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    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Perícia judicial não decide futuro do zoneamento ambiental no Litoral Norte

 A medida judicial ameaça invalidar o entendimento democrático e participativo

    Pixabay

Sem solução, ninguém sabe o que acontecerá com o futuro do zoneamento ambiental da região de São Sebastião


Redação/Hourpress

Uma nova perícia judicial para produção antecipada de provas foi realizada no último dia 29.11 e foi deferida pela juíza responsável pelo caso, Gisela Aguiar Wanderley da 2ª Vara do Fórum da Fazenda Pública do Estado de São Paulo. Sem solução, ninguém sabe o que acontecerá com o futuro do zoneamento ambiental da região de São Sebastião, no Litoral Norte do Estado de São Paulo, que está sendo objeto de uma inoportuna judicialização, cujo foco é a mudança de Z2 para Z4 no zoneamento ecológico e econômico (ZEE) das áreas preservadas do município.
 

A medida judicial ameaça invalidar o entendimento democrático e participativo promovido durante seis (6) anos, de 2010 a 2016, pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), órgão máximo consultivo e normativo do Sistema Ambiental Paulista, por meio de audiências públicas realizadas com os entes públicos e privados daquela região.
 

Como grande parte da região é área de proteção permanente, as terras da região foram enquadradas como Zona Terrestre 02, que permite exploração econômica com limitações, justamente para garantir a preservação do meio ambiente. No entanto, cinco empresas do mesmo grupo econômico, liderado pela Alemoa Empreendimentos, proprietárias de 6,5 milhões de m2 na área do Município de São Sebastião, ingressaram no Poder Judiciário com medida cautelar na tentativa de cancelar o zoneamento, pleiteando que partes de suas propriedades na região fossem enquadradas como Zona Z4-OD (zona de ocupação dirigida), para viabilizar o tipo de exploração econômica pretendido por elas nas áreas atualmente protegidas, ameaçando a região com sequelas ambientais irreversíveis.
 

Em 26 de agosto de 2021 uma equipe multidisciplinar nomeada pela Justiça apresentou seu laudo pericial sobre o enquadramento da área, mas o Ministério Público não foi previamente cientificado da realização do ato, fato que inviabilizou sua participação nos trabalhos técnicos, gerando grave prejuízo a sua atuação. Os promotores púbicos que integram o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) e os representantes da comunidade e do Instituto de Conservação Costeira, que buscam acompanhar as diligências, afirmam que ao longo dos trabalhos periciais até aqui realizados a equipe pericial nomeada pelo Poder Judiciário tem criado dificuldades injustificáveis para o acompanhamento dos trabalhos técnicos, e por esse motivo o juiz do processo determinou a nova perícia judicial, que será realizada no próximo dia 29 de novembro, às 10 horas, na Avenida Magno Passos Bittencourt, nº. 2.376, Praia do Engenho, São Sebastião, em frente ao Condomínio Captains Flat.
 

Segundo os promotores e os representantes da comunidade afetada, se a mudança de Z2 para Z4 se concretizar, o prejuízo será irreparável não só para aquela área, pois abrirá um precedente perigoso, estimulando novas incursões judiciais no mesmo sentido, não somente para outras áreas da região, mas para quaisquer áreas preservadas do país.
 

Para o experiente promotor público Tadeu Salgado Ivahy Badaró Júnior, que representa o Ministério Público e há anos integra o GAEMA (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), a “presente demanda possui notória pretensão de influir diretamente na política pública de zoneamento ambiental, destarte, no próprio direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, uma vez que visa alterar o Zoneamento Ecológico-Econômico do Litoral Norte na região dos imóveis de propriedade das requerentes para reduzir o grau de proteção conferido pelo ordenamento jurídico”.
 

 

Serviço:

Ação de Produção Antecipada de Provas

Autos n. 1015024-96.2017.8.26.0053

Requerentes: Alemoa S/A Imóveis e Participações e outros.

Requeridos: Fazenda Pública do Estado de São Paulo e Prefeitura Municipal de São Sebastião.

INSS retoma a prova de vida em 2023

 

Especialista destaca tratamento mais digno ao aposentado

EBC


Também valem como prova de vida: aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas



Redação/Hourpress

 

Suspensa até o final deste ano por conta da pandemia de Covid 19, a prova de vida volta a ser exigida pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a partir de 1º de janeiro de 2023.

 

especialista em Direito Previdenciário e professor do Meu Curso Educacional, Washington Barbosa, lembra que o INSS fez a integração com diversos sistemas públicos e privados para que a prova de vida fosse feita sem a necessidade do comparecimento presencial numa agência do INSS.

 

“Era comum vermos na TV, reportagens mostrando pessoas com idade avançada e dificuldade de locomoção, em filas enormes para provar que estava vivo. Agora, além de poder fazer por meio do aplicativo Meu INSS, ou do caixa eletrônico do banco que recebe seu benefício, o voto na última eleição ou a compra e venda de um automóvel, por exemplo, já valem como prova de vida. Isso, acaba dando mais dignidade para essas pessoas”, disse o especialista.


 Falece

 

Barbosa explica que o INSS pede a prova de vida porque, muitas vezes, o idoso, de maneira indevida, entrega seu cartão de benefício com senha para um filho, um cuidador ou até um vizinho, que após a morte do beneficiário, continua recebendo o benefício de maneira irregular.

 

“Quando o aposentado falece, o INSS deve ser comunicado. Se houver algum dependente com direito a pensão, ele passa a receber, é o que determina o Ministério do Trabalho e Previdência”, disse Barbosa.

Porém, o especialista faz um importante alerta. “Caso o INSS não encontre nenhuma movimentação do segurado, ele será convocado a fazer a prova de vida por atendimento eletrônico, com uso da biometria, ou de outra forma distinta da presencial”, conclui Barbosa.

 

Também valem como prova de vida: aplicativos e sistemas dos órgãos e entidades públicas que possuam certificação e controle de acesso, no Brasil ou no exterior; empréstimo consignado efetuado por reconhecimento biométrico; atendimento no sistema público de saúde ou na rede conveniada; vacinação; declaração de Imposto de Renda, e emissão ou renovação de carteira de identidade.

 


Natal: fazer doações traz benefícios para a saúde mental, afirma psicólogo

 As doações não precisam ser feitas todas de uma só vez

   Divulgação

A ação auxilia na manutenção da saúde mental


Redação/Hourpress

Com o clima natalino à tona e a chegada do ano novo, muitas pessoas sentem a necessidade de organização e de revisitar seus projetos pessoais. Esta época é um momento quando além de renovar as energias, é uma etapa para desapegar de roupas e itens sem uso dentro de casa e doar para as famílias mais necessitadas. A ação auxilia na manutenção da saúde mental.


O coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, professor Thiago Reis Hoffmann, aponta que uma sugestão é separar os itens que podem ser doados ou não em categorias. Nessa etapa, é importante fazer um autoquestionamento quanto à utilidade dos pertencentes. “É preciso avaliar o que se sente em relação a renunciar a alguns itens. No caso de peças do armário, as reflexões devem ser objetivas: a roupa ainda é útil você? Você compraria novamente? Você se esqueceu que possuía?”, pontuou.


As doações não precisam ser feitas todas de uma só vez e que cada indivíduo toma o seu tempo para autoavaliação. “Quanto mais perguntas simples forem feitas, mais fácil será o desapego. O processo pode se tornar prazeroso e contribuir com a saúde mental”, afirma. “Não precisamos esperar itens estragarem para nos desfazermos deles. Podemos procurar instituições locais que fariam bom aproveitamento desses objetos”.


Sujeito


O docente explica que em alguns sinais podem ajudar a identificar quando a dificuldade no desapego precisa ser encarada com mais atenção. Roupas guardadas há muitos anos, sem uso para eventos específicos ou outros itens como roupas de cama (cobertores), brinquedos, livros e móveis empilhados ou sem utilidade aparente são exemplos. “Vale a pena destacar que quando a acumulação retira a funcionalidade do ambiente ou mesmo interfere nas relações sociais do sujeito ou do grupo familiar, deve-se buscar ajuda profissional”, afirmou.


Em casos específicos e extremos, é possível verificar situações disfuncionais, como o Transtorno de Acumulação Compulsiva, também conhecida com disposofobia, caracterizado pela dificuldade persistente de descartar ou se desfazer de bens, independentemente do valor real deles. “Com esse quadro, o simples ato de doar pode ser mais prejudicial do que se imagina. Nunca obrigue ninguém a se desfazer de algo, o valor emocional depositado naquele objeto é importante para o sujeito, costumam gerar angústia, ansiedadade e insegurança. É preciso acompanhamento de especialistas e de ajuda psicoterápica profissional”, concluiu.

Quatro em cada dez brasileiros começarão 2023 com dívidas

 Entre os 43% das pessoas endividadas no País, 77% devem mais de R$2 mil

    Divulgação

O bolso vazio em 2023 já preocupa o brasileiro


Luís Alberto Alves/Hourpress

Hibou - empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo - fez um levantamento com mais de 1650 brasileiros sobre as perspectivas para o ano que está prestes a começar e divulga os dados do estudo “Expectativas - 2023''. Entre as palavras mais citadas para representar 2022 está a gratidão e, embora sobreviver a este ano tenha sido difícil e desafiador, é hora de agradecer. No geral, 2023 será um ano melhor e de paz. A esperança é o sentimento no topo dos desejos do brasileiro após dois anos de medo e preocupação.


Mesmo com mais positivismo, o bolso vazio em 2023 já preocupa o brasileiro. Os dados coletados no decorrer da pesquisa apontam para uma população mais cautelosa financeiramente. 52% pretendem economizar em tudo que comprar e buscar promoções. Além disso, quase metade da população (44%) tirará o pé do acelerador em 2023 e vão segurar suas economias gastando menos do que gastaram em 2022. Uma parcela dos brasileiros (24%) quer manter os mesmos gastos. 1 em cada 10 pessoas acredita que abrirá o bolso usando mais economias no próximo ano.


Brasileiro no vermelho em 2023?

A pesquisa traz o dado de que metade (49%) da população está com as contas em dia. Porém, 4 em cada 10 brasileiros vão começar o novo ano devendo. Entre os 43% que iniciam com saldo negativo, 77% têm dívidas acima de R$2 mil sendo: 28% devem mais de R$15 mil; 27%, entre R$2 mil e R$5 mil; e 22%, entre R$5 mil e R$15 mil.


Além disso, 56% da população estabeleceu a economia como um dos focos principais para o próximo ano. O hábito de pesquisar mais antes de comprar (33%) e investir em ações (11%) também estão na lista.


Bens materiais duráveis são uma das metas

Mesmo com o momento complicado financeiramente, algumas pessoas mantém no radar compras de bens ainda este ano ou nos próximos 18 meses: 24% dos brasileiros pretendem adquirir um imóvel ou um carro, cada; 16% eletroeletrônicos; 3% querem comprar uma motocicleta; e 1% comprar móveis planejados, reformar a casa, comprar TV, caminhão, máquinas para empresa celular, geladeira, entre outros itens. A pesquisa também aponta que 25% da população não querem comprar nada e 23% não sabem ainda.

 

Falando em economia… e viajar, vai rolar?

45% das pessoas pretendem viajar em 2023 independente do destino, destes apenas 2 em cada 10 brasileiros não têm planos de viagem para este verão, representados por 19%. Seja por um final de semana ou até por uma semana, a ideia é curtir os dias de sol: 25% querem relaxar a semana inteira. Já 24% optam por um fim de semana. 2 em cada 10 planejam viagens para vários finais de semana e 9% pretende estender entre duas e três semanas. Apenas 3% pretendem ficar fora um mês inteiro e 1%, o verão todo em viagem.

 

Destinos com menos movimento estão nos planos por oferecerem mais segurança. 49% dos brasileiros querem ir para uma praia deserta; 32% pensam em visitar cidades históricas, 30% vislumbram momentos em um resort all inclusive ou cidades do interior, cada; 26% em trilhas e natureza; 26% em sítios ou chácaras; e 25% em hotéis fazenda.

 

“Viajar é um grande hobby para os brasileiros que consideram arrumar as malas um momento para se libertar e relaxar! Isso é percebido com as palavras mais citadas para representar as viagens: Liberdade, Vida, Descanso, Relaxamento e Renovação”, observa Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou. “A indústria turística deve estar de olho nos turistas e promover ativações com diferenciais para atrair o público não só no verão, mas durante todo o ano”.
 

Expectativas em alta para 2023

De acordo com a pesquisa, entre os cinco desejos mais citados para 2023 estão: ganhar mais dinheiro (51%), emagrecer (44,6%), ficar mais próximo da família (34,7%) e começar um novo curso (22,8%).
 

O lazer e a diversão não deixaram de ser citados e as altas temperaturas do verão destacam a vivência de bons momentos e planos de diversão. 46% querem sair mais para se divertir; 24% acreditam que churrascos de fim de semana são bons quando na companhia dos amigos; 24% querem mais atividades em casa com a família no verão e 13% pretendem viajar de carro no início do ano.


A estação também sugere encontro com amigos em bares para 14%; já que 40% adoram o verão, pois os dias parecem durar mais e 37% se sentem mais animados e dispostos. Na contramão estão 33% que sentem mais cansaço e desânimo em dias de calor.

 

11% vão continuar em home office depois da virada do ano; 6% supõe que haverá uma nova pandemia em 2023; e 3% vão adiar as férias de janeiro, pois se sentem inseguros para viajar com a família.


2023 e a rotina de trabalho presencial

A jornada de trabalho híbrida também ganhou a atenção dos brasileiros e 17% pensam que vão estar se dividindo entre atividades presenciais e online; 11%, ajustando para uma rotina híbrida de trabalho; e 5% buscando mais uma rotina presencial com a equipe de trabalho. O retorno às atividades faz com que 14% prevejam que estarão trabalhando ainda mais do que durante a pandemia. 11% estão em busca de emprego e 20% planejam novos desafios e mudando de área.

 

Metodologia

A pesquisa “Expectativas - 2023” foi conduzida pela Hibou em Dezembro de 2022, por painel digital. 1663 brasileiros maiores de 18 anos participaram do estudo, que apresenta 2,4% de margem de erro.
 

Sobre a Hibou
Hibou é uma empresa especializada em pesquisa e insights de mercado, atuante há mais de 15 anos. A Hibou trabalha o tempo todo com informação e olhares inquietos sempre do ponto de vista do consumidor. A empresa produz conteúdo qualificado utilizando ferramentas proprietárias para aplicação de pesquisas e análises de profissionais com mais de 25 anos de experiência. A Hibou oferece pesquisas qualitativas, quantitativas; exploratórias; de profundidade; de campo; dublê de cliente; desk research; monitoramento de comportamento e insights; presença de marca; expansão de região; expansão de mercado para produtos e serviços; teste de produto e hábitos de consumo.

Saída de Natal: jurista do CEUB esclarece dúvidas sobre o benefício

Medida de ressocialização é um direito dos indivíduos que cumprem pena em regime semiaberto e deve preencher requisitos

Divulgação

Detentos saindo para o retorno à casa, no feriado de final de ano


Redação/Hourpress

Para quem está cumprindo pena, a saída temporária no Natal e o Indulto representam a oportunidade de reinserção social e retorno ao convívio familiar. O benefício é concedido pela Justiça durante o cumprimento da pena e usado como forma de vínculo dos detentos com o mundo fora do sistema prisional. Em 2022, nove saídas foram concedidas para os presos em regime semiaberto em datas comemorativas como: Dia das Mães, Dia dos Pais, Páscoa e Natal.

A saída temporária é prevista pela Lei de Execuções Penais 7.210/84, e contempla presos que cumprem pena no regime semiaberto e que têm autorização de trabalho externo ou saídas temporárias. Especialista em Direito Penal, o professor de Direito do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Víctor Quintiere explica melhor esse benefício. Confira a entrevista:

Qual é a diferença entre o “Saidão” e o Indulto?
VQ: A diferença entre o “Saidão” e o Indulto consiste no seguinte aspecto: as chamadas saídas temporárias, nome técnico do “Saidão”, são fundamentadas na Lei de Execuções Penais VEP que é a lei 7210/84. Este benefício tem por objetivo ressocializar pessoas sentenciadas por meio do convívio familiar e atribuir mecanismos de recompensas e aferição do senso de responsabilidade e disciplina dos chamados reeducandos. Já o indulto, significa perdão. No caso perdão da pena, gera a consequente extinção da condenação em virtude do cumprimento de alguns requisitos. Esse Indulto é regulado por um decreto presidencial, com base no Artigo 84 Inciso 10 Constituição Federal.

Todos os presidiários têm direito a sair no Natal? Como funciona?
VQ: Não são todos que têm direito a ter o benefício da saída temporária. Não poderão sair pessoas que estejam sob investigação ou respondendo a inquéritos disciplinares, além das pessoas que tenham recebido sanções disciplinares no âmbito do cumprimento de sentença penal condenatória, por exemplo.

Quais os requisitos para o preso obter o benefício?
VQ: O Decreto 10.913, de 24 de dezembro de 2021, considera uma série de requisitos para obter o benefício de saída temporária. Pessoas tanto nacionais como estrangeiras, que tiverem sido condenadas até 25 de dezembro 2021, que tenham sido acometidas por paraplegia, tetraplegia, cegueira, neoplasia maligna, ou outra doença grave permanente podem adquirir o direito. Somente teremos certeza dos detalhes na publicação do Decreto deste ano, no próximo dia 24.

Existe uma distinção de crimes para a obtenção do benefício?
VQ: Há uma série de crimes em que não é possível a concessão do benefício. Conforme o Decreto 10.913, expedido em 2021, o benefício não abrange crimes considerados hediondos, equiparados a hediondos, crimes praticados mediante grave ameaça ou violência contra pessoa e crimes previstos em legislações especiais, como por exemplo a Lei 12.850, que trata sobre organizações criminosas.

Qual é o período que o preso fica fora e quais são as regras?
VQ: Temos que analisar o motivo pelo qual a pessoa foi colocada para fora do sistema carcerário. Se for uma saída temporária, o período previsto é enquanto esse feriado durar. Se a pessoa tiver diante de um Indulto como perdão da pena, este indivíduo não retorna mais para a reclusão. Nesse caso, a pena é perdoada.

Como a família pode consultar se o parente preso vai sair no Natal ou não?
VQ: A família pode consultar no Diário Oficial da União em relação aos indultos e verificar com advogados ou Defensoria Pública se o seu respectivo familiar poderia ser contemplado, ou mesmo se atende os requisitos destas saídas temporárias.

O que acontece quando um preso não retorna e é capturado depois? Responde por outro crime e perde o direito ao benefício no próximo ano?
VQ: Quando um determinado reeducando não retorna e acaba sendo capturado, ele responderá no âmbito disciplinar por falta grave e a depender do modo pelo qual essa fuga se deu e isso o prejudicará na concessão de benefícios futuros ao longo da execução penal.

No caso de prisões preventivas, os presos também têm direito ao “Saidão”?
VQ: Em relação às saídas temporárias especificamente é importante destacar o Artigo 122 da Lei de Execuções Penais, somente pessoas que já estejam cumprindo pena em regime semiaberto é que terão direito a saída temporária. Um indivíduo que está preso preventivamente não detém esse direito. A prisão preventiva funciona como uma espécie de medida cautelar, ou seja, anterior a efetivação de condenações.

Como a lei entende e ampara esse tipo de benefício? Reinserção social, por exemplo?
VQ: A Lei de Execuções Penais trabalha com a perspectiva de punir proporcionalmente os indivíduos que tenham cometido crimes, mas ao mesmo tempo ressocializá-los. Existem uma série de benefícios penais que são conferidos a pessoas que contribuam com o sistema carcerário e pessoas que se mostrem atentas a essas possibilidades de ressocialização.

Há possibilidade de remissão e diminuição da pena, seja pelo estudo, seja pelo trabalho. Se o reeducando busca capacitação técnica para ter um emprego, ele é beneficiado pela redução da pena. Essa é uma forma do sistema carcerário tentar reeducar pessoas e colocá-las no mercado de trabalho, assim diminuindo o encarceramento e principalmente gerando mais força produtiva de trabalho, gerando contribuições com a sociedade como um todo.

Você está sofrendo de dezembrite?

Cansaço, desgaste, irritabilidade, impaciência. Não tem como evitar, o estresse do final atinge muitas pessoas, infelizmente.

 Arquivo

No caso do coração, por exemplo, eles aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial


 Redação/Hourpress

Aquela essa sensação do aumento de coisas para fazer (pensar na ceia, comprar presentes, provas dos filhos, cumprir os prazos da empresa, amigo secreto, projetar o ano novo, por exemplo)..Chamamos esses sintomas de dezembrite.

 - Apesar da "dezembrite" não ser uma doença, ela pode tanto prejudicar como piorar problemas de saúde, pois o nosso corpo é extremamente sensível ao que a gente vive, o aumento da ansiedade, angústia. A frustração estimula a liberação na nossa corrente sanguínea dos hormônios do estresse, como a adrenalina e cortisol, que podem interferir diretamente em qualquer sistema do meu corpo, no quadro de qualquer doença. No caso do coração, por exemplo, eles aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, e isso favorece infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais”, explicou a psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani.

 Segundo a especialista, a principal dica é manter as coisas que fazem bem para nossa saúde e qualidade de vida, independente de viajar ou estar em férias. Confira a listinha de dicas:

 Cuide da sua alimentação: cada vez mais temos evidências da contribuição de uma alimentação saudável para a saúde mental. Coma de forma consciente, com legumes, carnes magras, frutas e verduras.

  1. Cuide do sonoTente dormir pelo menos 7 horas por noite para acordar revigorado e isso envolve não brigar com a hora de dormir. Duas horas antes de se deitar, comece a diminuir o ritmo e siga o que chamamos de higiene do sono: medidas que ajudam a termos uma noite de sono com maior qualidade tais como: diminuir a intensidade da luz, evitar telas (TV, CELULAR, COMPUTADOR) antes de dormir, principalmente na cama (exemplo dos meus filhos), não deixe relógio do lado da cama ou à vista, faça refeições leves à noite, vá desligando o corpo aos poucos, tome chá, medite, não tome café depois das 17h. NÃO FAZEMOS BOAS ESCOLHAS QUANDO ESTAMOS CANSADOS.

 Pratique atividade física: os exercícios físicos liberam endorfina e hormônios que dão a sensação de bem-estar e disposição.

 Priorize organização e programação: Não marque tudo na mesma semana, faça compras com antecedência, planeje-se! Separe mais tempo para deslocamento porque o trânsito também fica pior. Não deixe tudo para o último dia.

 Viva o presente: fazemos uma coisa pensando em todas as outras que temos que fazer e aí parece que não fazemos nada muito bem, pois ficamos pressionados porque as coisas não estão saindo direito. Pare, respire e pense no que você está fazendo e aí você terá melhores resultados. Vivemos tão no automático que não prestamos atenção no nosso dia a dia. Meditar é uma das maneiras de estar presente. Praticar exercícios, fazer caminhadas ou mesmo ter um hobby que tome 100% da sua atenção - essas coisas focam você no momento e evitam que você pense no que poderia ter sido e não foi e nas possibilidades do futuro, coisas que costumam intensificar a ansiedade e o estresse.

 Entenda o poder da sua respiração: ansiedade e estresse geram respiração ofegante. E retomar o controle da sua respiração pode, no caminho inverso, acalmar sua mente. Respire fundo algumas vezes quando sentir que está nervoso e isso enviará ao seu cérebro a mensagem que você está Encare a frustração como uma oportunidade de crescimento. Aceite que não teremos o controle de tudo. E que tudo bem. Diminua seu nível de exigência consigo mesmo: faça só o que é capaz de dar conta. E não se culpe pelo que deixou de fazer. Valorize e destaque aspectos positivos e as conquistas do ano, mesmo que não tenha atingido o objetivo principal.

 Valorize suas conquistas: ao invés de avaliar o que não deu certo, foque em novas metas para o próximo ano, foque em transformar o período em um momento de planejamento, de confraternizações, mas isso com parcimônia: evite os “balanços” pessoais de fim de ano: 1 de janeiro é só mais um dia no calendário, não necessariamente o começo de uma nova vida.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Cinco dicas para manter o peso nas festas de final de ano

 Confira algumas dicas de profissionais - especialistas no tratamento da obesidade

Como driblar a balança sem passar fome nesta época do ano


Redação/hourpress


O final do ano chegou e, com ele, as comemorações para reunir os amigos e a família, período propício para sair da dieta. As ceias e festas de final de ano são famosas pela variedade de pratos tradicionais e bebidas que complementam as confraternizações.

 

Para quem está buscando a manutenção ou a perda de peso este é um período que exige muito cuidado, força de vontade, mas acima de tudo, planejamento, tendo em vista que é possível driblar ou substituir alimentos e bebidas mais calóricas por opções menos calóricas.

 

Confira algumas dicas de profissionais - especialistas no tratamento da obesidade - para garantir que todos os seus esforços para manter a dieta não sejam perdidos nas festas de final de ano.

 

Equilíbrio

A primeira orientação é manter a alimentação equilibrada. Seja para pessoas que estão em processo de emagrecimento ou para os que já atingiram seu objetivo, o mês de dezembro acaba tirando as pessoas da rotina.

 

A nutricionista, Natalie Marques, reforça a importância de continuar com o planejamento alimentar nesse período. “É normal que as pessoas saiam um pouco da dieta na noite de natal, e por isso é essencial manter uma alimentação saudável nos outros dias. O planejamento é fundamental para saber o que vai comer ao longo do dia e evitar o consumo de alimentos industrializados na hora da fome”, afirma Natalie.

 

Já o cirurgião e especialista no tratamento cirúrgico da obesidade, José Alfredo Sadowski, lembra que alimentos calóricos e gordurosos em excesso - comuns nesta época do ano, também influenciam e são prejudiciais para pacientes que estão buscando o controle do peso e de doenças como a hipertensão e o Diabetes. "É importante pensar na saúde como um todo para evitar que estes 15 últimos dias do ano impactem no tratamento que vem sendo feito nos últimos meses", reforça Sadowski.

 

Trocas inteligentes

Com armários e geladeira cheios de opções saudáveis e naturais, fica mais fácil cuidar do peso. “Antes de ir ao mercado, faça uma lista dos alimentos que irão compor a sua semana ou ceia de natal, e se atente apenas aos itens listados. Invista em frutas e verduras e evite produtos industrializados, gordurosos e ultraprocessados”, orienta Natalie. Algumas trocas inteligentes também podem deixar a sua ceia de natal ou de ano novo mais saudável. “Evite comprar as carnes que já vêm temperadas. O tempero natural é sempre melhor. Ervas finas, sal, pimenta do reino e outras especiarias podem deixar sua ave ainda mais deliciosa e saudável”, explica a nutricionista.

 

Confraternizações

Antes de ir para aquela festa de final de ano procure fazer um pequeno lanche para reduzir o apetite. Chegando lá, dê preferências para as saladas e carnes magras. "Evite colocar muitos alimentos gordurosos no seu prato, e faça combinações com frutas como abacaxi para ajudar na digestão”, diz Natalie.

 

Outra dica importante, lembrada pelo cirurgião José Alfredo Sadowski, é mesclar o consumo de bebidas alcoólicas. "Para pacientes em tratamento clínico, manutenção de peso e, especialmente, para pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, a bebida alcóolica é um grande sabotador. Muitas vezes, pacientes que passaram pela redução de estômago, preferem o líquido ao alimento. O consumo de álcool não é proibido, mas deve ser muito reduzido e, se possível, mesclado com água. Isso ajudará a manter a hidratação e reduzir os efeitos do álcool", enfatiza.

 

Atividade física

Manter o corpo ativo é fundamental no processo de emagrecimento e uma recomendação de todos os profissionais de saúde. Nessa reta final do ano, investir em exercícios diários, como uma caminhada matinal, yoga, natação ou outra atividade de sua preferência, mesmo nas férias, ajudará a contrabalancear o consumo calórico e a manter a saúde em dia.

 

Sucos detox, chá e água

"Sucos verdes naturais, chás e muita água são sempre bem-vindos após essas refeições mais calóricas e que fogem da dieta", enfatiza a nutricionista Natalie Marques. Ela lembra que água de coco, laranja, cenoura, gengibre, beterraba e couve são algumas opções que podem compor o suco detox após uma refeição, ceia de natal ou de ano novo.

 

Obesidade x doenças crônicas

Para a população geral, ganhar alguns quilos no fim do ano não representa grande perigo, mas esse panorama muda quando se trata de pessoas com histórico de doenças crônicas como a obesidade, hipertensão, diabetes, entre outras associadas ao excesso de peso.

 

Segundo o Dr. José Alfredo Sadowski, o aumento do peso da população é motivo de preocupação. De acordo com o médico, até o início da próxima década serão aproximadamente 50 milhões de brasileiros com obesidade.

 

"A educação nutricional deveria ser parte do currículo obrigatório do ensino básico. Levando conhecimento para a população e, a longo prazo, mudanças para hábitos de vida mais saudáveis", diz. "Parte disso é conscientizar as pessoas de que a obesidade é uma doença que precisa ser tratada o quanto antes, inclusive na infância e na adolescência”, finalizou o especialista.


O Estado de São Paulo registra 17 roubos de carga por dia

 Os produtos mais visados são mercadorias do gênero alimentício, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas, medicamentos e perfumes



Luís Alberto Alves/Hourpress

A cada uma hora e meia acontece um roubo de carga, no Estado de São Paulo. São 17 eventos por dia, 525 por mês e de janeiro a setembro já foram registradas 4725 ocorrências. Os dados são do Boletim Tracker-Fecap, que acaba de ser tabulado. Houve um aumento de 2% nesse tipo de crime, nos nove primeiros meses do ano, na comparação com igual período do ano passado. Maio e julho concentraram os maiores crescimentos (11% e 10%, respectivamente), na comparação às mesmas épocas de 2021.
 

“A ausência do Estado, principalmente em regiões periféricas, permite o fluxo econômico do ilícito, mercadorias roubadas, falsificações, contrabando e outros crimes. Sabe-se inclusive do envolvimento de empresários de todos os portes com atividades de pulverização, financiamento e transmutação de carga roubada. O roubo de cargas e o crime de receptação são considerados brandos para o Código Penal. Assim, a relação custo-benefício favorece a prática dos ilícitos que proporcionam alta rentabilidade com baixo risco”, analisa o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime -- FECAP, Erivaldo Costa Vieira.
 

Os tipos de carga mais visadas pelos bandidos são alimentos (23,58%), cigarros (8,79%), eletroeletrônicos (5,20%), bebidas (4,70%), medicamentos e perfumes (4,38%). Para o coordenador do Centro de Operações do Grupo Tracker, o crescimento das vendas online interfere diretamente no aumento deste crime. “Os criminosos aproveitam as várias paradas de entrega porta a porta para abordar e render motoristas, tomando posse do veículo e efetuando o transbordo da carga de forma ágil e rápida, posteriormente, abandonando o veículo. Os meses de novembro e dezembro são os mais críticos para a categoria. Nesta época o consumo tende a subir em virtude do Natal, promoções vinculadas à “Black Friday” e pagamento do Décimo Terceiro”, afirma Vitor Corrêa.
 

A capital paulista foi a cidade que apresentou o maior número de ocorrências, 44,52% do total, seguida por Guarulhos (7,84%), São Bernardo do Campo (5,21%), Osasco (4,48%) e Itapecerica da Serra (3,03%). Na cidade de São Paulo, os bairros mais perigosos para roubo de cargas foram Capão Redondo (39 registros), Iguatemi (36), Jaraguá (29), Jardim Ângela (29) e Brás (28).
 


Caminhões e Reboques em perigo
 

De acordo com o Boletim Tracker-Fecap, nos três primeiros trimestres deste ano, os roubos e furtos de caminhões e reboques aumentaram 12,88% e 21,41%, respectivamente, em relação a igual período de 2021.


“Os dados vão na contramão dos números de caminhões novos. Segundo a Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), houve uma queda de 1,80% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2021. Existem indícios de que o crescimento de roubos é decorrente da redução da oferta de peças e veículos, em âmbito internacional, somado ao aumento da demanda interna”, diz o pesquisador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime -- FECAP, Allan Carvalho.
 

Vitor Corrêa acrescenta que “esse comportamento influencia diretamente na valorização de seminovos e, consequentemente, no custo de manutenção e reposição de peças de veículos usados. Como esta é a principal modalidade de transporte do país, com milhares de caminhões circulando pelas estradas e rodovias do Brasil, os bandidos veem grandes oportunidades para a prática de roubos ou furtos”.
 

Cerca de 31% dos roubos de caminhões e reboques aconteceram de madrugada, 25% à noite e 24% pela manhã. Os furtos seguiram comportamento semelhante, com 37% dos casos acontecendo na madrugada, 19% pela manhã e 17% à noite.
 

A capital paulista foi a cidade com maior número de roubos (685), seguida por Guarulhos (291), Jundiaí (272), Cubatão (163) e São Bernardo do Campo (116). Analisando especificamente a cidade de São Paulo, destaque para os bairros Anhanguera (40 roubos), Lapa (32), Jaguaré (30), Jaçanã (28) e Jaraguá (25). Localidades de outros municípios paulistas também apresentaram número expressivo de roubos de caminhões e reboques -- Cumbica/Guarulhos, com 106 roubos lidera o ranking geral, seguido por Distrito Industrial/Cubatão, com 59 ocorrências, Distrito Industrial/Jundiaí (33 casos), Jardim Itapecerica/Itapecerica da Serra (29) e Jardim São Marcos/Cubatão (27).
 

São Paulo também lidera o ranking de furtos no período, 86, seguida de Campinas (31), Limeira (23), Osasco (17) e Guarulhos (16). O bairro de Raposo Tavares apresentou a maior quantidade de furtos de caminhões e reboques, na capital com 7 ocorrências até setembro de 2022.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Inovação e tecnologia no setor público: o que falta para a transformação efetiva?

Mais um passo para a eficiência da administração pública brasileira

   Arquivo

 A diferença que existe na praticidade dos serviços privados para os públicos vem de um atraso na legislação brasileira


 Vinicius Marchese 

  

Você já imaginou um serviço público inteligente e que efetivamente atenda todos os nossos cidadãos? Apesar de parecer uma realidade distante no Brasil, essa transformação pode ser alcançada com uma mudança importante: a Plataforma de Compras Públicas para Inovação (CPIN), lançada pelo governo federal em novembro, e que representa mais um passo para a eficiência da administração pública brasileira.


A parceria entre o Ministério da Economia (ME), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com apoio do Instituto Tellus, chega para facilitar e assegurar a contratação de soluções para os serviços públicos. Desde a sanção da lei que instituiu o Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador, em junho do ano passado, essa ferramenta já era aguardada. Agora, a ação pode, de fato, modificar profundamente o setor público ao abrir as portas para que empresas e investidores trabalhem iniciativas voltadas para a sociedade e suas necessidades.
 

Como isso deve acontecer? A diferença que existe na praticidade dos serviços privados para os públicos vem de um atraso na legislação brasileira quando falamos de inovação e também na falta de implementação da cultura de empreendedorismo social no país. É verdade que estamos avançando, o marco legal é um exemplo. Mas, na prática, a realidade é que as soluções inteligentes ainda não integram, efetivamente, serviços de atendimento às demandas da população. São burocracias que refletem nas telecomunicações, no transporte, no saneamento, na iluminação e segurança, nas condições de moradia e trabalho e em todos os outros aspectos relacionados à vida das pessoas.
 

Se faltam formas legais de levar a inovação para o poder público, não faltam brasileiros que buscam soluções. Dados de um levantamento realizado pela Cortex, mostraram, por exemplo, que o Brasil detém cerca de 12 mil startups, sendo que praticamente metade desse total está localizado no estado de São Paulo (49,7%). E o mundo está de olho neste mercado: as startups brasileiras receberam US$ 9,4 bilhões em investimentos em 2021, de acordo com o relatório anual Inside Venture Capital. O que propulsionou o perfil inovador do país, que, neste ano de 2022, figura na 54ª posição no Índice Global de Inovação - em 2021, éramos os 57º colocados e, em 2020, os 62º -, segundo a análise de mais de 130 nações divulgada pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
 

Isso só demonstra que a tecnologia é a principal ferramenta da transformação que buscamos para a geração de soluções que otimizam processos, garantem eficiência, provocam multidisciplinaridade e conexão de equipes e alcançam o desenvolvimento de forma sustentável. Ou seja: resolver problemas antigos dos brasileiros e fazer com que os serviços públicos funcionem de forma mais ágil e assertiva. Desta forma, poderemos, enfim, ter cidades mais inteligentes, inclusivas, produtivas e atentas às necessidades das pessoas.
 

Nós também queremos ser agentes desta transformação. As apostas em ambientes de interação, como hubs de inovação, bancos de startups (o Crea-SP abriu um em outubro deste ano) e, agora, a CPIN funcionam como facilitadores no processo de resolução desses desafios que são de todos nós, mas, principalmente, dos gestores públicos.
 

*Vinicius Marchese é engenheiro de telecomunicações e presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) 

Acordo de cooperação é assinado para proteção de vítimas ameaçadas e defensores de direitos humanos

 O documento foi assinado durante a 18ª Sessão Ordinária de 2022

Redação/Hourpress

Acordo de Cooperação é assinado para proteção de vítimas ameaçadas e defensores de direitos humanos

Secretária-executiva do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Tatiana Alvarenga,  reiterou a importância da assinatura do acordo entre o Conselho Nacional do Ministério Público e a Pasta 

Com o objetivo de ampliar ações de articulação entre os órgãos, intercâmbio de informações e promoção de iniciativas integradas em âmbito nacional relacionadas à proteção de vítimas, de testemunhas e de defensores de direitos humanos, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) nesta terça-feira (29). 

O documento foi assinado durante a 18ª Sessão Ordinária de 2022, no Plenário do CNMP, em Brasília (DF), e pretende dar apoio institucional aos casos incluídos no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita) e no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH). A cerimônia contou com a participação da secretária-executiva do MMFDH, Tatiana Alvarenga, que reiterou a importância do momento.

“A assinatura deste acordo representa uma vitória histórica para nós. Como órgão de defesa dos direitos humanos temos números positivos em relação à proteção de vítimas. O Provita e o PPDDH protegem hoje, no Brasil, mais de mil pessoas entre testemunhas, jornalistas, ambientalistas e defensores de direitos humanos Crescemos mais de 80%, entre 2019 e 2022, com os PPDDH”, afirma. Tatiana ressaltou, ainda, que “os programas vêm se consolidando como prioridade para a gestão pública comprometida com uma sociedade livre, justa e solidária”, complementa.

Clarice Castro

Tatiana Alvarenga e Oswaldo D’Albuquerque 

Em concordância com os benefícios alcançados com os programas de proteção às vítimas, o corregedor nacional do CNMP, Oswaldo D’Albuquerque, reforçou a importância de monitoramento e capacitação. “Entre outras atividades, estão previstas ações de fomento à implantação dos programas federais de proteção e a realização de cursos, seminários e demais atividades que possam contribuir para a capacitação profissional em direitos humanos dos membros e servidores do Ministério Público brasileiro, principalmente sobre os programas de proteção”, ressaltou. 

Atuação nos estados

Os Programas Estaduais de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas - PPDDH passaram de seis para onze nos últimos quatro anos. A iniciativa foi implantada no Rio de Janeiro, Paraíba, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Amazonas. Já o PROVITA avançou, também, com a implantação no Mato Grosso e Paraíba. Assim, atualmente cerca de 700 defensores são acompanhados de forma ativa para garantir articulações de medidas protetivas que foram diferenciais para o resguardo de suas vidas. 

Em sua participação na cerimônia de assinatura do ACT, a secretária Nacional de Proteção Global do MMFDH, Mariana Neris, comemorou o avanço na proteção das vítimas. “Estamos trabalhando no aperfeiçoamento das políticas públicas do PROVITA e do PPDDH. Assim, queremos resolutividade nos casos que chegam até nós para vencer o desafio da impunidade, garantir investigação contra os crimes e eliminar a sensação de falta de justiça. Esse acordo vem para, efetivamente, dar um grande passo nesse sentido”, destacou. 

Programas de proteção

PROVITA

Criada em 1999, por meio da Lei Federal nº 9.807/99, a política de proteção a vítimas e testemunhas ameaçadas atende à demanda de toda a federação, seja por meio dos programas estaduais ou do programa federal, que, com o forte apoio das Organizações da Sociedade Civil, protegem testemunhas e seus familiares. Para solicitar proteção pelo PROVITA, é necessário entrar em contato com as instituições listadas aqui.

PPDDH

O Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH) atua no atendimento e no acompanhamento dos casos de risco e de ameaça de morte de defensores de direitos humanos, comunicadores e ambientalistas em todo território nacional, conforme previsto no Decreto nº 9.937/2019 e no Decreto nº 6.044/2007, que estabelece a Política Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (PNPDDH). Para solicitar proteção pelo PPDDH, é necessário seguir as instruções contidas aqui. 

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Grupo Elfa promove programa para profissionais 50+


Os participantes do Talento Sênior serão capacitados com treinamentos específicos e terão a oportunidade de assumir projetos estratégicos dentro da companhia


Pixabay

A população brasileira vai envelhecer de forma acelerada nos próximos anos

 Redação/Hourpress

 

 A longevidade vem ganhando força no ambiente corporativo, trazendo um novo olhar para a diversidade etária, fruto do trabalho de profissionais acima dos 50 anos que vêm se destacando no mercado de trabalho, mesmo que ainda com muitos desafios.
 

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a população brasileira vai envelhecer de forma acelerada nos próximos anos, chegando a uma porcentagem de 40,3% de pessoas com 90 anos ou mais. Apesar disso, o último Relatório Tendências de Gestão de Pessoas 2022 do Great Place to Work® Brasil ainda aponta que apenas 25% das empresas respondentes têm ações de diversidade planejadas para o público 50+.
 

De olho nesses profissionais, o Grupo Elfa, um dos principais provedores de soluções e serviços logísticos de saúde do Brasil, criou o Programa Talento Sênior, que tem como propósito atrair e engajar profissionais com 50 anos ou mais, e cujas inscrições para a turma 2023 já estão abertas. Além de ser uma oportunidade de retorno ao mercado de trabalho, a iniciativa capacita e integra os colaboradores, promovendo o desenvolvimento de novas competências, em prol, além da diversidade, da efetiva inclusão.
 

Os candidatos selecionados irão atuar em áreas estratégicas da companhia, participando de treinamentos técnicos e comportamentais, para, por meio do desenvolvimento de projetos, colocar em prática tudo o que aprenderem. O objetivo desse processo é permitir aos Talentos Seniores construir um novo caminho em suas carreiras.
 

“Estudos demonstram que a diversidade amplia a produtividade e estimula um clima organizacional positivo, ou seja, não oferecer oportunidades para esses profissionais é um grande erro estratégico. Por isso, é necessário, cada vez mais, atrair essa população, tão rica em experiência”, afirma Fred Lopes, CHRO e CSO do grupo.

As inscrições devem ser feitas pelo site e as oportunidades serão para atuar nas cidades de São Paulo, Santos (litoral SP), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Pinhais (PR).

 

Sobre o Grupo Elfa 

O Grupo Elfa é um dos principais provedores de soluções e serviços logísticos de saúde do Brasil. Composto pela união de 21 empresas, tem mais de 30 anos de história, quase 3 mil funcionários, atende a 7 mil hospitais, 250 mil clínicas e 700 planos de saúde em todo o País, sendo referência na cadeia de valor do mercado de saúde.