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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quinta-feira, 14 de março de 2019

STF decide que Justiça Eleitoral pode julgar corrupção da Lava Jato



Esses tipos de crimes deverão ser enviados da Justiça Federal, onde tramitam atualmente, para a Justiça Eleitoral

Agência Brasil
Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (14) a favor da competência da Justiça Eleitoral para investigar casos de corrupção quando envolverem simultaneamente caixa 2 de campanha e outros crimes comuns, como lavagem de dinheiro,  que são investigados na Operação Lava Jato.
Com o fim do julgamento, os processos contra políticos investigados na Lava Jato e outras apurações que envolvam simultaneamente esses tipos de crimes deverão ser enviados da Justiça Federal, onde tramitam atualmente, para a Justiça Eleitoral, que tem estrutura menor para supervisionar a investigação, que pode terminar em condenações mais leves. 
Durante dois dias de julgamento, votaram para manter as investigações na esfera federal os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Votaram pela competência da Justiça Eleitoral os ministros Marco Aurélio, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente, Dias Toffoli.   
De acordo com a maioria, nos casos envolvendo crimes comuns conexos aos eleitorais, prevalece a competência da Justiça Eleitoral. Segundo os ministros, a Corte somente reafirmou entendimento que prevalece há décadas na sua jurisprudência. 

Procuradores da Lava Jato 

De acordo com procuradores da força-tarefa do Ministério Púbico Federal (MPF) que participam das investigações da Lava Jato,  o resultado terá efeito nas investigações e nos processos que estão em andamento nos desdobramentos da operação, que ocorrem em São Paulo e no Rio de Janeiro, além do Paraná. Cerca de 160 condenações poderão ser anuladas a partir de agora, segundo os investigadores. Para a Lava Jato, o resultado negativo poderá "acabar com as investigações”. 
O julgamento também foi marcado pela reação dos ministros contra críticas dos procuradores aos integrantes do STF. 
Em duas decisões, o presidente da Corte, Dias Toffoli, enviou uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e na corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) contra o procurador da força-tarefa Diogo Castor. Na tarde de hoje, Toffoli abriu um inquérito para apurar notícias falsas (fake news) que tenham a Corte como alvo.   
ministro Gilmar Mendes também criticou os procuradores. "Quem encoraja esse tipo de coisa? Quem é capaz de encorajar esse tipo de gente, gentalha, despreparada, não tem condições de integrar um órgão como o Ministério Público", afirmou.

Caso 

A questão foi decidida com base no inquérito que investiga o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o deputado federal Pedro Paulo Carvalho Teixeira (DEM-RJ) pelo suposto recebimento de R$ 18 milhões da empreiteira Odebrecht para as campanhas eleitorais.
Segundo as investigações, Paes teria recebido R$ 15 milhões em doações ilegais no pleito de 2012. Em 2010, Pedro Paulo teria recebido R$ 3 milhões para campanha e mais R$ 300 mil na campanha à reeleição, em 2014.
Os ministros julgam recurso protocolado pela defesa dos acusados contra decisão individual do ministro Marco Aurélio, que enviou as investigações para a Justiça do Rio. Os advogados sustentam que o caso deve permanecer na Corte, mesmo após a decisão que limitou o foro privilegiado para as infrações penais que ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato.

Armas em mãos despreparadas = sinônimo de tragédia




A mente fraca contribuiu para acender o estopim da insanidade


Luís Alberto Alves/Hourpress

Armas de fogo, mesmo de baixo calibre, acabam com vidas, principalmente quando estão em mãos de pessoas desequilibradas mentalmente, como ocorreu nesta quarta-feira (13) na cidade de Suzano, Grande SP. Em poucos minutos diversas vidas foram ceifadas e outras correm sérios riscos de morte.

O ditado popular diz que “quando a barba do vizinho arde, colocamos a nossa de molho”. O Brasil deveria prestar atenção nas tragédias que ocorrem nos Estados Unidos, quando alguém entra numa escola e passa a disparar vários tiros matando inúmeros alunos ou quem estiver pela frente.

Às vezes, essas cenas macabras acontecem nas ruas ou pátios de supermercados. Já teve casos de lunáticos no alto de prédios começarem atirar em pedestres que passavam em avenidas movimentadas. Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos qualquer tipo de arma de fogo é comprado facilmente, no processo semelhante ao adquirir qualquer  alimento.

Nem todas as pessoas têm equilíbrio emocional suficiente para ignorar a pistola deixada dentro do guarda-roupa ou mesmo no porta- luva do carro e resolver determinada questão no diálogo, mesmo de forma ríspida. Muitos apelam para a truculência e tentam tirar a vida do próximo. Na maioria dos casos, são cidadãos pacatos, sem nenhuma passagem pela Polícia, e bons pais de família; mas que perderam a calma e deram espaço à ira.

A dupla que cometeu a chacina em Suzano, Luiz Henrique e Guilherme Tucci, eram fãs de armas de fogo e visitavam sites de incentivos à violência. A mente fraca contribuiu para acender o estopim da insanidade. O resultado foi a tragédia com dez mortos, diversos feridos e muitas famílias destruídas por causa da perda de entes queridos.

A maioria adolescentes, que após a conclusão do Ensino Médio, prestariam vestibulares e depois de alguns anos, seriam bons profissionais que poderiam contribuir, por meio do trabalho no exercício do ofício escolhido, para o progresso desta nação. Infelizmente perderam as vidas, ainda tão jovens, nas primeiras voltas deste grande prêmio chamado Vida. Imagine este cenário com acesso fácil a compra de qualquer tipo de arma, como pretende o governo Bolsonaro....

terça-feira, 12 de março de 2019

Projeto suspende registro de agrotóxicos autorizados pelo governo este ano


Houve um crescimento acelerado do número de registros concedidos pelo ministério

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

O Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 43/19 susta atos do Ministério da Agricultura que concederam registro para a comercialização de novos produtos elaborados com agrotóxicos. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
A proposta é de autoria do deputado Alexandre Padilha (PT-SP). Ele propõe a suspensão dos atos números 1, 2, 4, 5, 7, 8 e 10, todos deste ano. A Constituição confere ao Congresso Nacional o poder de sustar atos do governo que considerar abusivos.
Padilha disse que os registros concedidos liberaram o uso no País de mais de 60 agrotóxicos. A autorização para venda no mercado, segundo o deputado, não foi acompanhada de informações sobre o monitoramento e o controle mais pormenorizado do impacto dessas substâncias na saúde dos consumidores, nos trabalhadores rurais e no meio ambiente.
Na época da publicação dos atos, entre janeiro e fevereiro, o Ministério da Agricultura alegou que todos os ingredientes já eram comercializados no Brasil e que a novidade seria a aplicação desses produtos em novas culturas.
Crescimento acelerado
O deputado afirmou que houve um crescimento acelerado do número de registros concedidos pelo ministério. Em 2015 foram 139. No ano passado, 450, conforme dados do governo. Para Padilha, a liberação “desenfreada” de agrotóxicos prejudica a saúde da população.

“Todos os anos são utilizados 7,3 litros de veneno para cada um dos habitantes do País, volume que, em 2017, resultou em 11 registros de intoxicação por exposição a agrotóxicos por dia”, disse. Os números, segundo ele, colocam o Brasil na liderança mundial do consumo de agrotóxicos.
Tramitação
O projeto será analisado agora pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois segue para o Plenário da Câmara.

A democracia de costas para o povo


Ser político não deveria ser visto como profissão, e sim como um serviço que se presta à sociedade


*Celso Tracco

Como sabemos, democracia significa o governo do povo ou para o povo. Apesar de ter sido idealizada na Grécia Antiga (Platão escreveu seu livro A República cerca de 400 anos A.C.), este sistema de governo ganhou força popular a partir da Revolução Francesa e, à custa de muito sangue derramado, foi se espalhando pelo mundo. No entanto, 230 anos passados daquela revolução que pregava a Liberdade, Igualdade, Fraternidade, menos de 15% da população mundial vive sob uma democracia plena.

Em nosso país, que em 2019 completa 130 anos de República, vivemos sob ditaduras ou sob presidentes indicados por voto indireto durante 46 desses 130 anos. Estabelecer uma democracia plena não é fácil em lugar nenhum do mundo. Um governo de iguais pressupõe uma população medianamente igual ou com uma desigualdade razoável, ainda que este critério seja subjetivo. Nada mais paradoxo do que isso no Brasil.

Somos um dos países mais desiguais do mundo, onde 1% da população detém cerca de 30% da renda do País. Mais de 40% dos domicílios brasileiros não possuem saneamento básico. Temos foro privilegiado para dezenas de milhares de cidadãos. Além disso, temos um sistema judicial com uma infinidade de recursos processuais. Portanto, quem tem poder e dinheiro para bancar bons advogados dificilmente pagará pelos seus crimes, bem ao contrário dos pobres que lotam as penitenciárias, e aí sim, tornam-se verdadeiros criminosos.

Nada é mais desigual no Brasil que o sistema previdenciário que, além de ser imoralmente desigual, é escandalosamente injusto. Em primeiro lugar deveríamos nos perguntar por que cargos públicos, cujos ocupantes foram eleitos, têm direito a aposentadoria? Ser político não deveria ser visto como profissão, e sim como um serviço que se presta à sociedade. O tempo que o cidadão empresta ao povo, sem dúvida, deveria ser contado para a sua aposentadoria, mas seria muito disciplinador que nossa Constituição limitasse o tempo que um cidadão pode exercer um cargo eletivo.

 Ninguém deveria poder se reeleger no mesmo cargo. É razoável pensar que vereadores, deputados e senadores que se reelegem por diversos mandatos, criem "feudos", se acomodem e esperem o tempo passar, aguardando sua "gorda" aposentadoria. Igualmente para os cargos do executivo, prefeitos, governadores e presidentes. Fim da reeleição já!
Isto permitiria uma oxigenação no sistema político, com uma renovação forçada de seus membros. Não assegura melhor qualidade, mas ajuda em uma conscientização de que política é um serviço, não uma profissão. Outro benefício: teoricamente, aqueles que manifestadamente entram na política para se locupletarem, pensarão duas vezes antes de tomarem sua decisão.

O sistema político brasileiro é anacrônico, corrupto, ineficaz e caro em sua essência. Consequentemente, suas ações são antidemocráticas por excelência. Vivemos em uma democracia que privilegia os poderosos, na qual as necessidades do povo são o que menos importa para os governantes. Até quando?

*Celso Tracco é escritor, palestrante e consultor

A escola de ontem e a de hoje: saudade ou saudosismo?



Saudosismo é diferente de Saudade



*Ítalo Francisco Curcio

Não é raro ouvir que uma das palavras da língua portuguesa, de mais difícil tradução, é "Saudade". Por que será que a palavra Saudade seria de difícil tradução? Seria por falta de similar em outros idiomas? Como expressar oralmente o sentimento de saudade em inglês, francês, espanhol, italiano, etc.? Não existe um vocábulo em cada um desses idiomas, que proporcionaria a verbalização deste sentimento?

Parece que esta dificuldade não está propriamente na falta de um vocábulo similar nestes idiomas, mas, no próprio sentimento que é sui generis. De fato, toda vez que alguém alude a este sentimento ou conceito, e necessita traduzi-lo para outra língua, se vê no dilema: Saudade não tem tradução. E quanto ao conceito de Saudosismo, o que dizer a esse respeito? Saudosismo é sinônimo de saudade? Bem! Parece que, quanto à esta indagação, não existe problema maior. Mas...

Todos os que conhecem a língua portuguesa entendem que Saudosismo é diferente de Saudade. Saudade é um sentimento intrínseco do ser humano; Saudosismo é uma manifestação, que embora possa até remeter a uma saudade, é algo extrínseco. No saudosismo, o sujeito elege um fato de seu interesse, o associa a um fato ocorrido e deseja que ambos tenham o mesmo valor. Saudosismo está ligado a um gosto ou a uma apreciação exagerada por coisas ou fatos do passado. Saudade é um sentimento de falta, de um vazio deixado pela história, de difícil preenchimento.

Como se vê, Saudade e Saudosismo, embora tenham concepções distintas, muitas vezes podem se confundir. Para esta breve reflexão sobre o tema abordado, inicia-se com um exemplo ligado a admiradores do futebol, que tentam comparar celebridades do presente com algumas do passado. Como responder à pergunta: Quem seria melhor, Neymar ou Pelé, Messi ou Maradona?

É claro que pode ser feita uma comparação de caráter técnico, como estilo de jogo, preparação física, dentre outros pormenores, porém, esta comparação fica sem sustentação quando não se consideram as condições às quais se submetiam e se submetem estes atletas. Dizer simplesmente que Pelé foi melhor que Neymar ou que Maradona foi melhor que Messi, não faz sentido algum, são atletas notabilizados em diferentes épocas, em realidades distintas.

Pelé e Maradona, particularmente, pertencem a gerações que desconheciam as "Escolas de Futebol", foram atletas revelados a partir do empirismo, da tentativa e erro, mesmo sujeitos, posteriormente, às orientações de seus treinadores. Assim como este exemplo, poderiam ser citados outros, em diferentes circunstâncias, porém, o objeto desta reflexão é a Educação, o Ensino e a Escola.

Nesse contexto, deve-se retomar a discussão entre os significados de Saudade e Saudosismo, inclusive no caso dos craques do futebol. Reiterar por diversas vezes que as coisas do passado são sempre melhores que as do presente é Saudosismo, não é Saudade. A Saudade faz voltar a momentos indeléveis, geralmente, de alegria ou de prazer, é retroceder no tempo, é reviver momentos marcantes. O Saudosismo leva o sujeito a insatisfação com o presente, à não aceitação da contemporaneidade, a uma contínua manifestação de desprazer com relação ao novo.

Quando se ouve, quase de forma insistente, que a Escola de hoje não é igual a de antigamente, não há nada de errado nisso. De fato, a Escola de hoje não é igual a de antigamente e nem poderia ser. Alguns chegam até a exclamar: Ainda bem que não é igual! Ainda bem, por que?

Ainda bem, pois a sociedade também não é a mesma e a Escola deve responder às necessidades contemporâneas. Antes de se afirmar que a Escola de antigamente era melhor que a de hoje, deve-se avaliar as circunstâncias de cada época. Responder afirmativamente à esta questão é o mesmo que dizer que Pelé era melhor que Neymar ou que Maradona era melhor que Messi. Não é assim que se deve avaliar o processo educativo. O processo educativo nacional é muito mais complexo e a história da Educação Brasileira, comparada a de outras nações, é relativamente recente.

'Para se ter apenas uma informação, dentre tantas de grande relevância, basta dizer que somente no final do ano de 1961, o Brasil teve sua primeira Lei de Diretrizes e Bases, a lei 4024/61.

Até então, o sistema de ensino no Brasil foi muito complicado, com realidades regionais distintas. Não obstante a existência de leis que, de algum modo, regulamentavam a Educação no país, não existia uma estrutura nacional uniforme como se tem hoje com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Plano Nacional de Educação e a Base Nacional Comum Curricular.

Portanto, mesmo querendo-se admitir que a Escola de décadas atrás era melhor que a de hoje, deve-se ter em mente que, além de estar a se comparar estruturas distintas, as demandas da sociedade são bem diferentes nestas respectivas épocas. Certamente, isto não exclui a defesa de valores e princípios inerentes à cultura, que devem ser sempre preservados, enaltecidos e ensinados, mas não é recomendável fazer uma avaliação e consequente comparação, pautados num mero saudosismo, e sem fundamento.

A Escola não é única instituição envolvida na Educação do ser humano. Juntamente com a Escola está a Família e, para uma grande parcela da população brasileira, inclusive a Igreja. Além destas, outras instituições também chegam a participar, ora mais e ora menos, de acordo com critérios estabelecidos por cada uma delas. Deste modo, analisar apenas a Escola contemporânea, avaliando-a com paradigmas do passado, pode ser comprometedor e se chegar a um resultado sem benefícios para a geração atual.

Para uma avaliação profícua com vistas a projetos exitosos, não só a Escola, mas também a Família e a Igreja devem estar atentas a não perderem princípios e valores, a não negociar suas identidades. Contudo, tais princípios e valores devem ser defendidos à luz do presente, em consonância com a realidade contemporânea.

A frase, muito conhecida por cristãos reformados, pronunciada pelo teólogo suíço Karl Barth, (1886 – 1968) de que "O cristão deve estar sempre com a Bíblia em uma de suas mãos e o jornal do dia, na outra", pode ser entendida como uma metáfora inclusive por pessoas que não professam o cristianismo. Seu significado é muito consistente: Princípios e valores de uma sociedade são inegociáveis, porém, métodos e estratégias de ensino devem acompanhar a realidade contemporânea.

Pode-se ter Saudade da Escola de antigamente, por uma série de razões, mas, o Saudosismo pode ser comprometedor. Que bom, que a Escola de hoje é diferente da de antigamente! Se fosse igual, seria impossível educar a sociedade atual. Escola, Família e Igreja, para quem assim o deseja, são três instituições que devem agir em cumplicidade, pois o educando é um só: aluno na escola, filho na família e membro na igreja, são a mesma pessoa.

Mesmo diante de diferentes cosmovisões entre membros da nação, os princípios e valores culturais são inegociáveis, assim como a defesa de sua identidade, por isso, a reflexão aqui proposta não sugere quebra de paradigmas consolidados, e sim uma revisitação contínua da Escola, em face da necessária atualização do Sistema de Ensino Nacional, para fazer frente às exigências do mundo contemporâneo.

*Ítalo Francisco Curcio é Coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie

Sobre o Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segunda a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

Perfis femininos têm 13% menos chances de ser analisados, mostra pesquisa


O levantamento do LinkedIn também mostra que as mulheres precisam preencher 100% dos requisitos


Luís Alberto Alves/Hourpress

Segundo o relatório de gênero da rede social profissional Lide Futuro, em parceria com o Linkedin, perfis femininos têm 13% menos chances de serem analisados e considerados pelos recrutadores. "Mesmo em um contexto de uma sociedade ainda patriarcal, com muitas diferenças e grandes desafios, 71% das empresas com as quais trabalhamos revelam que encontrar um balanço de gênero é uma das prioridades mais altas da companhia", destacou a CEO Laís Macedo.

Para Ana Claudia, do Linkedin, no entanto, prioridade não é realidade. "Nós, aqui no LinkedIn, acreditamos que só conseguimos mudar aquilo que conhecemos. A construção de uma estratégia de recrutamento baseada em informações é o que vai nos levar a uma mudança que pode reverter esse desbalanço que vivemos hoje", explicou a Head de Soluções de Talentos.

O compilado também apresenta resultados positivos: mulheres possuem 18% mais chances de efetivação em um cargo sênior. O levantamento do LinkedIn também mostra que as mulheres precisam preencher 100% dos requisitos para aplicarem a uma determinada vaga de emprego, enquanto os homens o fazem com 60% das exigências. O estudo foi baseado nos bilhões de dados dos mais de 640 milhões de usuários da rede.

Laís Macedo reiterou a importância do diálogo para mudanças efetivas na sociedade e como as lideranças femininas são necessárias para conduzir essa transformação. O W LIDE FUTURO tem a missão de desenvolver e empoderar mulheres com base em suas competências, atitudes e discursos, sempre com o objetivo de oferecer uma discussão propositiva e relevante, fortalecendo a atuação da mulher no mercado de trabalho para alcançar posições de liderança de forma igualitária.

"Só mostrando essa realidade podemos mudar algo. E tudo só vai mudar quando nós mudarmos. Ou seja, precisamos dessa consciência para promover resultados cada vez mais plurais. O DNA feminino, empático e acolhedor precisa ser difundido para espelhar, refletir e evoluir em cada mulher", finalizou a CEO.

Sobre o LIDE FUTURO

Criado em 2012, o LIDE FUTURO é uma spin-off do LIDE – Grupo de Líderes Empresariais e tem como missão compartilhar experiências, fomentar práticas de sucesso no ambiente empreendedor e promover uma qualificada rede de networking entre jovens lideranças. Com um total de 1.000 filiados, o grupo é formado por pessoas físicas que estão transformando e impactando os seus mercados com novos modelos de atuação, novas tecnologias e negócios disruptivos. Atuante em diversos estados do país, é responsável por oferecer palestras, workshops e encontros com os principais líderes do mercado nacional e internacional, buscando uma troca de vivências efetiva e enriquecedora.

Estado de São Paulo bate recorde de acidentes com escorpiões


A espécie mais perigosa é o escorpião amarelo


Luís Alberto Alves/Hourpress

De acordo com registros do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, São Paulo registrou em 2018 o maior número de casos de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos. Foram mais de 30 mil casos registrados, com 13 mortes confirmadas. Este ano, até o fim do mês de fevereiro, já foram registrados mais de 4 mil casos e duas mortes. Já no país, nos últimos cinco anos, o número de ataques de escorpiões teve um aumento de 80% - durante esse período, saltou de 78 mil casos para 141 mil casos.

De acordo com o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT, MS), o problema é comum nas regiões urbanas especialmente no verão. “Cerca de 40% das ocorrências registradas em todo o país são nesse período. Por isso, a atenção deve ser redobrada nessa época do ano”, reforça o Biólogo. Ele explica que os escorpiões se alimentam de baratas, que são insetos domésticos e que nessa época do ano se proliferam, já que as condições climáticas são favoráveis para sua reprodução. “Eles invadem as casas atrás das baratas, mas acabam também buscando onde se alojar”, completou.

Segundo o especialista, nas grandes cidades a espécie mais perigosa é o escorpião amarelo (Tityus serrulatus), que se reproduz por partenogênese (ou seja, a fêmea se reproduz sozinha). E que a melhor maneira de evitar a visita desses aracnídeos é justamente manter os lugares limpos, livres de entulhos. “No quintal de casa evite o acúmulo de telhas ou de tijolos, por exemplo. Eles podem se esconder entre as frestas. E se perto de casa tiver algum terreno baldio, peça para que a prefeitura providencie a limpeza do local”, orientou o Biólogo.

Se for picado, o Biólogo recomenda que procure um serviço de atendimento médico o mais rápido possível. “A pessoa deve ser levada para o local mais próximo que tiver”, avisa. Geralmente, primeiro é aplicado um medicamento para aliviar a dor provocada pela picada do escorpião. E depois, se for o caso, é aplicado o soro antiescorpiônico. “O medicamento neutraliza as toxinas do veneno circulante no corpo”, esclareceu Puorto. A aplicação é geralmente indicada para crianças e idosos, considerados maior grupo de risco.

Conheça tecnologia de negociação de dívidas sem intermediários para empresas


O serviço tem por finalidade oferecer às empresas um canal eficiente, ágil e seguro para recuperação de crédito

Redação/Hourpress
Início de ano é um momento propício para quem deseja negociar suas dívidas e colocar suas finanças em ordem. E com as perspectivas positivas de reaquecimento da economia para 2019, a tendência das pessoas buscarem alternativas para recobrar seus créditos é ainda maior. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a quantidade de brasileiros com dívidas atrasadas teve crescimento de 4,4% no final de 2018 se comparado ao término do ano anterior. Este número é o maior aumento anual de inadimplentes desde 2012, que registrou avanço de 6,8%.
Segundo dados recentes do Serasa Experian, a taxa de inadimplentes bateu recorde em junho do ano passado, quando chegou a atingir a 61,8 milhões. O que representa a quinta alta mensal seguida, além do maior patamar da série da pesquisa, cujo início foi em 2016. Já quando equiparado com junho do ano passado, o número de inadimplentes totalizou 60,6 milhões, tendo assim um aumento de 1,98%. Vale dizer ainda que o levantamento aponta que 40,3% da população adulta no Brasil está inadimplente.
Muito se deve o registro de patamares elevados das taxas de desemprego no País ao enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico e como consequência, se atingiu níveis recordes de dívidas atrasadas. Para empresas que precisam recuperar seus créditos de forma ágil, segura e tecnológica, a MFM oferece como solução o Negocia Fácil, que é um software de cobrança virtual, que permite aos devedores realizarem a negociação de suas dívidas sem a necessidade de contato direto com uma assessoria de cobrança ou instituição credora.
A grande vantagem é que esta ferramenta realiza desde o conhecimento do devedor até o registro de pagamentos, contando também com a extração de relatórios sobre o comportamento dos devedores durante acesso ao sistema.
“Com a recuperação do emprego no país, as pessoas acabam tendo condições de negociar seus débitos. Desde o ano passado, o desemprego começou a recuar e registra queda ao ficar em 11,9% no terceiro trimestre de 2018 ante a 12,4% no mesmo período de 2017, conforme dados do IBGE. Muito mais do que uma plataforma de cobrança virtual, nós temos como intuito contribuir para a vida de milhares de brasileiros que sofrem ao não conseguirem quitar suas dívidas”, afirma José Moniz, diretor do Negocia Fácil.
“Se por um lado beneficiamos os credores que buscam a regularização de suas finanças, por outros ampliamos a taxa de adimplência das empresas. Tudo isso, sem aquela famosa ligação de cobrança, que muitas vezes inibe a negociação. Criamos uma solução intuitiva e que permite ao cliente final um ambiente sigiloso e sem intermediário, o que traz muito mais conforto e assim, consequentemente, o incentiva”, completa Moniz.
Diferenciais do software
Além de facilitar aos seus usuários o processo de negociação da dívida, que é realizada em tempo real (online), o Negocia Fácil desenvolve dashboards personalizados de acordo com as necessidades de seus clientes.
Outra vantagem é que a ferramenta dispõe de múltiplas formas de pagamento - entre elas, boleto bancário, integração com gateways de cartão de crédito e com outras formas de pagamento (como, por exemplo, Pag Seguro e Pay Pall) - e conta com inserção nativa com o SPC e Serasa para que seus usuários consigam suas respectivas positivações de forma mais ágil.
Sobre a MFM
Com experiência de 15 anos, a MFM se tornou referência no mercado de tecnologia para cobrança. Especializada em desenvolver soluções em softwares e serviços personalizados para o mercado financeiro, incluindo as áreas de crédito e cobrança, a empresa reúne em seu portfólio clientes de grandes empresas, como NET, Banco PAN, Claro, Grupo AGS, Staco, Grupo Services, Jequiti, Credit Cash, BL, Rennov Serviços de Cobranças, R Brasil Soluções, entre outras.


Fed muda o tom nos Estados Unidos


Os investidores temiam que o Fed continuasse aumentando as taxas 

* Julio Lage
Esta semana o mercado mundial confirmou o que já desconfiava por semanas, a mudança de tom das atas do Fed, Banco Central americano. Neste contexto o banco central se posicionou de forma mais clara, e manifestou que não vê motivos para novos aumentos de juros em 2019. Em 2018 foram 04 aumentos e esta mudança de posicionamento, caso se consolide, encerrará um ciclo de aumentos sucessíveis dos últimos três anos. O Fed está enxergando uma desaceleração no crescimento econômico, uma menor pressão inflacionária e a economia bastante saudável, com expectativa de crescimento neste ano de cerca de 2%. O mercado de emprego está muito forte e a economia vem gerando novas vagas. Este tom “dovish”, termo no inglês usado para determinar um tom mais positivo, menos preocupado, traz reflexos tanto para os Estados Unidos bem como o resto do mundo e Brasil.
Quais as principais consequências para os Estados Unidos?
No mercado financeiro esta notícia, juntamente com uma possível redução das tensões entre os EUA e a China, vem ajudando as ações no mercado americano a recuperarem suas altas após a forte queda em dezembro de 2018. Os investidores temiam que o Fed continuasse aumentando as taxas e, devido a uma economia em desaceleração, talvez mergulhasse a nação em uma recessão. Mas desde a baixa de dezembro do ano passado, o S & P 500 avançou mais do que 15%.
Na economia real, uma estabilização na taxa de juros traz consequências positivas para as empresas, pois o custo de empréstimos se manterá estável, não irá desestimular os empresários com juros maiores. O mesmo reflexo acontece com os consumidores, que ao ver a taxa de juros em níveis estáveis mantêm o apetite para o consumo. As taxa de inadimplência do mercado por sua vez tende a se manter no mesmo patamar, criando um efeito positivo em toda a economia.
A taxa de referência, Fed Fund Rate ou taxa básica, pode afetar os consumidores aumentando os custos dos empréstimos. Isso inclui itens como taxas de empréstimo de automóveis e hipoteca fixas de 30 anos; mesmo uma taxa ligeiramente menor para ambos pode significar milhares de dólares em economia para os consumidores.
Na questão da moeda a tendência é que o dólar perca atratividade perante o pacote de moedas das economias desenvolvidas e também dos mercados emergentes. A paridade dólar versus euro está atingindo as mínimas.
O risco maior de tudo isto é que o Fed esteja interpretando todo o cenário de forma equivocada e ou esteja sobre pressão do presidente Trump, principalmente na questão de inflação. Já aconteceu antes tal como em 2000, onde as atas mostraram que os formuladores de políticas do Fed minimizaram indícios de problemas entre as empresas pontocom, e acabaram tendo que fazer um corte de emergência de 0,5 ponto percentual quando o setor de tecnologia implodiu. A mesma interpretação equivocada ocorreu em meados de 2007, em meio a sinais de que o mercado hipotecário de alto risco estava se desintegrando. Alguns críticos inclusive comentam que o Fed está "continuando a lamentável tradição" estabelecida por seus antecessores de "destacado distanciamento da economia real".
Mas independente das críticas e riscos essa decisão foi aplaudida por investidores em Wall Street e no resto do mundo. Significa expectativa de reflexos positivos e empurra para pelo menos 2020 que a economia mundial encare uma desaceleração forte dos Estados Unidos, com consequências imprevisíveis.
E o Brasil?
Esta notícia é um impulso positivo para a economia brasileira. Primeiramente, caso a reforma da previdência seja aprovada e gere economia de gastos, conforme a expectativa abre uma possibilidade grande de buscar uma taxa Selic a patamares inferiores. Alguns economistas inclusive já projetam algo abaixo de 6% ao ano. Com a taxa básica nos Estados Unidos estável e sem expectativa de novos incrementos, cria estímulo ao Bacen de redução da Selic e evita o risco de estar reduzindo a taxa em um momento de subida de juros nos Estados Unidos, reduzindo o spread entre as economias e trazendo perda de atratividade. Ao mesmo nível de taxa Estados Unidos e Brasil estimularia do investidor estrangeiro não vir para o Brasil e ainda criaria uma forte demanda do investidor Brasileiro em investir em ativos fora do Brasil.
Um segundo aspecto, logicamente caso o Brasil faça seu dever de casa e aprove a previdência, é que os investidores internacionais perdem estímulo de manter os seus recursos nos Estados Unidos, que já paga uma taxa baixa e não tem expectativas de incrementos. Neste contexto com um programa de privatizações à frente, estímulo de recursos externos e possibilidade de fluxo de recursos são muito bem-vindos.
Concluindo, a decisão do Fed é muito importante neste momento do Brasil e pode vir  a impactar positivamente na nossa economia, com reflexos em fluxo de recursos, câmbio, e mercado financeiro em geral.
*Julio Lage,  CEO da Belvedere Capital Advisors

Preço é o fator mais importante na decisão de compra dos brasileiros



A experiência de compra ocupa o segundo lugar no ranking, seguido pela reputação da loja em sites de reclamação

Redação/Hourpress
A sexta edição da pesquisa* do Zoom, site e app comparador de preços e produtos, realizada com 5.369 respondentes, em parceria com a Consumoteca, aponta que o preço continua sendo o fator mais importante na hora do consumidor escolher a loja em que vai comprar online, assim como no ano passado. Mesmo que as previsões para o cenário macroeconômico sejam positivas, as incertezas políticas e econômicas deixam os consumidores brasileiros mais cautelosos com o orçamento e cientes da importância de pesquisar preços para economizar.
O segundo item mais citado pelo e-consumidor é a experiência de compra, fator que liderava o ranking nos primeiros anos da pesquisa. Por mais que o preço tenha ocupado o primeiro lugar em 2018 e 2019, o consumidor está cada vez mais exigente com a experiência oferecida pelos mercados. Um reflexo disso é que a avaliação das lojas, em sites como o Reclame Aqui, está ganhando cada vez mais relevância no processo de decisão. Em 2018, 30% dos respondentes afirmaram que pesquisavam sobre a reputação das lojas. Nessa edição, o item ocupa o terceiro lugar no ranking, com 32% dos votos.
Além disso, o quarto lugar do levantamento também reafirma a necessidade de uma boa experiência: a classificação das lojas nos comparadores de preço (Ótima, Muito boa, Boa, Razoável, Ruim, etc), foi votada por 31% dos entrevistados, seguindo a mesma média do ano passado.
Para Thiago Flores, CEO do Zoom, o consumidor brasileiro está mais maduro e exige excelência em todos os serviços prestados. “Nos primeiros anos da pesquisa, questões como a confiança na entrega lideravam o ranking. Com o passar do tempo, e o amadurecimento do e-commerce, essas questões perderam um pouco de força. Atualmente, os consumidores estão se preocupando, cada vez mais, com a experiência oferecida pelas lojas e pesquisam bastante sobre as suas reputações, antes de finalizar a compra.”


Confira abaixo o comparativo dos resultados com relação aos anos anteriores da pesquisa do Zoom em parceria com a Consumoteca:

Quais critérios são mais importantes na hora de selecionar a loja que vai comprar online?
Característica
2019
2018
2017
2016
2014
2013
Preços / pelo produto mais barato
48%
49%
32%
37%
32%
19%
Priorizo as lojas que já tive boa experiência
41%
41%
39%
39%
37%
31%
Classificação das lojas nos comparadores de preço (Ótima, Muito Boa, Boa, Razoável, Ruim, etc)
31%
31%
21%
22%
18%
12%
Vejo se tem reclamações em sites como Reclame Aqui
32%
30%
32%
33%
29%
27%
Priorizo as grandes lojas
25%
24%
32%
37%
32%
24%
Melhor forma de pagamento
25%
24%
13%
13%
14%
11%
Avaliação de outros consumidores
21%
21%
29%
25%
21%
24%
Confiança na entrega
19%
20%
27%
27%
33%
28%
Fonte: Zoom/ Consumoteca 2019

Veja o perfil dos entrevistados de 2019:
Faixa etária
2019
> 60
4%
50 - 60
14%
45 - 49
10%
40 - 44
13%
35-39
15%
30-34
15%
25 -29
14%
18-24
12%
< 17
1%
Fonte: Zoom/ Consumoteca 2019

Gênero
2019
Masculino
73%
Feminino
27%
Fonte: Zoom/ Consumoteca 2019

*A pesquisa do Zoom foi realizada com 5.369 respondentes, em parceria com a Consumoteca. Foram 73% de respondentes homens e 27% mulheres. A pesquisa englobou as classes A, B e C.