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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Gasolina - o que fazer se o consumo do seu carro aumentar.

 Especialista dá dicas práticas de como economizar combustível e poupar dinheiro

    EBC



Guerda Tiziane Adão

Desde o último sábado (18/06), começou a valer o novo preço da gasolina. O aumento nas distribuidoras foi de 5,18% e o reajuste no diesel de 14,26%. Por isso fique atento às dicas de como diminuir os gastos com combustível e cuidar melhor do veículo.

Fique atento com a direção

Uma das práticas que devem ser evitadas na hora de dirigir é a arrancada. Se você costuma pisar fundo toda vez que sai com o carro, repense esse hábito pois ele pode pesar no bolso no final do mês. Acontece que, quando exageramos na pisada, o sistema entende que o veículo necessita de potência máxima e, consequentemente, consome mais combustível.


Sendo assim, o modo em que o motorista conduz o veículo é um fator que influencia diretamente no consumo. É por isso que muitas vezes, com um mesmo carro, diferentes pessoas de uma família obtêm médias bem distintas. Falando de forma geral, o motorista que conduz o veículo suavemente, com acelerações e frenagens progressivas, gasta menos combustível - e quem tem a tocada baseada em acelerações e frenagens vigorosas, gasta mais.


Também é importante ficar atento à velocidade. Quando muito próximo de outro carro, é preciso frear e, logo após, recuperar a velocidade. Nesse vai e vem frequente, o veículo exige um consumo maior, portanto, mantenha sempre uma distância adequada e velocidades constantes.


Outro fator importante é utilizar de maneira correta a caixa de marchas do automóvel. Dessa forma, evite fazer trocas de marcha com a rotação elevada demais. Além disso, não ande com o veículo desengatado, diferente do que muitos pensam, andar na “banguela” consome mais combustível do que se o veículo estiver engrenado na marcha adequada.

A importância dos pneus

Eles são o único ponto de contato do veículo com o solo. Os pneus, portanto, tem um papel crucial em qualquer questão de consumo de combustível - mais especificamente, devido à sua resistência ao rolamento. Pneus murchos, além de contribuir para o aumento no consumo de combustível, força o sistema de direção e suspensão do carro, bem como diminui a vida útil dos pneus.


No dia a dia, o motorista também deve ficar atento à calibragem dos pneus com a pressão recomendada pelo fabricante, que deve ser feita pelo menos a cada 15 dias - ou semanalmente, se você roda por vias em mau estado de conservação, cheias de buracos e irregularidades. "Já que pneus com pressão 10% abaixo do recomendado pelo fabricante podem gerar um aumento no consumo de combustível entre 6% e 10%, pois aumenta a sua resistência ao rolamento", explica Guerda Tiziane Adão, CEO da Lion Queen's Garage. Outro ponto importante na calibragem dos pneus, é que os mesmos precisam estar frios para que o procedimento seja feito da maneira correta.


Além disso, o desalinhamento das rodas também provoca maior resistência ao rolamento dos pneus - e, por consequência, aumento no consumo de combustível. Por isso, o alinhamento deve ser feito a cada 10 mil quilômetros - ou sempre que você pegar algum buraco de forma mais brusca. Fique atento, também, a esses sintomas: pneu “cantando” em curvas de baixa velocidade, Se você sentir o carro puxando mais para um lado do que para outro, além de estar aumentando o consumo de combustível, também está diminuindo a vida útil dos pneus.

Ar-condicionado X Janelas abertas

Mesmo sendo tentador nos dias mais quentes, o ar-condicionado na potência máxima também influencia no consumo de combustível. Se possível, aproveite as entradas de ar do carro para ventilar e evite utilizar o ar-condicionado nos trajetos longos. Você pode aliar a isso à procura por estacionamentos sombreados, o que diminui a necessidade da climatização forçada.
Embora deixar o ar-condicionado no máximo exija mais do veículo, abrir os vidros enquanto dirige nem sempre pode ser uma alternativa viável, principalmente se você estiver andando em alta velocidade. Exceto em passeios dentro da cidade, andar com as janelas abertas pode aumentar a resistência do ar e fazer o seu carro consumir mais combustível.
Sendo assim, o ideal, em viagens longas, em velocidade de estrada é manter o carro fechado, com o ar-condicionado em funcionamento moderado. E dentro da cidade em percursos curtos, manter os vidros abertos.


Combustível de baixa qualidade

A adulteração de combustível é um grave problema no Brasil e que pode provocar graves danos no motor - ou, na hipótese menos grave, aumentar o consumo de combustível do veículo.
A escolha de um combustível de baixa qualidade influencia na capacidade de tráfego do veículo, por isso, você deve estar atento à condição dos postos frequentados. Para quem tem carro flex, a dica é encher o tanque com um só tipo, ou seja, somente gasolina ou etanol. Quando misturados, os líquidos precisam ser processados pelo sistema de injeção, o que demanda certo tempo e, consequentemente, mais consumo de recursos para definir a relação ideal entre ar e consumo de combustível. Importante dizer que, nos casos dos veículos flex, para melhor avaliação da performance do veículo, devemos abastecer de tanque a tanque, ou seja, esperar esvaziar para repor com outro combustível.

Excesso de peso

Não é por acaso que todas as fabricantes de veículos trabalham intensamente para reduzir o peso dos seus carros. Em todos os grandes mercados mundiais, as empresas precisam atender à metas de redução de consumo de combustível que estão cada vez mais rígidas. “Quanto maior a massa a ser deslocada, maior o consumo de combustível”, afirma Guerda. Mas o motorista também precisa fazer a sua parte: não utilize o porta-malas do veículo como um guarda-volumes, transportando itens desnecessários.

Revisão e Manutenção

Por fim, e considerado por muitos como maior vilão de consumo de combustível, a baixa frequência de revisão e manutenção.
Vale ressaltar que o carro deve ser tratado como um bem que precisa de cuidados para exercer sua função de forma plena. Uma vez que, prevenir é mais fácil e rápido do que solucionar. Portanto, atente-se às orientações do fabricante e às necessidades de sua família, um carro com a manutenção em dia contribui para a economia de recursos e para a segurança de todos. No momento de levar o carro para revisão, os principais fatores no qual se deve ficar atentos são:
Filtros de ar;
Velas sujas e defeitos nas bobinas;
Filtro de óleo;
Catalizador;
Óleo.


Casos de Covid-19 já correspondem a 71,2% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil

    EBC


Redação/Hourpress

Segundo novo boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na terça-feira (21), aponta que os casos de Covid-19 já correspondem a 71,2% das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil nas últimas quatro semanas. A predominância dos casos de Covid está na população adulta. Em crianças pequenas (0 a 4 anos) se observou o predomínio do vírus sincicial respiratório (VSR), seguido de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus.

 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% Influenza A, 0,3% Influenza B, 12,7% vírus sincicial respiratório, e 71,2% para Covid-19. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,6% Influenza A, 0,0% Influenza B, 2,3% vírus sincicial respiratório (VSR), e 91,9% Covid-19.

Maioria dos crimes contra idosos envolve filhos, netos e sobrinhos

 Especialista do CEJAM alerta para sinais que podem sinalizar violência contra esse público

    Divulgação

Outro tipo de abuso frequente é a violência psicológica


Redação/Hourpress

A violência contra o idoso pode ser caracterizada por diversas formas, entre elas abuso financeiro, negligência e agressões física e psicológica. O Junho Violeta e visa conscientizar a sociedade sobre a importância dos cuidados com esse público.

 

Conforme a supervisora multiprofissional Solange Aparecida dos Santos Pinto, que atua no Programa Acompanhante de Idosos (PAI) da UBS Jardim Maracá, gerenciada pelo Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, os atos de violência não têm uma idade específica para acontecer, já que estão relacionados às fragilidades e dependências do idoso nas atividades do dia a dia.

Entenda os tipos de violência e o que pode ser feito em cada caso:

 

Negligência

 

Considerada a violação com maiores casos de denúncias no Disque 100 -- serviço do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), a negligência é maior para o Grupo Pessoa Idosa.

Dados do ministério indicam que, durante a pandemia, o número de denúncias de violência e maus-tratos contra esse público cresceu 59% no Brasil.

 

Violência psicológica

 

Outro tipo de abuso frequente é a violência psicológica, uma forma de agressão caracterizada por situações de constrangimento, ameaça, humilhação, manipulação, chantagem, isolamento, ridicularização, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outra situação que cause prejuízo à saúde psicológica e autodeterminação do idoso.

 

Violência financeira

 

As práticas que visam a apropriação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa são consideradas violência financeira.

Conforme Solange, esse tipo de agressão pode ser realizado por pessoas de confiança do idoso, profissionais e instituições.

 

Consideram-se práticas de violência financeira forçar a pessoa a assinar um documento, sem explicar a finalidade; negociar um contrato ou alterar o seu testamento; forçar o idoso a fazer uma doação; induzir a pessoa a fazer uma procuração ou ultrapassar os poderes de mandato, dentre outras.

 

A especialista também alerta para os casos de violência física, que, apesar de serem menos frequentes, também costumam ser motivadores de queixas.

 

“É importante que todas as pessoas estejam esclarecidas sobre os tipos de violência, para que não normalizem tais atitudes. Além disso, os idosos devem ter plena consciência sobre os seus direitos”, reitera.

 

Programa Acompanhante de Idosos

 

Criado com objetivo de atender a idosos em situação de vulnerabilidade social e fragilidade das doenças, o PAI oferece atendimentos nas UBS Jardim Maracá e UBS Vera Cruz, ambas gerenciadas pelo CEJAM, e no domicílio dos pacientes, de acordo com o Plano Terapêutico Singular. Os participantes também são inseridos em grupos de interação social.

 

“Os idosos acompanhados pelo programa têm melhor adesão aos tratamentos propostos e encaminhamentos solicitados, reduzindo o absenteísmo nos exames e nas consultas marcadas.”

 

Solange alerta que a maioria dos crimes de abuso contra essa população envolve os parentes mais próximos, como filhos, netos e sobrinhos.

 

“Normalmente, eles apresentam sinais como tristeza no olhar, choro, desnutrição e, em casos mais extremos, descompensação dos sinais vitais. Ao perceber alguma destas situações, é importante buscar ajuda e, em casos de maus-tratos, denunciar ao Disque 100. A ligação é feita de forma gratuita e anônima”, finaliza.

Sobre o CEJAM

O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos, Peruíbe e Itapevi.


Carro próprio ganha novo “status” para população de baixa renda

 O carro também passou a ser visto como um meio de trabalho

                 Divulgação

Ele um meio de escapar do assédio e violência sexual constantemente praticados no transporte coletivo


Redação/Hourpress

O sonho do carro próprio, pela população de baixa renda, deixou ter como motivação a obtenção de um status social ou a busca pelo imaginário capitalista de consumo. Passou a ter com principal motivação a melhoria da qualidade de vida e, principalmente para as mulheres, um meio de escapar do assédio e violência sexual constantemente praticados em ônibus, trens e metrôs superlotados. É o que aponta pesquisa realizada pela Fundação de Ciência e Cultura da UFRJ sobre mudanças climáticas e desenvolvimento econômico com moradores das classes B e C da Região Metropolitana do Rio.

O carro também passou a ser visto como um meio de trabalho ou de aumento de renda, tanto em transporte por aplicativo, entregas ou para quem vive de empreendedorismo.

Seminário amplia debate sobre políticas de apoio ao cuidador familiar

    EBC

O objetivo do trabalho é informar e orientar cuidadores familiares a exercerem suas funções de forma segura

Redação/Hourpress

Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) promoveu o seminário internacional de apresentação do documento orientador de Políticas de Apoio ao Cuidador Familiar. Organizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com o EUROsociAL+ - programa financiado pela União Europeia -, o encontro virtual contou com a participação de 380 pessoas entre autoridades públicas, gestores e especialistas do Brasil, Portugal, Argentina e Colômbia. 

O documento foi elaborado pelos consultores Mónica Brauna e José Nogueira da EUROsociAL+. O objetivo do trabalho é informar e orientar cuidadores familiares a exercerem suas funções de forma segura e sadia. Para saber mais detalhes, entre conceitos e diferenças entre cuidador familiar, cuidador permanente, cuidador parcial e ocasional, acesse o arquivo, de forma gratuita:

Acesse o documento 

O secretário nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Claudio Panoeiro, deu início à reunião e discursou sobre a importância de unir informações teóricas sobre o tema. “Acredito que o documento apresentado tem certa complexidade que nos leva a fazer escolhas, apontar caminhos e isso nos leva a estudar a trajetória a ser percorrida com o intuito de transformar a construção teórica em prática. Estamos prosseguindo com estudos científicos para resolver todas as questões. Não é o encerramento de um ciclo, e sim um arranque para avançarmos no sentido das correções coerentes”, enfatizou.  

A função do cuidador é auxiliar nas necessidades básicas do indivíduo assistido, podendo ser pessoas com deficiência, idosos ou até mesmo crianças que tenham alguma limitação motora. Entre as principais atividades desses profissionais ou familiares que se dispõem a prestar apoio estão auxílio na higiene; na alimentação; companhia e administração de remédios, quando necessário. 

A consultora Mónica Brauna explanou sobre os pontos mais importantes descritos no documento no que se refere aos termos de referência para a construção de uma Política Nacional de Medidas de Apoio ao Cuidador Informal e ao Atendente pessoal como prevê o Projeto de Lei 6892/10. De acordo com Brauna, os interessados no tema encontram abordagens como estratégias aplicadas no cotidiano do cuidador familiar; apoios financeiros; conceitos e medidas de flexibilidade laboral. 

Entre os objetivos dessa política, destacam-se orientação e apoio biopsicossocial para ações de autocuidado, melhoria da qualidade de vida e bem-estar; capacitação, aperfeiçoamento e acompanhamento continuados; e o apoio comunitário para garantia de períodos regulares de descanso.

sábado, 11 de junho de 2022

Junho Laranja: atenção com as doenças do sangue!

 A campanha chama atenção para doenças como anemia e leucemia

 Arquivo

A ação busca informar a sociedade sobre alterações hematológicas


Redação/Hourpress

Este mês é marcado pela Campanha Junho Laranja, que tem como objetivo chamar atenção e discutir doenças que afetam o sangue, como a anemia e leucemia. A ação busca informar a sociedade sobre alterações hematológicas, além de incentivar o diagnóstico correto e o tratamento precoce.
 

A coordenadora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, Alessandra Furtado Nicoleti, comenta a importância da campanha para a conscientização da população. “A anemia e a leucemia ainda proporcionam muitas dúvidas para a população. É fundamental que ambas sejam diagnosticadas precocemente, para evitar complicações mais graves ao paciente”, disse a especialista.
 

ANEMIA
 

A anemia caracteriza-se pela redução da massa total de glóbulos vermelhos (responsáveis pelo transporte do oxigênio dos pulmões para todo o corpo) presentes no sangue. Ela não é uma doença, mas sim uma condição, um sinal de que pode existir uma doença mais séria, como alterações genéticas, complicações renais ou deficiência de nutrientes.
 

Os principais sinais e sintomas da anemia são fadiga, falta de ar aos mínimos esforços ou em repouso, palpitações, sonolência e confusão mental. Para o tratamento ter sucesso, é necessário realizar o correto diagnóstico e definir a causa que levou ao processo anêmico.
 

“A importância do diagnóstico precoce da anemia está no fato de que os sintomas muitas vezes causam diminuição da produtividade no trabalho em adultos, e especialmente em crianças pode atrapalhar o aprendizado e o crescimento. Por isso é essencial o acompanhamento médico para tratar a causa da anemia”.

O tratamento consiste em reposição de sulfato ferroso (suplemento que reduz a deficiência do ferro no organismo, aumentando o nível de hemoglobina no sangue), vitaminas e em alguns casos até mesmo a transfusão sanguínea.
 

Para a prevenção, o Ministério da Saúde recomenda uma série de ações voltadas para o controle da anemia, como: acompanhamento médico de rotina pediátrico e adulto; o incentivo à amamentação exclusiva durante os primeiros seis meses de vida da criança; a promoção da alimentação complementar saudável, rica em vitaminas e ferro, e a suplementação profilática com ferro para crianças de seis a 24 meses de idade, gestantes e mulheres no pós-parto, de acordo com a prescrição médica.
 

LEUCEMIA
 

A leucemia é o tipo mais comum de câncer entre crianças e adolescentes. De origem desconhecida, sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea (localizada na cavidade dos ossos, onde é produzido as células sanguíneas: glóbulos brancos e vermelhos e as plaquetas) substituindo as células saudáveis.
 

Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC). Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que para cada ano do triênio 2020-2022 serão diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.
 

“A leucemia não pode ser evitada, visto que é desencadeada por fatores genéticos desconhecidos. Por isso o diagnóstico precoce é tão importante. Contudo, levar um estilo de vida saudável, evitando fumar, por exemplo, reduz fatores de risco não só para a leucemia, mas para diversas outras doenças”.
 

Após o diagnóstico da leucemia, a depender das condições clínicas do paciente (idade, presença de outras doenças, ou capacidade de tolerar a terapia), o médico indica o melhor tratamento, desde quimioterapia ao transplante de medula óssea -- apesar de não ser indicado em todos os casos, mostra-se bastante promissor. Trata-se da substituição da medula doente por células saudáveis de um doador, com objetivo de retomar a produção normal das células do sangue.
 

SEJA UM DOADOR
 

“A cultura da doação de sangue e medula óssea no Brasil é baixa, o que é uma pena, pois esse ato de solidariedade ao próximo pode salvar vidas”, enfatizou a especialista.
 

A seguir, confira o que é preciso para ser um doador.
 

Doação de sangue: segundo o Ministério da Saúde, podem doar pessoas na faixa etária de 16 a 69 anos (para quem tem entre 16 e 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis. Candidatos à doação com idades entre 60 e 69 anos só podem doar se já tiverem doado antes dos 60). O doador precisa pesar no mínimo 50kg e estar em bom estado de saúde.
 

No momento da doação, o candidato deve estar descansado, não pode estar em jejum, nem pode ter ingerido bebidas alcoólicas ou fumado nas 12 horas anteriores. Uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue no organismo, e em uma doação são coletados no máximo 450 ml. A reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em quatro semanas.
 

Os homens podem doar sangue quatro vezes por ano (com intervalo de dois meses entre as doações), já as mulheres podem doar três vezes ao ano (com intervalo de três meses entre as doações). A vontade de doar sangue deve ser 100% voluntária, altruísta e não remunerada (direta ou indiretamente), independentemente de parentesco.
 

Doação de medula óssea: para ser um doador de medula óssea é necessário fazer o cadastro nos hemocentros conhecidos como bancos de sangue públicos. Há diversos deles espalhados por todo o Brasil. Os dados são agrupados em um registro único e nacional, chamado REDOME. Uma pequena amostra de sangue será retirada do voluntário, para ser analisada. Se os dados genéticos forem compatíveis com algum paciente à espera de transplante, o doador será chamado para a doação.
 

Segundo o REDOME, a doação é feita em centro cirúrgico, com a retirada da medula do interior de ossos da bacia, por meio de punções sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por 24 horas. O procedimento leva em torno de 90 minutos e a medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Nos primeiros dias o doador pode sentir um certo desconforto, e geralmente retomam suas atividades normais dentro de uma semana.
 

Há ainda outro procedimento em que o doador faz uso de uma medicação por cinco dias, com o objetivo de aumentar o número de células-tronco (células mais importantes para o transplante de medula óssea) do sangue. Após esse período, a pessoa faz uma doação semelhante à doação de sangue, em uma máquina que separa as células tronco que serão utilizadas pelo paciente doente. Neste tipo de doação, não há necessidade de internação. O método de doação mais adequado é definido pelos profissionais médicos me cada caso.
 

O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com cerca de 5,4 milhões de voluntários cadastrados.

Semesp lança o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022 na próxima terça (14)

 Capítulo especial traz um panorama dos cursos da área de Saúde 

   EBC

 O Mapa do Ensino Superior no Brasil traz uma série de informações sobre os cursos da área de Saúde


Redação/Hourpress

Na próxima terça-feira (14), às 11h, o economista e diretor-executivo do Semesp (entidade que representa mantenedoras de ensino superior no Brasil), Rodrigo Capelato, apresenta remotamente para a imprensa o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2022 com os dados gerais do setor no Brasil e específicos de cada estado, com números de matrículas por modalidades e porte das IES, ingressantes, concluintes, taxa de evasão, cursos mais procurados e o impacto da pandemia de Covid-19.

No capítulo especial desta edição, o Mapa do Ensino Superior no Brasil traz uma série de informações sobre os cursos da área de Saúde, que ganharam destaque e relevância com a crise sanitária.

O Mapa do Ensino Superior no Brasil é uma publicação do Instituto Semesp (centro de inteligência analítica do Semesp) que tem como objetivo compilar uma série de dados de fundamental importância para o entendimento do cenário do ensino superior no País.


Dia dos Namorados - 8 dicas para ficar longe dos 'golpes do amor'

 Advogado especialista em crimes digitais explica que criminosos seduzem as vítimas em apps de encontros

    Divulgação

O criminoso cria perfis fakes nos aplicativos de relacionamento 


Francisco Gomes Júnior

O clima de amor está no ar com a aproximação do Dia dos Namorados, comemorado no domingo, 12 de junho. Mas, nem todo romance é seguro. O número de pessoas vítimas dos chamados Golpes do Amor tem crescido e já aparece em alguns tribunais. A armadilha é muito simples.

O criminoso cria perfis fakes nos aplicativos de relacionamento e aborda possíveis vítimas com um papo envolvente. De acordo com Francisco Gomes Júnior, advogado especialista em Direito Digital e Crimes Cibernéticos e presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP), após conquistar a confiança da vítima, o golpista promete supostas vantagens financeiras e acaba por induzi-la a fazer investimentos, transferências financeiras, além do roubo de dados, direcionamento para cliques em links maliciosos, sextorsão (convence a vítima a enviar fotos íntimas para depois chantageá-la), ou seja, tenta aplicar algum tipo de golpe.

“O fim é sempre o mesmo. O golpista após ‘conquistar’ a vítima e convencê-la, acaba por desaparecer. São golpes que podem ser evitados, mas muitas vezes as pessoas caem por inocência, distração ou impulso. É preciso desconfiar de grandes vantagens e do vitimismo nos aplicativos, as chances de ser golpe são exorbitantes e as maneiras de aplicá-los fica cada vez mais sofisticada”, explica o advogado.

Para não cair na roubada, partindo o coração e prejudicando a conta bancária o especialista dá algumas dicas muito importantes:

1- A Plataforma Google possui um aplicativo chamado Google Lens. A ferramenta permite que você pesquise a foto do perfil da pessoa, para que possa encontrar perfis com a mesma foto;
2- Leia com atenção os termos de usos dos aplicativos, alguns realizam gravações e fazem monitoramento de conteúdo, deixando o usuário mais vulnerável;
3- Ative sempre os dispositivos de bloqueio em duas etapas nos apps;
4- Desconfie daquelas pessoas que fazem juras de amor logo nos primeiros contatos insistindo para obter informações pessoais;
5- Suspeite se a pessoa pedir dinheiro emprestado ou compartilhar alguma ação de doação;
6- Não aceite um encontro imediato, prefira passar mais tempo conversando antes do encontro presencial para saber mais informações um do outro;
7- Nunca envie fotos comprometedoras. Fotos também são dados pessoais e podem ser expostas;
8- Se achar que é o momento certo, marque o encontro em local público e faça uma chamada de vídeo antes para confirmar se a pessoa é real.

“O criminoso sempre buscará um ponto fraco, um atrativo que faça com que a vítima reduza seu nível de atenção e por impulso tome uma atitude que se pensasse com calma certamente evitaria. O fim não precisa ser o mesmo. Desconfie, pesquise e caso seja vítima de algum golpe, denuncie registrando um boletim de ocorrência com todas as provas existentes”, conclui o especialista.

Francisco Gomes Júnior - Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). 


Ministro será questionado sobre ações de PRFs na morte de Genivaldo Santos

 Santos foi parado por três policiais porque pilotava uma moto sem capacete

   Agência Câmara

    A vítima morreu por asfixia e insuficiência respiratória aguda

Redação/Hourpress/Agência Câmara

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados vai realizar nesta quarta-feira (15) audiência pública com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres. Ele foi convidado para explicar as ações de policiais rodoviários federais que resultaram na morte de Genivaldo Santos, durante abordagem policial em 25 de maio, na cidade de Umbaúba (SE).

Santos foi parado por três policiais porque pilotava uma moto sem capacete. A vítima foi imobilizada e depois colocada no porta-malas de uma viatura. Os policiais jogaram gás lacrimogênio e o fecharam lá dentro, onde ele morreu por asfixia e insuficiência respiratória aguda.

O deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), que propôs a audiência pública, pediu esclarecimento sobre as imagens do ocorrido, que foram publicadas nas redes sociais. "As ações cometidas são desumanas. A violação dos direitos humanos do cidadão em referência são absurdas e inaceitáveis", disse Frota.

O deputado acusa a Polícia Rodoviária Federal de cometer diversas violações dos direitos humanos. "Quer nos parecer que a atitude dos agentes não foi isolada e pontual", comentou.

A reunião começará às 15 horas, no plenário 9.


Comissão de Direitos Humanos cobra resposta do governo sobre a "chacina de Acari"

 Corte Interamericana de Direitos Humanos recomendou ao Brasil reparar integralmente as famílias

    Pixabay

O inquérito foi encerrado por falta de provas 20 anos após o episódio, em 2010, sem que ninguém fosse indiciado


Redação/Hourpress/Agência Câmara

Em julho de 1990, 11 moradores da Favela do Acari, sete deles menores de idade, foram retirados de um sítio de Suruí, bairro de Magé (RJ), por um grupo de homens que se identificaram como policiais, e nunca mais foram vistos.

A investigação indicou que os policiais militares envolvidos vinham extorquindo dinheiro de algumas das vítimas antes do desaparecimento. Até hoje não se sabe o que aconteceu com as vítimas, e os responsáveis nunca foram julgados. O inquérito foi encerrado por falta de provas 20 anos após o episódio, em 2010, sem que ninguém fosse indiciado.

Em relatório divulgado no fim do ano passado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos concluiu que o Estado brasileiro foi responsável pela violação de diversos artigos consagrados em declarações de direitos humanos no episódio.

Para o representante da organização de direitos humanos Projeto Legal das Vítimas da Chacina de Acari, Carlos Nicodemos, o caso é emblemático porque ocorreu dois anos após a vigência da nova Constituição do Brasil e colocou à prova o cumprimento dos princípios de direitos humanos.

Recomendações
“Estamos nesse caso desde 2006. Somente agora, 16 anos depois, conseguimos chegar com o caso na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a partir de uma decisão que foi tomada no último dia 22 de abril por parte da comissão interamericana frente à absoluta falta de tomada de posição por parte das autoridades do governo do estado do Rio de Janeiro e do governo federal em cumprir as recomendações que foram dadas pela comissão interamericana de direitos humanos da OEA”, disse Nicodemos.

A corte interamericana deu as seguintes recomendações ao Brasil:

  • reparar integralmente as violações de direitos humanos;
  • compensar economicamente os parentes das vítimas;
  • dar atenção à saúde física e mental dos familiares;
  • investigar o destino ou paradeiro dos desaparecidos;
  • se for o caso, adotar as medidas necessárias para identificar e entregar a seus familiares os restos mortais das 11 pessoas desaparecidas;
  • concluir as investigações penais e adotar medidas para proteger e promover o trabalho realizado pelas mães de Acari;
  • tipificar como crime o desaparecimento forçado.

Carlos Nicodemos defendeu a aprovação de projeto do Senado que estabelece que surtam efeitos jurídicos imediatos no ordenamento interno brasileiro as decisões ou sentenças da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e as da Corte Interamericana de Direitos Humanos que tratem de responsabilidade internacional fundada em tratado ratificado pelo Brasil (PLS 220/16).

Outra proposta foi destacada também pela procuradora regional da República Eugênia Augusto Gonzaga: o projeto do Senado e que tramita na Câmara (PL 6240/13) que muda o Código Penal para tipificar o desaparecimento forçado de pessoa. A proposta aguarda votação na Câmara.

“Por que que ele é importante? Porque o Brasil se comprometeu a fazer isso, a tratar como um crime diferente de sequestro. O que nós temos aqui feito pelas polícias, pelas milícias, desaparecendo com essas vítimas, é uma coisa muito diferente do que nós temos no sequestro comum, feito por pessoas físicas”, disse.

Sem atestado de óbito
Familiares de vítimas participaram da reunião e relataram a dor de não terem até hoje atestado de óbito de seus parentes, pelo fato de os corpos não terem sido encontrados. Aline Leite de Souza, irmã da Cristiane Souza Leite, vítima da chacina de Acari, foi uma delas.

“Em 31 anos, você pode não acreditar, eu não tenho certidão de óbito da minha irmã. Quatro famílias têm a certidão de óbito. O que diferencia minha irmã para esses quatro? ”, disse.

O pedido para realização da audiência pública foi da deputada Talíria Petrone (Psol-RJ), que quer respostas do governo brasileiro sobre as recomendações da Corte Interamericana. Ela lamentou que o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos não tenha mandado representante para falar na audiência, mas apenas como ouvinte.

A deputada afirmou que será enviado ofício ao presidente do Senado para pedir andamento ao projeto (PLS 220/16) sobre cumprimento de obrigações internacionais pelo Brasil. Será pedida, ainda, rapidez na Câmara na votação da proposta (PL 6240/13) que tipifica o crime de desaparecimento forçado.

Também será enviado um ofício ao Ministério da Mulher, da Família e Direitos Humanos para saber os motivos de não cumprimentos das obrigações determinadas pela corte interamericana para o caso Mães de Acari.