O ano de 2015 se aproxima do fim. Foi terrível
para os trabalhadores, as maiores vítimas do famigerado reajuste fiscal do
governo Dilma Rousseff (PT). Parecido com a década de 1990, o desemprego está
próximo dos 14%, segundo pesquisa recente da Fundação Seade/Dieese.
Atualmente, o brasileiro perdeu o medo da
violência, de ser vítima de bala perdida ou mesmo virar alvo nas mãos de
bandidos. O receio maior é quando chega a sexta-feira e recebe o recado para
passar no RH. O frio percorre a espinha dorsal, o coração dispara e o suor
surge de repente no rosto. Ali, ele pode ouvir a drástica frase: “infelizmente
você entrou na política de contenção de custos, por causa da crise econômica, e
será demitido”.
Nenhum setor, exceto bancos, ficou livre do
vendaval que se abateu sobre o Brasil nesta gestão Dilma Rousseff. O remédio
aplicado para, segundo seus economistas, solucionar as finanças acabou saindo
bem salgado...para os pobres. Até a farmácia popular, onde diversos
medicamentos eram baratos acabaram, atingidos pelo facão responsável para
engordar o leitão do superávit primário (quantia de dinheiro descontadas todas
as dívidas do governo).
Quem não perdeu o trabalho acabou obrigado a
aceitar acordo para redução de salário. É o famoso dilema: “você pretende que
eu lhe mate ou toma a decisão de tirar a própria vida”? Época de campanha com
os sindicatos negociando empregos, deixando em segundo plano aumentos acima da
inflação, quase próximo dos 10%, acumulado de 12 meses.
Tudo conspira contra o brasileiro. Se correr
para o Exterior, vai encontrar a forte concorrência dos refugiados sírios em
busca de moradia, emprego e dignidade. Caso resolva virar agricultor, não terá
para quem vender a safra. Precisa continuar de pé, mas sob forte bombardeio das
políticas impúblicas da atual gestão.
Até aonde é possível resistir não é possível
prever. Os pessimistas alertam que o martírio vai durar mais dois anos. O
Brasil ainda terá milhares de centenas de desempregados, os bolsões de miséria
dobrarão de tamanho, emprego vai se tornar mosca branca e os banqueiros
continuarão ganhando rios de dinheiro. Como sempre
Culpado é eleitor, o palhaço desta triste história
Luís Alberto Alves
É muito bom crer em Papai Noel, fada
madrinha, duendes, gnomos, saci Pererê. Não há qualquer interesse quando uma
empresa, em época de eleições, abre o cofre e investe muito na campanha de
determinado partido político. Elas são fãs da democracia.
Em hipótese alguma existe pressão velada para
obter obras públicas a preços superfaturados. Seria maldade pensar desta forma.
Essas empresas, principalmente empreiteiras, estão acima de qualquer suspeita.
Nunca irão fazer jogo sujo contra o governo. Apenas se conformam na nobre arte
de gerar emprego.
Infelizmente jornalistas são maldosos.
Enxergam pelo em ovo. Nunca acreditam na bondade alheia. São ávidos pelo
pessimismo. Adoram criar manchetes negativas. Aplicam a mesma regra contra
empresários defensores do melhor sistema eleitoral existente no mundo: a
democracia.
Pegam no pé do empreiteiro que depositou R$ 2
milhões na campanha do partido “tal” na eleição para presidente da República. Na
visão deles o dinheiro seria usado para amarrar o futuro governo às licitações de
construções do nada ligando ao nada a preços elevados, apenas para a
empreiteira obter de volta o dinheiro aplicado no processo eleitoral.
No Brasil inexiste dinheiro sujo bancando
eleição de políticos. Todos são cidadãos acima de qualquer suspeita. Apesar da
indústria de fofoca alimentada pela imprensa. O capital aplicado visa apenas o
fortalecimento do regime democrático. Portanto, é ignorância a presidente Dilma
Rousseff (PT) vetar o financiamento de campanha por parte de empresas.
Dinheiro em campanha política vira moeda de troca no Congresso Nacional
Luís
Alberto Alves
Responda rápido: “Por que grandes
empresas doam dinheiro para campanhas políticas?” Se visualiza neste tipo de
postura amor pela democracia, errou feio. No circuito do mundo dos negócios é
moeda corrente investir durante as eleições para colher os frutos depois.
Ninguém tem interesse no voto em si, mas no
resultado final: por meio do voto de deputados e senadores garantir negócios
nas estatais e obras faraónicas, implementados para aumentar o cabide de
emprego e ganhar fortuna na construção de obras sem qualquer importância ao
povo.
Após o STF (Supremo Tribunal Federal) votar
pela inconstitucionalidade de empresas doarem dinheiro nas eleições, e valendo
para o próximo ano, a dupla Renan Calheiros (PMDB/PB) e Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), com poderes de fogo no Senado e Câmara dos Deputados, decide votar
PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para legalizar doações de empresas.
O desespero é tamanho que os dois
tentarão a quebra de interstício (quando os prazos regimentais de três
sessões entre uma votação e outra não
são cumpridos), visto que PECs precisam passar por dois turnos. O objetivo é
garantir dinheiro para os políticos que disputarão as eleições de 2016.
Para colocar mais pimenta nesta
comida, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, defende a restrição a esse
tipo de financiamento já, a partir do próximo ano. Não é novidade de que Cunha
luta há muito tempo para deixar legal as doações feitas por empresários. No
primeiro semestre tentou uma série de articulações para votar projeto de lei
sobre o tema. Chegou ao absurdo de realizar duas votações na mesma semana.
Mesmo após a redemocratização do Brasil, militares escondem informações da época da Ditadura Militar
Luís
Alberto Alves
O colega de profissão, jornalista
e escritor Lucas Figueiredo vai lançar o livro Lugar “Nenhum - Militares e Civis
na Ocultação dos Documentos da Ditadura", livro que inaugura a coleção
"Arquivos da Repressão no Brasil", da Companhia das Letras.Nesta obra ele relata o que já desconfiava há muito tempo: militares
brasileiros sabem o paradeiro de presos políticos desaparecidos.
Neste ofício nunca é bom aceitar de imediato
resposta do entrevistado, como verdade eterna. É necessário checar. Verificar
se realmente os dados conferem com a pauta traçada na redação. Nunca aceitei o
argumento de que as Forças Armadas desconhecem os locais, por exemplo, onde
estão enterrados os guerrilheiros do Araguaia, no Pará.
É igual diretor de empresa: mesmo aposentado
consegue recordar de fatos importantes onde trabalhou, principalmente de
histórias que podem ter provocado grandes mudanças. Será que os coronéis, tenentes
ou mesmo generais destacados para acompanhar aquela operação no Araguaia foram
acometidos de amnésia e não conseguem recordar de nada? Sabem e muito.
Em São Paulo, os agentes da
repressão, tanto no Exército quanto na polícia civil também têm na mente os locais
onde foram enterrados como indigentes os supostos inimigos do governo na fase
brava da Ditadura Militar, 1969 a 1976.
Agora, segundo Lucas Figueiredo, faltou sangue
nos olhos para os governantes após a abertura política, enquadrar os militares
e exigir deles divulgação dessas
informações, como ocorreu no Chile, Argentina e Uruguai. Aqui optou-se pelo
conchavo. Qualquer discurso nervoso da caserna, os civis do Palácio do Planalto
se borram. Típico de republiqueta de banana.
Existe o presidente da República, considerado
o comandante maior das Forças Armadas, na teoria, porém na prática nenhum
general, brigadeiro ou almirante lhe obedece. Apenas faz o de praxe. É triste
ver tantos pais e mães, de corações partidos, à espera da informação que os
leve ao lugar onde possam encontrar e sepultar, de forma digna, os restos
mortais dos seus entes queridos.
Até os Vietcongues, que venceram a poderosa
máquina de guerra dos Estados Unidos na década de 1970, devolveram os cadáveres de militares norte-americanos
mortos durante a Guerra do Vietnã. Eles tinham motivos para esconder essas
informações. Afinal de contas perderam 1 milhão de compatriotas, dizimados
pelas bombas, inclusive de Napalm, despejadas pelos aviões do tio Sam.
A impressão que fica é a do país que finge ser
democrático, mas ainda sobrevive diante da sombra dos militares. A qualquer
vacilo eles podem sair dos quarteis e perseguir políticos e civis e restaurar o
passado de trevas e dor que existiu no final da década de 1960 e parte dos anos
de 1970. Enquanto todas essas informações a respeito de desaparecidos políticos
estiverem nas mãos de militares, o Brasil vive a ilusão de uma democracia.
Fatiamento impedirá que poderosos entrem nos presídios, como ocorre com presos comuns
Luís
Alberto Alves
O STF (Supremo Tribunal
Federal) decidiu nesta quarta-feira, 23, “fatiar” um dos desdobramentos da Lava
Jato. A maioria dos ministros entendeu que a investigação não deve ficar
somente sob relatoria do ministro Teori Zavascki, responsável pelo caso na
Corte, e sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação na primeira
instância, em Curitiba.
O STF analisou o envolvimento da senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR) em suspeita de fraude no Ministério do Planejamento e
decidiu que o caso deve ser “apartado” das investigações da Lava Jato, operação
que tem como principal foco o esquema de corrupção na Petrobrás. Com a decisão,
apurações sobre a petista ficarão com o ministro Dias Toffoli e a parte que
cita o ex-vereador do PT Alexandre Romano, que não tem foro privilegiado, será
encaminhada à Justiça de São Paulo.
A decisão abre brecha para que advogados de
defesa tentem tirar das mãos de Moro “braços” da Lava Jato que, segundo eles,
não têm relação com o núcleo central do esquema originalmente investigado. É o
caso das apurações sobre o setor elétrico, por exemplo, que podem deixar de ser
conduzidas pela Força Tarefa no Paraná. Questionado se a decisão prejudica as
investigações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se limitou a
responder com expressão latina que significa que a causa está encerrada: “Roma
locuta, causa finita”, disse . Reservadamente, no entanto, procurados avaliam
que a decisão pode alterar o rumo da operação.
É meio caminho rumo à impunidade, como já
ocorreu em casos anteriores, exemplo disso foi o escândalo do Banestado,
envolvendo bilhões de reais desviados para o Exterior e nenhum punido. Já
passei dos 50 anos e deixei de acreditar em ilusões. Uma delas é crer na mão
severa da Justiça sobre poderosos. No Brasil nada disso acontece. Só pobre e
ladrão de galinha sentem o frio das celas do nosso falido sistema carcerário.
Ao dividir a Operação Lava Jato, o STF joga as
cartas marcadas nas mãos de poderosos e badalados escritórios de advocacia para
impedir a ida de seus clientes ao presídio. É a famosa pizza assada pelas mãos
dos ministros do Supremo e de outros juízes de 1ªInstância. Os longos recursos
irão frear a punição deste mar de corruptos que invadiu o nosso país. Não se
espante com sumiço da Lava Jato da mídia. Poderosos pegos roubando não admitem
que seus nomes estejam no noticiário.
Jardins, Zona Sul de SP, onde mora parte da elite financeira e política do Brasil...
Periferia, de qualquer região do Brasil, onde a miséria está presente sempre
Luís
Alberto Alves
Na teoria temos um só Brasil,
unido de Norte a Sul, Leste a Oeste. Na prática ele é dividido ao meio: o país
do endinheirados ou de quem vende a alma ao diabo para estar na crista da onda,
virar frequentador de colunas sociais e a nação da periferia, onde o salário é
ganho sob esforço, de pegar ônibus, metrô, trem, transporte alternativo, tudo
lotado.
No Brasil da bonança inexiste fome: há grandes
festas, às vezes com estrelas internacionais, muita bebida fina e, claro, droga
sem mistura, comprada direta da fonte, mulheres capas de revista, carros top de
linha e mansões no estilo de Beverly Hills, nos Estados Unidos. Até para
driblar o trânsito o helicóptero é acionado e depois o jatinho para esticar a
algazarra em algum outro ponto cinco estrelas.
Nesse país, a crise não existe. Afinal
de contas a elite continua lucrando, seja na miséria ou bonança. Grande parte
da fortuna desse clube seleto de brasileiros está nos paraísos fiscais, livre de
qualquer ameaça política ou econômica. Para fazer o serviço sujo, essa parcela
da população conta com os governantes que ajuda a eleger, por meio de grandiosa
ajuda na época de campanhas políticas.
Famosas blitzen da Polícia, onde preto e pobre, sem exceção, são suspeitos
O outro Brasil é mais cruel. O esgoto corre na
calçada, os buracos fazem parte do cenário da maioria das ruas ou avenidas.
Violência está presente, tanto por parte do crime organizado, que exige
silêncio sob ameaça de morte, quanto da Polícia, que em vez de proteger a
população, espalha terror nas famosas blitzen de final de semana, onde pobre,
preto e prostituta são sempre os mesmos alvos.
Mesmo quando se ajunta algum dinheiro para
tentar passar algumas horas de lazer nos barzinhos existentes no território da
burguesia, tipo Vila Nova Conceição ou Anália Franco, nas Zonas Sul e Leste de
São Paulo, logo é avisado que o seu lugar não é ali. Ousar tomar banho de mar
em Ipanema ou Copacabana, no Rio de Janeiro, dependendo da roupa de banho, é
tarefa impossível.
Gestos simples, como estender a toalha de pano
barato na areia e abrir a caixa de isopor para retirar lanche e refrigerante
popular é visto como atestado de miséria. Caso seja adolescente é carimbado
como bandido ou vadia. O Brasil da grana não admite dividir espaço junto à
plebe.
Arrastões se tornaram rotina nas praias do Rio de Janeiro
Luís
Alberto Alves
O Rio de Janeiro não continua lindo. Nos últimos
dias diversos arrastões nas praias do centro da cidade tiraram o sossego do
carioca. Pior: eles começam dentro dos ônibus que passam perto da favela do
Jacarezinho, onde segundo a Polícia, sobem os adolescentes e jovens que começam
a trilha do terror.
Assaltam passageiros e pessoas paradas nos
pontos à espera do coletivo. Explorando as brechas do ECA (Estatuto da Criança
e Adolescente), cometem os crimes na certeza da impunidade. Dias atrás a
polícia perdeu o direito na Justiça de revistar passageiros menores de idade,
suspeitos, no interior dos ônibus.
Os criminosos mirins aproveitaram e semearam o
terror na praia e no comércio ao redor. Saquearam bares, farmácias e
supermercados, além de turistas pegos de surpresas por gangues de cinco ou mais
bandidos roubando celulares, dinheiro, máquinas fotográficas e tudo que estivesse ao alcance das mãos.
A população esperou reação da polícia. Ela não
veio. De forma radical, grupos de moradores da região se reuniram e passaram a
fazer justiça com as próprias mãos. Engrossando com lutadores de artes
marciais, qualquer menor suspeito era alvo de agressões.
Tardiamente a Justiça reconheceu o equívoco e
publicou nota dizendo que não havia impedido o trabalho da polícia, apenas
preservou o estatuto da criança e adolescente. Infelizmente muitas decisões são
tomadas no interior de gabinete refrigerados, onde na maioria das vezes as
autoridades não têm contato com a realidade. O resultado é essa guerra
anunciada nas praias do Rio de Janeiro, que aos poucos perde sua beleza.
É cada vez mais grave a situação política da presidente Dilma Rousseff (PT)
Luís
Alberto Alves
Se é que existe inferno astral, a presidente
Dilma Rousseff (PT) está no centro dele. Ao lado de assessores incompetentes,
joga milho aos bodes constantemente. Com o país mergulhado em grave crise
econômica e política, ela abre a boca e diz que em 2016 vem mais remédio
amargo.
É o mesmo de o médico afirmar ao familiar do
paciente internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que o quadro clínico
irá piorar. Não se pode negar a verdade, mas existem diversas formas de dizê-la
e para isso é importante sugestões de assessores políticos.
Outra atrapalhada é jogar o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, para falar a respeito deste diabólico ajuste fiscal.
Como oriundo do mercado financeiro, ele vai dizer a linguagem que agrada aos
banqueiros, não à população as maiores vítimas deste ataque econômico, onde só
especuladores ficam por cima da carne seca.
Dilma, talvez por causa do temperamento forte,
se julga acima do bem e do mal. Imagina que todos os brasileiros devem aceitar
seus erros primários na condução do Brasil. Considera afronta ouvir mais
segmentos da sociedade a respeito do caos instalado nesta nação.
A nossa presidente lembra a
dama de ferro, Margareth Thatcher, ex-primeira ministra britânica de 1979 a
1990. Autoritária, destruiu com diversos benefícios trabalhistas, acendeu o
pavio e estourou o desemprego, além de aplicar ao pé da letra o nefasto
neoliberalismo econômico.
Maquiavel orienta no seu
célebre livro “O Príncipe” que jamais devemos fazer inimigos em diversas
frentes. Precisamos deixar uma rota de fuga no momento de necessidade. Pelo
visto, a presidente Dilma Rousseff se esqueceu desta máxima. Brigou com o
Congresso Nacional, movimento sindical, empresariado, apenas abaixando a cabeça
para os banqueiros.
O cerco está se fechando. Centenas de milhares
de demissões em diversos setores, falências e concordatas explodindo igual
pipoca, vendas despencando no comércio e crescendo cada vez mais o desejo de
colocá-la para fora do Palácio do Planalto. É quase certa a reprovação de suas
contas no TCU (Tribunal de Contas da União). Daí, ela vai se afundar mais no
inferno astral, chamuscada com as chamas de provável impeachment.
Minutos depois o bandido seria executado pelos PMs
Luís
Alberto Alves
Não consigo tirar da mente as imagens do
bandido deitado no chão retirando a camiseta, depois sendo algemado, fica de
pé, os PMs os leva para um canto do muro e o alvejam com dois tiros. Cai e
começa se remexer no chão até morrer. Outro policial vai até o carro da polícia
pega uma pistola e coloca ao lado do criminoso, já sem vida no solo.
Para evitar qualquer discurso contrário aos
Direitos Humanos, o homicídio, ocorrido durante o feriado de 7 de Setembro, foi
gravado pela câmera instalada num dos imóveis onde ocorreu a execução, no
bairro do Butantã, Zona Sul de São Paulo. Na mesma hora outro comparsa acabou
detido sobre o telhado de outra residência. Imobilizado, acabou empurrado.
Minutos depois ele era executado a tiros.
Nos dois casos os PMs relataram no BO que os dois
criminosos resistiram à prisão, efetuaram disparos e no tiroteio morreram.
Jesus Cristo disse que “nada há de oculto que não seja revelado”. As imagens da
covardia mostraram o quanto a Polícia Militar de São Paulo é despreparada. Não
coloca nas ruas agentes para proteger a população, mas para colocar medo no
cidadão.
Contaminada com a ideologia de Segurança
Nacional, herança do Golpe Militar de 1964, passou a tratar o brasileiro pobre,
preto e residente nas periferias como bandidos que precisam ser eliminados.
Deixou em segundo plano o papel de prender e reprimir o crime. Age como juiz,
decretando a pena de morte, de acordo com as circunstâncias.
Assolada pela violência parte dos moradores na
periferia aprova essa péssima conduta desses agentes da lei. Muitos desconhecem
que os seus filhos ou mesmo maridos poderão servir de alvo para homicidas que
se escondem por baixo de uma farda e usam armas fornecidas pelo Estado para assassinato
em massa.
Este péssimo comportamento contribui para que
a sociedade tenha medo da polícia, em vez de respeito. Como é possível confiar
numa instituição que não respeita o básico das leis do Direito, de que todo cidadão
é inocente até prova em contrário? Alguém em sã consciência teria coragem de
respirar aliviado, tarde da noite, quando se deparar com uma viatura da PM,
numa rua deserta e longe do foco de qualquer câmara?
A pena de morte, instituída à
revelia pelo governo Alckmin, funciona a todo vapor no Estado de SP. Basta ser
pobre, preto e residir em qualquer bairro da periferia. Uma polícia que já
matou 368 pessoas no primeiro semestre de 2015, nos famosos atos de resistência
à prisão, pode ser avaliada como tropa de algozes com salvo conduto para
execuções fatais nas ruas. Resta saber até quando a sociedade paulista aguentará esse dantesco
festival de horror.
Refugiados sírios são tratados como animais no campo de Roszke
Luís Alberto Alves
Um vídeo gravado de maneira oculta dentro do
maior campo de migrantes na Hungria, na fronteira com a Sérvia, mostra as
condições "desumanas" da distribuição de alimentos. Na quarta-feira
(9), uma voluntária austríaca, que trabalhou em Roszke, mostra 150 refugiados
dentro um cercado num salão na busca desesperada por sanduíches jogados por
policiais.
Era igual alimentar animais, quando o dono
encosta no cercado e lança pedaços de legumes ou grãos para os bichos saciarem
a fome. A cena revela o quanto são humanistas alguns países europeus. Deixam em
segundo plano a sensibilidade. Procuram desconhecer que milhares de pessoas que
atravessam as fronteiras, estão fugindo da morte e até mesma da extinção de sua
família nas mãos de fanáticos.
Outros perdem a vida na travessia do
mediterrâneo, golpeados pela fome e sede ou mesmo afogados. Os latinos
americanos sempre são rotulados de população bárbara, desconhecedora dos bons
costumes. Mas com raras exceções, eles recebem de braços abertos os imigrantes
em busca de nova vida e socorro.
É horripilante mulheres carregando crianças de
colo sendo maltratadas por policiais, quando apenas lutam para continuar
sobrevivendo. É o direito sagrado de viver. Para tristeza dos direitos humanos
recebem péssimo tratamento das autoridades européias. Elas se parecem com os
simpatizantes do nazismo, que ajudaram a aniquilar milhões de judeus na Segunda
Guerra Mundial, negando o socorro. Cenas deste tipo mostram que o mundo entrou
no triste processo da barbárie.
Minha querida e saudosa mãe, responsável pelo que sou atualmente
Luís Alberto Alves
Lembro da época em que frequentava as rodas de
samba da Vai-Vai no bairro do Bixiga, Centro de SP, na década de 1980. Um
colega sambista sempre cantava uma linda canção, que se tivesse parado nas mãos
de algum artista de renome iria estourar nas paradas. Ficou na mente dos fãs da
alvinegra do Bixiga.
O refrão era simples e dizia: “só mãe sente o
amor de verdade/ o resto é interesse é falsidade..” Hoje, 2 de setembro, lembro
da morte de minha querida mãe em 2005. Aliás, qual filho esquece a data da perda
de alguém tão carinhosa?
A agonia começou no dia 2 de janeiro daquele
ano. A levei ao médico e ficou internada até maio, quando saiu para passar o
seu dia em casa, ao meu lado e do esposo. Poucos dias depois retornou ao
hospital e voltou ao lar em junho.
Por motivo de viagem de trabalho não estava
presente quando ela e meu pai acabaram socorridos pelo Resgate do Corpo de
Bombeiros em 31 de julho de 2005. Nunca mais voltariam ao lar onde viveram 37
anos juntos, na mais perfeita harmonia.
No dia 6 de agosto meu velho partiu, e em 1⁰
de setembro, às 18h30, minha mãe fechou os olhos para sempre. A visitava todos
os dias. Era uma quinta-feira. Fiquei ao seu lado até as 17h30. Por estar
entubada, não conseguia falar, mas o olhar mostrava a mesma ternura em relação
a mim.
Cantei, como bom cristão e temente ao Senhor,
louvores. Passei o óleo ungido nas mãos, pés, rosto. Enfim a acariciei. Não sabia,
mas repetia o mesmo gesto de Maria Madalena quando lavou os pés de Jesus Cristo
com seu pranto e passou o óleo no grande mestre.
Sai do quarto despreocupado. Nada revelava que
iria perdê-la. Quando cheguei em casa, a caixa postal do telefone estava
entupida de recados do hospital pedindo minha presença. Ela havia partido.
Nunca me esqueço da noite terrível, correndo atrás da documentação para o
sepultamento.
Quando cheguei em casa, às 2h30 da manhã do
dia 2 de setembro, peguei um disco de trilha sonora da novela Casarão, exibida
na Globo em 1975 e ouvi “Oh! Carol”, de Neil Sedaka. Era a música que ela
adorava apreciar, principalmente quando estava preparando os deliciosos doces
que fazia tão bem.
Passados dez anos, ainda sinto saudade. Dos
conselhos, dos carinhos e das mãos sempre estendidas a mim nos momentos de
dificuldades. Quando me casei abracei fortemente minha prima, que a substituiu
me levando ao altar. Como desejava que ela estivesse ali, presenciando minha
felicidade, pela qual orou e chorou tanto. Meu consolo é que um dia iremos nos
encontrar na eternidade....
Senador Aécio Neves (PSDB/MG), retrato da intolerância política no Brasil
Luís
Alberto Alves
Radicalismo não é bom para nenhum segmento nem
para nossa vida. Excesso é ruim em tudo. É preciso existir e prevalecer,
sempre, o bom senso. Parece que nos últimos meses a política brasileira optou
pela triste aposta do quanto pior melhor para o destino do nosso país.
O senador playboy tucano Aécio Neves (PSDB/MG)
não se conformou ainda pela derrota nas urnas em 2014 contra a petista Dilma
Rousseff. Desde então não cessa os ataques contra a atual gestão. É tanto
desvario que o cacique maior do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, entrou em campo para jogar água fria na fogueira, apoiado pelo
governador Geraldo Alckmin, aposta do partido para 2018.
Comportamento semelhante ao de criança pirracenta,
nada merece crítica positiva. Qualquer ação do governo federal é alvo de
comentários maldosos. Não aparecem sugestões. A intenção é bombardear
seguidamente Dilma Rousseff. Igual boxeador encostado nas cordas recebendo
inúmeros golpes, à beira do desmaio ou colapso total.
Pior
O
Brasil é considerado, atualmente pela maioria da oposição, a pior nação do
mundo. Enquanto isso a economia entra na UTI, provocando milhares de demissões,
falências, concordatas e estagnação no comércio e indústria. Soluções? Poucos
apresentam, apenas críticas destrutivas. Visam apenas sentar na cadeira da
presidência, como se tivessem soluções para todos os nossos problemas.
É triste quando nos depararmos com esse tipo
de política rasteira, onde prevalece a aposta no pior, quando o correto seria lutar
pela melhoria da qualidade de vida da população, a maior vítima das trapalhadas
cometidas pelos nossos governantes, em grande número incompetentes.
Agem igual o passageiro que trabalha para
perfurar o casco do navio, desconhecendo o risco de morrer afogado. Nesta
insana empreitada procuram jogar mais pólvora no fogo atiçando a intolerância.
Deixam em segundo plano as regras democráticas, de respeitar a vontade das
urnas. Forçam a qualquer custo um terceiro turno.
Know How
Este caldo fica mais grosso ao entrar em cena
nossa retrógrada elite amparada numa mídia corrupta e sem qualquer tipo de
moral, pois nunca defende os ideais da boa convivência. A todo instante
manipulam informação visando unicamente envenenar cada vez mais uma população,
com rara exceção, analfabeta política, sem know how para discernir golpe de
estado de oposição.
Não foi em vão, que um dos proprietários das
Organizações Globo, dono da quarta maior emissora de televisão do mundo, a
Globo, João Roberto Marinho, optou em pisar no freio, deixando de atacar
ferozmente, por enquanto, a gestão Dilma Rousseff. Percebeu que a situação saiu
do controle. O ódio tomou o lugar da crítica.
Escolado na arte de ficar sempre ao lado do
poder, como fez seu pai, Roberto Marinho na época da Ditadura Militar de 1964,
visualizou que a saída precoce da presidente Dilma pode jogar o Brasil numa
aventura e talvez em outra ditadura pior do que há de 51 anos atrás. Viajou até
Brasília e conversou com vários políticos, inclusive com Dilma Rousseff.
Alternativa
Aos poucos os podres do playboy Aécio Neves
estão aparecendo, mostrando o quanto é vazio o seu discurso de alternativa ao
atual regime em vigor desde 2002, quando o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da
Silva assumiu o poder no País. Lideranças empresariais de vários segmentos se
cansaram das bravatas visando à retirada do PT da governança.
Perceberam nas entrelinhas o recado enviado
pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao dizer em discurso, durante
visita àquele país, de que Dilma Rousseff contava com o seu apoio e confiança,
mesmo após a enrascada dos grampos eletrônicos nos telefones de ministros e da
nossa presidente em Brasília.
CIA
Quando o chefe político da maior nação
econômica do mundo, e grande consumidor de nossos produtos, avaliza o atual
comando do executivo nacional, quem poderá ir contra? Tem nas mãos a terrível e
responsável por grande maioria de golpes de estado em todo o mundo, a CIA; o
eficiente serviço secreto hábil na arte de construir e destruir lideranças
políticas.
Não foi à toa que os Estados Unidos abriram o
seu mercado para exportação da carne bovina brasileira e assinou outros acordos
econômicos. Sabem onde pisam. Os únicos a ignorar o bom senso é a nossa
corrupta e atrasada elite, insistente na arte de criticar por criticar a atual
gestão petista.
Tão cega que até agora não conseguiu entender
o recado enviado pelo dono do Banco Itaú, um dos maiores do Brasil, ao dizer de
forma firme que é errado defender a saída da presidente Dilma Rousseff. Na
opinião dele, a chefe da nação precisa concluir seu mandato, o qual ganhou numa
eleição, a forma mais justa, até agora, de assumir o comando de qualquer país. Opiniões
fora deste contexto são de pessoas ou partidos antipáticos à democracia.