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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Dois copos de refrigerante por dia já aumentam risco de problemas circulatórios e morte, diz estudo


Estudo de setembro analisando centenas de milhares de pessoas associou consumo de refrigerantes a maior risco de problemas circulatórios e morte prematura. Pesquisadores observaram que problema provém de bebidas açucaradas artificialmente e ricas em açúcar


Luís Alberto Alves/Hourpress

Independentemente do seu peso, se você não larga o refrigerante e mantém seu consumo frequente, é bom começar a se preocupar. Isso por que um novo artigo recente publicado no JAMA Internal Medicine, no começo de setembro, observou que um maior consumo de refrigerantes totais, adoçados com açúcar e adoçados artificialmente, foi associado a um maior risco de mortalidade por todas as causas. 

“Enquanto o consumo de refrigerantes adoçados artificialmente foi associado positivamente a mortes por doenças circulatórias, os refrigerantes adoçados com açúcar foram associados a mortes por doenças digestivas”, afirma a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e do American College of LifeStyle Medicine. Para o estudo, um grupo internacional analisou dados de 451.743 adultos de 10 países europeus. Os dados vieram da European Prospective Investigation on Cancer and Nutrition (EPIC).

 De acordo com o estudo, durante um acompanhamento médio (intervalo) de 16,4 anos, ocorreram 41.693 mortes. “Foi encontrada maior mortalidade por todas as causas entre os participantes que consumiram 2 ou mais copos de refrigerante por dia. Também foram observadas associações positivas entre refrigerantes adoçados artificialmente e mortes por doenças circulatórias, quando os participantes consumiam mais de dois copos por dia; já entre os refrigerantes adoçados com açúcar, o maior índice é por mortes por doenças digestivas, quando consumiam apenas um copo ou mais por dia”, informa o estudo.

 A angiologista Dra. Aline Lamaita explica que o açúcar está relacionado com a obesidade e com a diabetes mellitus. “Estudos mais recentes vêm apontando o carboidrato, o açúcar, que também está presente no refrigerante, como grande vilão para o aumento de colesterol. Além disso, com o diabetes, podemos desenvolver problemas arteriais, causar um espessamento e acúmulo de placas de gordura dentro da parede das artérias, entupindo as artérias. Dependendo de qual lugar do corpo isso acontece (de qual artéria foi afetada), você pode manifestar um infarto, um derrame ou com aquele problema de claudicação – que é quando você vai caminhar e tem dificuldade de andar porque falta sangue nas pernas (é como se a pessoa andasse uma quadra e tivesse que parar para descansar porque a perna começa a doer)”, afirmou a médica.

Já o grande problema dos refrigerantes adoçados artificialmente é a quantidade maior de sódio. “Geralmente, tudo que é gostoso tem um pouco de açúcar e de sódio, que confere sabor no alimento. Então quando você vai tirar o açúcar e acrescenta muito adoçante, uma maneira que a indústria usa para mascarar aquele sabor ruim do adoçante e realçar o sabor doce do alimento é acrescentando sódio. Você pode reparar que todo produto que é light, diet, zero, que é limitado em açúcar e contém adoçante, você pode olhar na tabela e comparar que ele tem mais composição de sódio em geral do que os outros”, explica a angiologista.

 “O sódio é vilão, porque ele vai contribuir com o aumento de pressão arterial, que é um fator de risco para a doença aterosclerótica e problemas circulatórios, e aumenta muito a retenção hídrica”, explica ela. “O sódio favorece a retenção de líquido, provoca inchaço e aumenta a pressão sobre os vasos sanguíneos e deixa o sangue mais denso, pesado, podendo favorecer a formação de coágulos”, explicou.

Com o estudo, há uma expectativa de mais campanhas de saúde pública destinadas a limitar o consumo de refrigerantes. “Mas é fundamental que você busque desde já ajuda de um médico ou nutricionista para eliminar gradualmente o consumo desse produto na sua dieta”, finalizou.

FONTE: Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a médica participa, na Universidade de Harvard, de cursos de pós-graduação que ensinam ferramentas para estimular mudanças no estilo de vida nos pacientes em prol da melhora da longevidade e qualidade de vida. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. http://www.alinelamaita.com.br/ 

No país mais depressivo do mundo, doença exige a atenção adequada



Quando a mente de uma pessoa passa a funcionar de forma anômala, temos de pensar em Depressão

* Dr. Edmundo Maia
Por diversos fatores, as pessoas estão apresentando mais desequilíbrios emocionais e mentais. Entre as principais causas destas incidências estão a violência urbana, abuso de álcool e/ou drogas, sedentarismo, exigências e cobranças no trabalho e de familiares, intolerância e ociosidade.
Todos passam por dificuldades e estresse. A tristeza faz parte da vida psicológica de todos os seres humanos. Porém, quando os sinais e sintomas de depressão aparecem, é indício de que o corpo está adoecendo. Quando a mente de uma pessoa passa a funcionar de forma anômala, temos de pensar em Depressão.
Por questões de preconceito e por falta de conhecimento, muitos negligenciam os efeitos da doença, acreditando ser algo simples de ser combatido. Entretanto, a Depressão é uma doença do corpo como um todo. Ela afeta sono, apetite, disposição física e diversos aspectos psicológicos, além de interferir na autoestima. A doença faz parte dos transtornos do humor, também conhecidas como doenças afetivas, por afetarem principalmente o estado de humor (humor triste, melancólico ou depressivo).
De 15 a 25% das pessoas (uma em cada quatro) podem ter uma crise depressiva pelo menos uma vez na vida, de forma a necessitar de tratamento. A depressão pode mudar a maneira alegre e sociável de ser, tornando a pessoa irritada, impaciente ou retraída. Choro, insatisfação, afastamento das atividades sociais, perda da energia, sentimento de culpa, pessimismo, inutilidade, incapacidade, desamparo e solidão estão entre os primeiros sinais.
Também são observados estágios de tristeza ou irritabilidade persistente, durante a maior parte do dia; sensações de desânimo, cansaço, indisposição e perda da capacidade de sentir prazer nas atividades habituais, tanto no trabalho como no lazer. Perde-se a libido, o desejo e o prazer sexual. Ansiedade, preocupação,insegurança e sentimentos de desesperança também vem associados.
São muito recorrentes também alterações do sono, tanto insônia como excesso de sono, ou acordar cansado, irritabilidade, inquietação, dificuldade de concentração, esquecimentos, dores de cabeça, nas costas e em articulações, além de ideias de morte e suicídio.
Deprimidos não conseguem reagir e melhorar por conta própria, por mais que queiram e tentem. A doença geralmente dura de semanas a anos, podendo aparecer junto com outras doenças do corpo e ser desencadeada por situações estressantes. Ou mesmo, "vir do nada", sem motivo aparente.
É importante que a conscientização ocorra de maneira constante. O Brasil é hoje o país mais depressivo e mais ansioso do mundo, segundo a OMS. 5,8% dos brasileiros são depressivos e 9,3% possuem problemas de ansiedade. Quadros como hipotireoidismo, obesidade, câncer e doenças crônicas e neurológicas podem se confundir com depressão, ou piorar o episódio depressivo. Daí a importância também de fazer uma avaliação médica completa. Para cada paciente podem ser necessárias abordagens que vão desde o uso de medicação, eletroconvulsoterapia (ECT) até psicoterapias individuais, de grupo ou familiares.
*Dr. Edmundo Clairefont Dias Maia é Médico Psiquiatra e médico do núcleo de Cirurgia Bariátrica do HSANP, hospital na Zona Norte de São Paulo. 

Franquias criam modelos mais econômicos para atrair novos investidores


Para driblar a crise econômica e crescer, redes tradicionais desenvolvem modelos de negócios mais enxutos

Redação/Hourpress
Para continuar crescendo diante do cenário atual brasileiro, algumas redes de franquias resolveram inovar e, de olho em novos mercados e empreendedores com menos recursos, investiram em uma estratégia que tem repercutido muito bem: o lançamento de modelos mais enxutos. Segundo dados da ABF -Associação Brasileira de Franchising-, o número de microfranquias cresceu 8% no último ano, reflexo, principalmente, das franquias que passaram a investir em novos negócios e se tornaram ‘mistas’, ou seja, redes de grande porte que incluíram outras opções ao negócio da rede, mais acessíveis e viáveis ao bolso do empreendedor. 
É o caso da Boali, que quer universalizar o acesso a alimentação saudável. A rede acrescentou dois modelos de negócios com valores mais enxutos -entre R$ 60 mil e R$ 150 mil-, com operação delivery e quiosque, respectivamente. Para Rodrigo Barros, CEO da Boali, “a rede quer diversificar seus canais de vendas atraindo novos parceiros dispostos a universalizar o acesso à boa alimentação por um preço módico e, assim, chegar a 80 unidades até o final de 2020”.
Outra rede tradicional do segmento é a Casa de Bolos, pioneira no segmento de bolos caseiros. Com o objetivo de crescer ‘dentro de casa’ -através dos próprios franqueados-, a rede criou o modelo chamado Quiosque do Bolo Caseiro no Pote, com investimento de R$ 99 mil e com foco exclusivo em centros comerciais.  “Temos o intuito de tornar nossas lojas uma extensão da casa do consumidor e com o desejo de nossos bolos estarem presentes na vida das famílias brasileiras como uma ferramenta para unir pessoas. Quando tudo isso é abraçado pelo franqueado, temos então mais um embaixador da marca, que propaga o conceito e cresce com ela”, explica Rafael Ramos, diretor de marketing do Grupo Casa de Bolos.
Já no segmento de educação, quem inovou foi a Park Idiomas. Criada em 1996 e no franchising desde 2000, a rede nasceu em Uberlândia já com a proposta de ser diferente em essência, tornando o aprendizado mais natural e eficaz. E conseguiu! Com o intuito de trazer o aluno para situações do dia a dia, lançaram recentemente o primeiro quiosque de escolas de idiomas do Brasil. O modelo custa a partir de R$ 75 mil, tem 22m² e cinco salas de aula, capaz de atender até 150 alunos, com uma média de dois por turma.
E se crise assusta, também pode se tornar sinônimo de oportunidade. Neste caso, algumas redes optaram por lançar modelos móveis ao invés de unidades físicas, como fez o Brechó Agora é Meu quando criou a BrechóBag. A inovação dispensa investimentos com infraestrutura, mobiliário e aluguel e é a oportunidade para quem quer empreender gastando pouco. A franquia custa R$ 5,9 mil e o franqueado recebe uma mala personalizada com capacidade para 100 peças.“É a evolução do modelo de venda porta a porta, antes só feita através de catálogos. O objetivo do novo formato da rede de franquias é democratizar o acesso às peças conceituais, chegando ao máximo de pessoas”, explica Siomara Leite, diretora da rede.

A segurança no transporte de produtos químicos



É importante ressaltar que todo esse processo deve ser iniciado com o treinamento periódico dos motoristas


* Elias Oliveira
Pelas rodovias paulistas são transportados milhares de produtos perigosos, como líquidos inflamáveis, explosivos, corrosivos, gases, materiais radioativos, entre outros. Para garantir a segurança desde a carga, o transporte até a descarga de substâncias químicas no destinatário, existem leis que devem ser, rigorosamente, respeitadas e fiscalizadas. Afinal, os impactos de um possível acidente são extremamente perigosos à saúde das pessoas, segurança pública e ao meio ambiente. 
É importante ressaltar que todo esse processo deve ser iniciado com o treinamento periódico dos motoristas, expedidores dos embarcadores e pessoas ligadas a logística das empresas. Em nosso país, é obrigatório que os motoristas tenham o curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP), responsável por conscientizá-los no transporte com segurança e também ensiná-los a agir em situações de emergência.
O transportador também deve providenciar junto ao Inmetro, o Certificado de Inspeção para Transporte de Produtos Perigosos (CIPP) e Certificado de Inspeção Veicular (CIV).O decreto nº 96.044 estabelece o regulamento para o transporte de cargas perigosas. Além dessa legislação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já aprovou diversas resoluções que tratam do tema, sendo que a mais recente e que passará a vigorar em 23 de dezembro de 2019 é a Resolução ANTT nº 5.848/2019 de 25/06/2019; portanto é necessário conhecer na íntegra esta resolução e as multas descritas para as irregularidades no caso de fiscalização, bem como a amarração da carga.
Outro fator fundamental e, inclusive, previsto em lei: é obrigatório que empresas e condutores respeitem uma jornada de trabalho com repouso diário de 11h a cada 24h e com intervalos mínimos de uma hora para refeição e de 30 minutos para descanso a cada 4 horas de tempo ininterruptos de direção.
Após o carregamento e a liberação pelo expedidor, os motoristas precisam verificar as condições gerais da unidade de transporte no decorrer da viagem, sempre estacionando em locais permitidos e seguros para avaliar o sistema de rodagem do veículo, o acondicionamento da carga sob a carroceria e sua integridade.
Em caso de vazamento de soluções químicas, os condutores devem tentar estacionar a unidade de transporte em um local seguro, distante de áreas densamente povoadas ou de grande movimento de veículos, e, assim que possível, acionar a empresa responsável e as autoridades da rodovia. Na sequência, é fundamental que utilizem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados à situação e ao produto, seguindo os procedimentos de emergência de acordo com o treinamento recebido, isolando a área próxima ao veículo.
Além da preparação dos condutores, os veículos precisam de uma avaliação minuciosa. É necessário checar se o caminhão e a empresa têm os documentos exigidos pela legislação e também a certificação do Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade (Sassmaq) lançado pela   Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), principal exigência aos veículos que prestam serviço de transporte rodoviário para a indústria química.
Assim como o transporte, a carga e a descarga dos produtos também devem ser realizadas por profissionais treinados, em locais apropriados para o armazenamento e com a utilização de equipamentos ideais para o serviço, como empilhadeiras, talhas ou plataformas específicas. Por fim, para garantir a segurança no trajeto, as rotas devem ser pré-definidas, com a checagem de quais pontos são de maiores ou menores riscos e seguir por aqueles considerados mais seguros, respeitando principalmente o limite da velocidade exigida na rodovia que se está trafegando.
Em relação a velocidade, em locais sem placas com diferenciação de limite para veículos pesados e leves para o tráfego de caminhões com produtos perigosos, é importante conscientizar os motoristas que seja 20% menor que a indicada para a via. Desta forma, aumenta a segurança no transporte destes produtos. Além desta questão, também é fundamental a realização de um trabalho educacional para alertá-los sobre os perigos de usar o celular enquanto estão no volante e proibindo-os.
Com estas ações, estaremos reduzindo, em muito, os riscos no transporte, preservando assim a integridade física do motorista, da sociedade e meio ambiente

*Elias Oliveira é Gestor Institucional da unidade de negócio Sabará Químicos e Ingredientes, pertencente ao Grupo Sabará, empresa que oferece ao mercado soluções integradas para o tratamento de águas industriais e saneamento básico, garantindo há mais de 60 anos o fornecimento de produtos, equipamentos, assistência técnica e prestação de serviços para a desinfecção de águas em diversos processos industriais.
É membro do Comitê Gestor do Processo de Distribuição Responsável (PRODIR) da Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (ASSOCIQUIM); membro da Comissão de Manuseio e Transporte (CMT) da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (ABICLOR); Coordenador da Subcomissão da Região de Campinas da Comissão de Estudos e Prevenção de Acidente no Transporte Terrestre de Produtos Perigosos da Secretaria Estadual de Logística e Transportes do Estado de São Paulo.

Substitutos da carne e do leite: alternativas proteicas para uma dieta vegetariana





Como no caso de indivíduos veganos (vegetarianos estritos)
*Daniel Magnoni 

Quando falamos de alimentação vegetariana ou vegana, uma das primeiras questões que surgem como pauta é relacionada a adequação de proteínas. Como já sabido, dietas vegetarianas são marcadas pela exclusão de alimentos de origem animal, como peixes, carnes, aves e seus derivados, podendo ou não fazer o consumo de laticínios ou ovos -  como no caso de indivíduos veganos (vegetarianos estritos).  

Nesse sentido, a restrição de produtos de origem animal, conhecidos por serem uma completa fonte proteica, requisita uma atenção maior na escolha de alimentos de origem vegetal que supram as necessidades de proteína de maneira efetiva, adquirindo todos os aminoácidos essenciais e atendendo às demandas de outros nutrientes importantes como ferro, cálcio e vitamina D. 

Ao contrário do que muitos pensam, a proteína vegetal pode facilmente satisfazer às necessidades diárias do nutriente, mas desde que haja o consumo variado de alimentos fonte combinado com ingestão energética adequada. 

Um dos caminhos mais comuns encontrados pelos vegetarianos para ajustar os níveis de proteína da dieta é o consumo de soja. Conhecida por ser uma boa opção proteica, com teor total variando de 36% a 46%, a soja apresenta extensa versatilidade na produção de produtos análogos da carne e do leite, tornando-se um importante alimento no plano alimentar de indivíduos que realizam restrição do consumo animal.  

Um grande exemplo de produto de soja que pode ser utilizado como substituto da carne, contendo inclusive textura e aparência semelhante, é a Proteína Texturizada de Soja (PTS). A soja in natura e outros produtos como tofu, fermentados de soja e proteína isolada de soja também são opções de consumo, sendo que esta última pode ser adicionada à diversas preparações ou refeições para aumentar seus valores nutricionais.   

Além do consumo de soja em si, uma excelente estratégia para obter todos os aminoácidos essenciais presentes na carne é a mistura de cereais e leguminosas, como por exemplo, a clássica combinação de arroz e feijão. As leguminosas fornecem quantidades adequadas dos aminoácidos lisina, leucina e arginina. Por sua vez, os cereais são boas fontes de triptofano e metionina. Assim, a associação entre cereais e leguminosas proporciona prontamente uma adequada ingestão proteica, melhorando o perfil de aminoácidos da dieta. 

Quanto aos substitutos do leite, existe uma vasta gama de possibilidades, mas é muito importante atentar-se ao perfil nutricional de cada um. Apesar das vantagens como a ausência de colesterol e melhor perfil de gorduras, as alternativas de leite com base vegetal ainda possuem diferenças importantes entre si e que devem ser levadas em consideração.

Leite de soja
Em termos nutricionais, o extrato de soja é uma das melhores alternativas para substituir o leite de vaca, tendo em vista que dentre as opções vegetais, é a que mais se assemelha em quantidades de proteína e outros nutrientes. Entretanto, para alguns, a desvantagem no extrato de soja encontra-se no sabor desagradável, uma queixa frequente entre os consumidores.

Leite de amêndoa
O extrato de amêndoa é muito popular pelo seu sabor e aroma. Possui um bom teor de gorduras monoinsaturadas, proteínas, fibras, vitamina E, além de uma menor quantidade de calorias.

Leite de arroz
Com relação ao extrato de arroz, este possui uma quantidade elevada de carboidrato, inclusive maior que o leite de vaca. Não deve ser utilizado como um substituto, já que carece de proteínas e minerais como o cálcio*.

Leite de coco
Muito utilizado na culinária brasileira, o extrato de coco também não é visto como um bom substituto para o leite de vaca. Apesar de possuir ácido láurico, que de acordo com estudos pode aumentar o colesterol bom (HDL) e diminuir o colesterol ruim (LDL), o produto possui uma elevada quantidade de gordura saturada e diversidade limitada de nutrientes.   

*O conteúdo de cálcio presente nestas opções de leite vegetal normalmente provem da fortificação da indústria, que adiciona o mineral para imitar os níveis presentes naturalmente no leite de vaca. 

A dieta vegetariana proporciona diversos benefícios à saúde, desde que devidamente orientada. Um plano alimentar bem planejado, variado e com a seleção adequada de alimentos fornece facilmente todos os nutrientes necessários, mesmo sem a ingestão de alimentos de origem animal. Sob esses cuidados, a alimentação vegetariana é considerada muito saudável, sendo capaz de auxiliar na redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis e melhorar a qualidade de vida de quem a adota.


Nutrientes para a Vida 

A Nutrientes Para Vida (NPV) é uma iniciativa que tem por missão inovadora para informar a população sobre a importância dos nutrientes para as plantas e para os seres humanos. Sua atuação está baseada em informações científicas, de forma a explicar o papel essencial dos fertilizantes na segurança alimentar, tanto na quantidade como na qualidade do alimento produzido. O uso do fertilizante está alicerçado nos aspectos sociais, econômicos e ambientais.

• Daniel Magnoni, consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM 

Força de trabalho feminina: mulheres já representam 43% dos cargos de liderança no Brasil


Cerca de 70% do quadro de funcionários da Fundação Pró-Renal são mulheres

Luís Alberto Alves/Hourpress
Atualmente no Brasil há 9,3 milhões de mulheres empreendedoras, segundo a Agência Sebrae de Notícias, o que representa 34% de todos os negócios formais e informais do país. A busca pela independência financeira ou ter uma outra fonte de renda são os principais motivos que levam as mulheres a se tornarem empreendedoras.
O número de mulheres que são chefes de família também é um número considerável. “Antes as mulheres não lutavam pelo espaço, era apenas um complemento para a renda. Em torno de 43% atualmente são chefes de domicílio, é um número bastante significativo. Antes a mulher buscava por condições diferentes. Hoje não há mais motivos para ganhar menos”, afirma Juliana Bacilla de Souza, consultora de negócios do Sebrae-PR. Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2017, dos 2,6 milhões de empregos em cargos de chefia, 1.143.821 eram ocupados por mulheres.
Um estudo chamado Mulheres, Empresas e Direito 2019, feito pelo Banco Mundial, mostra que o Brasil, se comparado a outros países, encontra-se em uma boa posição no que diz respeito a liberdade das mulheres em se deslocar, iniciar em um emprego, trabalhar sem a permissão do marido e tendo autonomia de gerenciar.
Mas as mulheres empreendedoras ainda encontram outra dificuldade: as linhas de financiamentos. O valor de crédito disponibilizado para empréstimos para elas em instituições bancárias é de R$ 13 mil a menos do que para os homens e a taxa de juros é de 3,5% a mais — mesmo que o público feminino represente uma taxa de inadimplência menor que o público masculino, sendo 3,7% para 4,2%. "Hoje mais de 50% dos negócios iniciais são liderados por mulheres, em diversas áreas. O empreendedorismo por oportunidade voltou a crescer. As mulheres estudaram, voltaram a crescer, foram atrás e fizeram diferente do empreendedorismo por necessidade", explica a consultora do Sebrae-PR.  
MULHERES NO PODER — Na Fundação Pró-Renal de Curitiba, 69,2% dos funcionários são mulheres e, dessas, 12 são líderes, representando 8,5% em relação ao número geral de funcionários. Um exemplo é Anelise Marcolin. Diretora executiva da instituição há dez anos, enfermeira de formação e pós-graduada em Nefrologia, ela conta que sua carreira foi desenvolvida sempre em empresa multinacional. “Trabalhei em vendas e em marketing no desenvolvimento de produtos; coordenei e implantei programas de qualidade em saúde em clínicas de diálise em diferentes regiões do Brasil, também liderei equipes e participei de desenvolvimento de eventos de saúde. Meu aperfeiçoamento sempre foi voltado para gestão empresarial e liderança”, conta. Para ela, para ser diretora de uma instituição sem fins lucrativos, é necessário ter criatividade, entender as áreas de captação de recursos e é crucial diversificar inovar as fontes de receitas.
As mulheres ainda enfrentam muitas dificuldades relacionadas ao preconceito e ao machismo dentro das organizações quando o assunto é o mercado de trabalho. Um bom exemplo são os salários pagos a elas, que, segundo a RAIS, representam 69,8% do salário dos homens. “Quanto a diferença salarial acho uma grande injustiça, pois não é o gênero que define a entrega do resultado, mas sim o compromisso e as competências para com as metas institucionais; acredito muito na competência e habilidade feminina em liderar”, complementa Anelise.
“A ascensão das mulheres é inevitável não só na saúde, mas em diferentes áreas ditas, inclusive as exclusivas aos homens. Acho fundamental quebrar muitos preconceitos, como fragilidade, instabilidade de humor, falta de foco; ao contrário, somos muito mais focadas, dedicadas e trabalhamos muito melhor com equipes”, defende Anelise, que acredita no poder de compartilhar das mulheres, na flexibilidade e no poder de comunicação. “Acho que as mulheres são muito preparadas para ensinar e não reter o conhecimento. Aprendemos a respeitar as diferenças e a trabalhar com a multidisciplinaridade das equipes”, finaliza a diretora da Fundação Pró-Renal. 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Palestra debate o papel da Perícia Criminal na investigação de crimes econômico-financeiros




FECAP recebe Aula Aberta da Pós-graduação em Perícia com pontuação no CRC-SP


Luis Alberto Alves/Hourpress
 
No próximo dia 2 de outubro, acontece a Aula Aberta “O papel da Perícia Criminal na investigação de crimes econômico-financeiros”, com início às 19h30, no auditório da FECAP do Largo São Francisco. Quem ministrará a atividade é Rodrigo Araújo do Carmo, Perito Criminal Federal há 13 anos, atuante na área de combate a crimes econômicos. O evento é gratuito e aberto à comunidade.
 
A palestra, promovida pela pós-graduação da FECAP, visa apresentar o papel das atividades periciais e do próprio perito criminal na investigação de crimes financeiros, de modo a demonstrar a importância, as formas de alinhamento e a parceria com as atividades de auditoria governamental para detecção de fraudes.
 
Por meio da atividade, o aluno deve perceber o grau de atuação e a importância dos profissionais Perito e Auditor no combate desses crimes, ao mesmo tempo em que ficarão visíveis as oportunidades de carreira nessas áreas. A participação garante pontuação no Programa de Educação Continuada para Peritos e Auditores.
 
 
Saiba mais sobre o palestrante:
Formado em Ciências Econômicas pela USP, Rodrigo Araújo é Perito Criminal Federal há 13 anos (desde 2006), atuante na área de combate a crimes econômico-financeiros. Trabalhou em diversas operações de repercussão: Satiagraha, Themis, Pronto Emprego, Castelo de Areia, Encilhamento, entre outras.

Relatório mostra aumento de 8,8% de imigrantes trabalhando no Brasil no 2º trimestre




Investimentos de imigrantes residentes passaram de R$ 20,8 milhões para R$ 51,9 milhões. Italianos, chineses, franceses e portugueses são as principais nacionalidades

Redação/Hourpress
Relatório da Coordenação Geral de Imigração Laboral (CGIL) do Ministério da Justiça e Segurança Pública mostra um aumento de 8,8% no número de trabalhadores imigrantes no mercado brasileiro no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação, o número de permissões de trabalho passou de 6.865 para 7.467.  O relatório completo está no link https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/dados/relatorio_trimestral/Relat%C3%B3rio%202%C2%BAtrimestre%20CGIL.pdf
O número de profissionais e técnicos manteve-se estável em relação ao ano passado, mas houve o incremento principalmente entre os executivos ligados a grandes empresas (94%) e investidores em geral (27%). “Isso quer dizer que está havendo um interesse em investir no Brasil”, afirma a sócia da Fragomen no Brasil e diretora da Abemmi (Associação Brasileira de Especialistas em Migração e Mobilidade Internacional), Diana Quintas.
Esses imigrantes injetaram R$ 51,9 milhões entre abril e junho de 2019, um aumento de 60% em relação ao período anterior que foi de R$ 20,8 milhões. Nessa conta, estão tanto os investidores com residência prévia, quanto os que garantiram residência permanente no País.  Os italianos, chineses, franceses e portugueses foram as principais nacionalidades responsáveis por esse aumento.
O Estado do Ceará foi o principal destino do volume de investimentos realizados no segundo trimestre de 2019, somando R$ 16.657.990,6, quase quatro vezes os valores investidos no estado nordestino no mesmo período de 2018.

Mais mulheres
Mesmo com a predominância de contratação de pessoas do sexo masculino (6.751), no segundo trimestre deste ano, o número de mulheres contratadas cresceu 36,1% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 526 para 716 profissionais.
Outra característica do fluxo de profissionais para o Brasil é a qualificação dos mesmos. Os que têm formação igual ou maior que a graduação, representando 66% do total.
Os estados do Rio de Janeiro (3.004) e São Paulo (2.598) continuam sendo aqueles com maior concentração no número de autorizações de residência. Mas alguns estados se destacam pelo crescimento: Rio Grande do Sul (aumento de 57%), Espírito Santo (167%), Ceará (93%) e Pernambuco (28%).
 A Fragomen no Brasil
A Fragomen é a maior e mais antiga empresa de imigração do mundo. Nascida em 1951 em Nova York (EUA), chegou ao Brasil em 2012, com a abertura de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo. Atualmente, está presente em mais de 160 países, em todos os continentes.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Nova norma restringe crédito em operações interestaduais e ameaça lucro dos atacadistas do DF


Jacques Veloso aponta que a IN 12/2019 restringe o benefício concedido ao mercado de atacado da região e pode trazer prejuízos ao setor

Redação/Hourpress
Publicada no dia 31 de julho, a IN 12/2019 chegou com o intuito de instituir normas complementares para a fruição do benefício instituído pelo Decreto 39.753 do dia 02/04/2019. O benefício em questão consiste na cópia de já existente no Estado de Goiás pelo qual se valida um crédito de ICMS de 3% sobre o valor das saídas interestaduais realizadas pelos estabelecimentos atacadistas.
Porém, ao invés de instituir de fato crédito, a norma acaba por prejudicar o setor atacadista, como aponta o especialista em direito tributário, Jacques Veloso de Melo. "Ao contrário de apenas regulamentar, a IN 12 acabou por revogar parte deste, e pior, de forma retroativa um benefício visa outorgar competitividade ao atacadista local equalizando a sua carga tributária com os concorrentes da região centro-oeste", diz.
O advogado explica que o artigo 2º do Decreto 39.753 institui o benefício, estabelecendo que o crédito será "o equivalente ao percentual de 3%, na saída interestadual que destine mercadoria para comercialização, produção ou industrialização, aplicado sobre o valor da correspondente base de cálculo", destacando apenas restrições específicas como petróleo, combustível, lubrificante, energia elétrica e outras mercadorias e operações que forem indicadas em ato do Secretário de Estado de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão. "O benefício somente não se aplica com os produtos destacados no Decreto, não pode ser usado de forma cumulativa com o FIDE e com o IDEAS (benefícios financeiros previstos na legislação do DF) e não pode resultar em acúmulo de crédito por mais de 3 meses", completa Jacques.
Porém, como o advogado tributarista levanta, a IN traz diversas normas que determinam estorno de crédito relativos a aquisição de mercadorias e determinações de estorno contábil que também vão além do previsto no Decreto 39.753. A norma instituidora do benefício é clara ao afirmar que o estorno de crédito somente precisa ocorrer trimestralmente caso haja acúmulo deste no período, já a IN introduz uma norma restritiva imediata, determinando o estorno de crédito das operações de aquisição a cada operação de acordo com a carga tributária desta, ou seja, mais uma vez revogando a disposição do decreto.
"Piorando ainda mais a situação, a IN foi publicada no dia 31/07, mas prevê que sua validade é retroativa a 17/04/2019, ou seja, retroagindo seus efeitos e determinando que a deve ser feita uma nova apuração, adequando a escrituração fiscal conforme suas determinações em até 120 dias de sua publicação", comenta.
Para Veloso de Melo, é evidente a impropriedade da referida IN, pois não observa o princípio da hierarquia das normas e revoga parte do Decreto 39.753, além de ofender o princípio da irretroatividade das normas tributárias no momento que determina que seja feita uma nova escrituração fiscal que, certamente, é menos benéfica ao contribuinte.
O advogado ainda alerta: "Caberá aos atacadistas do DF buscar abrigo no Judiciário para afastar os prejuízos que estão sendo indevidamente impostos pela IN 12".

Guarulhos (SP) recebe evento sobre cidades inteligentes



A primeira cidade inteligente social do mundo foi inaugurada em janeiro, nas proximidades de Fortaleza (CE)

Redação/Hourpress

A CEO do Grupo Planet, Susanna Marchionni, participa de uma palestra sobre o conceito de cidade Inteligente Inclusiva, durante o primeiro evento Cidades e Condomínios Inteligentes 2019 (CCI), que acontece no The Brik – Vila Augusta, em Guarulhos.
Segundo censo realizado pela Secretaria Municipal de Habitação da cidade de Guarulhos, o município tem cerca de 90 mil famílias em áreas de risco e o primeiro encontro CCI 2019 será para apresentar alternativas em busca de zerar o déficit habitacional.
A primeira cidade inteligente social do mundo foi inaugurada em janeiro, nas proximidades de Fortaleza (CE), e já conta com moradores. Com lotes que variam entre 50m² e 110m², a Smart City Laguna conta com preços acessíveis.
  “Nosso modelo de negócio é inovador e consiste em oferecer qualidade superior a preços acessíveis”, explica Susanna Marchionni, CEO da Planet no Brasil.
Com planejamento cuidadoso, estratégias para sustentabilidade e tecnologia avançada, os projetos da empresa ítalo-britânica têm como um dos principais alvos o segmento da população no perfil do “Minha Casa, Minha Vida”. É o oposto das construções similares já realizadas no Brasil, que miram os mais ricos.
 Recentemente o Grupo Planet iniciou as obras para o segundo projeto, na cidade de São Gonçalo do Amarante (RN), próximo à Natal. A construção recebe o nome de Smart City Natal, conta com aportes de R$ 140 milhões e deverá abrigar 15 mil pessoas. Segundo Marchionni, o objetivo é iniciar as obras de mais duas cidades inteligentes ainda em 2019.
 Sobre a PLANET Smart City (www.planetsmartcity.com)
O Grupo PLANET é formado por empresas italianas, britânicas e brasileiras e inovou criando o conceito de cidade inteligente social e que desenvolve soluções tecnológicas para o crescimento econômico e sustentável das cidades inteligentes. Responsável por idealizar o projeto piloto Smart City Laguna, a primeira Cidade Inteligente Social do Mundo, que está sendo construída no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará/Brasil. Seus fundadores possuem 25 anos de experiência no mercado imobiliário e na construção civil, nacional e internacional.