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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Falência da Segurança Pública em São Paulo




Ataque do PCC em maio de 2006

Luís Alberto Alves

 Hoje se confirmou minhas suspeitas, e quase certeza, de que o fim dos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) em maio de 2006 ocorreu por causa de acordo negociado entre o governo de São Paulo e o líder da facção criminosa, Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola.

 Na época, a cúpula da Segurança Pública, inclusive o secretário truculento Saulo de Abreu Filho, concordou em baixar a cabeça e reconhecer que naquela tarde de domingo, 14 de maio, a situação já estava fora de controle, com dezenas de policiais executados e diversos ataques contra delegacias e batalhões, além de inúmeros ônibus queimados.

 Soube por meio de outros colegas que faziam reportagens sobre segurança pública que o governo tucano de SP tinha autorizado a alta cúpula policial paulista a se encontrar com Marcola no presídio de Presidente Bernardes. Percebi que algo estava errado, porque só após decorridos alguns dias o Marcola poderia receber visita.

 A linha de frente do PSDB, inclusive o atual senador José Serra, desdenhou dessa proposta e disse que nunca os tucanos iriam negociar com bandidos. Porém, nada como o tempo para trazer à tona o que estava escondido. Hoje, o governador Geraldo Alckmin alega ter reduzido a criminalidade em São Paulo. Mentira, o cachimbo da paz fumado com a linha de frente do PCC é a responsável por esse sossego temporário.
Toda a cúpula da Segurança Pública em 2006 fora nomeada por Alckmin

 Atualmente são raros os motins nos presídios. Em troca, os agentes penitenciários fazem vistas grossas para entrada de celulares, drogas e além de ignorar outras regalias que os simpatizantes do PCC gozam. Em nenhuma cidade de São Paulo é aberto ponto de venda de drogas sem autorização dessa facção criminosa.

 É triste saber que o governo de um dos Estados mais importantes do País aceitou baixar a cabeça perante o PCC. É o atestado da falência da segurança pública. É reconhecimento de que os mais de 90 mil homens da polícia não conseguem mais derrotar a bandidagem em número inferior, porém organizada, usando táticas de guerrilhas para vencer um aparato policial ineficiente.

 Esse é o resultado da falta de investimento em tecnologia e salários bons para inibir a corrupção na tropa. Os tucanos são reconhecidos por falar muito e apresentar propostas concretas. Para enganar a população compraram veículos mais possantes, mas sem sofisticada aplicação de recursos nas investigações é o mesmo de enxugar o chão com a torneira aberta.

 Por meio da leitura de vários livros versando sobre como vencer um inimigo e aplicação de táticas de guerrilha, o crime organizado continua nadando de braçada em São Paulo. Está presente nos mais diversos setores da sociedade, de forma invisível.  Atua no tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a bancos e condomínios fechados, exploração de jogos de azar, prostituição e até venda de proteção.
O truculento secretário Saulo de Castro Filho virou carneirinho diante dos ataques do crime organizado


 Agora cabe ao cidadão comum clamar com mais força para Deus lhe proteger. Deve esquecer as autoridades governamentais. Elas estão impossibilitadas de fazer qualquer gesto neste sentido. Em tempo: não faz muitos meses parentes do governador Geraldo Alckmin foram atacados por bandidos. Eles sabiam toda a rotina da segurança do Palácio do Governo. Era o recado de que realmente estão no controle da situação. Tudo isso para a tristeza dos cidadãos de bem.

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