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A Ineficiência do Gasto Público

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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Mais da metade dos advogados de São Paulo está no interior do Estado

 De acordo com o CFOAB, 50,4% dos advogados do Brasil estão no interior dos estados

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O levantamento foi feito em razão do Plano Nacional de Interiorização da Advocacia


Redação/Hourpress

Dados do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) revelam que 57% dos advogados de São Paulo estão inscritos no interior do estado, enquanto 43% estão na capital. O levantamento foi feito em razão do Plano Nacional de Interiorização da Advocacia, projeto atual da entidade, que busca efetivar políticas voltadas à advocacia das cidades mais distantes das capitais, promovendo inaugurações de salas de coworking, revitalização de subseções, cursos e treinamentos e visitas institucionais, com foco em fornecer mais estrutura para o atendimento aos cidadãos das pequenas localidades.

 

De acordo com o CFOAB, 50,4% dos advogados do Brasil estão no interior dos estados, enquanto 49,6% estão nas capitais. Ao todo, o País tem 1,3 milhão de profissionais registrados. Entre os estados com maior número de advogados inscritos no interior estão Santa Catarina (75,38%), Minas Gerais (65,86%), Rio de Janeiro (60,06%), Rio Grande do Sul (58,71%), Paraná (58,63%) e São Paulo (57%). A região Norte tem as unidades da Federação com a maior concentração de advogados inscritos nas capitais: Roraima (98,71% em Boa Vista), Acre (89,7% em Rio Branco) e Amapá (89,47% em Macapá).

 

A OAB tem frisado a importância da política de interiorização nos estados, que visa conectar toda a advocacia. “Interiorizar (a advocacia) é levar dignidade ao profissional do interior. É fazer valer a premissa de que não há advogados de primeira e de segunda classes no Brasil. Vamos desencastelar o Conselho Federal da OAB e levá-lo a cada canto do país onde houver um advogado ou uma advogada atuando”, afirma o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.

 

Para Simonetti, é vital fornecer uma boa estrutura de trabalho para o advogado. “Temos de levar a sensação de dignidade aos colegas da advocacia, desde os grandes centros até aos mais longínquos municípios. Que a advocacia tenha a dignidade de ter espaço e uma estrutura para desenvolver seu trabalho”, completa.

 

A opinião é compartilhada pelo coordenador nacional de Interiorização da OAB, João de Deus Quirino Filho. “Não há e nem deve haver diferenciação do colega que milita no interior com aquele que atua na capital. Com o auxílio dos 27 coordenadores seccionais, vamos colher o máximo possível de informações sobre a realidade da advocacia nos rincões e interiores para agirmos de modo efetivo. E toda a estrutura funcional e orgânica da OAB está irmanada conosco nesse projeto”, destaca.

 

Peculiaridade

 

Duas situações idênticas e peculiares em termos de interiorização são observadas nas seccionais da OAB do Amazonas e do Distrito Federal, onde há inscritos somente em Manaus e em Brasília. No caso de Brasília, a pequena extensão geográfica e o desenho diferenciado da capital federal justificam o parâmetro. Já em Manaus, trata-se apenas de uma medida da seccional -- mas que, ao contrário do DF, tem um território bastante extenso, sendo que a viagem de algumas localidades à capital pode levar até 30 dias de barco.

 

Plano nacional

 

Com o objetivo de unir toda a advocacia, o Conselho Federal da OAB deu início ao Plano Nacional de Interiorização, iniciativa que possibilita a aproximação dos advogados que residem distante das capitais a terem uma melhor infraestrutura de trabalho, além de levar mais informação e dignidade. O Plano de Interiorização é uma bandeira defendida pela gestão atual e vem sendo discutida em vários ambientes da OAB.

 

Ranking -- Inscritos por estado

 

Estado

Inscritos na capital

Inscritos no interior

Roraima98,71%1,28%
Acre89,7%10,29%
Amapá89,47%10,52%
Alagoas85,0614.93%
Sergipe78,41%21,59%
Rio Grande do Norte76,3%23,7%
Ceará74,77%25,23%
Piauí71,61%28,38%
Espírito Santo70,07%29,93%
Pará65,4%34,59%
Maranhão63,66%36,33%
Mato Grosso do Sul63%37%
Goiás58,25%41,75%
Pernambuco58,11%41,88%
Paraíba56,21%43,78%
Bahia55,02%44,97%
Rondônia52,49%47,5%
Tocantins51,92%48,08%
Mato Grosso50,43%49,56%
São Paulo43%57%
Paraná41,37%58,63%
Rio Grande do Sul41,28%58,71%
Rio de Janeiro39,94%60,06%
Minas Gerais34,13%65,86%
Santa Catarina24,62%75,38%
Amazonas*100% 
Distrito Federal*100% 


*Amazonas e Distrito Federal possuem inscritos apenas na sede da seccional.

 

A OAB

 

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) é a entidade de representação dos advogados brasileiros, com 1,3 milhão de profissionais registrados. A instituição é responsável pela regulamentação da advocacia, pela aplicação do Exame de Ordem dos advogados no país e, a cada gestão, divulga o Selo OAB Recomenda, com a lista dos cursos de direito que atendem aos requisitos mínimos de qualidade técnicos e éticos de sua prática profissional.

Mitos e verdades sobre o investimento em royalties musicais

 O histórico de rendimentos da Brodr é de 1,50% ao mês

    Freepik

Os royalties musicais são pagamentos que artistas e investidores recebem toda vez que a música é reproduzida


Redação/Hourpress

Muito comum e famoso na década de 1990, os investimentos em royalties musicais ainda geram grandes dúvidas sobre como funcionam os rendimentos. Enquadrado na categoria de investimentos alternativos, os royalties musicais são pagamentos que artistas e investidores recebem toda vez que a música é reproduzida.

De acordo com Pedro Nasser, diretor executivo da Brodr, primeiro marketplace do Brasil dedicado a royalties musicais, ainda existe muito desconhecimento, pois, por muito tempo, não foi considerado como um investimento relevante. “Nos últimos anos, os royalties musicais foram esquecidos tanto por investidores quanto pelos próprios artistas, porém, recentemente, principalmente por conta da pandemia, ele voltou a ser colocado em pauta”, comenta.

No entanto, de acordo com Nasser, é preciso deixar claro o que os royalties musicais são seguros e acessíveis, além de aproximar o fã do ídolo. “É preciso ter em mente que é uma situação de ganha, ganha, ou seja, o artista e o fã ganham com o sucesso de um single”, complementa.

 Confira os principais mitos e verdades sobre o investimento em royalties musicais

  1.     É preciso investir um valor grande para começar a ganhar os royalties.

Mito! Na Brodr, primeiro marketplace de royalties musicais do Brasil, você consegue investir a partir de R$ 186,97 e já receber por isso, de acordo com o rendimento mensal do artista!

  1.     Por ser um investimento alternativo, os retornos financeiros são baixos.

Mito! O histórico de rendimentos da Brodr é de 1,50% ao mês, o que é um padrão relativamente alto para o mercado financeiro, ainda quando tratamos de um investimento alternativo. Por muitas vezes, registra taxas próximas aos ganhos com CDI, tesouro direto e dólar e superior poupança.

  1.     É um investimento que não me dá previsibilidade de quanto vou receber.

Verdade! Por se tratar de uma renda que depende da quantidade de reproduções de uma música, o  ganho será de acordo com o número de vezes que ela tocar, se tocar muito o rendimento será maior e vice-versa.

  1.     O período de retorno só dura durante a carreira do artista.

Mito! O retorno dura até o fim do contrato do artista com o revendedor dos royalties, o que será informado ao investidor quando ele adquirir os royalties. A carreira do artista pode acabar, mas suas músicas são eternas!

  1.     Tem que pagar tanto imposto que não compensa.

Mito! Você está isento até um recebimento de R$ 35.000,00 no mês. A partir daí você entra na tabela progressiva do imposto de renda.

  1.     Não tem nenhum órgão oficial para controlar os ganhos.

Mito! O ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) é o órgão que realiza o controle de todos os pagamentos realizados neste setor de royalties musicais.

  1.     Investir em royalties também é uma forma de apoiar seu artista preferido.

Verdade! Quando você compra uma cota, o dinheiro vai para o bolso de seu artista favorito, permitindo com que ele (a) realize e impulsione novos projetos.

  1.     É um mercado arriscado para se investir por não haver um controle sobre o número de reproduções.

Verdade! Não há como garantir o número de reproduções que determinada música terá, por isso é importante diversificar a sua carteira de artistas para minimizar este risco.

Para conhecer mais, Pedro Nasser comenta que a Brodr possui alguns dos artistas mais importantes do país e oferece a possibilidade para o fã, ou interessado em diversificar sua carteira, de adquirir parte do catálogo musical desses nomes presentes em seu portfólio. Para isso, basta entrar no site e seguir o passo a passo. Pedro Nasser esclarece que o valor mínimo para se investir em royalties musicais na Brodr é de R$ 186,97,  a média de retorno para os clientes de 1,50% ao mês.

Correção do IR faria justiça tributária

  Correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) torna-se imprescindível 

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A correção, muitas vezes, esbarra na perda de receita


Eduardo Natal

“A última correção foi em 2015 e não foi relevante. A defasagem é da ordem de mais de 140%, com isso, o cidadão é penalizado pela inflação e pela falta da correção da tabela que diminuem seu poder de compra”, disse Natal.

 

Segundo levantamento da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), se o governo Bolsonaro corrigisse a tabela pela inflação de 2018 a 2021, o limite de isenção subiria para R$ 2.467,25, e cerca de 13,5 milhões de contribuintes já deixariam pagar o imposto em 2023.

 

O tributarista diz que a correção, muitas vezes, esbarra na perda de receita. O levantamento da Unafisco mostra que se houvesse a correção integral da tabela, a União deixaria de arrecadar cerca de R$ 180 milhões. Para recompensar as perdas com a correção da tabela, o atual governo propôs a tributação dos dividendos de pessoas jurídicas, o PL 2337/21, que está prado no Senado. Para o advogado, o ideal seria que houvesse uma recomposição dentro da própria estrutura do IRPF.

 

“Entendo que essa não é a melhor solução. Readequar a tabela do IRPF, escalonando-se e estipulando-se novas alíquotas onde, quem ganha mais paga mais, seria o ideal para se remanejar essa perda de arrecadação. E não podemos esquecer de rever também a correção dos valores a deduzir”, afirmou.

 

Além da correção da tabela, o tributarista entende ser urgente uma reforma tributária que desonere o consumo. Para ele, tributos como ICMS, IPI, PIS e Cofins, por exemplo, são extremamente onerosos e se sobrepõem na cadeia produtiva e no consumo, refletindo, principalmente, no contribuinte de baixa renda.

 

“Os tributos embutidos em toda a cadeia de consumo são extremamente caros, onerosos e atuam de maneira silenciosa, corroendo o salário do trabalhador”, concluiu Natal.


 Eduardo Natal, mestre em direito tributário pela PUC/SP, membro do Comitê de Transação Tributária da Associação Brasileira da Advocacia Tributária (Abat) .


Copa do Mundo traz de volta a discussão em torno dos direitos de arena e de imagem dos atletas

 Especialista comenta polêmicas em torno da remuneração por esses direitos distintos

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Redação/Hourpress

A Copa do Mundo do Qatar começa no próximo dia 21 de novembro -- e volta à pauta uma das questões mais polêmicas e debatidas do Direito Desportivo: o recebimento de valores a título de direitos de arena e de imagem de todos os atletas profissionais.

Para entender o porquê da polêmica, é preciso diferenciar esses direitos, pois têm entendimentos jurídicos distintos. “Ambos são relacionados à imagem da pessoa, mas não são exclusividade do mundo do esporte”, observa o advogado e especialista em Direito Desportivo Felipe Augusto Loschi Crisafulli, do escritório Ambiel Advogados.

Ele explica que, em linhas gerais, “o direito de imagem é a exteriorização da personalidade do indivíduo no meio social -- e engloba toda expressão da personalidade humana, desde a imagem propriamente dita até a voz, os gestos e outras expressões dinâmicas do sujeito”. O direito de imagem se estende à utilização da imagem dos jogadores em álbuns de figurinhas como o da Copa do Mundo.

Já o direito de arena se refere “à transmissão audiovisual -- radiodifusão, internet etc -- das imagens das pessoas que participam de um espetáculo numa arena”. A arena é um espaço como um estádio ou casa de shows destinado à realização de determinadas atividades desportivas ou culturais, por exemplo.

“Logo, o direito de imagem é inato e inerente a todo ser humano, mas o direito de arena só existe quando o indivíduo participa de algum evento com transmissão audiovisual”, resume Crisafulli.

A polêmica entra em campo quando se fala em remuneração por esses direitos. Como se dá esse pagamento? O especialista explica. “O direito de imagem será remunerado por aquele que, licenciando o direito de seu uso, esteja obrigado a pagar determinada quantia em favor do titular do direito. No âmbito do esporte, a praxe é haver um contrato entre a entidade de prática desportiva e o atleta, ou a empresa por ele constituída e intitulada a negociar o seu direito de imagem, por meio do qual o clube paga ao jogador -- ou à empresa -- determinada quantia a título de licenciamento do direito de uso, gozo, fruição e exploração da sua imagem. Já o direito de arena é pago por aqueles -- canais de televisão e de streaming, por exemplo -- que adquirem, junto aos titulares (no caso do esporte, as entidades de prática desportiva), o direito de transmitir o espetáculo.”

Crisafulli acrescenta que, por força legal, 5% do montante pago devem ser repassados aos sindicatos de atletas profissionais, para que distribuam, em partes iguais, aos esportistas participantes do espetáculo, salvo convenção coletiva dizendo algo diferente. “Em relação especificamente ao futebol, a legislação estabelece que os sindicatos recebem os valores diretamente dos canais de transmissão e terão até 72 horas para fazer o repasse aos jogadores, incluídos os titulares e reservas.”

Os diversos que conflitos, historicamente, surgiram a partir dessa temática estão ligados a algumas questões: à natureza jurídica do direito, isto é, se se trata de parcelas de natureza civil/indenizatória ou de natureza trabalhista/remuneratória (pela legislação atual, ambas são reconhecidas como verbas civis/indenizatórias); ao percentual cabível aos esportistas (o direito de imagem, pela Lei Pelé, está limitado a 40% do total remuneratório; o de arena variou de 20%, no passado, aos atuais 5%). Polêmicas surgem também “quanto ao direito de arena: à sua titularidade, ao modo do seu pagamento aos atletas, à possibilidade da sua extensão aos árbitros e demais partícipes do evento”, enumera o especialista.

“De todo modo, ao fim e ao cabo, quase todas essas discussões têm cunho mais legislativo do que propriamente jurídico, de modo que muitas vezes as discussões fogem do alcance do jurista e ficam mais na seara da política”, conclui.

Fonte:
Felipe Augusto Loschi Crisafulli, do Ambiel Advogados, bacharel em Direito pela PUC-Rio (Brasil); mestre em Ciências Jurídico-Políticas, com menção em Direito Constitucional, e doutorando em Direito Civil, ambos pela Universidade de Coimbra (Portugal) e com linha de investigação na área do Direito Desportivo. 

Saiba por que o desempregado é semelhante ao presidiário

 Diversas empresas compartilham lista de trabalhadores classificados como problemáticos



Redação/Hourpress

Você sabia que a rotina do desempregado é igual a de um presidiário? Você sabia que demissão, após anos de empresa, é semelhante a um divórcio?

Você sabia que o rito de demissão é diferente para funcionários que ocupam menores cargos e daqueles exercidos por membros de gerência, diretoria e presidência?

Você sabia, que mesmo desrespeitando a Lei, diversas empresas compartilham listas de trabalhadores classificados como problemáticos, por não aceitarem desrespeito às regras profissionais?

Você sabia que antes de ocorrer cortes, o departamento de RH passa a ficha à chefia revelando quais funcionários poderão ser mais suscetíveis para demissão?

Você sabia que na impossibilidade de mandar embora alguém com vários anos de casa, os patrões colocam o trabalhador, incluído neste quesito, na famosa geladeira, para forçá-lo a pedir as contas, por não suportar o isolamento?

Assista ao vídeo abaixo e saiba mais detalhes deste livro. 

Serviço:

Livro: O flagelo do desemprego.

Autor: Luís Alberto Alves.

Edição independente.

ISBN: 978-65-00-41113-3.

Páginas: 80.

Preço: R$ 35,00.

Onde encontrar: WhatsApp 11 95691-4434.

Luís Alberto Alves - Jornalista com passagem nos maiores jornais de São Paulo e revistas técnicas de Noivas, Segurança do Trabalho e Revenda Construção. Em 35 anos de profissão ocupou cargos de repórter, editor, secretário de redação, editor-chefe. Exerceu a função de assessor de imprensa em entidades sindicais. Com oito blogues, somados atingem aproximadamente 1,9 milhão de visualizações.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Conheça as cirurgias plásticas mais comuns em crianças

 Saiba quais são as mais comuns e porque devem ser feitas

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Dentre as operações mais comuns está a fissura labiopalatina


Redação/Hourpress

As anomalias que exigem cirurgias plásticas em crianças não são tão comuns, mas quando acometem um paciente infantil, podem criar impactos importantes na vida dele. “As cirurgias reparadoras feitas na primeira infância garantem o desenvolvimento pleno e saudável da criança além de preservar a autoestima, o que é fundamental para a integração sociofamiliar desse paciente”, afirma Lydia Masako Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, médica cirurgião plástica e professora titular da disciplina de Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de São Paulo.


Dentre as operações mais comuns está a fissura labiopalatina, mais conhecida como a correção do lábio leporino, que pode ter diferentes proporções dependendo de cada caso. “Pode atingir apenas o lábio ou se estender com uma fenda no céu da boca que requer cirurgia para readequar os músculos dessa região”, explica Nivaldo Alonso, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e Diretor do Serviço de Cirurgia Craniofacial do Hospital de Anomalias da USP em Bauru. Essa anomalia genética pode ser identificada ainda na gestação, a partir da 12° semana de gravidez, por meio de exame pré-natal, e o indicado é que seja corrigida ainda nos primeiros meses de vida. “O ideal é corrigir antes de 1 ano e meio de idade para não prejudicar a mastigação e a fala”, completa Nivaldo. O problema tem maior incidência entre orientais e indígenas (1 para cada 400 bebês) e menos frequente entre negros (1 para cada 2000).


As cirurgias para correção de craniossinostoses são menos frequentes mas extremamente necessárias para permitir o crescimento do cérebro. Caracteriza-se pelo fechamento precoce de estruturas ósseas do crânio ou da face, e pode alterar o formato da cabeça do bebê. A incidência na população pode variar de 1 para 2500 nascimentos até 1 para cada 5 mil. A recomendação é que a cirurgia seja feita a partir dos 6 meses de idade.


Menos graves para o aspecto de funcionalidade do organismo mas fundamental para a adaptação social da criança, a otoplastia, cirurgia para corrigir orelha de abano, é bastante procurada nas clínicas de cirurgia plástica. É considerado um procedimento de baixa complexidade, feito muitas vezes com anestesia local, com alta hospitalar do paciente no mesmo dia. Atualmente, antes da cirurgias, os médicos indicam tentar reduzir a proeminência da orelha do bebê com o uso de moldes de silicone. Caso não apresente resultados, então, a cirurgia é indicada.


Em qualquer um desses casos, o cirurgião plástico atua como um coordenador do tratamento e orientador da família sobre os passos a seguir. No caso, por exemplo, de lábio leporino ou de alterações na estrutura craneana, além de cirurgia, a criança precisará de assistência multidisciplinar, com fonoaudióloga, nutricionista e psicólogo, e o cirurgião acompanhará a trajetória do tratamento, dando segurança e apoio ao paciente e à família. Conheça, abaixo, mais três procedimentos que recomenda-se fazer ainda na infância.

  • Reparação no canto dos olhos: a cirurgia epicanto é realizada em uma dobra que se forma no canto interno do olho. Pode limitar o campo de visão da criança. O cirurgião plástico deve avaliar o paciente para reconhecer a gravidade do caso.
  • Cirurgia mãos e pés: a sindactilia é a cirurgia para separar os dedos dos pés ou das mãos, unidos por anomalia congênita. É mais comum nas mãos e em meninos. Sua incidência é de um caso para cada 2 mil bebês.
  • Correção da polidactilia: a polidactilia consiste na presença de dedos extras na mão e/ou no pé. A operação pode ser feita a partir do primeiro ano após avaliação e recomendação do cirurgião plástico.
     

 

Ansiedade infantil requer acolhimento profissional, familiar e escolar

 Os transtornos de ansiedade afetam uma em cada quatro crianças e adolescentes brasileiras

   EBC

O problema pode ocorrer em pessoas de qualquer idade


Redação/Hourpress

Queda no rendimento escolar, dores constantes de cabeça, isolamento, oscilações bruscas de humor, distúrbios do sono e alterações no apetite estão entre os principais sinais do transtorno de ansiedade em crianças. O problema, que se caracteriza por sentimentos de urgência e preocupação extremas, pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, porém entre crianças há a necessidade de uma atenção especial.

“Crianças que sofrem com ansiedade, sobretudo em níveis mais críticos, podem ter sua rotina comprometida de forma severa, afetando seu desenvolvimento como um todo e impactando sua perspectiva de futuro”, alerta a psiquiatra Aline Sabino, que atua na Rede de Hospitais São Camilo de SP. Além disso, a especialista destaca que a ansiedade na infância é um importante fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos na vida adulta.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade afeta até 3% da população com até 17 anos, o equivalente a 8 milhões de crianças e adolescentes. No Brasil, uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 2020, revelou que depressão e ansiedade estão presentes em um a cada quatro brasileiros desta faixa etária.

Dra. Aline reforça que a identificação dos sinais e a observação constante são fundamentais para que a criança receba o acompanhamento adequado. “A criança não consegue expressar muito bem o que está sentindo, então é importante que todo o seu círculo social, escolar e familiar saiba olhar para esta criança a fim de perceber que algo mudou e, também, que saiba como buscar ajuda”, reitera.

Nesse aspecto, a médica reforça a importância de conscientizar a população em geral sobre este problema que se tornou ainda mais frequente após o longo período de isolamento imposto pela pandemia de Covid-19.

“Os pais, os professores da escola, do curso de inglês, o treinador da escolinha de futebol, os tios e avós, enfim, todos nós, precisamos priorizar o acolhimento e oferecer apoio e uma escuta ativa a fim de nos envolver nesta causa e ajudar a combater a crise de saúde mental que vivemos atualmente”, ressalta.

Como perceber os sinais de ansiedade infantil

A psiquiatra explica que o transtorno pode se apresentar de formas distintas, em alguns casos complementares, como Transtorno de Ansiedade Generalizada, Transtorno de Ansiedade de Separação, Fobias sociais, Fobias específicas, Transtorno de Pânico ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático. O diagnóstico correto, portanto, dependerá da avaliação clínica e do histórico de cada criança.

Ela salienta que as manifestações podem variar dentro dos padrões de sinais comuns citados anteriormente e de acordo com a idade. “Por isso, qualquer pessoa que conviva com uma criança ou adolescente poderá observar mudanças em seu comportamento habitual.”

Confira alguns dos sinais:

- Picos de irritação extrema com coisas simples, como uma roupa que não serviu bem ou um evento que foi cancelado;

- Crises de choro inesperadas, não relacionadas a eventos que habitualmente provocam esta reação;

- Apatia, falta de interesse repentino em atividades que antes gostava muito;

- Medo excessivo ou recusa para ir à escola ou a atividades extracurriculares que frequenta regularmente;

- Medo intenso de ficar longe dos pais ou cuidadores, mesmo que por um breve momento.

Dra. Aline esclarece que, de acordo com cada idade, é natural a criança apresentar reações de frustração, medo, tristeza ou angústia. No entanto, quando esses episódios forem desproporcionais em relação às situações vivenciadas e, principalmente, quando virem acompanhados de sofrimento intenso, é crucial procurar ajuda especializada.

Como exemplo, a médica do Hospital São Camilo SP cita observações frequentes que recebe em seu consultório, vindas de pais e cuidadores de crianças de diferentes idades.

“Reações como querer ir embora da escola antes do final da aula,  um choro de arrependimento após uma crise exagerada, um medo intenso de apresentar trabalho em grupo, o autoisolamento e sintomas físicos como dor de cabeça, diarreia e perda de apetite por um longo período sem uma causa aparente, além de pânico diante de uma situação que antes era rotineira, estão cada vez mais frequentes e devem ser sinalizadas servir como sinais de alerta.”

Quando diagnosticada, a criança ou adolescente poderá receber o tratamento adequado que, além de minimizar os sintomas emocionais, também poderá favorecer seu desenvolvimento e, até mesmo, construir uma melhor relação com sua saúde mental e física.

“O tratamento pode ser medicamentoso, quando há a necessidade, mas sempre deve incluir o acompanhamento psicológico, que ajudará a criança a adquirir os recursos que necessita para lidar com a ansiedade e identificar gatilhos. A escola também tem um papel fundamental neste processo auxiliando a criança ou adolescente a se sentir compreendido e protegido para enfrentar esta fase ”, finaliza.

Além disso, prática de esportes, acompanhamento nutricional e realização de atividades de lazer podem contribuir para a ampliação do bem-estar, fator essencial no controle de crises de ansiedade.

Desmistificando o uso terapêutico da cannabis

 Clínica especializada chega a São Paulo; conheça as principais características do tratamento

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A cannabis é utilizada em tratamentos para dor crônica, esclerose múltipla, epilepsia, inflamações, entre outras


Redação/Hourpress

Ainda existe muita desinformação sobre o uso medicinal da cannabis sativa, a maconha. No entanto, para além das polêmicas, o fato é que as principais substâncias da cannabis estão se mostrando bastante eficientes no tratamento de diversas doenças, sinalizando uma contribuição significativa para a melhora da qualidade de vida de muitos pacientes. O tratamento já está disponível também em São Paulo, na Capital e em Sorocaba.

 

Quais doenças são possíveis de tratar?

 

A cannabis é utilizada em tratamentos para dor crônica, esclerose múltipla, epilepsia, inflamações, entre outras. O médico Ciro Cunha Couto Junior, da Clínica Gravital, explica que a cannabis auxilia de forma adjuvante nos tratamentos, em conjunto com outros medicamentos, proporcionando qualidade de vida aos pacientes. “Ela modula a percepção de dor, ajuda a regular os neurotransmissores, como serotonina e dopamina, e melhora a parte imunológica”, diz.

 

THC e CBD

Os principais componentes da cannabis, chamados de canabinoides, são o THC e o canabidiol, também conhecido como CBD. O tratamento com cannabis não altera a percepção de realidade. "O THC é o componente que poderia causar esse efeito, mas no tratamento ele é usado em quantidades mínimas, insuficientes para alterar percepção de realidade, ou muitas vezes nem existe na composição dos terapêuticos”, explica o médico.
 

Essa substância, entretanto, possui um poderoso potencial medicinal, principalmente no que diz respeito à sua efetiva capacidade analgésica e estimulante de apetite. Em virtude dessas duas propriedades, tende a ser especialmente benéfica para o tratamento de pessoas com câncer e dores crônicas.

 

Já o CBD, explica Ciro, não provoca alterações de percepção ou de humor, além de não causar dependência e ter toxicidade baixa. “Para alguns pacientes ele pode causar, como efeito colateral, o sono e a redução da pressão arterial.” É importante ressaltar, afirma Ciro, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda não tratar o canabidiol como uma droga, pois não causa dependência química e o uso pode ser interrompido sem crises de abstinências.

 

Conheça mais detalhes sobre os benefícios da cannabis medicinal em alguns tipos de tratamento:

 

Esclerose Múltipla - O THC e o CBD atuam em regiões que controlam a dor e os movimentos, podendo inibir a transmissão de impulsos que causam espasmos, a rigidez muscular, entre outros.
 

Dor Crônica - Nosso cérebro e nervos periféricos possuem receptores para os canabinoides. Quando eles se ligam às moléculas de CBD, podem reduzir consideravelmente os sinais da dor.

 

Epilepsia - O tratamento diminui a superativação de circuitos nervosos, responsáveis pelas convulsões. Pode beneficiar sobretudo crianças e adolescentes. O THC e o canabidiol possuem efeito anti-inflamatório, podendo tratar doenças como artrite reumatoide e distúrbios inflamatórios do trato gastrointestinal.

 

Espectro Autista - O canabidiol tem interação natural com os neurotransmissores do corpo humano, ou seja, quando ligados a eles, ajudam a equilibrar a função dos neurotransmissores. Dessa forma, é possível melhor controlar características como a inquietação excessiva.

 

Outras condições - As náuseas provocadas pela quimioterapia e o glaucoma podem ser tratados com os canabinoides. A ansiedade também pode ser tratada com o canabidiol e o THC.
 

Formas de uso

 

Os óleos são a forma mais comum de administrar a cannabis medicinal, mas dia a dia pesquisas e estudos avançam e novas práticas de administração estão surgindo e se popularizando, como as comestíveis, em forma de balas, em cápsulas e vaporizáveis. “É muito importante o acompanhamento de um médico na prescrição do tratamento e ao longo dele para analisar a evolução do caso e também para que se debata novas formas de uso e até novos produtos com canabinoides”, finaliza.
 

 

Gravital em SP
 

Fundada no Rio de Janeiro em 2019, a Clínica Gravital é a primeira clínica médica focada em tratamento à base de cannabis medicinal do Brasil. Possui hoje sete unidades no País, sendo duas no estado São Paulo: Capital e Sorocaba. Presente nas cidades paulistas com uma equipe multidisciplinar, atendem pacientes em tratamento de condições clínicas como insônia, doenças autoimunes, dores crônicas, fibromialgia, enxaqueca, autismo, doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, entre outras.
 


 

SERVIÇO

Para conhecer mais sobre a Gravital, visite o site

Contatos para público:

Fone: 0800 591 7788

WhatsApp: (21) 95901-7011

Endereços em São Paulo:

Rua Itapeva, 518 - Conj. 608 - Bela Vista - São Paulo/SP

Rua João Crespo Lopes, 671 - Jardim América -- Sorocaba/SP