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segunda-feira, 21 de março de 2022

Becomex e Fiergs promovem curso de capacitação sobre Drawback

 

  • Regime Especial é estratégico e pode promover ganhos diretos nas importações e aumento do fluxo de caixa
                Divulgação
  • Evento vai acontecer neste dia 23 de março


Redação/Hourpress

A Becomex e a FIERGS – Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul / Comércio Exterior e Relações Internacionais, promoverão no dia 23 de março, das 13h30 às 17h, com inscrição no site https://lnkd.in/dCUYGdu8, o curso de capacitação online “Drawback Estratégico como um dos Principais Instrumentos para gerar competitividade industrial no mercado externo”.

O palestrante Dagomar Müller, Especialista em Regimes Especiais Aduaneiros da Becomex, vai abordar o uso de Drawback como um dos principais instrumentos para gerar competitividade no mercado externo.

Alguns dos principais tópicos são:

  • Conceitual sob a ótica do Governo;
  • Modalidades e suas aplicações;
  • Fator crítico de sucesso na gestão e controle de Drawback;
  • Estratégia para geração de competitividade na cadeia de fornecimento;
  • Abordagem estratégica para aplicação do Drawback.

 

Drawback

 

O Drawback é o regime aduaneiro especial que suspende ou elimina tributos sobre insumos importados para a utilização em um produto que será exportado. Reduz os custos de produção, aumentando a competitividade no mercado internacional.

De acordo com a Receita Federal, nos últimos quatro anos o Regime Drawback correspondeu a 29% de todo benefício fiscal concedido pelo Governo Federal, porém, cerca de 25% das maiores empresas exportadoras do Brasil não aproveitam este benefício.

Para evitar os riscos e tornar a gestão uma estratégia vencedora, a Becomex tem uma metodologia de Regime Aduaneiro Drawback que atua a partir de uma análise do planejamento comercial, integrando a área de Suprimentos, Produção e Engenharia para obter e analisar todas as informações da empresa de forma eficiente e segura para obter o melhor resultado do benefício.

O Regime Aduaneiro Drawback é estratégico no dia a dia das empresas. As avaliações das oportunidades que podem ser geradas promovem ganhos diretos nas importações e aumento do fluxo de caixa.

Com uma metodologia pioneira de gestão, a Becomex oferece um trabalho conjunto entre empresas e seus fornecedores. Esse conceito também é uma forma inovadora de estimular a participação de toda a cadeia, a partir da divisão dos ganhos apurados em todo o processo.

 Serviço:

 Capacitação online “Drawback Estratégico como um dos Principais Instrumentos para gerar competitividade industrial no mercado externo”

Dia 23 de março, das 13h30 às 17h

R$ 60,00 para empresas associadas CIERGS/FIERGS e Estudantes

R$ 80,00 para o público em geral

Inscrição e mais informações no site https://lnkd.in/dCUYGdu8

Cadastro-Inclusão deve facilitar o acesso de pessoas com deficiência a benefícios

 É uma oportunidade de oferecer ainda mais serviços para o cidadão

    EBC

O serviço estará disponível pelo aplicativo Meu INSS


Redação/Hourpress

Menos burocracia, maior eficiência e redução de custos para o Estado e para as pessoas com deficiência. Este é objetivo do Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão), apresentado pelo Governo Federal nesta segunda-feira (21), em Brasília (DF). O lançamento da primeira etapa da nova ferramenta integra uma série de novas ações para as pessoas com deficiência anunciadas durante a cerimônia em alusão ao Dia Internacional da Síndrome de Down.

A iniciativa é do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), do Ministério da Economia e do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A estimativa é de que os dados dos cerca de 17,3 milhões de pessoas com deficiência possam compor a plataforma e facilitar o acesso a mais de 30 políticas públicas.

O serviço estará disponível pelo aplicativo Meu INSS, através do login na conta GOV.BR, que disponibilizará para a população um certificado como forma de comprovação da condição de deficiência por meio de um documento chancelado pelo Estado. Para gestores públicos, o acesso será feito por meio do API Pessoa com Deficiência.

Inclusão

As informações que compõem neste momento a ferramenta são aquelas do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria de pessoas com deficiência (LC 142). Na sequência, serão inseridas as informações da nova avaliação biopsicossocial.

“O Cadastro-Inclusão chega para unificar a oferta e o acesso a serviços e políticas públicas do Governo Federal para as pessoas com deficiência. Até hoje, para cada política que essa pessoa quisesse ter acesso, ela deveria realizar uma avaliação diferente. Com todas as dificuldades, ela era obrigada a se deslocar diversas vezes para apresentar a sua condição de deficiência. Nosso objetivo é diminuir as barreiras e facilitar a vida dessas pessoas”, explica a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

“Com a criação de uma única base de dados, robusta e capaz de se comunicar com as demais bases do governo, como é o Cadastro-Inclusão, estamos instituindo um marco das políticas públicas para pessoas com deficiência”, destaca o titular da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Com Deficiência (SNDPD/MMFDH), Cláudio Panoeiro.

Deficiência

Presente no evento, a primeira-dama da República e presidente do Conselho do Pátria Voluntária, Michelle Bolsonaro, agradeceu a todos os envolvidos na implementação da política pública. “Vamos continuar trabalhando por aqueles que mais precisam. Esse é o nosso compromisso com todas as pessoas com deficiência", disse.

O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade, ressalta que essa é mais uma entrega importante da transformação digital que o Governo Federal está realizando no país. “Com o Cadastro-Inclusão, estamos tornando a informação acessível, combatendo a burocracia e facilitando o acesso das pessoas com deficiência aos seus dados pessoais. Dessa forma, estamos também ampliando o respeito a sua autonomia e dignidade”, afirma.

Para o INSS, é uma oportunidade de oferecer ainda mais serviços para o cidadão, que poderá ter acesso ao certificado diretamente pela internet, sem precisar sair de casa. “Foi um trabalho desafiador, principalmente devido à unificação da base cadastral, e a publicação no Meu INSS e API em um curto espaço de tempo. Mas sabemos que o resultado trará muitas vantagens para os cidadãos com deficiência e o INSS vai cumprindo o seu papel, o de garantir proteção aos cidadãos que precisam do INSS” destaca Sebastião Faustino, diretor de Benefícios do INSS.

Cerimônia

Durante o evento, a SNDPD/MMFDH e o INSS assinam um protocolo de intenções para disponibilizar um curso de educação previdenciária sobre o Cadastro-Inclusão e a Avaliação Biopsicossocial voltado às pessoas com deficiência. O intuito é proporcionar informações seguras e de qualidade para o entendimento amplo do público-alvo sobre as novas ferramentas.

Outras ações

Ainda na cerimônia, a SNDPD/MMFDH também lança o Sistema Nacional de Informações sobre Deficiência (SISDEF). Trata-se de um painel com indicadores para o monitoramento de políticas públicas para pessoas com deficiência. É a primeira plataforma a reunir e tornar públicos os dados. O projeto é desenvolvido pelo Núcleo de Informação, Políticas Públicas e Inclusão Social, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Mais de 60% dos municípios paulistas têm aterros funcionando irregularmente

 Agora o prazo final se estendeu até agosto de 2024

    EBC

A dificuldade financeira que muitas prefeituras enfrentam também contribui muito para todo esse cenário


Redação/Hourpress

Mais de 60% dos aterros fiscalizados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) no início deste mês, em 247 municípios paulistas, apresentaram algum tipo de irregularidade. De problemas como catadores informais trabalhando diretamente nos locais, o que é proibido por lei, ao acúmulo de chorume, resíduo altamente poluente que contamina o solo e pode comprometer o lençol freático.
 

"A pesquisa também mostra que antes de enterrar o lixo, 85% não realiza qualquer tipo de processamento como reciclagem, reutilização e tratamento. Infelizmente, o descarte adequado de resíduos sólidos continua sendo um enorme desafio para muitas prefeituras em todo o Brasil", afirmou Suzette Renault de Carvalho, gestora ambiental da Conam -- Consultoria em Administração Municipal.


Tanto é, que pela Lei 12.305/2010, que estabelece a PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos os municípios deveriam ter acabado com seus lixões em 2014. Mas isso não aconteceu e, de prorrogação em prorrogação, agora o prazo final se estendeu até agosto de 2024 - neste caso, para os municípios com população inferior a 50 mil habitantes, de acordo com o Censo 2010.


"Além da falta de condições técnicas, de orientação, de capacitação profissional para a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, a dificuldade financeira que muitas prefeituras enfrentam também contribui muito para todo esse cenário de irregularidades e de atraso para dar um fim aos lixões", conclui Isabela Giglio, advogada especialista em Direito Administrativo da Conam.


Para conferir o levantamento completo da fiscalização realizada pelo TCESP, clique aqui.

quarta-feira, 16 de março de 2022

Impacto ambiental na disputa entre Rússia e Ucrânia: uma vítima não relatada da guerra

    Agência Brasil 

Os impactos ambientais são muito maiores do que se pode imaginar

Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno

Historicamente, além de todo o sofrimento e impactos sociais e econômicos, as guerras causam danos ambientais pouco considerados: florestas inteiras são derrubadas; campos são devastados; ecossistemas deixam de existir; contaminação por produtos químicos, além da alta emissão de CO2 e nenhum cuidado com os resíduos gerados.

 

Por obvio, a sobrevivência a qualquer custo se coloca como preponderante nessas situações, fazendo com que o Meio Ambiente se torne uma vítima não relatada da guerra.

 

Os impactos ambientais são muito maiores do que se pode imaginar, além dos inúmeros veículos, tanques e embarcações que usam recursos ambientais, as energias são provenientes de fontes não renováveis, fazendo com que a emissão de CO2 de alguns dos maiores exércitos no mundo sejam maiores do que a geração de CO2 de alguns países inteiros.

 

É importante destacar que o domínio bélico advém também do controle de armas químicas e nucleares, sendo que cada vez mais as guerras serão ambientais, com o uso de armas químicas, nucleares e até mesmo biológicas.

 

Ameaça


Embora as motivações da guerra entre Rússia e Ucrânia estejam mais ligadas a questões territoriais e geopolíticas, o evento tem potencial para definir novos paradigmas para as agendas econômica e ambiental.

 

Isso porque a Rússia é o terceiro país que mais fornece petróleo no mundo (10,66%), perdendo apenas para os EUA e Arábia Saudita. Além disso, é um grande player na indústria de combustíveis fósseis, sendo o terceiro país que mais emite gases do efeito estufa no mundo (depois da China e EUA).

 

Além de seu poder bélico, com armas nucleares e a ameaça de Chernobyl, a Rússia, estrategicamente, usa como uma arma a ameaça contra a Europa avisando que vai cortar o abastecimento. Diante disso, países europeus se viram na necessidade de buscar alternativas energéticas, seja para energia mais renováveis, seja para uma retomada do uso do carvão como principal gerador de energia, o que é bastante preocupante para um mundo que acabou de assumir novos compromissos na COP26 para a redução de gases do efeito estufa.

 

O fato é que a Rússia é o país que mais tem a perder com a descarbonização das economias.


Impacto

 

Um país que também prioriza a sua retomada econômica em detrimento da preservação ambiental, com a utilização do carvão mineral como sua principal fonte energética é a China. Se essa tendência se confirmar, o impacto ambiental será muito maior e além da guerra.

 

Há muito se fala do aquecimento global, tanto que a ONU vem alertando, em diversos relatórios, que as mudanças climáticas provocadas pelo homem já estão acontecendo, estão mais rápidas e intensas.

 

De fato, se as previsões se concretizarem, teremos: o colapso de alguns ecossistemas com a consequente extinção de espécies e mudança em todo o equilíbrio planetário; o aumento do nível e aquecimento de oceanos; seca e calor extremo em algumas regiões como temos percebido mais recentemente, provocando o aumento da fome e disseminação de doenças, inclusive com maiores chances de novas epidemias.

 

No Brasil, poderemos ter a redução de área agricultável e de pastagens com impacto direto no preço que nós, consumidores, pagamos pelos alimentos. Isso ocorrerá para a carne, milho, soja, algodão, arroz, feijão, açúcar e etanol. A carne bovina, por exemplo, pode ficar até 25% mais cara.


Alerta

 

O Brasil ainda se tornaria um lugar ainda mais propício para disseminação do Aedes aegypti -- mosquito vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo passariam a ter ambientes favoráveis para a proliferação de um dos mosquitos transmissores da leishmaniose.

 

Além do alerta climático, a ONU apontou recentemente (02/2022) que a poluição provoca 9 milhões de mortes prematuras por ano. Um número de mortes maior do que o da Covid-19, de cerca de 5,9 milhões de perdas humanas, de acordo com o agregador de dados Worldometer, em todo o mundo. Produtos como pesticidas, plásticos e lixo eletrônico, polifluoroalquis ou perfluoroalquis (substâncias artificiais usadas em produtos domésticos, como panelas antiaderentes) estão associados a um risco aumentado de câncer e são consideradas como "produtos químicos eternos" porque não se degradam facilmente.

 

Sob o ponto de vista jurídico, as consequências dessa alteração no clima e de seus resultados poderão trazer reflexos práticos imediatos nas demandas ambientais e climáticas. Princípios -- que hoje já são muito utilizados (e combatidos) no direito ambiental e que certamente serão fortalecidos -- são a aplicação da precaução e da prevenção pelos juízes, principalmente em virtude das evidências científicas trazidas, em especial, os riscos iminentes de catástrofes e de desastres nos próximos anos.


Discussão

 

Além disso, esses resultados podem tornar tangível a verificação do nexo de causalidade jurídica nas demandas, deixando mais claras as relações de causa (emissões) e efeitos (danos) nos eventos climáticos extremos, justificando demandas como perda de produtividade, descumprimento de contrato, etc., por questões relacionadas ao clima, por exemplo. 


Ainda, reforça a discussão já existente de um direito fundamental e humano ao clima estável, defendido pelo jurista Ingo Wolfgang Sarlet e até mesmo a questão dos refugiados do clima, diante de questões como aumento do nível dos oceanos e desastres ocasionados por eventos extremos. Outras discussões que devemos ver com maior frequência é a questão da cobertura de seguros, diante desses eventos.

 

Portanto, os impactos ambientais decorrentes do conflito entre Rússia e Ucrânia serão muito maiores do que o inicialmente observado, afetando todos os países e todos os cidadãos. Além dos demais impactos, a questão climática é que se faz mais premente, inclusive em termos geopolíticos. Não depender mais do petróleo e gás para o desenvolvimento do mundo é um caminho necessário para a descentralização de poder e para um mundo resiliente, adaptativo e com um menor impacto ambiental.

Isenção do IR para aposentados e pensionistas: como obter o benefício?

 O benefício, gratificado pela Lei nº 7.713/1988, visa auxiliar todos esses que já arcam com valores elevados

    Agência Brasil 

Para aposentados e pensionistas, este é um dos equívocos mais recorrentes no processo de declaração


Bruno Farias

Reduzir o valor a ser pago no imposto de renda é um desejo comum. De fato, muitos possuem o benefício de se isentarem no pagamento de certos amontes para a Receita Federal – mas, o desconhecimento deste direito impede que diversos o façam, acarretando o pagamento de valores indevidos. Para aposentados e pensionistas, este é um dos equívocos mais recorrentes no processo de declaração, o qual necessita ser esclarecido para evitar a contribuição desnecessária de quantias elevadas.

Mesmo em meio à pandemia, o número de contribuintes que declararam o IR em 2021 superou a expectativa da Receita Federal. Foram mais de 34 milhões de documentos recebidos, segundo dados do próprio órgão – um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior. Em crescentes volumes de arrecadação, erros de valores a serem declarados se tornam cada vez mais comuns, prejudicando financeiramente aqueles que poderiam economizar pelo conhecimento de seus direitos.

Se tratando dos aposentados e pensionistas, todos aqueles que possuem alguma das 16 doenças graves conferidas em nossa legislação, podem solicitar a isenção permanente de seus rendimentos tributáveis. O benefício, gratificado pela Lei nº 7.713/1988, visa auxiliar todos esses que já arcam com valores elevados para o tratamento de problemas de saúde sérios.

Em uma listagem, as doenças estabelecidas pela lei são: cardiopatia grave; câncer; doença grave nos rins; fígado; AIDS; alienação mental; cegueira; contaminação por radiação; doença de Paget em estado avançado; Parkinson; esclerose múltipla; espondiloartrose anquilosante; fibrose cística; hanseníase; paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa.

Complexidade

Mesmo se tratando de uma lista ampla, algumas normas e procedimentos são exigidos para a obtenção de tal isenção. Dentre eles, há a necessidade de um laudo comprovatório da doença por um médico do Estado. O profissional precisa ser licenciado por uma unidade de saúde pública, principalmente caso o paciente não esteja realizando um tratamento via o Sistema Único de Saúde (SUS).

O documento em si não demanda grande complexidade, podendo ser preenchido com as informações pessoais do paciente, a descrição da doença existente, seu estado (curado ou em tratamento) e, exposições detalhadas sobre o acometimento. Uma vez aprovado, os aposentados e pensionistas podem recuperar os valores pagos até cinco anos retroativos, desde que a doença tenha sido contraída neste período. Ainda, terão direito à isenção permanentemente, mesmo que a condição esteja sob controle ou clinicamente curada.

Com o laudo em mãos, basta levá-lo às fontes pagadoras – seja o INSS ou outras complementares, para entrar com o pedido, cujo prazo para obtenção pode variar, dependendo da fonte pagadora. Mesmo se tratando de um processo relativamente fácil, contar com o apoio de uma empresa especializada no segmento trará uma maior confiança na aprovação da isenção, garantindo a entrega correta dos documentos solicitados no prazo estipulado e a recuperação retroativa devida de cada um.

Afinal, o não cumprimento da obrigação ou atraso nas entregas, pode acarretar multa que pode variar entre o mínimo de R$ 165,74, a 20% do imposto devido. É preciso o máximo de atenção no preenchimento de todos os dados solicitados, avaliação do enquadramento das doenças permitidas para isenção e comprovação médica dentro dos critérios estabelecidos em lei. São diversas regras que, apenas com o devido acompanhamento de profissionais qualificados, terão a máxima segurança da entrega devida para a isenção deste pagamento nas declarações de imposto de renda.

Bruno Farias é sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

terça-feira, 15 de março de 2022

Barulho excessivo nas escolas prejudica audição de alunos e professores

 Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis, principalmente as que têm mais de 25 estudantes

   Pixabay

O excesso de ruído pode causar diversos prejuízos à saúde - inclusive dos professores 


Redação/Hourpress

Você sabia que o ruído frequente pode acarretar danos à audição de alunos e professores? Neste período em que crianças e adolescentes acabam de voltar às aulas em todo o país, junto com a animação de rever os coleguinhas, vem o barulho típico da criançada fazendo algazarra no pátio, na sala de aula, ou correndo e gritando pelos corredores.

 

É um cenário natural na infância mas que esconde um sério problema: os danos à audição que podem começar já nessa fase. É fato que não se pode reprimir a alegria, mas é preciso impor limites.

 

O excesso de ruído pode causar diversos prejuízos à saúde - inclusive dos professores -, como estresse, falta de concentração e até uma progressiva perda auditiva, que às vezes pode ser sentida apenas na idade adulta, mas ter início já nos primeiros anos de estudo, em meio ao barulho na sala de aula e em outros ambientes da escola.

 

O "barulho ensurdecedor", reclamação de muitos professores, não é somente um jeito exagerado de se referir ao incômodo. E com o passar do tempo, alunos, professores e funcionários da escola, expostos diariamente a sons altos, podem ter a audição comprometida. A Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE) tem efeito cumulativo. Quanto maior a frequência a ambientes barulhentos ao longo da vida, maiores as chances de danos à audição.

 

De acordo com Rafaella Cardoso, fonoaudióloga especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas, é preciso ficar atento para possíveis danos auditivos - principalmente nas crianças - que muitas vezes podem passar despercebidos. "É necessário avaliar a audição de crianças e adolescentes no início da fase escolar para evitar prejuízos de aprendizagem ou mesmo o agravamento de distúrbios já existentes”, aconselha.
 

Pesquisa sobre acústica em sala de aula, realizada na Universidade de Oldenburg, na Alemanha, confirmou que em muitos colégios o barulho passa do tolerável. “Os professores que estão na profissão há muito tempo sofrem particularmente com o ruído (...). O fluxo das aulas é interrompido pela repetição frequente de informações e exortações para que as crianças fiquem quietas. Altos níveis de ruído dificultam a concentração no decorrer da aula”, observaram os professores e psicólogos August Schick e Maria Klatte.
 

Em outra pesquisa de dissertação no Curso de Pós-Graduação em Construção Civil da Universidade Federal do Paraná: “Avaliação do Desempenho Acústico de Salas de Aula”, Daniele Zwirtes investigou escolas de Pinhais e Curitiba (PR). “Constatou-se a total falta de qualidade acústica das salas de aula (...). Constatou-se também que o principal ruído percebido não provém do entorno, mas é gerado pela própria escola. As entrevistas com professores e alunos mostraram que o ruído gerado na própria sala de aula, seguido do ruído gerado nas salas de aula vizinhas, são as principais fontes de incômodo".
 

É importante lembrar que a perda de audição não tratada afeta o desenvolvimento cognitivo e o desempenho escolar. Não raro, há pessoas que só identificam a perda auditiva na universidade e descobrem que a dificuldade de aprendizagem ou até mesmo o déficit de atenção diagnosticado na infância e adolescência eram causados, na verdade, por problemas auditivos”, explica a fonoaudióloga da Telex.
 

O limite sonoro suportável é de 65 decibéis, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Acima disso, o organismo pode começar a sofrer danos. Para as salas de aula, a Associação Brasileira de Normas Técnicas estipula o limite de 40 a 50 decibéis. Muitas classes, no entanto, atingem 75 decibéis, principalmente as que têm mais de 25 estudantes. E o barulho no pátio, na hora do recreio, pode chegar a mais de 100 decibéis.
 

A exposição ao barulho na escola, somada às variadas situações de ruído no dia a dia -- trânsito, televisão em alto volume, ouvir música com fones no ouvido -- preocupa os especialistas, que preveem problemas de audição cada vez mais cedo entre as novas gerações.

O mercado livre de energia e os novos desafios da era digital

 É uma solução eficiente, porém com custos maiores

    Pixabay

É importante pensar no mercado livre de energia


Marcelo Bernardino

Hoje em dia temos várias fontes além das hidrelétricas, como as energias eólica, biomassa ou solar. Apesar do Brasil ter uma vasta área para poder aproveitar a energia eólica e energia solar, ainda assim é um país de dimensões continentais que depende muito da energia vinda de hidrelétricas.

Devido à pior crise hídrica que já passamos em 91 anos, iniciada em junho de 2021, a população vem sentindo um aumento expressivo na conta paga mensalmente. Para economizar água dos reservatórios, o governo federal aumentou a geração de energia usando usinas termelétricas.

É uma solução eficiente, porém com custos maiores, que variam de acordo com cada usina e combustível utilizado (gás, carvão ou óleo). Portanto, houve um aumento expressivo nos Encargos de Serviços do Sistema (ESS). De acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), esse valor, em maio de 2021, era de R$ 8 por MWh. Em outubro esse valor saltou para R$ 115 por MWh.

Analisando esse contexto, é importante pensar no mercado livre de energia ou ACL (Ambiente de Contratação Livre). Essa opção de consumo de energia foi regulamentada pela CCEE e pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 1998. O objetivo do ACL é aumentar as ofertas do mercado de energia.

Menos

Ele é muito vantajoso para o meio ambiente, já que é possível contratar energia de diversas fontes, como eólica, solar, pequenas usinas e empresas comercializadoras de energia. Além disso, a gestão de controle de energia é mais eficiente, pois há várias empresas administrando as infraestruturas necessárias. E como no mercado livre de energia não existem as bandeiras tarifárias, o consumidor paga menos.

E ainda há mais benefícios: a negociação é flexível, pois o consumidor tem mais previsão sobre a conta de energia, porque as empresas fornecem aplicativos de gestão e contratos de pacotes de consumo. Além disso, a fonte de energia elétrica também pode ser escolhida: eólica, solar, PCH (Pequena Central Hidrelétrica). Portanto, além da conta menor, os benefícios ainda permitem mais controle sobre o consumo.

Segundo um estudo recente da ABRACEEL (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), já existem 447 empresas que comercializam energia no Brasil. Em novembro de 2021, já foram gerados 64.374 Megawatts e isso representa 42% da energia transacionada no país pelo mercado livre de energia. Para os consumidores, isso gerou uma economia média de 42% na conta de energia.

Os consumidores são divididos entre livres, que são aqueles que podem escolher seu fornecedor, e os especiais, com demanda entre 500 KW e 1,5 MW. Portanto, são consumidores com contas grandes, a partir de 30 mil reais. Em uma era onde a transformação digital está acelerada, é muito importante que a lei que rege o mercado livre de energia possa acompanhar essa evolução.

Rotas

O 5G por exemplo, é apenas uma das tecnologias que irá ajudar a alavancar negócios. Na agricultura, será de grande importância para controle de consumo de água e agrotóxicos. Nas cidades, ajudará na gestão de mobilidade, como semáforos inteligentes e sensores que ajudam a identificar trânsito e transmitir em tempo real para a rede móvel e informar outras rotas aos motoristas.

Apesar da pandemia e crise econômica, o Brasil está evoluindo no mercado livre de energia. O Projeto de Lei (PL) 1917/15, que rege as regras para comercializar energia livremente, ganhou alterações recentemente. Em um primeiro momento, o projeto reduz as exigências para que os grandes consumidores, em geral indústrias, comprem energia livremente.

Uma das novidades é incluir as pequenas centrais hidrelétricas entre os objetos de licitação (hoje elas são cedidas mediante autorização) e exclui do processo os autoprodutores, como as indústrias que produzem energia para consumo próprio. A formação do preço de energia no mercado de curto prazo passa a incluir a oferta de preços pelos agentes. Hoje, esse preço é calculado por um modelo computacional, sem levar em conta a oferta.

Para o futuro, a ideia é abrir gradualmente esse mercado para que o consumidor comum possa escolher de quem comprar energia, em um sistema de abertura total. Vejo um progresso nas alterações desse projeto de lei, no qual a implantação será muito importante para o desenvolvimento e crescimento das indústrias e empresas no país, aumentando o mercado de trabalho e acompanhando a transformação digital, gerando inovações. E como o mercado livre de energia também permite que as empresas escolham o tipo de energia a ser consumida, também significa uma contribuição para um futuro mais sustentável.

Marcelo Bernardino - CEO da Indra e da Minsait no Brasil

Educação financeira como pilar para a independência feminina

 Têm mais entendimento dos seus objetivos e deixam de ocupar posições vulneráveis e de resignação

   Freepik

 O gênero feminino ganha 28% a menos em cargos iguais ao do público masculino


Cecília Lopes

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estimula o progresso econômico e o comércio mundial, mostra que homens e mulheres operam a vida financeira de formas diferentes. E obviamente isso não se dá por questões biológicas, mas sim históricas.

 

Em algum momento da vida, todas nós passaremos por situações onde teremos que lidar com palavras como financiamento, crédito, poupança e outros investimentos. Desta forma, consolidar a educação financeira feminina não é apenas um avanço didático: mulheres mais instruídas nessas questões se tornam mais seguras nas tomadas de decisões, têm mais entendimento dos seus objetivos e deixam de ocupar posições vulneráveis e de resignação.

 

Para se ter uma ideia, uma pesquisa promovida pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora (RME), mostra que 34% do público feminino já sofreu algum tipo de agressão em relações conjugais. Ainda segundo o estudo, 48% delas conseguiram sair desses relacionamentos ao virarem empreendedoras. Ou seja, a estabilidade financeira nos permite dar um basta em situações que não nos agradam mais.

 

O fato das mulheres ainda serem, em sua maioria, responsáveis pelas tarefas domésticas no Brasil, gastando em média 24 horas por semana nos cuidados com a casa e com os filhos - enquanto os homens dedicam cerca de 4 horas às mesmas tarefas -, também implica na falta de tempo para estudos, especializações e planejamento da vida financeira. Além disso, embora já seja um tema muito falado, ainda existe o contrassenso dos salários: o gênero feminino ganha 28% a menos em cargos iguais ao do público masculino.


 

Como as empresas de educação financeira têm mudado esse cenário?


 Quando falamos de educação financeira feminina, geração de renda e independência, dizemos também de melhoria social e de reinvestimento econômico coletivo. Por isso, as companhias, no geral, tendem a evoluir cada vez mais em questões voltadas para o suporte e orientação financeira das mulheres.


 Mas existe um segmento de maior impacto: as empresas de educação financeira. Fornecer conteúdos gratuitos, acessíveis e de fácil compreensão tem sido um grande aliado, pois traz segurança psicológica, aumento na qualidade de vida e diminui conflitos familiares, ajudando mulheres a diminuírem os níveis de estresse e ansiedade, bem como iniciarem seus investimentos a longo prazo, a fim de tirarem os planos do papel.

 

O meu desejo é que cada vez mais mulheres e meninas tenham acesso à educação financeira para se tornarem independentes e livres. Ainda há um longo caminho pela frente, mas nós estamos contentes de transformar a realidade financeira de milhares de brasileiras.


 *Cecília Lopes, Gestora de Marketing da Pilla

sexta-feira, 11 de março de 2022

Palestra aborda avanços na política de enfrentamento à violência política contra a mulher

 A partir da iniciativa, diversas outras ações foram desenvolvidas

A violência política contra as mulheres é uma
 violação de direitos humanos




Redação/Hourpress

Os avanços do Governo Federal no enfrentamento à violência política contra a mulher foram o foco da representante do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) em palestra realizada nesta quarta-feira (9), durante o evento Essent Jus Experience. Titular da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM), Cristiane Britto abordou ações da pasta sobre a temática e a nova legislação que protege e garante ao público feminino uma maior participação nos espaços de poder e decisão.

“A aprovação da Lei nº. 14.192/2021, que conceitua e criminaliza a violência política, foi um grande avanço, uma vez que amplia a proteção dos direitos das mulheres”, afirmou a gestora. Para ela, é imprescindível a instituição de um protocolo de acesso à Justiça Eleitoral.

“Essa é uma luta de todas nós, mulheres brancas, negras, indígenas, quilombolas, independente de raça, credo, ideologias ou bandeiras partidárias, já que a violência política contra as mulheres é uma violação de direitos humanos e uma ameaça principal à democracia.”, assegurou.

Atuação

Outras medidas de enfrentamento à violência política adotadas pelo MMFDH foram destaque da secretária em sua participação no painel “Quando a brincadeira vira crime – aspectos práticos da violência política de gênero”.

Entre elas, o Projeto Mais Mulheres no Poder, instituído na atual gestão com a proposta de conscientizar sobre a participação política das mulheres em cargos eletivos, de poder e decisão, além do pleno exercício da democracia representativa e participativa. O público-alvo são mulheres pré-candidatas e aquelas interessadas em conhecer e participar mais ativamente do ambiente político brasileiro.

A partir da iniciativa, diversas outras ações foram desenvolvidas, como o Filia Mulher, uma campanha de incentivo à participação feminina na política e a denúncias de violência política por meio do Ligue 180, canal da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do MMFDH.

“Nas eleições de 2022, será preciso assegurar que as mulheres se sintam seguras e que haja políticas públicas efetivas no combate à violência política. O Governo Federal tem se empenhado por uma maior representatividade feminina na política”, concluiu a secretária.

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Realizado entre os dias 9 e 11 de março, em Brasília (DF), a programação do Essent Jus Experience conta com mais de 50 painéis temáticos, cujos palestrantes são especialistas em direito eleitoral, contabilidade eleitoral, comunicação e marketing político. A iniciativa é da Rede Essent Jus com o apoio da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

"Investimentos em cibersegurança são essenciais", diz especialista

 É  preciso realizar treinamentos constantes de conscientização para evitar que usuários sejam vítimas de ciberataques

Divulgação
Outro ponto importante é a realização periódica de testes de invasão


Redação/Hourpess

A informação é um dos ativos mais importantes no mundo moderno. Diante disso, cibercriminosos estão constantemente em busca de dados pessoais (como CPFs, RGs, contas bancárias e cartões de crédito). Essas informações cadastrais concentradas nas bases de dados, principalmente em grandes varejistas, são valiosas para atacantes, já que podem ser vendidas em fóruns da Dark Web e/ou utilizadas para ataques direcionados. De acordo com relatório publicado pela Apura Cyber Intelligence, o varejo esteve entre as dez áreas mais atacadas no Brasil, ficando na sexta posição do ranking.

“Investimentos em cibersegurança são essenciais para evitar ciberataques. Muitas vezes, um usuário com acesso elevado dentro dos sistemas pode cair em golpes de phishing e expor credenciais ou executar malwares em ambiente corporativo”, explica Cristian Souza, professor no Instituto DARYUS de Ensino Superior Paulista (IDESP) e consultor em Cyber Security da DARYUS Consultoria, empresa referência em gestão de riscos, continuidade de negócios e segurança da informação.

Souza destaca ainda que é preciso realizar treinamentos de conscientização com os colaboradores, visando evitar que eles sejam vítimas de um ataque e exponham o ambiente da corporação. “Um monitoramento eficaz dos sistemas também deve estar em vigor, com o objetivo de identificar anomalias na rede e alertar o time de segurança para aplicação das contramedidas. Outro ponto importante é a realização periódica de testes de invasão e análises de vulnerabilidades, pois eles permitem a identificação antecipada de ameaças”, disse.

Para o especialista, em um ciberataque, a queda dos serviços de uma varejista, por exemplo, pode ocasionar perdas significativas em valor de mercado. Além do mais, a queda das vendas dentro do serviço, visto que organizações normalmente perdem um pouco da confiança dos clientes após um vazamento ou um longo período offline.

Em caso de ataque a uma rede varejista, a Souza recomenda que o acesso a esses sites só seja realizado após o reestabelecimento e que os usuários não acessem nenhum link suspeito que seja enviado por e-mail ou aplicativos de mensagens instantâneas.