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    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de SP dá dicas contra abuso sexual no Carnaval



Raquel Galinatti é presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de SP

- Evite ruas desertas e com pouca iluminação


Redação/Hourpress

O Carnaval é a maior festa popular do planeta e milhões de pessoas vão às ruas nos quatro dias de alegria em blocos, trios elétricos, bailes e escolas de samba por todo o Brasil.
O clima festivo, porém, pode acabar de repente, quando a mulher é vítima de um abuso sexual, por pessoas que já saem de casa mal-intencionadas ou que simplesmente confundem a alegria com um salvo-conduto para cometer um crime com a certeza da impunidade.
“Muitas vezes o homem tem a visão errada de que no Carnaval tudo pode. Não pode!”, avisa a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, Raquel Kobashi Gallinati. “A fronteira entre a alegria e o crime é o ‘Não’ da mulher”.
Raquel enumera uma série de cuidados que podem ser tomados para evitar casos de importunação sexual em situações que podem ocorrer diariamente, mas que se intensificam no Carnaval.
“A responsabilidade do abuso é toda de quem comete o crime e mesmo que a mulher não siga essas precauções, a culpa não será dela. Infelizmente temos que dar essas orientações porque a nossa cultura como sociedade ainda está longe de garantir a integridade física das mulheres sem que elas tenham que se colocar em posição de defesa”.
A importunação sexual consiste em qualquer ato que resulte no constrangimento da vítima. A pena pode ir de um a cinco anos de prisão.
 Como se manter segura no Carnaval
 - Ande sempre acompanhada – marque suas saídas de carnaval com grupos de amigos
- Evite ruas desertas e com pouca iluminação
- Marque pontos de encontro com os amigos na chegada, em um horário determinado durante a festa e na saída
 - Em aplicativos de transporte, compartilhe a corrida com pessoas conhecidas e envie o print da corrida para amigos e familiares para que eles possam monitorar o trajeto.
- Não aceite caronas de desconhecidos em nenhuma hipótese e, mesmo de conhecidos, evite pegar carona sozinha.
- Ative a localização do seu celular e envie para alguém da sua família.
- Atenção a carros e motos. Se perceber que está sendo seguida, entre no primeiro prédio ou comércio e acione a polícia
 - Em caso de violência não hesite em acionar a polícia e discar 180 para a Central de Atendimento à Mulher ou vá a uma delegacia com todas as informações que tiver sobre o agressor
- Ande sempre com o seu RG
 - Não aceite bebidas de pessoas estranhas, fique atenta ao seu copo,  não beba do copo de ninguém e não faça uso de substâncias ilegais.
  Dicas para os homens
 - Não é não. E também não é motivo para se tornar agressivo
- A paquera só existe quando é correspondida sem ter que ser forçada
- Não toque pessoas desconhecidas sem autorização. Nesse caso, agarrar pelo braço ou cintura, puxar cabelo e passar a mão são exemplos
- Se encontrar uma mulher em situação de vulnerabilidade, proteja, ao invés de tirar vantagem
- Qualquer tipo de abuso mediante ameaça é estupro, com pena que pode chegar a 30 anos nos casos mais graves
- Abuso contra pessoa incapaz de se defender, como uma mulher inconsciente, também é estupro
- Qualquer relação com menor de 14 anos é estupro, mesmo se for consentida

Centrais realizam nesta sexta (14) atos nos postos do INSS em todo o País



Os atos são em defesa da Previdência Social e melhorias no atendimento e serviços do INSS

Redação/Hourpress

Em São Paulo, vai haver concentração às 9 horas, na Agência da Rua Cel. Xavier de Toledo, 280, centro. Após a concentração, caminhada até a Superintendência do INSS no Viaduto Santa Efigênia.
É importante ressaltar a participação de todos nos atos, que serão organizados em diversas cidades do País. Milhões de brasileiros estão sendo prejudicados em seus pedidos de aposentadoria ou licença, devido a problemas de organização e gerenciamento no INSS.
“Convocamos todos os dirigentes e ativistas dos sindicatos e federações e confederações para comparecerem aos locais dos atos com faixas e bandeiras para reforçar esta mobilização”, fazem chamamento os líderes das centrais.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, reforça a importância de participar dos atos, como forma de cobrar o governo e alertar a sociedade sobre os problemas do órgão público e descaso do governo.
“Fizeram uma nefasta Reforma da Previdência e só agem no improviso, sem preparo algum para resolver as precariedades do atendimento e serviços do INSS”, critica o líder sindical.
A orientação das centrais sindicais é que essa atividade seja feita em todo o País.
Agenda
Atos em defesa da Previdência Social e melhorias no atendimento


São Paulo: concentração às 9 horas, na Agência da Rua Cel. Xavier de Toledo, 280, centro. Após concentração, caminhada até a Superintendência do INSS no Viaduto Santa Efigênia

Data: sexta-feira (14)
Horário: a partir das 9 horas

Câncer é a principal doença que causa morte entre crianças e adolescentes


Entretanto, aproximadamente 80% dos casos podem ser curados se diagnosticados e tratados precocemente

Redação/Hourpress
No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é a principal doença que causa morte na faixa etária de 1 a 19 anos e surgem 12,5 mil novos casos por ano. Entretanto, aproximadamente 80% das crianças e adolescentes podem ser curados se diagnosticados e tratados precocemente.
Os principais tipos de câncer infanto-juvenis são as leucemias, linfomas e tumores de sistema nervoso central. Para o Dr. Gustavo Zamperlini, oncopediatra da Rede de Hospitais São Camilo de SP, a chance de cura varia de acordo com o tipo de câncer, idade e principalmente do diagnóstico precoce com início rápido do tratamento. “Quanto mais tarde a criança começar a terapia, maior a chance de se encontrar a doença avançada e disseminada. Esta situação também pode comprometer muito o sucesso do tratamento, pois levam a quadros clínicos graves como a desnutrição, insuficiência de alguns órgãos e sangramentos, contribuindo para o aumento da mortalidade”, conta.
Segundo o especialista, a causa exata de doenças tão graves na infância ainda não é totalmente conhecida. O surgimento do câncer nesta faixa etária está mais relacionado a condições genéticas, ou seja, alterações ou falhas celulares chamadas de mutações. “Por algum motivo, os proto-oncogenes, controles ou vigias do organismo responsáveis pela correção dessas falhas simplesmente não funcionam, sofrem mutações e se transformam em oncogenes. Quando isso acontece, a célula acometida passa a se desenvolver de maneira errada, rápida e totalmente doente levando ao câncer”, explica Zamperlini.
Sintomas
Na criança, como os sintomas de câncer são muito parecidos com os de infecções ou outras doenças benignas desta fase, a atenção dos responsáveis às situações que atrapalhem ou modifiquem as atividades habituais é essencial para a suspeita e ao diagnóstico precoce. De acordo com o especialista, os principais sinais de alerta são: palidez, febre persistente, manchas roxas no corpo ou sangramentos repentinos, dores muito fortes em membros inferiores que dificultam o movimento, estrabismo ou alterações súbitas de visão, dores de cabeça relacionadas a vômitos persistentes, alterações de equilíbrio e fala, aumento do volume abdominal (inchaço), aumento de gânglios - os populares caroços ou "ínguas".
Tipos de câncer por faixa etária
O câncer infanto-juvenil tem dois picos de incidência. Segundo o oncopediatra do Hospital São Camilo, o primeiro ocorre nos primeiros quatro anos de vida e o segundo perto do início da puberdade, a partir de 14 e 15 anos. “Os tumores mais frequentes nos menores de 15 anos são leucemias, linfomas, tumores de sistema nervoso central e abdominais. Já nos maiores, podem se apresentar ainda os tumores ósseos, gonadais e de tireóide”, detalha o Dr. Gustavo. 
Avanço nos tratamentos
De acordo com o especialista, os tratamentos disponíveis para as crianças são muito semelhantes aos sugeridos para os adultos, como a quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea e cirurgia. Além disso, o principal foco das pesquisas atuais é a imunoterapia, na qual as células de defesa do organismo, como os linfócitos, atacam o tumor.
“Na pediatria os principais métodos são os anticorpos bi-específicos e as chamadas CAR-T cells, método ainda inédito no país, que modifica geneticamente os linfócitos da criança ou de um doador para atacarem o tumor. Essas medicações ajudam a reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia. Contudo, ainda quase todos os tipos de câncer necessitam, em algum momento, de receber as terapias tradicionais”, explica o médico do Hospital São Camilo.
Além da medicação, o centro especializado e equipe multidisciplinar integrada também são aliados importantes para o sucesso do tratamento. "A família e a criança com câncer enfrentam longos períodos no hospital, internações e efeitos colaterais que são marcantes para suas vidas. É neste momento que entram os profissionais estratégicos deste time, como enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, com o papel de detectar qualquer problema específico de suas áreas para colaborar com a terapia, além de acolher e apoiá-los emocionalmente, contribuindo significativamente para o salto na sobrevida”, comenta.
Infanto-juvenil X Adulto
O câncer acontece de forma muito diferente nas crianças e adultos. Na fase adulta, o crescimento do tumor é lento, insidioso e os tipos mais comuns são próstata, mama e pele. “Além disso, ao contrário das crianças, o estilo de vida impacta significativamente no seu desenvolvimento, por exemplo, a relação entre tabagismo e câncer de pulmão. Mas, isso não significa que adultos não apresentem tumores iguais aos da faixa etária infantil, como linfomas e leucemias”, finalizou o oncopediatra.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Mais de 36,3 mil mutuários regularizam suas dívidas com a CDHU e inadimplência cai



Campanha permite que moradores voltem a ter o nome liberado e fiquem com suas contas em dia com a companhia


Redação/Hourpress

A campanha de regularização de débitos financeiros em atraso, lançada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão vinculado à Secretaria da Habitação do Estado de São Paulo, beneficiou 36.372 mutuários que renegociaram em condições favoráveis suas pendências ou quitaram definitivamente as dívidas que mantinham com a companhia. Essa iniciativa propiciou uma redução de 3,51 pontos percentuais no índice de inadimplência da CDHU, que atualmente atinge uma taxa 17,99% dos 313.404 contratos ativos no Estado de São Paulo.
Segundo o balanço final da campanha batizada de "CDHU em Dia", encerrada em janeiro, 28.353 mutuários fizeram um acordo a empresa. Isso representou R$ 162,66 milhões em dívidas renegociadas. Outros 8.019 contratos tiveram suas pendências financeiras liquidadas, permitindo a arrecadação de mais R$ 10,52 milhões. Assim, todos esses mutuários passaram a ter a situação regularizada nos órgãos de proteção ao crédito.
"Além de ser uma oportunidade para os mutuários regularizarem suas pendências com a CDHU, essa campanha permitiu a recuperação de valores que serão reinvestidos pelo governo do Estado na construção de mais moradias populares", explicou o presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino.
Quem estava feliz dentro de seu apartamento da CDHU no bairro da Brasilândia, na Capital, era a mutuaria aposentada Irene Custódio da Silva, 61 anos. Inadimplente há um ano e meio, acumulava uma dívida de R$ 5 mil. Irene, que mora com a filha e a neta, contou que em 2008 ficou doente, teve que deixar o seu emprego e passou a viver de trabalhos esporádicos.

 "Não conseguia mais pagar as prestações e a dívida foi aumentando. Decidi procurar a CDHU para fazer a renegociação do meu débito. Fui muito bem atendida e sai de lá com um excelente acordo e com uma prestação que agora cabe no meu salário de aposentada", explicou. Pelo acordo realizado, Irene vai quitar sua dívida em sete anos, pagando uma prestação mensal de R$197,00, que já inclui as parcelas do financiamento do imóvel.
RECORDE
A CDHU arrecadou em 2019 um total de R$ 774.018.604,00, maior montante histórico já obtido pela companhia, proveniente de ações de saneamento da carteira de contratos. A campanha "CDHU em Dia" ofereceu facilidades e condições especiais para renegociação de débitos do financiamento habitacional.

 Dentre as condições oferecidas para facilitar o acordo estavam a isenção de juro e mora para quem quitar integralmente a dívida, isenção de entrada para quem deve até 11 prestações e ainda não fez acordo com a CDHU, pagamento de entrada no valor de apenas uma parcela para quem já tem acordo anterior, e até descontos de 5% e 10% do valor total do débito para aqueles com dívida a partir de 12 e com mais de 36 prestações em atraso, respectivamente. 

Mesmo com a campanha encerrada, os mutuários podem procurar a CDHU para regularizar suas pendências financeiras de acordo com as condições oferecidas normalmente pela companhia.

Rotina: Polícia investiga mortes de três pessoas em tiroteio no Rio de Janeiro


PM diz que não fazia operação no momento das mortes


Agência Brasil 


Um tiroteio no morro de São Carlos, na região central do Rio de Janeiro, deixou três mortos na madrugada de hoje (11). A Polícia Militar informou que não fazia operação na área no momento em que as pessoas foram baleadas.
Segundo a Polícia Civil, as mortes de Samuel Peixoto da Silva, Yanca Lorrana Marques Rodrigues dos Santos e Fernando da Costa Cavalcante estão sendo investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital. A delegacia está fazendo diligências para tentar esclarecer as mortes.
Samuel Peixoto da Silva era professor de jiu-jitsu e dava aulas em um projeto social na comunidade de São Carlos.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Com 867 mortes, letalidade da polícia de São Paulo sobe 2,6% em 2019


Os dados mostram que as mortes em decorrência de intervenção de policiais em serviço cresceram 12%


Agência Brasil

A letalidade da polícia de São Paulo aumentou 2,6% em 2019 em comparação com o ano anterior. No total, no estado, em 2019, ocorreram 867 mortes em decorrência de intervenção policial (com agentes em serviços ou na folga): 845 relacionadas à Polícia Militar e 22, à Polícia Civil. Os dados, da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, foram divulgados hoje (6) pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo.
Considerando a série história, desde 2011, o número de pessoas mortas em decorrência de intervenção da polícia paulista em 2019 só não é maior que o registrado em 2017 (940 mortes) e 2014 (879). Nos demais anos, a letalidade foi menor: 2011, quando ocorreram 578 mortes, 2012 (655), 2013 (540), 2015 (832), 2016 (857), 2018 (851).
Os dados mostram que as mortes em decorrência de intervenção de policiais em serviço cresceram 12%; e diminuíram 31% quando os policiais estavam em folga. Em relação à Polícia Militar, o número de pessoas mortas totalizou 845, uma alta de 2,9% em comparação ao ano anterior. Já as mortes pela Polícia Civil somaram 22, uma queda de 26,6% em relação a 2018.
Além das mortes ocorridas quando há intervenção policial, a Ouvidoria observa que ocorreram 18 homicídios dolosos cometidos por policiais militares e um, por policial civil. Esses números não foram computados pela SSP na estatística de civis mortos em 2019.
“A principal recomendação que a Ouvidoria fez em 2018 e 2019 é a centralização, na Corregedoria Geral da PM, de todos os inquéritos policiais militares relacionados a morte em decorrência de intervenção policial. É inaceitável que o órgão corregedor, de qualidade, de expertise, só instaure e investigue 3% dos inquéritos policiais militares relacionados a morte de civis. Os outros 97% ficam a cargo dos batalhões de origem dos policiais envolvidos”, disse o ouvidor da polícia, Benedito Mariano. 
Para o ouvidor, o batalhão de área tem a função de fazer policiamento e não polícia judiciária militar. “Espero que o governo leve em conta essa recomendação porque é fortalecer o órgão corregedor. Se isso ocorrer, a curto e médio prazo vai diminuir de 40% a 50 % a letalidade da polícia de São Paulo”. 

Letalidade da Rota sobe 79,3%

A Ouvidoria da Polícia destacou que as mortes em decorrência de intervenção de policiais da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) cresceram 79,3% no ano passado. Foram 104 mortes em 2019 ante 58 em 2018. Considerando apenas as mortes por policiais da Rota em serviço, a elevação da letalidade foi de 98%: 101 mortes em 2019 ante 51 em 2018.
Em nota, a SSP, afirmou que as apurações dos crimes realizados por policiais são rigorosas. “As polícias paulistas contam com um rigoroso sistema corregedor, que não compactua com eventuais desvios de conduta de seus agentes. Todas as denúncias são investigadas e as apurações têm início na área dos fatos e sempre são encaminhadas às respectivas corregedorias antes do envio ao Judiciário. Esse trabalho resultou, só em 2019, em 510 policiais presos, demitidos ou expulsos das instituições”, informou a SSP em nota. 

Policiais mortos em serviço

Os dados da Ouvidoria mostram que o número de policiais militares mortos em serviço subiu de 3, em 2018, para 7, em 2019, uma alta de 133,3%. Já a quantidade de agentes da PM mortos fora de serviço caiu de 38 (2018) para 15 (2019), uma queda de 60,5%. O número de suicídios na PM em 2019 caiu 36,1%, de 36 (2018) para 23 (2019).
Na Polícia Civil, três agentes foram mortos em 2019 em serviço, e nenhum fora de serviço. O número de suicídios caiu de 12 (2018) para 10 (2019).
 
“Em relação à saúde mental dos policiais, as instituições contam com serviços específicos de cuidados psicológicos dos agentes”, segundo nota SSP. Os policiais, segundo a pasta, dispõem do Sistema de Saúde Mental da PM, que oferece aos policiais serviços de atendimentos psicossociais realizados por psicólogos e assistentes sociais do Centro de Atenção Psicológica e Social (Caps). 

“Já a Polícia Civil possui uma Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial, onde psicólogos e assistentes sociais ficam disponíveis para atendimento. Os casos de suspeita de problemas psiquiátricos/psicológicos são encaminhados ao Departamento de Perícias Médicas do Estado (DPME) para avaliação”, disse a nota.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Prefeitura de São Paulo recebe R$ 34,9 milhões desviados por Maluf


Promotoria já conseguiu recuperar cerca de US$ 120 milhões

Agência Brasil

A prefeitura de São Paulo recebeu R$ 34,9 milhões de recursos desviados na gestão de Paulo Maluf, das autoridades judiciárias da Ilha de Jersey, no Reino Unido.
De acordo com o Ministério Público, a devolução do dinheiro se refere a desvios nas obras de construção da Avenida Água Espraiada - atual Avenida Jornalista Roberto Marinho - e do Túnel Ayrton Senna, realizadas quando Maluf era prefeito de São Paulo.
De acordo com o promotor de Justiça Silvio Marques, a ação foi ajuizada em Jersey contra as empresas offshore Durant e Kildare. Ambas receberam dinheiro que tinha sido desviado pelo então prefeito. Marques disse que ainda há valores a serem recuperados.
Deputado Paulo Maluf (Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)
Ex-deputado Paulo Maluf - Gustavo Lima/Câmara dos Deputados
“O ex-prefeito Paulo Maluf desviou cerca de US$ 340 milhões dos cofres municipais entre 1993 e 1998, época em que ele foi prefeito”, disse o promotor. “Esse valor [R$ 34,9 milhões, devolvido para a prefeitura] é uma pequena parte do total movimentado em Jersey”, acrescentou.
Até o momento, a Promotoria já conseguiu recuperar cerca de US$ 120 milhões.
“Quando ele era prefeito de São Paulo, Paulo Maluf começou a desviar dinheiro de obras da Avenida Água Espraiada e do Túnel Ayrton Senna. Esse dinheiro foi pago pelas construtoras contratadas para a execução dessas duas obras. Boa parte foi encaminhada, por intermédio de doleiros, para os Estados Unidos, Inglaterra, França, etc. Em determinado momento, por volta de 1995, uma grande parte do total desviado foi encaminhado para a Ilha de Jersey e lá os recursos foram depositados no nome de três empresas offshore, que tinham sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Esse dinheiro foi investido por um intermediário e houve rendimentos”, explicou o promotor.
Quando as irregularidades foram descobertas, o dinheiro foi bloqueado.

Bloqueio de bens

A família Maluf está com bens bloqueados pela Justiça para garantir o pagamento de indenizações futuras. No Brasil, existem duas ações civis públicas da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital requerendo a devolução de US$ 344 milhões e aplicação de multa por improbidade administrativa no valor de quase US$ 1,7 bilhão.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de Paulo Maluf disse que só vai se manifestar quando for notificada.

Canuto é exonerado do Desenvolvimento Regional; Rogério Marinho assume


Gustavo Canuto é especialista em políticas públicas e gestão governamental


Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro exonerou hoje (6) Gustavo Canuto do cargo de ministro do Desenvolvimento Regional. Para o seu lugar, foi nomeado Rogério Marinho, que ocupava a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. As mudanças já constam em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Ex-deputado federal, Marinho é filiado ao PSDB e foi um dos principais articuladores do governo na aprovação da reforma da Previdência. Ele assume a pasta que comanda os programas de habitação popular, como Minha Casa, Minha e Vida, de infraestrutura urbana e de segurança hídrica do governo federal.
Gustavo Canuto é especialista em políticas públicas e gestão governamental, carreira vinculada ao Ministério da Economia, e formado em engenharia da computação. Ele não tem filiação partidária.
Ao chegar ao Palácio da Alvorada, na tarde desta quinta-feira, Bolsonaro disse que Canuto vai assumir a presidência da DataPrev, a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência. Minutos depois, veio a confirmação oficial do porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros:
"O presidente da República decidiu, na data de hoje, nomear para a presidência da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DataPrev), Gustavo Canuto. A DataPrev é uma empresa pública que fornece soluções em tecnologia da informação e comunicação para o aprimoramento e execução de políticas sociais do Estado brasileiro. Ela tem como principal cliente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
Gustavo Canuto é graduado em engenharia da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalhou por seis anos na IBM. É servidor efetivo do Ministério da Economia há mais de nove anos. Foi selecionado por ser um dos melhores quadros para equlizar tecnicamente os desafios enfrentados atualmente pelo INSS. Em consequência, o senhor presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeou Rogério Marinho para o cargo de ministro de Estado do Desenvolvimento Regional", informou. 
É a quinta mudança na equipe ministerial. Desde que assumiu o cargo, Jair Bolsonaro trocou os titulares do Ministério da Educação (Ricardo Velez por Abraham Weintraub), da Secretaria-Geral da Presidência (Gustavo Bebianno por Floriano Peixoto e, em seguida, por Jorge Oliveira) e Secretaria de Governo (Santos Cruz por Luiz Eduardo Ramos).

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Dia da Internet Segura alerta para cibercrimes contra crianças





Apesar disso, é comum vermos casos de crianças soltas na imensidão digital


Redação/Hourpress
O Dia da Internet Segura (conhecido também como Safer Day) será comemorado este ano em 11 de fevereiro. O Safer Day foi criado pela Rede Insafe e reúne atualmente mais de 140 países com o objetivo de mobilizar usuários e instituições no uso livre e seguro da rede. A discussão sobre o tema é vasta, já que uma pesquisa realizada pelo Google revelou que 40% dos pais dizem temer o contato dos pequenos com estranhos.
De acordo com Fernando Collaço, head de conteúdo e comunicação da PlayKids , uma das líderes globais em conteúdo educativo para crianças, os perigos não param por aí. "As possibilidades da internet são infinitas e devemos considerar que é uma rede na qual as crianças podem encontrar de tudo. Podem ter contato com pessoas desconhecidas e conteúdo inadequado, até sofrer cyberbullying e outros tipos de ataque.
Apesar disso, é comum vermos casos de crianças soltas na imensidão digital. De acordo com um estudo realizado pela Kaspersky, 52% dos pais não veem necessidade em regular a atividade online de seus filhos. A responsabilidade para que a internet se torne um meio seguro para as crianças é de todos. "Muitas vezes os adultos enxergam a internet apenas como uma fonte de entretenimento e acabam não se atentando aos riscos iminentes. Praticar o diálogo dentro de casa é importante, incluindo o quanto antes a educação digital na rotina dos filhos", reforça Collaço.
Os nascidos na chamada Geração Z têm sua vida toda pautada em tecnologia, por isso é um caminho sem volta que as crianças usem cada vez mais a internet para tudo, desde entretenimento e uso de redes sociais, até trabalhos escolares ou na sala de aula. Dentro desse cenário, é importante que os pais saibam direcionar os melhores conteúdos para os filhos.
"A saída não é negar o uso da internet ou proibir. Vivemos em uma era de completa transformação digital e as crianças vão usar tablets, celular e computadores cada vez mais cedo. O que é fundamental é o direcionamento os pais para aplicativos específicos para crianças, por exemplo. Os pais e responsáveis têm esse papel de mediar o uso da tecnologia e guiar os pequenos, que ainda não têm discernimento para entender esses perigos e algumas consequências do uso indevido da internet", pontua o executivo.
Para evitar as possíveis ameaças a curadoria de conteúdos da PlayKids, que é feita em todos os produtos da marca, é realizada por uma equipe composta por pedagogos, psicólogos, comunicadores, gamers e outros profissionais que têm como objetivo levar somente o que há de relevante para desenvolvimento cognitivo, que preze pela segurança dos usuários e pela diversão das crianças.
"Somos mais do que grandes players do mercado de conteúdo educativo infantil. Somos parte também de toda a luta para criarmos, enquanto sociedade, um ambiente saudável para as crianças. É fundamental que discussões como essa sejam cada vez mais fomentadas, já que a educação digital é um processo que envolve não somente as crianças, mas toda a família e comunidade", finalizou Collaço.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

O povo despreza o Congresso, os partidos e a imprensa. Por quê?


As instituições mais confiáveis ou bem avaliadas hoje, segundo pesquisa, são: bombeiros (29,1%), igreja (25,8%), Forças Armadas (11,7%) e polícia (7,1%)


*Marcos Verlaine

Há uma marcha batida da insensatez em curso, não é de hoje. Pesquisa da CNT/MDA divulgada na última quarta-feira (22) revela o declínio e a perda contínua de prestígio e de confiança nas instituições democráticas pela ampla maioria da população brasileira. A pesquisa traz muitos dados relevantes, mas analisarei apenas e tão somente aqueles relacionados ao enfraquecimento da tenra e frágil democracia brasileira. A pesquisa do instituto MDA, para a CNT (Confederação Nacional do Transporte), ouviu 2.002 pessoas entre os dias 15 e 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 unidades da Federação.
pesquisa cnt mda janeiro 20
A pesquisa revela, em ordem crescente, o nível de confiança da população em instituições como bombeiros, igreja, Forças Armadas, polícia, Justiça, governo federal, imprensa, Congresso Nacional e partidos políticos.
Pesquisa do Datafolha de 2018 não foi diferente. Partidos, Congresso e Presidência foram as instituições menos confiáveis do País.
Os dados são assustadores. A maioria da população não acredita nas principais instituições da democracia — Justiça, governo federal, imprensa, Congresso Nacional e partidos políticos. Daí pode-se depreender os riscos que corre a tenra, pois vai completar apenas 31 anos, em 5 de outubro próximo, e frágil democracia brasileira.
As instituições mais confiáveis ou bem avaliadas hoje, segundo a pesquisa, são: bombeiros (29,1%), igreja (25,8%), Forças Armadas (11,7%) e polícia (7,1%). Esses dados revelam, em grande medida, a atual onda conservadora e punitivista em curso na sociedade brasileira.
Justiça
A Justiça, segundo dados da pesquisa CNT/MDA só é bem vista por 5% dos entrevistados. Não é para menos. É tida como elitista, cara e de difícil acesso, sobretudo para os mais pobres (grifo meu). Assim, não é justiça é injustiça! Sem contar os inúmeros casos de corrupção e outros graves desvios de seus representantes que os meios de comunicação de massas noticiam com assiduidade (também grifo meu).

Governo federal
O governo federal, sob o comando de Jair Bolsonaro, tem a confiança de míseros 2,7% dos entrevistados. Este dado revela quão desgastada está a instituição Presidência da República. Ademais agora, com titular que não passa 1 dia sequer sem expor seu despreparo diante dos imensos e complexos problemas do País e da população.

Na titularidade do governo, Temer (2016-2018) governou para o mercado e seus interesses. Seu grande feito foi a aprovação da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17), que retirou inúmeros direitos dos trabalhadores e cuja promessa, 2 anos depois, não vingou. Os poucos empregos gerados pagam mal, são precários, de baixa qualidade e temporários.
A gestão Bolsonaro, presidente eleito sob profundas crises política, econômica, social e ético-moral, que surfa na onda da anti-política, terá como legado a aprovação da Reforma da Previdência (EC 103/19), cujos “direitos previdenciários de servidores e segurados do RGPS são extremamente abrangentes e envolvem sérias restrições ao seu gozo e aquisição”, nos dizeres do consultor do Senado, especialista em Previdência, Luiz Alberto dos Santos.
Imprensa
A imprensa — que em tempos de redes sociais, fenômeno da pós-modernidade tecnológica, da informação instantânea, acessível à parcela expressiva da população, que a usa (a maioria) sem muita reflexão — só é confiável para 2,3% dos entrevistados. Alie-se a isso, o fato de que, segundo pesquisa do DataSenado, “Mais de 80% dos brasileiros acreditam que redes sociais influenciam muito a opinião das pessoas”.

Outra pesquisa, essa do instituto Data Popular revela que a maioria da população, apelidada de “Classe C”, acessa e se informa principalmente pelo Whatsapp (84%), seguido pelo Facebook (72%) e Instagram (52%). Está aí, talvez, parte da informação que explique, em grande medida, a eleição do candidato à presidente da República mais despreparado desde a redemocratização do País, em 1985.
Nem entrarei no mérito — não é o caso — de suas posições tendenciosas, seu unilateralismo e suas inclinações para o poder econômico, em geral contra o povo. Nos debates relativos aos direitos trabalhistas e previdenciários alguém leu (jornal), ouviu (rádio) ou viu (TV) alguma opinião, nos grandes meios, que contradissesse a opinião oficial sobre estes grandes temas de interesse do povo?
Poder Legislativo
O Congresso Nacional — formado por deputados e senadores, os primeiros representantes do povo, os segundos representantes das unidades da Federação, pela pesquisa CNT/MDA —, é confiável por assustador 0,3% dos entrevistados. Daí advém o desprestígio da política — em sua maioria os representantes representam mal, em nível federal, estadual e municipal. Se algum instituto de pesquisa perguntar o que a população acha de “fechar o Congresso” diria que é quase certo que a resposta amplamente majoritária seria para fechar.

Mas, também, é preciso que se diga que há a necessidade de os representantes se qualificarem mais e melhor para exercer as relevantes funções de legisladores, a fim de mais bem representar e elaborar leis que digam mais respeito à realidade do povo.
A contradição fundamental nesse quesito reside no fato de que o Poder Legislativo é o mais democrático em relação aos outros 2 poderes (Executivo e Judiciário), cujos seus representantes, em tese são os mais acessíveis. Há aí uma segunda contradição que é o fato de a eleição para o Congresso ser ampla, direta, secreta e universal. Daí há a necessidade de o eleitor se colocar como corresponsável pela eleição dos representantes do povo (deputados) e dos estados (senadores).
Os chamados “políticos” são vistos pela maioria da população como desonestos, corruptos, perdulários, egoístas e que trabalham pouco ou não trabalham nada ou que trabalham apenas pelos seus próprios interesses (grifo meu).
Aprovaram, em 2017, a Reforma Trabalhista, com discurso falacioso que geraria mais empregos. E, em 2019, a Reforma da Previdência, para “corrigir distorções” nos regimes previdenciários e deitar por terra os “privilégios”. São 2 antirreformas que prejudicaram profundamente o povo, sobretudo os mais pobres. A maioria dos congressistas legisla para o mercado e seus interesses. Basta pesquisa simples para se chegar a esta conclusão.
Assim, talvez a conclusão mais assertiva sobre esse dado seja o fato de que a maioria dos eleitores não tem sabido votar ou que as informações disponíveis sobre os candidatos não têm sido observadas com mais cuidados e rigores por parte dos eleitores.
Partidos políticos
Por fim, mas não menos importante, a pesquisa revela, como dado complementar do baixíssimo nível de confiança no Congresso Nacional, que os partidos políticos têm a confiança de míseros 0,2% dos entrevistados. Isto é preocupante, pois essas instituições são um dos pilares da democracia representativa, cuja imagem, por sua vez também está bastante desgastada.

Os partidos, que representam partes da sociedade, por isso o nome “partido”, são a amalgama que enfeixam a representação política, nas democracias representativas, e buscam o poder político, a fim de, teoricamente, colocar em prática sua visão de mundo.
Para resolver esse quadro profundamente preocupante e ameaçador contra a democracia brasileira e suas instituições é preciso tomar muitas e variadas providências.
Essas, seguramente, passam por mais educação política da população por parte do Estado e das instituições, aí incluídos os sindicatos, mais transparência e comprometimento com o regime democrático, seguramente o mais complexo e melhor para a população e também por mais engajamento do povo em geral e dos eleitores em particular pela escolha correta dos seus representantes, sob pena de movimentos antidemocráticos, com fachadas democráticas, e discursos moralistas e punitivitas arrebatarem de vez a combalida democracia brasileira.
Em política, sem os devidos cuidados, a roda da história pode girar para traz.
(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap