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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Falência da Segurança Pública em São Paulo




Ataque do PCC em maio de 2006

Luís Alberto Alves

 Hoje se confirmou minhas suspeitas, e quase certeza, de que o fim dos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em maio de 2006 ocorreu por causa de acordo negociado entre o governo de São Paulo e o líder da facção criminosa, Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola.

 Na época, a cúpula da Segurança Pública, inclusive o secretário truculento Saulo de Abreu Filho, concordou em baixar a cabeça e reconhecer que naquela tarde de domingo, 14 de maio, a situação já estava fora de controle, com dezenas de policiais executados e diversos ataques contra delegacias e batalhões, além de inúmeros ônibus queimados.

 Soube por meio de outros colegas que faziam reportagens sobre segurança pública que o governo tucano de SP tinha autorizado a alta cúpula policial paulista a se encontrar com Marcola no presídio de Presidente Bernardes. Percebi que algo estava errado, porque só após decorridos alguns dias o Marcola poderia receber visita.

 A linha de frente do PSDB, inclusive o atual senador José Serra, desdenhou dessa proposta e disse que nunca os tucanos iriam negociar com bandidos. Porém, nada como o tempo para trazer à tona o que estava escondido. Hoje, o governador Geraldo Alckmin alega ter reduzido a criminalidade em São Paulo. Mentira, o cachimbo da paz fumado com a linha de frente do PCC é a responsável por esse sossego temporário.
Toda a cúpula da Segurança Pública em 2006 fora nomeada por Alckmin

 Atualmente são raros os motins nos presídios. Em troca, os agentes penitenciários fazem vistas grossas para entrada de celulares, drogas e além de ignorar outras regalias que os simpatizantes do PCC gozam. Em nenhuma cidade de São Paulo é aberto ponto de venda de drogas sem autorização dessa facção criminosa.

 É triste saber que o governo de um dos Estados mais importantes do País aceitou baixar a cabeça perante o PCC. É o atestado da falência da segurança pública. É reconhecimento de que os mais de 90 mil homens da polícia não conseguem mais derrotar a bandidagem em número inferior, porém organizada, usando táticas de guerrilhas para vencer um aparato policial ineficiente.

 Esse é o resultado da falta de investimento em tecnologia e salários bons para inibir a corrupção na tropa. Os tucanos são reconhecidos por falar muito e apresentar propostas concretas. Para enganar a população compraram veículos mais possantes, mas sem sofisticada aplicação de recursos nas investigações é o mesmo de enxugar o chão com a torneira aberta.

 Por meio da leitura de vários livros versando sobre como vencer um inimigo e aplicação de táticas de guerrilha, o crime organizado continua nadando de braçada em São Paulo. Está presente nos mais diversos setores da sociedade, de forma invisível.  Atua no tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a bancos e condomínios fechados, exploração de jogos de azar, prostituição e até venda de proteção.
O truculento secretário Saulo de Castro Filho virou carneirinho diante dos ataques do crime organizado


 Agora cabe ao cidadão comum clamar com mais força para Deus lhe proteger. Deve esquecer as autoridades governamentais. Elas estão impossibilitadas de fazer qualquer gesto neste sentido. Em tempo: não faz muitos meses parentes do governador Geraldo Alckmin foram atacados por bandidos. Eles sabiam toda a rotina da segurança do Palácio do Governo. Era o recado de que realmente estão no controle da situação. Tudo isso para a tristeza dos cidadãos de bem.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Chapa da Odebrecht esquenta no Exterior




A Justiça está babando atrás da Odebrecht

Luís Alberto Alves

 O mar de lama da corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht começou aparecer no Exterior. A diplomacia dos Estados Unidos monitorou os negócios da empresa  e apontou suspeitas de corrupção em obras espalhadas mundo afora no período 2007/2010, época do governo Lula.

 As suspeitas recaem sobre construções no Equador, Panamá e cidades norte-americanas. Em 2009, a embaixada dos Estados Unidos relatou a Washington que um escândalo estava próximo de explodir, envolvendo o presidente Ricardo Martinelli. Ele teria recebido muito dinheiro para sua campanha eleitoral.

 O mesmo estilo de conseguir fechar contratos em outros países aconteceu em Angola, neste caso com a paraestatal do setor de petróleo Sonangol e a Damer, para construção de usina capaz de produzir não apenas etanol para exportação, mas para gerar 140 megawatts de eletricidade por ano.

 Nesta rápida de exposição de fatos é possível constatar que corrupção era algo comum na Odebrecht para saciar a fome de novas obras tanto no Brasil quanto no Exterior, contribuindo no faturamento de bilhões ao ano e pagamento de 160 mil funcionários.

 Para complicar mais a vida da empreiteira, o juiz Sergio Moro intimou os advogados do presidente Marcelo Odebrecht a dar explicações sobre anotações encontradas pela Polícia Federal nos telefones celulares dele sugerindo que deu instruções para tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato antes da prisão.


 Numa das falas, ele sugere que dois executivos de seu grupo sob investigação, Márcio Faria e Rogério Araújo, destruam todas as provas sobre o suposto estilo de agir da empresa pagando propina para conseguir obras da Petrobras. Enfim, a chapa da Odebrecht está muito quente e será muito difícil jogar água para esfriar a temperatura.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Pesquisa revela queda na popularidade de Dilma


Queda de popularidade aumenta a preocupação da presidente Dilma




Luís Alberto Alves

 Parece que a tempestade sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) insiste em continuar. Desta vez é a pesquisa de opinião da CNT/MDA divulgada hoje (21) a respeito de sua popularidade.  O estudo apontou, na percepção do brasileiro, que ela e o ex-presidente Lula são culpados pelos casos de corrupção investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.  Os partidos políticos foram responsáveis pelo atual caos na opinião de 34,4% dos pesquisados. 

 O que me chama atenção nesses estudos é que nunca é questionado o papel das agremiações políticas nesta bagunça, aonde se mistura crise econômica e o clima de guerra que estourou no Congresso Nacional. Aliás, os demais partidos são considerados santos por boa parte da mídia. 

 Corruptos só existem dentro do PT, os demais são paladinos da honestidade, até mesmo o PP, do deputado paulista Paulo Maluf, procurado pela Interpol em 180 países e livre no Brasil. O PMDB, repleto de bandidos de colarinho branco, também é pouco questionado. O fogo pesado é desferido sobre a gestão petista de Dilma Rousseff. 

 Nem mesmo o extermínio de jovens negros pela polícia do governo tucano de Geraldo Alckmin merece destaque nos telejornais. Falar da crise hídrica é assunto raro nos telejornais. Tudo de errado é jogado nas costas do PT. É nesta toada a realização dessa pesquisa. Por causa da forte exposição de fatos negativos na mídia, envolvendo a presidente do Brasil, é claro que o pesquisado vai dizer que os erros existentes no País são de responsabilidade de Dilma Rousseff.

 Nunca menosprezei o ódio da elite corrupta e discriminatória brasileira. Ela nunca gostou de governos que tentassem melhorar o padrão de vida da população de baixa renda. A regra é descer a lenha neste tipo de administração. Essa visão é antiga, desde a época de Getúlio Vargas na década de 1950. É o grupo de seleto de milionários que nunca se cansa de ganhar dinheiro em cima do suor da explorada população. 

 Agora cabe ao PT parar de brigar entre si e colocar a mão na massa e governar de fato o País. Deve meditar sobre o conselho dado por Jesus Cristo nos primeiros anos de nossa era, quando destacou que “reino dividido não consegue ficar de pé”. Caso seus parlamentares continuem brigando e discutindo sexo dos anjos, a direita vai continuar nadando de braçada e pode até conseguir tirar a presidente Dilma do poder. Tudo sem desferir um tiro, apenas usando sua mídia golpista, como fez em 1964.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Como agiriam os políticos no inferno






Luís Alberto Alves


 O clima no inferno não está nada bem. Políticos de carteirinha estão furiosos com o que ocorre na Terra. “As pessoas perderam o medo de vir para cá. Acham que o clima não é tão tenebroso e passaram a atacar o diabo”, explicou o ex-governador Leonel Brizola. O dono da Bahia na época da passagem por esse mundo, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, defendeu a política do terror logo na porta do inferno. “O chefão está muito mole. Precisa queimar forte os desobedientes. Eu fazia isso na Bahia e o pessoal me respeitava. Nem o Maluf ousou me enfrentar, quando tinha todos os militares ao seu lado”, esbravejou.

 Num canto bem escuro o asqueroso delegado Sérgio Paranhos Fleury, responsável pela morte de vários opositores do regime militar de 1964, desfere forte soco na parede. “Nada melhor do que usar o pau de arara para conhecer quem é macho. Político é mestre em falar, mas quando a pimentinha (máquina usada para dar choque elétrico) começa a cantar a valentia acaba. Fico desconfortado de ter tanto político corrupto aqui do meu lado”, vociferou.

 O ex-deputado Carlos Lacerda, feroz crítico de Getúlio Vargas e apoiador do golpe que retirou o presidente João Goulart do poder em 1964, tentou usar do seu argumento e ameaças contra satanás, mas percebeu que no inferno existe dono. “Tentei minhas articulações, mas o chefe não quis mudar a imagem deste lugar. Na Terra todo mundo fala mal do inferno. Não é assim, pois existe muita gente boa morando neste outro lado do universo. Até roqueiro nos faz companhia”, discursou.

 Assim como agiam no planeta, os políticos armaram gigantesca panela no inferno, incluindo nomes de peso: os imperadores Nero, Júlio César, Pôncio Pilatos, Barrabas que escapou da crucificação na cruz, mas não do fogo eterno, Mussolini, Hitler, John Edgar Hoover, chefão do FBI durante 48 anos, Al Capone, o sindicalista sujo Jimmy Hoffa, Kadafi, Anastasio Somoza, Ernesto Geisel, Emílio Garrastazu Médici, João Batista Figueiredo, Margareth Thatcher, Ronald Reagan, Lyndon Johnson, Adhemar de Barros, Felinto Müller, o narcotraficante Pablo Escobar.

 A proposta principal era tentar mudar o modo de agir de satanás. O objetivo é aumentar o maior número de pessoas neste imenso caldeirão onde o é muito forte o odor de enxofre. “Eu prometi que os britânicos teriam um ótimo governo. Acreditaram e fiquei como primeira-ministra. Após assumir o poder fiz o inferno próximo da realidade no Reino Unido. Não deixei transparecer que minha política de governo deixaria milhões sem emprego”, lembrou a ex-dama de ferro Margareth Thatcher.

 O ex-ditador Kadafi concordou. “Na Líbia vendi a ideia do socialismo utópico. Menti tão bem que só sai do poder perto da morte. O nosso chefe precisa mudar, com urgência, a fama de que o inferno é ruim. O marketing é a chave do sucesso”, explicou. Antonio Carlos Magalhães lembrou que atual o Congresso Nacional tem vários parlamentares evangélicos. “Agora que o inferno vai aumentar a fama de ruim. Em nome de Deus recusam entrar nos esquemas de corrupção existentes ali desde a década de 1950”, disse.

 O diabo não é bobo. Logo foi avisado da articulação e resolveu colocar os pingos nos is. “Vocês são espertos. Mas coloco todos no bolso de minha capa. Aqui não aceito rebelião. Nem muito menos essa conversa de democracia. Aqui é terror e chicote. Dinheiro, fama e poder não têm valor neste lugar”, gritou. Vários políticos tentaram articular, porém não conseguiram mudar a opinião do príncipe das trevas, nem usando o general Napoleão, experiente em vencer batalhas. A escuridão aumentou assim como o forte cheiro de enxofre. De um canto dava para ouvir o ex-presidente Figueiredo cochichar: “cheiro de bosta de cavalo era melhor”!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Palpite indecente de Jean Wyllys


Triste rotina dos viciados na Cracolândia em São Paulo




Luís Alberto Alves

 Numa das famosas audiências públicas no Congresso Nacional, o deputado Jean Wyllys (PSol/RJ) defende abertamente a legalização das drogas no Brasil. Mais ainda: sustenta que o crime organizado seja transformado em empresa, gerando emprego seguro, na visão dele, das pessoas que vivem naquele submundo de horror. 

 É o cúmulo do absurdo. Só alguém que não conhece o terror enfrentado por familiares de pessoas escrava desse vício maldito para abrir a boca e falar tamanha besteira. Desconhecem a dor de uma mãe desesperada pelo filho ou filha desaparecido. Saiu no final de semana e só volta na quarta-feira ou no outro sábado. Da jovem bonita, criada com tanto carinho, se transformar num farrapo humano, vendendo o próprio corpo por uma pedra de crack ou dois papelotes de cocaína.

 Também não sabe o desespero de ver alguém vendendo tudo para saciar o desejo de consumir a dose de veneno vendida pelo traficante. Sapato, principalmente de grife, roupas, celular, relógio, eletrodoméstico ou até mesmo pneus do carro dos irmãos ou pais. Jean Wyllys deve conhecer a realidade de ouvir falar. Talvez nunca sentiu na pele esse problema, de enfrentar alguém em crise de abstinência, completamente alucinado e tentando agredir todos que estiverem a sua frente.

 Defender a legalização do crime organizado como solução para as drogas é o mesmo de exigir tratamento igual para os assaltantes, como se o mal praticado por essa escória perdesse sua nocividade. Em nome da democracia, os nossos ouvidos viraram bacias sanitárias. É essa minoria que sustenta teses absurdas no parlamento e por causa do silêncio da maioria do bem, elas viram realidade.

Para o leitor que considerar o meu texto homofóbico eu recomendo visitar mães que tenham filhos envolvidos no uso e tráfico de drogas. Durmam ou passe alguns dias naquela residência para sentir na pele a realidade do dependente químico. A tortura psicológica vivida por essas famílias, a cada telefonema ou passagem do carro de polícia que pode trazer a notícia ruim. Pergunte aos soldados do tráfico se é fácil sair daquela vida e qual o pensamento dos narcotraficantes. Depois disso tirem suas conclusões.