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A Ineficiência do Gasto Público

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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Estudo europeu descobre que células da pele encolhem no frio e diminuem hidratação natural


*Valéria Marcondes

Estudo publicado no British Journal of Dermatology diz que, ao encolher com o frio, as células da primeira camada da pele prejudicam uma proteína chamada filagrina, que tem papel fundamental na hidratação natural da pele

É tradição anual: se até mesmo as peles mais oleosas muitas vezes ficam ressecadas com o tempo seco e o clima frio do outono e inverno, as peles secas sofrem ainda mais. O estudo “Changes in filaggrin degradation products and corneocyte surface texture by season”, publicado esse mês no British Journal of Dermatology e coordenado por diversos pesquisadores europeus, explica exatamente por qual razão isso acontece: as células da pele literalmente encolhem no frio e prejudicam uma proteína chamada filagrina, que ajuda na hidratação natural. “A filagrina é uma importante proteína da pele que desempenha um papel importante na barreira cutânea. Ela é degradada em aminoácidos que mantêm a hidratação dentro das células e fornecem proteção. E esse processo é essencial para garantir que sua pele continue produzindo seu fator de hidratação natural (NMF)”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Mas um dos achados do estudo foi justamente o fato de que o clima frio e o ar seco faz com que a camada mais externa de células da pele encolha. “O trabalho destaca que isso ajuda a degradar as reservas de filagrina, o que leva àquela textura seca e escamosa. Áreas com quantidade mais baixa de filagrina, como as bochechas e as mãos, tendem a ficar com a textura ainda mais seca. E isso tudo aumenta o risco de inflamações, sensibilidade e irritação – aumentando as chances de graves crises de eczema e psoríase”, conta a dermatologista. O estudo analisou a pele de 40 homens e 40 mulheres saudáveis, após acompanhamento no verão e no inverno.


É por esse motivo, segundo a médica, que os hábitos de cuidado com a pele devem ser reforçados nos períodos mais frios. “Hábitos errados no inverno também podem piorar a qualidade da pele e do couro cabeludo. O principal deles é tomar banhos demorados e muito quentes. A água em alta temperatura retira a oleosidade e favorece o aparecimento da dermatite seborreica. Esfregar muito a pele corporal com bucha também agride demais os tecidos e resseca ainda mais”, explica.


A dermatologista preparou dicas para enfrentar o inverno sem medo:
>Temperatura do chuveiro - Evitar água muito quente, pois ela retira a oleosidade natural da pele e do cabelo, provocando ressecamento. A temperatura deve ser no máximo de 35 a 40 graus, que embaça um pouco o espelho. Se todo o espelho estiver embaçado, a água deve estar em excessivos 60 graus aproximadamente;


>Pele do rosto - Para a limpeza da pele, basta água morna e um pouco de sabonete. Prefira sabonetes líquidos mais suaves, menos agressivos, e com capacidade hidratante;
>Hidratação o rosto – Após limpeza e tonificação, aplique hidratantes com alta capacidade de hidratação, com ácido hialurônico e ativos formadores de filme. Se a pele for seca, produtos de textura mais ricas podem ser usados para formar um filme sobre a pele que consiga formar uma parede de defesa para repor e segurar água para evitar a perda transepidérmica;


>Usar e abusar de hidratantes no corpo - O segredo é aplicar com o corpo ainda úmido para aumentar a penetração. Os óleos vegetais ricos em ácidos graxos essenciais podem ser usados;
>Escolha do Vestuário - Dê preferência a casacos e blusas de moletom ou de algodão ou flanela. Quando utilizar lã, fios sintéticos ou lã acrílica, utilizar uma camiseta de algodão por baixo para evitar contato direto com a pele para prevenir coceiras e alergias;


>Uso de Secador de Cabelo - Como é mais frequente no inverno, deve-se utilizar mais longe dos cabelos para evitar o aquecimento do couro cabeludo e prevenir descamações;
>Hidratação dos Cabelos - A máscara ideal para causar um efeito nutritivo aos cabelos pode conter na composição produtos derivados de vegetais (Manteiga de Karité, Manteiga de Cacau, Manteiga de Oliva, Óleo de Algodão, Óleo de Girassol), com ativos que repõem os nutrientes necessários para manter os cabelos nutridos e bonitos ao longo do inverno;


>Uso de condicionador e cremes sem enxágue - Aplicar da metade para baixo nos fios. Evitar contato com o couro cabeludo para prevenir descamações. Lavar retirando bem o produto. Creme sem enxágue também deve ser aplicado evitando contato com a raiz;
>Uso de Filtro Solar - Mesmo na época do inverno, devemos utilizar o protetor solar diariamente. Ele deve ser adequado para o tipo de pele e contar com FPS de no mínimo 30;
>Beber muito líquido - Não devemos esquecer o consumo de água, frutas e verduras, que ajudam na hidratação;


>Visite o dermatologista – Muitos problemas de pele podem ser tratados com procedimentos em consultório ou por meio da orientação do dermatologista.


*Valéria Marcondes, dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. 

Cem anos da vírgula


Luís Alberto Alves/Hourpress

Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa)! 

A vírgula pode ser uma pausa... ou não:
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro:
R$ 23,4.
R$ 2,34.

Pode criar heróis:
Isso só, ele resolve! 
Isso, só ele resolve! 

Ela pode ser a solução:
Vamos perder, nada foi resolvido! 
Vamos perder nada, foi resolvido! 

A vírgula muda uma opinião:
Não queremos saber! 
Não, queremos saber! 

A vírgula pode condenar ou salvar:
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo!

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Aprovada política de combate ao desperdício de água

Entre os equipamentos a serem usados, estão torneiras para pias, registros de chuveiros e válvulas de mictórios que sejam desligados automaticamente

Luís Alberto Alves/Agência Câmara

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Homenagem aos 65 Anos do Esquadrão de Demonstração Aérea – EDA - Esquadrilha da Fumaça. Dep. Rubens Bueno (PPS - PR)
O relator, Rubens Bueno, recomendou a aprovação da proposta
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou proposta que cria a Política Nacional de Racionalização e Combate ao Desperdício do uso da Água. Segundo o texto, terão prioridade para receber recursos de convênios com a União os municípios que instalarem equipamentos de controle de consumo de água em edifícios não residenciais de uso público, como prédios comerciais, escolas públicas e privadas, hotéis, motéis e clubes.
Entre os equipamentos a serem usados, estão torneiras para pias, registros de chuveiros e válvulas de mictórios que sejam desligados automaticamente quando não estiverem sendo usados; torneiras com acionamento restrito em áreas externas; e vasos sanitários com volume de descarga reduzido. Também fica prevista a captação, nos edifícios, de água das chuvas para regar jardins e lavar veículos, calçadas e pisos.
A proposta estabelece, como objetivos na nova política nacional, a promoção de campanhas de conscientização dos consumidores sobre o uso eficiente da água e a integração com as políticas de saúde, meio ambiente, saneamento, recursos hídricos e de desenvolvimento urbano e rural.
O texto aprovado aproveita pontos dos Projetos de Lei 6963/02 e 7345/02 (apensado), ambos do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP); e também do substitutivo da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável para essas propostas.
“São projetos relevantes e oportunos no sentido de racionalizar e otimizar o uso da água, que é um recurso natural único, escasso e essencial à vida”, afirmou o relator da matéria na CCJ, deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
Em seu parecer, Rubens Bueno retirou, por considerá-los inconstitucionais, artigos dos projetos que impediam os municípios de receberem transferências da União caso não implantassem as medidas previstas.
Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já havia sida aprovada pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; e de Meio Ambiente. Ela seguirá agora para o Senado, se não for apresentado recurso para a sua apreciação no Plenário da Câmara.

Cancelado debate sobre aumento abusivo dos planos de saúde


Luís Alberto Alves/Agência Câmara

A Comissão de Defesa do Consumidor cancelou a audiência pública que realizaria nesta terça-feira (15) para discutir os reajustes abusivos dos planos de saúde. O debate foi solicitado pelos deputados José Stédile (PSB-RS), Celso Russomano (PRB-SP), Eduardo da Fonte (PP-PE) e JHC (PSB-AL).
Além dos aumentos, que fizeram muitas pessoas saírem dos planos de saúde, os parlamentares querem discutir o anúncio da Agência Nacional de Saúde (ANS) de impor determinado número de exames e consultas que o consumidor teria direito de realizar por ano, e o sistema de franquia anunciado pela ANS para custos desnecessários e baratear convênios.
A comissão ainda não marcou nova data para o debate.

Comissão torna crime exclusão de dados de sistemas de informações públicos



A proposta também inclui no rol de atos que podem ser considerados crimes de responsabilidade de autoridades


Luís Alberto Alves/Agência Câmara
Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Grande Expediente - Dep. Rubens Pereira Junior (PCdoB-MA)
Rubens Pereira Júnior: A supressão indevida de dados de sistemas informatizados é uma prática altamente danosa para a Administração Pública e para a sociedade como um todo
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou proposta que torna crime a supressão não autorizada de dados ou programas de sistemas de informação públicos. O funcionário poderá ser punido com 1 a 4 anos de prisão, além de multa.
A proposta também inclui no rol de atos que podem ser considerados crimes de responsabilidade de autoridades a retirada das informações dos bancos de dados públicos. Os crimes de responsabilidade sujeitam as autoridades a processo de impeachment.
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) ao Projeto de lei 6595/13, do deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE).

Pereira Júnior especificou que as autoridades só poderão ser punidas por crime de responsabilidade se a ordem para apagar informações dos bancos de dados públicos for feita por escrito.
A mudança, segundo ele, é fruto de discussões realizadas na CCJ e busca eliminar pontos de dúvida e de eventual controvérsia da proposta original.
Tramitação
O projeto segue agora para votação no Plenário da Câmara.

Direitos Humanos discute aplicação do princípio da não violência em manifestações e eventos



Redação Hourpress/Agência Câmara

 A Comissão de Direitos Humanos e Minorias discute nesta quarta-feira (16) a aplicação do princípio da não violência e a garantia dos direitos humanos no contexto de manifestações e eventos públicos. O debate foi uma sugestão do deputado Luiz Couto (PT-PB).
O parlamentar destaca que a Comissão de Direitos Humanos analisa o Projeto de Lei 6500/13 que dispõe sobre o assunto. Os principais pontos abordados na justificativa que acompanha o PL são a proibição do uso de armas nas manifestações, inclusive por agentes do Estado, e a garantia da atuação dos profissionais da comunicação.
Foram convidados para o debate, entre outros: 
- a assessora de Advocacy da Rede de Justiça Criminal, Andresa Porto; 
- a coordenadora do Centro de Referência Legal em Liberdade de Expressão e Acesso à Informação - Artigo 19, Camila Marques; e 
- a procuradora federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal, Débora Duprat.

MPT notifica Globo por falta de negros em novela e recomenda mudanças


A TV Globo tem sido criticada por escalar poucos artistas negros para a novela Segundo Sol, apesar de o enredo se passar na Bahia


Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil **  Rio de Janeiro

O Ministério Público do Trabalho recomendou à TV Globo 14 medidas para promover a participação de pessoas negras em produções audiovisuais e no jornalismo. A medida foi motivada pela ausência de personagens pretos e pardos* na novela Segundo Sol, ambientada em Salvador, na Bahia, e que estreia na segunda-feira (14). A recomendação é de sexta-feira (11) à noite, antevéspera dos 130 anos da abolição no Brasil, regime que durou três seculos.
Além de cobrar mudanças na novela, a recomendação prevê um conjunto de ações para promover a igualdade racial “em todo ambiente de trabalho da empresa”. Entre elas, a mais importante é a elaboração de um plano de ação prevendo formas de incluir, remunerar e garantir a igualdade de oportunidades aos negros. Outra recomendação é a realização de um levantamento de negros e negras em todas as produções da emissora, incluindo o jornalismo.
TV Globo tem sido criticada por escalar poucos artistas negros para a novela Segundo Sol, apesar de o enredo se passar na Bahia, estado com uma das maiores populações negras no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até uma campanha foi lançada com cartazes de artistas negros que já passaram pela emissora, mas ignorados pela produção.
“Decidimos expedir essa nota com o fim de mostrar a importância de a empresa respeitar a diversidade racial”, declarou a coordenadora Nacional de Combate à Discriminação no Trabalho do MPT, procuradora Valdirene Silva. Ela disse que, apesar de a novela ser uma obra artística e aberta, “tem a obrigação de incluir atores negros em proporção suficiente para uma real representação da sociedade”.
“Estamos diante de uma situação que é vista como discriminatória”, com base em leis internacionais e no Estatuto da Igualdade Racial.
TV Globo tem 10 dias para comprovar as mudanças no roteiro e na produção da novela Segundo Sol e 45 dias para apresentar um cronograma de cumprimento das demais recomendações. Caso não sejam atendidas, o MPT pode propor ação judicial como último recurso.
Nas redes sociais, o diretor de cinema e pesquisador pós-doutor Joel Zito Araújo, desabafou na sexta-feira (11) sobre a situação. “Nunca pensei que meu filme A negação do Brasil, lançado em 2001, permaneceria atual por tanto tempo (infelizmente)”. O documentário fala sobre papéis que atores negros representaram nas novelas brasileiras, em posições subalternas, apenas. Ele alertava para a influência na perpetuação do racismo e na limitação do mercado de trabalho.

Mídia alimenta racismo

A União de Negros pela Igualdade (Unegro), que lançou a campanha com cartazes de atores negros, também se pronunciou sobre a produção global. Em nota, afirmou que a mídia é “pouco permeável à ideia de ter o negro como protagonista”, reflexo de uma cultura que nega as identidades negras e reforça a exclusão desde a escravidão no Brasil.
A nota citou papéis negativos geralmente dados a artistas negros, como “o escravo, a mulata lasciva, a empregada doméstica, o preto bobo ou ignorante que faz a gente rir e o bandido”, destacando também os “positivos”, tais como “o jogador de futebol, o sambista ou aquele personagem que interpreta a exceção: o moço de família humilde que lutou muito e venceu na vida. Figuras que não são exclusividade da ficção, vistos também em programas de auditório e no jornalismo”.
Com a inserção de personagens em destaque em novelas e propagandas, a Unegro defende que a sociedade encare o problema. “A inserção não resolverá as questões raciais. O que se espera disso é uma contribuição para o debate [do racismo no país]”.
A dramaturga negra Maria Shu, autora de uma das primeiras mensagens alertando para o privilégio de atores brancos em o Segundo Sol, fez constatação semelhante. “A presença dos negros na TV tem apenas um foco, que é a espetacularização de suas dores. Estudamos, alcançamos novos espaços, mas não nos reconhecem como sujeitos produtores de conhecimento”.
Procurada pela Rádio Nacional, a TV Globo não confirmou ter sido notificada da recomendação. Porém, em nota, reconhece que a novela tem uma representatividade menor do que gostaria e disse que busca ampliá-la. “Vamos trabalhar para evoluir com essa questão”, informou.
A notificação do MPT é assinada pelos seis procuradores do grupo de trabalho de combate à discriminação e amparada no Estatuto da Igualdade. A lei federal recomenda ao poder público a promoção de igualdade racial no mercado de trabalho público e privado.
* Convencionou-se chamar negros a soma dos grupos populacionais preto e pardo, seguindo classificação do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).

** Colaborou Samanta do Carmo, do Radiojornalismo

Jungmann: governo não tem conhecimento oficial de documento da CIA


Memorando do governo dos EUA revelou novas informações sobre ditadura

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil  Brasília
O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (11) que o governo não tem “conhecimento oficial” do memorando da CIA (serviço de inteligência dos Estados Unidos) que revela que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou o Centro de Inteligência do Exército (CIE) a continuar a política de execuções sumárias contra opositores da ditadura militar no Brasil adotadas durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.
“Para se ter um pronunciamento oficial a respeito desse assunto, nós não podemos ficar apenas, não estamos aqui a desconsiderar nem desfazer de nenhuma notícia ou reportagem, mas é preciso ter acesso oficial de governo a governo para se poder fazer um comentário que se possa e que se deva fazer no caso de as informações serem, de fato, confirmadas”, disse o ministro, após o lançamento da Operação Tiradentes II – força-tarefa de 24 horas de todas as forças militares estaduais para ações de segurança pública.
O memorando, agora tornado público pelo Departamento de Estado dos EUA, data de 11 de abril de 1974 e é assinado pelo então diretor da CIA Willian Colby e endereçado ao secretário de Estado dos EUA na época, Henry Kissinger. Nele, Colby detalha que Geisel, ao assumir o poder, foi informado de que 104 pessoas haviam sido mortas em 1973 pelo governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974). Na ocasião, o Centro de Informações do Exército (CIE), órgão responsável pela política de tortura e assassinatos de adversários políticos da ditadura, recebeu autorização de Geisel para manter o método, mas restringido aos "casos excepcionais", que envolvessem "subversivos perigosos". Além do aval do Palácio do Planalto, as execuções também deveriam ser precedidas de consulta ao então diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), general João Baptista Figueiredo, sucessor de Geisel na Presidência da República, entre 1979-1985.
Jungmann ressaltou que o prestígio das Forças Armadas permanece “nos mesmos níveis em que se encontram até aqui”. “Por uma razão muito simples: as Forças Armadas brasileiras são um ativo democrático que o país hoje tem. E isso, evidentemente, que não é tocado por uma reportagem. Chamo a atenção: não temos acesso a documentos oficiais e isso só poderá acontecer, ou seja, um pronunciamento oficial, quando tivermos acesso direto a esses documentos”, acrescentou.
Sobre um possível pedido ao governo norte-americano dos documentos, Jungmann disse que esta não é uma decisão da sua pasta. “Não é minha área, não é decisão minha, mas eu acho que alguma deve ser tomada. Vocês estão me cobrando algo que não é da minha área, então não tenho como responder. Não vou invadir uma outra área. Eu fui ministro da Defesa, não sou mais. Hoje estou na área de segurança. Quem deve tomar essa decisão são aqueles que são responsáveis por essa área. Não me cabe, portanto, invadir a competência de outro ministro e muito menos uma decisão governamental”, disse a jornalistas.

Interesses políticos

O secretário Nacional de Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, também afirmou que a divulgação do documento da CIA não afeta o prestígio das Forças Armadas nem a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro. Ele vê motivações políticas na divulgação do memorando.
“Eu acredito que não arranhe em nada o prestígio das Forças Armadas, até mesmo porque tem que ler com bastante profundidade este tipo de documento e não ficar só na manchete. Esse ano é um ano eleitoral. É uma eleição que vem com pesquisas. Foram publicadas várias notícias de um número maior de militares participando nessa próxima eleição. Tem que ver os interesses políticos nesse tipo de divulgação”, disse.

Operação Tiradentes II

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann participa da abertura da Operação Tiradentes II, em que órgãos de Segurança Pública realizarão ações de segurança por 24 horas ininterruptas
Operação Tiradentes II, em que órgãos de Segurança Pública realizarão ações de segurança por 24 horas ininterruptas - Valter Campanato/Agência Brasil
Foi deflagrada na semana passada a Operação Tiradentes II com 100 mil policiais militares e bombeiros para combater o crime organizado durante 24 horas. Além de promover segurança, outro objetivo da ação é mostrar à sociedade o impacto de 24 horas do trabalho das corporações militares no país, segundo o ministério.
“É um exercício de integração e coordenação das polícias em todo o âmbito nacional”, disse Jungmann. O ato simbólico de lançamento da operação ocorreu no gramado em frente a Alameda dos Estados, na Esplanada dos Ministérios, com policiais e bombeiros militares.

Famílias só vão deixar Largo do Paissandu quando receber moradia

Todos dividem duas barracas


Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Acampado no Largo do Paissandu, com a mulher e dois filhos - uma menina de 11 anos e um menino de oito -, desde que teve que deixar às pressas o edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou em 1º de maio após um incêndio, João, como preferiu ser identificado pela reportagem da Agência Brasil, disse que não pretende deixar o local “Nós só vamos sair daqui quando a última família tiver êxito e conseguir sua moradia”.
Nascido no Ceará, ex-presidiário, João vende água e salgadinho nas ruas da cidade de São Paulo. Mas o que ganha com as vendas não dá para pagar um aluguel para abrigar a família, por isso foi parar na ocupação do prédio. Os quatro dormem em uma barraca de camping com o que restou de seus pertences. Essa é a situação da maioria dos que estão acampados largo. Vivem de doações e com o que conseguiram carregar, fugindo do incêndio.
Desabrigados do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após incêndio na última terça-feira (1º), recebem doações em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu.
Desabrigados do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou após incêndio na última terça-feira (1º), recebem doações em frente a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu. - Rovena Rosa/ Arquivo Agência Brasil_03/05/2018
Mãe solteira, com cinco filhos, Kátia Gilmara também está em uma barraca no Paissandu. Juntos com ela, uma irmã com quatro filhos. Todos dividem duas barracas. Kátia vende água e bala nos semáforos. “Tem dia que tiro alguma coisa e dia que não tiro nada [na vendas]”, disse ao explicar que sua renda não permite que tenha um lugar para morar com a família. “Há 17 anos, estou em ocupações, estou nessa luta para conseguir uma moradia digna para meus filhos. Eu nunca tive condições de pagar aluguel, cuido deles sozinha”.
Ela morava havia cinco meses no edifício que desabou. Kátia informou que já estar cadastrada na fila por uma moradia. Sobre os rumos que pretende tomar com os filhos, disse: “Agora, só Deus!” e acrescenta: “Tenho que ficar aqui [acampada] lutando”.
Fim das buscas
Pela manhã, após 13 dias de buscas, o Corpo de Bombeiros terminou o trabalho de buscas nos escombros do prédio desmoronado. Ao todo, 1.700 bombeiros participaram da operação de combate ao incêndio e busca de vítimas. Quatro foram identificadas a partir de restos mortais encontrados. Outras quatro permanecem desaparecidas.

Na parte da tarde, equipes da prefeitura recolhiam o restante do entulho. Além dos 24 andares, o edifício tinha dois patamares de subsolo. Três prédios do entorno ainda estão interditados. A previsão da Defesa Civil é que, até amanhã (14), as vias da região sejam totalmente limpas e liberadas ao tráfego.

PF prende político com R$ 4,6 milhões na Operação Prato Feito


Três pessoas foram detidas na operação

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Em balanço divulgado na noite de quarta-feira (9), a Polícia Federal (PF) informa que três pessoas foram presas em flagrante durante a Operação Prato Feito, deflagrada hoje e que investiga cinco grupos suspeitos de desviar recursos da União que eram destinados à educação.
Segundo o novo balanço, em dois desses flagrantes, ocorridos na cidade de Mauá, na região metropolitana de São Paulo, foram apreendidos R$ 588.417 e R$ 87 mil. Os nomes dos presos não foram revelados, mas a polícia informou que os valores foram encontrados na casa de agentes políticos de Mauá e que eles foram presos por suspeita de lavagem de dinheiro.

Já em Mongaguá, na Baixada Santista, foram apreendidos R$ 4.613.610 e US$ 216.763,00 em espécie, também na residência de um agente político, igualmente preso por suspeita de lavagem de dinheiro.
Além disso, foram apreendidos R$ 12.250 na casa de um empresário em Mauá, R$ 34.250 na casa de um empresário em Santo André, R$ 30 mil na casa de um empresário em São Paulo e R$ 17 mil na casa de um empresário em Salvador.
A Polícia Federal informou ainda que a operação cumpriu hoje 154 mandados de busca e apreensão, mas que as diligências continuam.
No novo balanço, a PF atualizou a lista de cidades onde houve suspeita de fraudes nos contratos. São estes os municípios: Cubatão; Itaquaquecetuba; Jaguariúna; Leme; Mairinque; Monte Mor; Peruíbe; São Bernardo do Campo; São Paulo; São Sebastião; Tietê; Votorantim; Barueri; Pirassununga; Registro; Holambra; Laranjal Paulista; Cosmópolis; Barueri; Caconde; Embu das Artes; Hortolândia; Mauá; Mogi Guaçu; Mongaguá; Paulínia; Araçatuba e Araras.
Em 20 outros municipíos, foram cumpridos mandados de busca e apreensão: Salvador; Brasília; Curitiba; Águas de Lindóia; Sorocaba; Várzea Paulista; Jundiaí; Mogi Mirim; Santo André; Monte Alto; Guarulhos; Cajati; São Roque; Santo Antonio da Posse; Santos; Peruíbe; Socorro; Francisco Morato; Jaguariúna e Boituva.

Operação Prato Feito

Investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu que alunos de 30 municípios paulistas receberam merenda de qualidade inferior, devido ao cartel de empresas que atuava há pelo menos 20 anos no desvio de dinheiro público. Segundo a PF, os recursos eram desviados do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do governo federal. No total, a estimativa é que 65 contratos suspeitos tenham envolvido mais de R$ 1,6 bilhão.

Geisel autorizou execuções de opositores durante ditadura, diz CIA


O memorando diz que deveriam ser mortos os "perigosos subversivos"

 Agência Brasil*  Brasília e Denver (EUA)


Documento tornado público pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos mostra que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) autorizou que o Centro de Inteligência do Exército (CIE) continuasse a política de execuções sumárias contra opositores da ditadura militar no Brasil adotadas durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, mas que limitasse as execuções aos mais “perigosos subversivos”.
O memorando de 11 de abril de 1974, assinado pelo então diretor da CIA (serviço de inteligência dos EUA) Willian Colby e endereçado ao então secretário de Estado Henry Kissinger, afirma que o presidente Geisel disse ao chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) à época, João Baptista Figueiredo, que se tornou presidente entre 1979 e 1985, que as execuções deveriam continuar.
Segundo o documento, Geisel e Figueiredo concordaram que quando o CIE detivesse alguém que poderia cair na categoria de subversivo perigoso, o chefe do Centro de Inteligência do Exército deveria consultar o general Figueiredo que, por sua vez, deveria dar sua aprovação antes da execução. De acordo com o texto, Figueiredo insistiu na continuidade das execuções e Geisel fez comentários sobre os aspectos potencialmente prejudiciais da questão e pediu para refletir sobre o assunto no final de semana, antes de tomar uma decisão.
A publicação perdeu o sigilo em dezembro de 2015, mas o documento ganhou publicidade nesta quinta-feira por meio do professor Matias Spektor, coordenador do Centro de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). Nas redes sociais, onde divulgou o documento, o professor disse que "este é o documento mais perturbador que já li em 20 anos de pesquisa: Recém-empossado, Geisel autoriza a continuação da política de assassinatos do regime, mas exige ao Centro de Informações do Exército a autorização prévia do próprio Palácio do Planalto".
O memorando relata que o encontro teria ocorrido em 30 de março de 1974 entre Geisel, Figueiredo e os generais do CIE Milton Tavares de Souza (então comandante do centro) e Confúcio Danton de Paula Avelino (que assumiria o comando do CIE posteriormente). Ainda segundo o documento, o general Milton Tavares de Souza afirmou, na reunião, que cerca de 104 pessoas que entraram na categoria de subversivos foram sumariamente executadas pelo CIE no ano anterior.
O texto revela que, no dia 1º de abril, Geisel informou ao general Figueiredo que a política deveria continuar, mas que era preciso assegurar-se de que apenas “subversivos perigosos” fossem executados. Os militares acertaram também que o CIE deveria dedicar quase todos os esforços ao combate da “subversão interna”.
Para Spektor, o memorando “é a evidência mais direta do envolvimento da cúpula do regime (Médici, Geisel e Figueiredo) com a política de assassinatos”.
O memorando de número 99 faz parte de uma série intitulada Foreign Relations of the United States (Relações Exteriores dos Estados Unidos) e documenta a história das relações dos Estados Unidos com a América do Sul entre 1973 e 1976.
Apesar de os EUA terem retirado o sigilo em 2015, o primeiro e quinto parágrafos do texto sobre a reunião permanecem sigilosos.
O documento original está arquivado no escritório do diretor da CIA em Washington. A transcrição está disponível online em um site do governo federal norte-americano.
Em nota, o Exército Brasileiro informou que os documentos que poderiam comprovar as afirmações foram destruídos, de acordo com norma da época que visava preservar informações sigilosas. "O Centro de Comunicação Social do Exército informa que os documentos sigilosos, relativos ao período em questão e que eventualmente pudessem comprovar a veracidade dos fatos narrados foram destruídos, de acordo com as normas existentes à época - Regulamento da Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS) - em suas diferentes edições".

Anistia Internacional cobra conclusão sobre assassinato de Marielle


A irmã de Marielle, Anielle Silva, também reafirma o compromisso de lutar pelo esclarecimento do assassinato


Raquel Júnia – Repórter do Radiojornalismo  Rio de Janeiro

Após dois meses dos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Anistia Internacional afirmou que, cada dia que se passa sem respostas sobre o caso, aumenta as dúvidas sobre a eficácia da investigação. Em nota publicada ontem (13), a diretora executiva da instituição no Brasil, Jurema Werneck, reforçou que as perguntas quem matou Marielle e Anderson e quem mandou matar não podem ficar sem respostas.
O comunicado traz também declarações da família de Marielle. A mãe da vereadora, Marinete Silva, agradece os esforços feitos até o momento na investigação, considerada séria, e destaca também a necessidade de continuar a cobrança por justiça.
Segundo a nota, a irmã de Marielle, Anielle Silva, também reafirma o compromisso de lutar pelo esclarecimento do assassinato. ”Enquanto tivermos forças exigeremos Justiça, e o faremos nas ruas e nos espaços públicos. A minha irmã era da resistência e é assim que nós seremos até o fim”.

Na tarde de hoje (14), está programado um ato, para as 16h, nas escadarias da Câmara dos Vereadores. A manifestação é organizada pelo PSOL, partido da vereadora, em lembrança dos 60 dias do assassinato. Uma faixa será estendida para que os participantes escreverem ensagens em memória de Marielle e Anderson.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

A importância da alimentação na prevenção do câncer


Uma dieta rica em gorduras animais, carnes processadas e baixa ingestão de fibras, frutas frescas e vegetais pode impulsionar o surgimento da doença, principalmente no aparelho digestivo

Redação/Hourpress

A alimentação inadequada é responsável por cerca de 20% dos casos de câncer no país, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). De acordo com a instituição, um em cada três casos poderia ser evitado com a adoção de dieta saudável, controle de peso e prática de atividade física. Leia mais..

Conheça 5 técnicas para abordar os clientes


O vendedor deve sempre manter sua aparência de acordo com o estilo da empresa em que atua

*Mário Rodrigues

 “A primeira impressão é a que fica”. Embora nem sempre seja uma verdade, essa frase pode ser aplicada em muitas situações do mundo das vendas. Isto porque a primeira abordagem pode determinar o rumo de uma negociação, levando o cliente ao concorrente ou fazendo com que negocie uma boa compra onde é bem atendido. Leia mais...

Ministro do TSE diz que leis já trazem regras para coibir 'fake news' nas eleições


Em debate na Câmara, Horbach afirmou que tribunal atua com cuidado de evitar censura; Unesco considera educação para mídia essencial

 Redação/Hourpress


Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão - 12ª edição

Em conferência sobre liberdade de expressão, deputados e especialistas debatem importância da educação midiática para cidadania. Leia mais..