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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Trabalhadores: as maiores vítimas de 2015




Luís Alberto Alves

O ano de 2015 se aproxima do fim. Foi terrível para os trabalhadores, as maiores vítimas do famigerado reajuste fiscal do governo Dilma Rousseff (PT). Parecido com a década de 1990, o desemprego está próximo dos 14%, segundo pesquisa recente da Fundação Seade/Dieese.

 Atualmente, o brasileiro perdeu o medo da violência, de ser vítima de bala perdida ou mesmo virar alvo nas mãos de bandidos. O receio maior é quando chega a sexta-feira e recebe o recado para passar no RH. O frio percorre a espinha dorsal, o coração dispara e o suor surge de repente no rosto. Ali, ele pode ouvir a drástica frase: “infelizmente você entrou na política de contenção de custos, por causa da crise econômica, e será demitido”.

 Nenhum setor, exceto bancos, ficou livre do vendaval que se abateu sobre o Brasil nesta gestão Dilma Rousseff. O remédio aplicado para, segundo seus economistas, solucionar as finanças acabou saindo bem salgado...para os pobres. Até a farmácia popular, onde diversos medicamentos eram baratos acabaram, atingidos pelo facão responsável para engordar o leitão do superávit primário (quantia de dinheiro descontadas todas as dívidas do governo).

 Quem não perdeu o trabalho acabou obrigado a aceitar acordo para redução de salário. É o famoso dilema: “você pretende que eu lhe mate ou toma a decisão de tirar a própria vida”? Época de campanha com os sindicatos negociando empregos, deixando em segundo plano aumentos acima da inflação, quase próximo dos 10%, acumulado de 12 meses.

 Tudo conspira contra o brasileiro. Se correr para o Exterior, vai encontrar a forte concorrência dos refugiados sírios em busca de moradia, emprego e dignidade. Caso resolva virar agricultor, não terá para quem vender a safra. Precisa continuar de pé, mas sob forte bombardeio das políticas impúblicas da atual gestão.

 Até aonde é possível resistir não é possível prever. Os pessimistas alertam que o martírio vai durar mais dois anos. O Brasil ainda terá milhares de centenas de desempregados, os bolsões de miséria dobrarão de tamanho, emprego vai se tornar mosca branca e os banqueiros continuarão ganhando rios de dinheiro. Como sempre


Empresas financiam campanhas políticas porque gostam de democracia


Culpado é eleitor, o palhaço desta triste história

Luís Alberto Alves
É muito bom crer em Papai Noel, fada madrinha, duendes, gnomos, saci Pererê. Não há qualquer interesse quando uma empresa, em época de eleições, abre o cofre e investe muito na campanha de determinado partido político. Elas são fãs da democracia.
 Em hipótese alguma existe pressão velada para obter obras públicas a preços superfaturados. Seria maldade pensar desta forma. Essas empresas, principalmente empreiteiras, estão acima de qualquer suspeita. Nunca irão fazer jogo sujo contra o governo. Apenas se conformam na nobre arte de gerar emprego.
 Infelizmente jornalistas são maldosos. Enxergam pelo em ovo. Nunca acreditam na bondade alheia. São ávidos pelo pessimismo. Adoram criar manchetes negativas. Aplicam a mesma regra contra empresários defensores do melhor sistema eleitoral existente no mundo: a democracia.
 Pegam no pé do empreiteiro que depositou R$ 2 milhões na campanha do partido “tal” na eleição para presidente da República. Na visão deles o dinheiro seria usado para amarrar o futuro governo às licitações de construções do nada ligando ao nada a preços elevados, apenas para a empreiteira obter de volta o dinheiro aplicado no processo eleitoral.
 No Brasil inexiste dinheiro sujo bancando eleição de políticos. Todos são cidadãos acima de qualquer suspeita. Apesar da indústria de fofoca alimentada pela imprensa. O capital aplicado visa apenas o fortalecimento do regime democrático. Portanto, é ignorância a presidente Dilma Rousseff (PT) vetar o financiamento de campanha por parte de empresas.



terça-feira, 29 de setembro de 2015

Congresso dá pulo para pegar grana de empresas visando campanha política



Dinheiro em campanha política vira moeda de troca no Congresso Nacional

Luís Alberto Alves

Responda rápido: “Por que grandes empresas doam dinheiro para campanhas políticas?” Se visualiza neste tipo de postura amor pela democracia, errou feio. No circuito do mundo dos negócios é moeda corrente investir durante as eleições para colher os frutos depois.

 Ninguém tem interesse no voto em si, mas no resultado final: por meio do voto de deputados e senadores garantir negócios nas estatais e obras faraónicas, implementados para aumentar o cabide de emprego e ganhar fortuna na construção de obras sem qualquer importância ao povo.

 Após o STF (Supremo Tribunal Federal) votar pela inconstitucionalidade de empresas doarem dinheiro nas eleições, e valendo para o próximo ano, a dupla Renan Calheiros (PMDB/PB) e Eduardo Cunha (PMDB/RJ), com poderes de fogo no Senado e Câmara dos Deputados, decide votar PEC (Proposta de Emenda Constitucional) para legalizar doações de empresas.

O desespero é tamanho que os dois tentarão a quebra de interstício (quando os prazos regimentais de três sessões  entre uma votação e outra não são cumpridos), visto que PECs precisam passar por dois turnos. O objetivo é garantir dinheiro para os políticos que disputarão as eleições de 2016.

Para colocar mais pimenta nesta comida, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, defende a restrição a esse tipo de financiamento já, a partir do próximo ano. Não é novidade de que Cunha luta há muito tempo para deixar legal as doações feitas por empresários. No primeiro semestre tentou uma série de articulações para votar projeto de lei sobre o tema. Chegou ao absurdo de realizar duas votações na mesma semana.
 



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Jornalista lança livro sobre documentos escondidos pelas Forças Armadas



Mesmo após a redemocratização do Brasil, militares escondem informações da época da Ditadura Militar

Luís Alberto Alves

O colega de profissão, jornalista e escritor Lucas Figueiredo vai lançar o livro Lugar “Nenhum - Militares e Civis na Ocultação dos Documentos da Ditadura", livro que inaugura a coleção "Arquivos da Repressão no Brasil", da Companhia das Letras. Nesta obra ele relata o que já desconfiava há muito tempo: militares brasileiros sabem o paradeiro de presos políticos desaparecidos.

 Neste ofício nunca é bom aceitar de imediato resposta do entrevistado, como verdade eterna. É necessário checar. Verificar se realmente os dados conferem com a pauta traçada na redação. Nunca aceitei o argumento de que as Forças Armadas desconhecem os locais, por exemplo, onde estão enterrados os guerrilheiros do Araguaia, no Pará.

 É igual diretor de empresa: mesmo aposentado consegue recordar de fatos importantes onde trabalhou, principalmente de histórias que podem ter provocado grandes mudanças. Será que os coronéis, tenentes ou mesmo generais destacados para acompanhar aquela operação no Araguaia foram acometidos de amnésia e não conseguem recordar de nada? Sabem e muito.

Em São Paulo, os agentes da repressão, tanto no Exército quanto na polícia civil também têm na mente os locais onde foram enterrados como indigentes os supostos inimigos do governo na fase brava da Ditadura Militar, 1969 a 1976.

 Agora, segundo Lucas Figueiredo, faltou sangue nos olhos para os governantes após a abertura política, enquadrar os militares e exigir deles  divulgação dessas informações, como ocorreu no Chile, Argentina e Uruguai. Aqui optou-se pelo conchavo. Qualquer discurso nervoso da caserna, os civis do Palácio do Planalto se borram. Típico de republiqueta de banana.

 Existe o presidente da República, considerado o comandante maior das Forças Armadas, na teoria, porém na prática nenhum general, brigadeiro ou almirante lhe obedece. Apenas faz o de praxe. É triste ver tantos pais e mães, de corações partidos, à espera da informação que os leve ao lugar onde possam encontrar e sepultar, de forma digna, os restos mortais dos seus entes queridos.

 Até os Vietcongues, que venceram a poderosa máquina de guerra dos Estados Unidos na década de 1970, devolveram os  cadáveres de militares norte-americanos mortos durante a Guerra do Vietnã. Eles tinham motivos para esconder essas informações. Afinal de contas perderam 1 milhão de compatriotas, dizimados pelas bombas, inclusive de Napalm, despejadas pelos aviões do tio Sam.


 A impressão que fica é a do país que finge ser democrático, mas ainda sobrevive diante da sombra dos militares. A qualquer vacilo eles podem sair dos quarteis e perseguir políticos e civis e restaurar o passado de trevas e dor que existiu no final da década de 1960 e parte dos anos de 1970. Enquanto todas essas informações a respeito de desaparecidos políticos estiverem nas mãos de militares, o Brasil vive a ilusão de uma democracia.


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Fatiamento da Lava Jato é meio caminho à impunidade




Fatiamento impedirá que poderosos entrem nos presídios, como ocorre com presos comuns
Luís Alberto Alves

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira, 23, “fatiar” um dos desdobramentos da Lava Jato. A maioria dos ministros entendeu que a investigação não deve ficar somente sob relatoria do ministro Teori Zavascki, responsável pelo caso na Corte, e sob os cuidados do juiz Sérgio Moro, que conduz a operação na primeira instância, em Curitiba. 

 O STF analisou o envolvimento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) em suspeita de fraude no Ministério do Planejamento e decidiu que o caso deve ser “apartado” das investigações da Lava Jato, operação que tem como principal foco o esquema de corrupção na Petrobrás. Com a decisão, apurações sobre a petista ficarão com o ministro Dias Toffoli e a parte que cita o ex-vereador do PT Alexandre Romano, que não tem foro privilegiado, será encaminhada à Justiça de São Paulo.

 A decisão abre brecha para que advogados de defesa tentem tirar das mãos de Moro “braços” da Lava Jato que, segundo eles, não têm relação com o núcleo central do esquema originalmente investigado. É o caso das apurações sobre o setor elétrico, por exemplo, que podem deixar de ser conduzidas pela Força Tarefa no Paraná. Questionado se a decisão prejudica as investigações, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se limitou a responder com expressão latina que significa que a causa está encerrada: “Roma locuta, causa finita”, disse . Reservadamente, no entanto, procurados avaliam que a decisão pode alterar o rumo da operação. 

 É meio caminho rumo à impunidade, como já ocorreu em casos anteriores, exemplo disso foi o escândalo do Banestado, envolvendo bilhões de reais desviados para o Exterior e nenhum punido. Já passei dos 50 anos e deixei de acreditar em ilusões. Uma delas é crer na mão severa da Justiça sobre poderosos. No Brasil nada disso acontece. Só pobre e ladrão de galinha sentem o frio das celas do nosso falido sistema carcerário.


 Ao dividir a Operação Lava Jato, o STF joga as cartas marcadas nas mãos de poderosos e badalados escritórios de advocacia para impedir a ida de seus clientes ao presídio. É a famosa pizza assada pelas mãos dos ministros do Supremo e de outros juízes de 1ªInstância. Os longos recursos irão frear a punição deste mar de corruptos que invadiu o nosso país. Não se espante com sumiço da Lava Jato da mídia. Poderosos pegos roubando não admitem que seus nomes estejam no noticiário.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Dois Brasis num só país



Jardins, Zona Sul de SP, onde mora parte da elite financeira e política do Brasil...


Periferia, de qualquer região do Brasil, onde a miséria está presente sempre

Luís Alberto Alves

Na teoria temos um só Brasil, unido de Norte a Sul, Leste a Oeste. Na prática ele é dividido ao meio: o país do endinheirados ou de quem vende a alma ao diabo para estar na crista da onda, virar frequentador de colunas sociais e a nação da periferia, onde o salário é ganho sob esforço, de pegar ônibus, metrô, trem, transporte alternativo, tudo lotado.

 No Brasil da bonança inexiste fome: há grandes festas, às vezes com estrelas internacionais, muita bebida fina e, claro, droga sem mistura, comprada direta da fonte, mulheres capas de revista, carros top de linha e mansões no estilo de Beverly Hills, nos Estados Unidos. Até para driblar o trânsito o helicóptero é acionado e depois o jatinho para esticar a algazarra em algum outro ponto cinco estrelas.

Nesse país, a crise não existe. Afinal de contas a elite continua lucrando, seja na miséria ou bonança. Grande parte da fortuna desse clube seleto de brasileiros está nos paraísos fiscais, livre de qualquer ameaça política ou econômica. Para fazer o serviço sujo, essa parcela da população conta com os governantes que ajuda a eleger, por meio de grandiosa ajuda na época de campanhas políticas.
Famosas blitzen da Polícia, onde preto e pobre, sem exceção, são suspeitos


 O outro Brasil é mais cruel. O esgoto corre na calçada, os buracos fazem parte do cenário da maioria das ruas ou avenidas. Violência está presente, tanto por parte do crime organizado, que exige silêncio sob ameaça de morte, quanto da Polícia, que em vez de proteger a população, espalha terror nas famosas blitzen de final de semana, onde pobre, preto e prostituta são sempre os mesmos alvos.

 Mesmo quando se ajunta algum dinheiro para tentar passar algumas horas de lazer nos barzinhos existentes no território da burguesia, tipo Vila Nova Conceição ou Anália Franco, nas Zonas Sul e Leste de São Paulo, logo é avisado que o seu lugar não é ali. Ousar tomar banho de mar em Ipanema ou Copacabana, no Rio de Janeiro, dependendo da roupa de banho, é tarefa impossível.

 Gestos simples, como estender a toalha de pano barato na areia e abrir a caixa de isopor para retirar lanche e refrigerante popular é visto como atestado de miséria. Caso seja adolescente é carimbado como bandido ou vadia. O Brasil da grana não admite dividir espaço junto à plebe.


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Agora, praia no Rio de Janeiro é sinônimo de violência






Arrastões se tornaram rotina nas praias do Rio de Janeiro

Luís Alberto Alves

O Rio de Janeiro não continua lindo. Nos últimos dias diversos arrastões nas praias do centro da cidade tiraram o sossego do carioca. Pior: eles começam dentro dos ônibus que passam perto da favela do Jacarezinho, onde segundo a Polícia, sobem os adolescentes e jovens que começam a trilha do terror.

 Assaltam passageiros e pessoas paradas nos pontos à espera do coletivo. Explorando as brechas do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), cometem os crimes na certeza da impunidade. Dias atrás a polícia perdeu o direito na Justiça de revistar passageiros menores de idade, suspeitos, no interior dos ônibus.

 Os criminosos mirins aproveitaram e semearam o terror na praia e no comércio ao redor. Saquearam bares, farmácias e supermercados, além de turistas pegos de surpresas por gangues de cinco ou mais bandidos roubando celulares, dinheiro, máquinas fotográficas  e tudo que estivesse ao alcance das mãos.

 A população esperou reação da polícia. Ela não veio. De forma radical, grupos de moradores da região se reuniram e passaram a fazer justiça com as próprias mãos. Engrossando com lutadores de artes marciais, qualquer menor suspeito era alvo de agressões.

 Tardiamente a Justiça reconheceu o equívoco e publicou nota dizendo que não havia impedido o trabalho da polícia, apenas preservou o estatuto da criança e adolescente. Infelizmente muitas decisões são tomadas no interior de gabinete refrigerados, onde na maioria das vezes as autoridades não têm contato com a realidade. O resultado é essa guerra anunciada nas praias do Rio de Janeiro, que aos poucos perde sua beleza.


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Inferno astral da presidente Dilma Rousseff



É cada vez mais grave a situação política da presidente Dilma Rousseff (PT)

Luís Alberto Alves

Se é que existe inferno astral, a presidente Dilma Rousseff (PT) está no centro dele. Ao lado de assessores incompetentes, joga milho aos bodes constantemente. Com o país mergulhado em grave crise econômica e política, ela abre a boca e diz que em 2016 vem mais remédio amargo.

 É o mesmo de o médico afirmar ao familiar do paciente internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que o quadro clínico irá piorar. Não se pode negar a verdade, mas existem diversas formas de dizê-la e para isso é importante sugestões de assessores políticos.

 Outra atrapalhada é jogar o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para falar a respeito deste diabólico ajuste fiscal. Como oriundo do mercado financeiro, ele vai dizer a linguagem que agrada aos banqueiros, não à população as maiores vítimas deste ataque econômico, onde só especuladores ficam por cima da carne seca.

 Dilma, talvez por causa do temperamento forte, se julga acima do bem e do mal. Imagina que todos os brasileiros devem aceitar seus erros primários na condução do Brasil. Considera afronta ouvir mais segmentos da sociedade a respeito do caos instalado nesta nação.

A nossa presidente lembra a dama de ferro, Margareth Thatcher, ex-primeira ministra britânica de 1979 a 1990. Autoritária, destruiu com diversos benefícios trabalhistas, acendeu o pavio e estourou o desemprego, além de aplicar ao pé da letra o nefasto neoliberalismo econômico.

Maquiavel orienta no seu célebre livro “O Príncipe” que jamais devemos fazer inimigos em diversas frentes. Precisamos deixar uma rota de fuga no momento de necessidade. Pelo visto, a presidente Dilma Rousseff se esqueceu desta máxima. Brigou com o Congresso Nacional, movimento sindical, empresariado, apenas abaixando a cabeça para os banqueiros.


 O cerco está se fechando. Centenas de milhares de demissões em diversos setores, falências e concordatas explodindo igual pipoca, vendas despencando no comércio e crescendo cada vez mais o desejo de colocá-la para fora do Palácio do Planalto. É quase certa a reprovação de suas contas no TCU (Tribunal de Contas da União). Daí, ela vai se afundar mais no inferno astral, chamuscada com as chamas de provável impeachment.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

PM paulista tem salvo conduto para matar



Minutos depois o bandido seria executado pelos PMs

Luís Alberto Alves

Não consigo tirar da mente as imagens do bandido deitado no chão retirando a camiseta, depois sendo algemado, fica de pé, os PMs os leva para um canto do muro e o alvejam com dois tiros. Cai e começa se remexer no chão até morrer. Outro policial vai até o carro da polícia pega uma pistola e coloca ao lado do criminoso, já sem vida no solo.

 Para evitar qualquer discurso contrário aos Direitos Humanos, o homicídio, ocorrido durante o feriado de 7 de Setembro, foi gravado pela câmera instalada num dos imóveis onde ocorreu a execução, no bairro do Butantã, Zona Sul de São Paulo. Na mesma hora outro comparsa acabou detido sobre o telhado de outra residência. Imobilizado, acabou empurrado. Minutos depois ele era executado a tiros.

 Nos dois casos os PMs relataram no BO que os dois criminosos resistiram à prisão, efetuaram disparos e no tiroteio morreram. Jesus Cristo disse que “nada há de oculto que não seja revelado”. As imagens da covardia mostraram o quanto a Polícia Militar de São Paulo é despreparada. Não coloca nas ruas agentes para proteger a população, mas para colocar medo no cidadão.

 Contaminada com a ideologia de Segurança Nacional, herança do Golpe Militar de 1964, passou a tratar o brasileiro pobre, preto e residente nas periferias como bandidos que precisam ser eliminados. Deixou em segundo plano o papel de prender e reprimir o crime. Age como juiz, decretando a pena de morte, de acordo com as circunstâncias.

 Assolada pela violência parte dos moradores na periferia aprova essa péssima conduta desses agentes da lei. Muitos desconhecem que os seus filhos ou mesmo maridos poderão servir de alvo para homicidas que se escondem por baixo de uma farda e usam armas fornecidas pelo Estado para assassinato em massa.

 Este péssimo comportamento contribui para que a sociedade tenha medo da polícia, em vez de respeito. Como é possível confiar numa instituição que não respeita o básico das leis do Direito, de que todo cidadão é inocente até prova em contrário? Alguém em sã consciência teria coragem de respirar aliviado, tarde da noite, quando se deparar com uma viatura da PM, numa rua deserta e longe do foco de qualquer câmara? 

A pena de morte, instituída à revelia pelo governo Alckmin, funciona a todo vapor no Estado de SP. Basta ser pobre, preto e residir em qualquer bairro da periferia. Uma polícia que já matou 368 pessoas no primeiro semestre de 2015, nos famosos atos de resistência à prisão, pode ser avaliada como tropa de algozes com salvo conduto para execuções fatais nas ruas. Resta saber até quando  a sociedade paulista aguentará esse dantesco festival de horror.


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Refugiados são tratados como animais na Hungria




Refugiados sírios são tratados como animais no campo de Roszke


Luís Alberto Alves

 Um vídeo gravado de maneira oculta dentro do maior campo de migrantes na Hungria, na fronteira com a Sérvia, mostra as condições "desumanas" da distribuição de alimentos. Na quarta-feira (9), uma voluntária austríaca, que trabalhou em Roszke, mostra 150 refugiados dentro um cercado num salão na busca desesperada por sanduíches jogados por policiais.

 Era igual alimentar animais, quando o dono encosta no cercado e lança pedaços de legumes ou grãos para os bichos saciarem a fome. A cena revela o quanto são humanistas alguns países europeus. Deixam em segundo plano a sensibilidade. Procuram desconhecer que milhares de pessoas que atravessam as fronteiras, estão fugindo da morte e até mesma da extinção de sua família nas mãos de fanáticos.

  Outros perdem a vida na travessia do mediterrâneo, golpeados pela fome e sede ou mesmo afogados. Os latinos americanos sempre são rotulados de população bárbara, desconhecedora dos bons costumes. Mas com raras exceções, eles recebem de braços abertos os imigrantes em busca de nova vida e socorro.

 É horripilante mulheres carregando crianças de colo sendo maltratadas por policiais, quando apenas lutam para continuar sobrevivendo. É o direito sagrado de viver. Para tristeza dos direitos humanos recebem péssimo tratamento das autoridades européias. Elas se parecem com os simpatizantes do nazismo, que ajudaram a aniquilar milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, negando o socorro. Cenas deste tipo mostram que o mundo entrou no triste processo da barbárie.




quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Só mãe sente o amor de verdade



Minha querida e saudosa mãe, responsável pelo que sou atualmente

Luís Alberto Alves

Lembro da época em que frequentava as rodas de samba da Vai-Vai no bairro do Bixiga, Centro de SP, na década de 1980. Um colega sambista sempre cantava uma linda canção, que se tivesse parado nas mãos de algum artista de renome iria estourar nas paradas. Ficou na mente dos fãs da alvinegra do Bixiga.

 O refrão era simples e dizia: “só mãe sente o amor de verdade/ o resto é interesse é falsidade..” Hoje, 2 de setembro, lembro da morte de minha querida mãe em 2005. Aliás, qual filho esquece a data da perda de alguém tão carinhosa?

 A agonia começou no dia 2 de janeiro daquele ano. A levei ao médico e ficou internada até maio, quando saiu para passar o seu dia em casa, ao meu lado e do esposo. Poucos dias depois retornou ao hospital e voltou ao lar em junho.

 Por motivo de viagem de trabalho não estava presente quando ela e meu pai acabaram socorridos pelo Resgate do Corpo de Bombeiros em 31 de julho de 2005. Nunca mais voltariam ao lar onde viveram 37 anos juntos, na mais perfeita harmonia.

 No dia 6 de agosto meu velho partiu, e em 1⁰ de setembro, às 18h30, minha mãe fechou os olhos para sempre. A visitava todos os dias. Era uma quinta-feira. Fiquei ao seu lado até as 17h30. Por estar entubada, não conseguia falar, mas o olhar mostrava a mesma ternura em relação a mim.

 Cantei, como bom cristão e temente ao Senhor, louvores. Passei o óleo ungido nas mãos, pés, rosto. Enfim a acariciei. Não sabia, mas repetia o mesmo gesto de Maria Madalena quando lavou os pés de Jesus Cristo com seu pranto e passou o óleo no grande mestre.

 Sai do quarto despreocupado. Nada revelava que iria perdê-la. Quando cheguei em casa, a caixa postal do telefone estava entupida de recados do hospital pedindo minha presença. Ela havia partido. Nunca me esqueço da noite terrível, correndo atrás da documentação para o sepultamento.

 Quando cheguei em casa, às 2h30 da manhã do dia 2 de setembro, peguei um disco de trilha sonora da novela Casarão, exibida na Globo em 1975 e ouvi “Oh! Carol”, de Neil Sedaka. Era a música que ela adorava apreciar, principalmente quando estava preparando os deliciosos doces que fazia tão bem.


 Passados dez anos, ainda sinto saudade. Dos conselhos, dos carinhos e das mãos sempre estendidas a mim nos momentos de dificuldades. Quando me casei abracei fortemente minha prima, que a substituiu me levando ao altar. Como desejava que ela estivesse ali, presenciando minha felicidade, pela qual orou e chorou tanto. Meu consolo é que um dia iremos nos encontrar na eternidade....

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Aposta no quanto pior, melhor



Senador Aécio Neves (PSDB/MG), retrato da intolerância política no Brasil

Luís Alberto Alves

Radicalismo não é bom para nenhum segmento nem para nossa vida. Excesso é ruim em tudo. É preciso existir e prevalecer, sempre, o bom senso. Parece que nos últimos meses a política brasileira optou pela triste aposta do quanto pior melhor para o destino do nosso país.

 O senador playboy tucano Aécio Neves (PSDB/MG) não se conformou ainda pela derrota nas urnas em 2014 contra a petista Dilma Rousseff. Desde então não cessa os ataques contra a atual gestão. É tanto desvario que o cacique maior do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entrou em campo para jogar água fria na fogueira, apoiado pelo governador Geraldo Alckmin, aposta do partido para 2018.

 Comportamento semelhante ao de criança pirracenta, nada merece crítica positiva. Qualquer ação do governo federal é alvo de comentários maldosos. Não aparecem sugestões. A intenção é bombardear seguidamente Dilma Rousseff. Igual boxeador encostado nas cordas recebendo inúmeros golpes, à beira do desmaio ou colapso total.

                                                   Pior

  O Brasil é considerado, atualmente pela maioria da oposição, a pior nação do mundo. Enquanto isso a economia entra na UTI, provocando milhares de demissões, falências, concordatas e estagnação no comércio e indústria. Soluções? Poucos apresentam, apenas críticas destrutivas. Visam apenas sentar na cadeira da presidência, como se tivessem soluções para todos os nossos problemas.

 É triste quando nos depararmos com esse tipo de política rasteira, onde prevalece a aposta no pior, quando o correto seria lutar pela melhoria da qualidade de vida da população, a maior vítima das trapalhadas cometidas pelos nossos governantes, em grande número incompetentes.

 Agem igual o passageiro que trabalha para perfurar o casco do navio, desconhecendo o risco de morrer afogado. Nesta insana empreitada procuram jogar mais pólvora no fogo atiçando a intolerância. Deixam em segundo plano as regras democráticas, de respeitar a vontade das urnas. Forçam a qualquer custo um terceiro turno.
                                                   Know How

 Este caldo fica mais grosso ao entrar em cena nossa retrógrada elite amparada numa mídia corrupta e sem qualquer tipo de moral, pois nunca defende os ideais da boa convivência. A todo instante manipulam informação visando unicamente envenenar cada vez mais uma população, com rara exceção, analfabeta política, sem know how para discernir golpe de estado de oposição.

 Não foi em vão, que um dos proprietários das Organizações Globo, dono da quarta maior emissora de televisão do mundo, a Globo, João Roberto Marinho, optou em pisar no freio, deixando de atacar ferozmente, por enquanto, a gestão Dilma Rousseff. Percebeu que a situação saiu do controle. O ódio tomou o lugar da crítica.

 Escolado na arte de ficar sempre ao lado do poder, como fez seu pai, Roberto Marinho na época da Ditadura Militar de 1964, visualizou que a saída precoce da presidente Dilma pode jogar o Brasil numa aventura e talvez em outra ditadura pior do que há de 51 anos atrás. Viajou até Brasília e conversou com vários políticos, inclusive com Dilma Rousseff.

                                                   Alternativa

 Aos poucos os podres do playboy Aécio Neves estão aparecendo, mostrando o quanto é vazio o seu discurso de alternativa ao atual regime em vigor desde 2002, quando o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder no País. Lideranças empresariais de vários segmentos se cansaram das bravatas visando à retirada do PT da governança.

 Perceberam nas entrelinhas o recado enviado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao dizer em discurso, durante visita àquele país, de que Dilma Rousseff contava com o seu apoio e confiança, mesmo após a enrascada dos grampos eletrônicos nos telefones de ministros e da nossa presidente em Brasília.
                                                  CIA

 Quando o chefe político da maior nação econômica do mundo, e grande consumidor de nossos produtos, avaliza o atual comando do executivo nacional, quem poderá ir contra? Tem nas mãos a terrível e responsável por grande maioria de golpes de estado em todo o mundo, a CIA; o eficiente serviço secreto hábil na arte de construir e destruir lideranças políticas.

 Não foi à toa que os Estados Unidos abriram o seu mercado para exportação da carne bovina brasileira e assinou outros acordos econômicos. Sabem onde pisam. Os únicos a ignorar o bom senso é a nossa corrupta e atrasada elite, insistente na arte de criticar por criticar a atual gestão petista.

 Tão cega que até agora não conseguiu entender o recado enviado pelo dono do Banco Itaú, um dos maiores do Brasil, ao dizer de forma firme que é errado defender a saída da presidente Dilma Rousseff. Na opinião dele, a chefe da nação precisa concluir seu mandato, o qual ganhou numa eleição, a forma mais justa, até agora, de assumir o comando de qualquer país. Opiniões fora deste contexto são de pessoas ou partidos antipáticos à democracia.