 as escolas de samba paulistanas tinham grande quantidade de passistas de pele escura ou afro-descendentes, como prega o manual do politicamente correto de hoje. Mesmo na Rosas de Ouro, considerada agremiação da elite, os negros da região da Freguesia do Ó, principalmente de Vila Brasilândia, Zona Norte da cidade, onde nasceu a escola no começo da década de 1970, marcavam forte presença.

 Nenê de Vila Matilde, talvez a escola mais negra da capital paulista, após a entrada da Globo na transmissão dos desfiles, virou filial da Suécia. Negros só na bateria ou empurrando carros alegóricos ou na ala das baianas. No restante estão os modelos e artistas globais. Os destaques não têm pele escura e raramente alguém da comunidade carente participa.

 Curioso que até metade da década de 1980 as escolas paulistanas apresentavam enredos críticos, descendo ironicamente o sarrafo no sistema, como fez a Camisa Verde e Branco no final dos anos 80 ao levar para a Avenida Tiradentes o tema que falava da descoberta do café. Porém, ela não se esqueceu de colocar um avião de carro alegórico, com o então presidente Sarney, em fim de mandato, em cima dele, alusão as suas inúmeras viagens ao Exterior.

 Já no Rio de Janeiro há muito tempo a Globo mudou a plástica das escolas cariocas. Ali só predomina gente bonita, tanto nas alas, quanto nos destaques. E, claro, cheio de seus artistas espalhados por diversas alas. Até na bateria ela já conseguiu colocar atores, se esforçando para tocar tamborim. Em nada lembra os desfiles da Avenida Rio Branco na década de 1960, com arquibancadas de madeira, mas de muito samba no pé, pois a comunidade era quem levava a escola. Tudo diferente hoje.

 Atualmente as escolas apresentam desfiles robóticos. Os passistas andam de um lado para outro na passarela. Poucos ousam sambar, pois a maioria nem sabe como tirar os pés do chão. Após o boxe onde a bateria estaciona para ser avaliada pelos jurados, é correria. Não existe a empolgação de antigamente. Quando as lindas meninas das comunidades carentes ou mesmo dos cortiços do centro da cidade, serviam de colírio para o público, deslizando no asfalto em belos passos de samba no pé.

 Os compositores, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, sabiam escrever sambas enredos de melodias bonitas. Eram verdadeiras aulas de história. Quem não se lembra do enredo da Império Serrano, na década de 60, obra-prima de Silas de Oliveira descrevendo o Brasil? E a própria Portela falando do mestre Pixinguinha em 1973? E a Vai-Vai, em 1976, contando a história de Solano Trindade, maravilhoso samba enredo composto por Geraldo Filme? Um dos versos mostra como se escreve uma música: “Canta meu povo/ vamos cantar/ em homenagem ao poeta popular/Vai-Vai é o povo/está nas ruas/ saudoso poeta a noite é sua...”


 E o que dizer do samba da Camisa Verde e Branco, do início da década de 1980, falando da escravatura no Brasil, cuja letra foi obra do compositor Talismã. Num dos versos ele resumiu o preconceito racial no Brasil, que ainda continua atual: “Ele é capitão, ele é general/ poderia ser tanta coisa dentro da vida real...” Sobre crítica recheada de ironia, a escola carioca Caprichosos de Pilares marcou forte presença na Marquês de Sapucaí. O samba enredo de 1985, “O saudade, meu carnaval é você” mostrava que o errado ainda continua sendo certo no Brasil. O problema é as letras de hoje são descartáveis, iguais os sapatos de quem empurra carro alegórico...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A queda do arrogante Eike Batista

Eike Batista teve vários bens bloqueados pela Justiça Federal do Rio de Janeiro



Luís Alberto Alves

  A modelo e ex-mulher de Eike Batista, Luma de Oliveira, deve sentir saudade da época em que o dinheiro, do então bilionário, jorrava igual água na conta corrente dela. A ponto de ele barganhar a compra da edição da revista PlayBoy, onde Luma posou nua. Atualmente nem os bens da ex-musa do Carnaval carioca escaparam das mãos da Polícia Federal. Ontem (12) dois Toyota e uma BMW foram confiscados pela PF em sua mansão na Zona Sul do Rio de Janeiro. Batista teve R$ 3 bilhões bloqueados pela Justiça para possível pagamento de multas e indenizações, caso seja condenado.

 Arrogância esteve presente sempre na vida do ex-bilionário Eike Batista. Praticamente da noite para o dia, ele saiu do restrito clube dos bilhões para entrar no dos milhões e corre o risco de adentrar no imenso dos mil, onde está a maioria dos brasileiros. Na época em que surfava por cima da carne seca, anunciando projetos faraônicos, como um porto particular no Interior do Rio de Janeiro, deixando milhares de pessoas sem moradia, era um nojo falar com ele.
Batista e a modelo Luma de Oliveira

 No twitter postava mensagens raivosas, fazendo pouco caso dos mortais sobreviventes com menos de R$ 2 mil mensais. Nunca achava que iria cair. Por causa da fortuna, exibia a badalada modelo Luma de Oliveira, mãe de seus dois filhos, como troféu. Afinal de contas, era a mulher mais cobiçada do País e até do Exterior, quando aparecia desfilando, como rainha da bateria à frente da escola de samba Portela, deixando qualquer gringo salivando de desejo.

  Mas quem constrói fortunas usando mentiras, logo encontrará a verdade pela frente. Eike não tinha nenhum pudor de vender aos acionistas propostas mirabolantes, como a de competir, pau a pau, com a Petrobras, na extração de petróleo do fundo do mar. Algo que nem conceituadas empresas estrangeiras do setor conseguiram. Porém, o papel e a internet aceitam diversos assuntos sem credibilidade como verdadeiros.

 Tudo estava de vento em popa, quando um de seus filhos atropelou e matou um gari que voltava para casa de bicicleta, no acostamento de uma rodovia do Rio de Janeiro. As provas eram contundentes: a Mercedes-Benz do menino mimado estava “voando” ao atingir a vítima. Nessa época o dinheiro jorrava das mãos de Eike Batista. Contratou o conceituado e ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. O pobre gari se transformou em culpado pela própria morte.

  Nem a descoberta de que o seu filho, Thor Batista, colecionava diversas multas por excesso de velocidade foi suficiente para influenciar na tomada de decisão da Justiça. Não posso nem tenho condições de afirmar, mas a partir daí começou o inferno de Eike Batista. Em pouco tempo passou a perder dinheiro numa velocidade jamais vista no mercado financeiro. Algo que causou espanto entre os bilionários de todo o mundo.
Carro do filho Thor Batista, que matou um ciclista no acostamento de rodovia do Rio de Janeiro


 Atualmente tem vários bens bloqueados pela Justiça Federal do Rio de Janeiro. Os tentáculos atingiram, também, seus dois filhos, a atual esposa e a ex, Luma de Oliveira, de quem ontem (12) a Polícia Federal levou embora dois automóveis Toyota e uma BMW. A precaução é para fazer caixa visando o pagamento de multa ou indenização caso seja condenado a desembolsar R$ 3 bilhões.

 Talvez não chegue ao patamar da pobreza, onde milhões de brasileiros sobrevivem com R$ 1.200 mensais, andando espremidos iguais sardinhas em lata nos ônibus, Metrô ou trens.  Mas irá aprender que humildade é a característica marcante de grandes homens, principalmente de bilionários. Mas certos princípios não se aprendem na escola, já vêm de berço, numa família onde a educação é farta matéria-prima.



Volume morto da Cantareira se parece cheque especial



Para aumentar o limite no cheque especial do volume morto, governo Alckmin acena com despoluição do Rio Pinheiros

Luís Alberto Alves

 Você já reparou que o volume morto das represas se parece com o cheque especial? Quando o dinheiro do salário acaba, muitos passam a incorporar o limite do cheque especial como parte do orçamento. Esquecem que estão pagando os juros por uso indevido, agravando muito a situação, levando até a dívida bem alta. Quase impagável. O governo Alckmin (PSDB) repete a mesma estratégia utilizando o volume morto do reservatório da Cantareira, desconhecendo que uma seca prolongada poderá jogar São Paulo no caos, igual a estouro do cheque especial.

 Em 2011 existiu o projeto para despoluir as águas do Rio Pinheiros, servindo de outra fonte no abastecimento da Capital paulista. A Sabesp (Saneamento Básico do Estado de SP) tratou de enterrar a idéia. Afinal de contas ninguém iria imaginar que no futuro, 2014/2015, grande seca tiraria o sossego da população. Como alerta o ditado popular: Nunca se deve fechar a porta depois que ela estiver quebrada.

 O governo tucano, desde a época de Mário Covas, no final da década de 1990, jamais teve qualquer preocupação com relação ao meio ambiente. Tratava o assunto como assunto de quem não tem nada para fazer na vida. Num linguajar chulo: é conversa de porra loca! Esqueceram do tempo. Ele chega e rápido. Agora tentam correr para espantar o prejuízo e o pesadelo de grave falta de água nas torneiras de 6,5 milhões de paulistanos.

 O Rio Pinheiros é tão poluído quanto o morto Tietê. Mas técnicos da Sabesp dizem que bactérias poderão “comer” os microorganismos da água suja e deixá-la em condições de uso humano. O mais curioso dessa história é que prometem encher as torneiras a partir de maio deste ano.

 Sinceramente não acredito nesta hipótese, visto que político é fã da mentira. Caso realmente consigam cumprir esse prazo, qual a razão para não terem feito antes? Deixaram a porta ficar em pedaços para depois fechá-la. Na maioria das gestões públicas, assuntos sérios não merecem destaques. Principalmente saneamento básico, cujos tubos ficam enterrados no chão, sem qualquer visibilidade, dificultando a publicidade política.



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Pelé ignora existência de racismo no Brasil



Blitz da PM na década de 80 na Baixada Fluminense (RJ)

Luís Alberto Alves

 Pelé de boca fechada é artista. Numa entrevista recente afirmou que se brigasse por racismo iria processar diversas pessoas. Como futebolista é o rei do futebol, mas nunca teve personalidade para defender a população negra. Passa longe do caráter de um Martin Luther King, Jesse Jackson, Nelson Mandela, Stockely Carmichael, Leci Brandão, Martinho da Vila. Algumas pessoas que sempre lutaram pela dignidade dessa parcela da população Brasileira, tão humilhada e discriminada.
Omissão é a marca registrada de Pelé

 Ele desconhece que se for para falar besteira, o melhor é ficar calado. O rei do futebol é mestre na insistência de negar a existência de racismo no Brasil. Na opinião dele, o problema é que os negros confundem discriminação social com racismo. Não é verdade. Pelé foi gênio jogando futebol, o maior atleta de todos os tempos nesta modalidade esportiva. Porém, como personalidade que deveria usar o cacife para obter conquistas a essa parcela da população, é o um zero à esquerda.

 Nunca teve caráter. No linguajar popular é o famoso cagão. Prefere lamber as botinas dos poderosos a tentar entrar em confronto. Na Seleção Brasileira nunca teve peito de discutir táticas de jogo com o técnico. Na equipe tricampeã de 1970, era o canhotinha de ouro, Gérson quem puxava o cordão prensando o técnico paraqueda Zagalo na parede para sugerir melhor esquema para enfrentar os adversários.
A filha Sandra Nascimento, que Pelé recusou reconhecer


 Pelé cita sempre os Estados Unidos, onde diz que ali existe racismo, de fato, não é como o Brasil. Tem razão nesta colocação. Mas a discriminação racial brasileira é pior do que a norte-americana: aqui tudo é de forma subliminar. Durante muitos anos os classificados de empregos traziam a triste expressão “boa aparência”. Ela significava que o candidato não poderia ser negro. A insistência de sindicalistas e intervenção junto ao Congresso Nacional proibiu anúncios desse tipo e os classificou como racistas.

  Enquanto nos Estados Unidos o negro sabe, mesmo ocupando altos cargos, que sempre será alvo de discriminação racial, exclusivamente por causa da cor da pele, no Brasil as autoridades tentam tapar o sol com a peneira. Criam expressões como: homem de cor, moreno, pardo, mulato, preto de alma branca, para carimbar os negros que se conformam com a situação sem nunca lutar por mudanças.
A lenda do boxe, Muhammad Ali comunicando que não iria prestar o Serviço Militar

 Pelé nunca foi parado em blitz da PM, principalmente de madrugada na periferia. Jamais perdeu emprego por causa da cor (como já aconteceu comigo), também não sentiu a triste experiência de alguém dizer que aquele erro só podia ter ocorrido, por que o funcionário (no caso esse jornalista que vos escreve) era “preto”.

 Provavelmente transitou pouco pelas cidades do Interior de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o racismo é muito forte. Como teve o nome associado ao futebol e ganha bastante dinheiro neste segmento de mercado, ninguém irá lhe ofender, pois corre o risco de se queimar entre a mídia esportiva.
Pastor e líder pacifista Martin Luther King


 Em mais de 50 anos de vida, nunca vi Pelé defender nenhum negro que tenha sofrido qualquer violência racial. Não me lembro de ele abrir sua boca num discurso do Dia 13 de Maio, quando se comemora a falsa libertação dos escravos no Brasil. Aliás, sempre esteve ao lado do opressor, de quem pisa na população negra. Na época da Ditadura Militar ficou de bico fechado. Não usou a popularidade e carisma no futebol para criticar os absurdos cometidos pelo Regime Militar.

 Afinal de contas o que devemos esperar de alguém que recusou reconhecer, mesmo após teste positivo de DNA, a filha Sandra Nascimento, fruto de um relacionamento com uma empregada doméstica na década de 1960 em Santos? Pelé não teve a sensatez de aceitar que era pai daquela jovem, cujas fotos revelam que ambos se parecem muito. Fugiu pela tangente, tática empregada pelos covardes e omissos.

 No velório de Sandra, morta por um feroz câncer, inventou a desculpa que passava mal neste tipo de evento. Preferiu enviar uma coroa de flores, prontamente recusada pela mãe da falecida. Infelizmente Pelé não tem nenhuma moral para tecer qualquer tipo de comentário a respeito de racismo, por que não age e nunca agiu igual um negro. Pelo contrário, sente vergonha da pele escura.
Líder negro Stockley Carmichael


 Não teve a grandeza e postura de um Nelson Mandela, que preferiu amargar várias décadas na cadeia, a trair os ideais do seu povo. Recusou imitar o gesto do pastor Batista Martin Luther King, que lutou até fim e perdeu a própria vida, para que a população negra dos Estados Unidos ficasse livre da discriminação e pudesse, inclusive, ter acesso ao voto na década de 1960.

 Também passou longe da postura do supercampeão de boxe, Muhammad Ali. No auge da Guerra do Vietnã preferiu ir preso, a se alistar no Exército americano e pegar em armas para lutar e matar soldados vietcongs. Ou mesmo o reverendo Jesse Jackson, braço direito de Martin Luther King, árduo batalhador pelo cumprimento dos direitos civis nos Estados Unidos. O que dizer do líder político Stockely Carmichael? Enfrentou a fúria da CIA e FBI para mostrar ao governo de Lyndon Johnson (vice-presidente de John Kennedy na década de 1960), que jovens negros não poderiam ser mercadoria farta para a indústria de armas.

 Ou mesmo em terras brasileiras, Pelé nunca teve a postura de um Martinho da Vila, árduo defensor das causas da população negra. Ou mesmo de Paulinho da Viola, que no final da década de 1960, quando a Ditadura Militar resolveu começar a matar os opositores ao regime, teve a coragem de compor a linda “Sinal Fechado”, numa clara crítica à falta de democracia no País. Ou mesmo do talentoso Tim Maia, que nos momentos de lucidez, escrevia e cantava canções revelando o quanto o racismo fazia mal ao Brasil.

 Os exemplos são vários. Infelizmente Pelé vive em outro mundo. Talvez de conto de fadas. Onde o negro brasileiro é brigadeiro na Aeronáutica, almirante na Marinha ou general no Exército. Nessa ilusão, onde está mergulhado o rei do futebol, negro não é sinônimo de bandido ou desonestidade. Está em grande número nas universidades públicas, inclusive na USP (Universidade de São Paulo) e no curso de Medicina, onde a maioria dos candidatos é de pele escura. Nessa alucinação onde Pelé está inserido, o negro ocupa cargos de confiança nas grandes empresas e é minoria nas favelas...



segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Maldição de Whitney Houston atinge a própria filha



Whitney Houston e a filha Bobbi Kristina

Luís Alberto Alves

 A filha de Whitney Houston, Bobbi Kristina, com morte cerebral na quinta-feira passada, após alguns dias de internação num hospital de Atlanta, repete a trajetória sentimental da mãe. Ela foi encontrada inconsciente numa banheira de casa sem respiração, suspeita de overdose de drogas. Curioso é que Whitney morreu há três anos, também achada desacordada no banheiro de um hotel, em Los Angeles, depois de consumir cocaína e bebidas.

 Mãe e filha tiveram relacionamentos amorosos violentos com seus maridos. Os médicos encontraram hematomas no corpo de Kristina e as suspeitas recaem sobre o namorado Nick Gordon, tão mau caráter igual Bobby Brown, viúvo de Whitney Houston. Seria maldição na vida dessa família?

 Kristina não se conformou com a perda da mãe e mergulhou nas drogas. Para complicar a situação mantinha relacionamento amoroso com Nick Gordon, que cresceu em sua casa desde os 12 anos. Brigavam sempre. Do mesmo jeito que Whitney Houston se comportava com o marido Bobby Brown. O lazer deles era consumir cocaína ou crack.

 A trajetória de Whitney poderia ser brilhante caso não tivesse conhecido Brown. Mau elemento, logo a viciou em vários tipos de entorpecentes, pois essa era sua rotina de vida. Na infância teve os dias de glória quando fazia parte do grupo vocal New Edition no início da década de 1980.

 Mas da adolescência em diante, entrou na contramão da vida e o sucesso procurou manter distância dele. Gravadora até aceita artista doidão, desde que continue arrecadando dinheiro para o caixa. Do contrário ficará na rua da amargura. Para azar de Whitney, Brown a encontrou e a destruição passou a fazer parte de sua vida.

 Aos poucos a beleza herdada da época das passarelas de moda na década de 1980 desapareceu. Ela passou a faltar a shows, às vezes esquecia as letras das canções nas apresentações até chegar ao extremo de se trancar dentro de casa para fumar pedras de crack, deixando em segundo plano até a higiene pessoal.


 O mesmo gesto acabou imitado pela filha Bobbi Kristina. Até usar drogas deitada na banheira do quarto e ali encontrou a morte, por overdose e supostas agressões praticadas por Gordon, tão canalha igual ao seu pai, Bobby Brown. 

Ela era a única herdeira dos bens deixados pela mãe. Agora começou a briga pelo dinheiro, que poderá passar para as mãos de Gordon, caso comprove que era seu marido. Infelizmente a maldição da mãe atingiu a filha, caso realmente exista este tipo de tragédia no mundo espiritual.