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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

CPMI da JBS decide ouvir ex-diretor do grupo em reunião fechada


Villela foi acusado de repassar informações sigilosas da Operação Greenfield em troca de pagamento feito por Souza, ex-advogado da empresa Eldorado Celulose, do grupo JBS

Luís Alberto Alves/Agência Câmara

A CPMI da JBS vai ouvir o depoimento do advogado Francisco Assis e Silva em reunião reservada. Silva é ex-diretor jurídico do grupo JBS e celebrou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Ele pediu para que a reunião seja fechada alegando sigilo de informações.
Silva, na delação premiada, acusou o procurador da República angelo Goulart Villela de receber R$ 50 mil do advogado Willer Tomaz de Souza para repassar informações ao grupo JBS.
Convocação de JanotNo início da reunião, o relator da CPMI da JBS, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), sugeriu transformar em convocação o convite aprovado pela comissão para que seja ouvido o ex-procurador geral da República Rodrigo Janot. A diferença é que o convite não obriga o comparecimento do depoente, ao contrário da convocação.
Marun justificou a convocação de Janot com base nos depoimentos do procurador da República Ângelo Goulart Villela e do advogado Willer Tomaz de Souza. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público e chegaram a ficar presos por mais de dois meses.
Villela foi acusado de repassar informações sigilosas da Operação Greenfield em troca de pagamento feito por Souza, ex-advogado da empresa Eldorado Celulose, do grupo JBS, investigada pela operação policial.
Em depoimento à CPMI, acusaram Rodrigo Janot de agir politicamente com o objetivo de derrubar o presidente Michel Temer e questionaram os procedimentos do Ministério Público relativos às delações premiadas, principalmente as colaborações firmadas com os executivos do grupo JBS.
“Existe um fato concreto: eles ficaram mais de dois meses presos, o que contraria o estado de Direito, e isso tem que ser explicado”, disse Marun.
O presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), disse que recebeu pedidos de outros membros da comissão para que Janot seja convocado.
Marun pediu prioridade para a votação do requerimento de convocação de Janot na próxima reunião da comissão.

A audiência está sendo realizada plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

Comissão prevê pagamento de benefício temporário à mulher vítima de violência doméstica


A relatora citou estudo feito pela Secretaria de Transparência do Senado que aponta o medo do agressor como a principal razão para a não formalização de denúncia por parte da mulher

Luís Alberto Alves/Agência Câmara
A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou proposta que altera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas – 8.742/93) para criar um benefício eventual a ser pago à mulher vítima de violência doméstica e familiar.
Pelo projeto (PL 8330/15, do Senado), o benefício deverá ser pago por prazo não inferior a seis meses.
Segundo o texto, a situação de vulnerabilidade temporária fica caracterizada pela possibilidade de danos à integridade pessoal da mulher ou de seus familiares, incluindo perdas decorrentes da privação de bens.
Relatora na comissão, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) apresentou parecer pela aprovação. “Entendemos ser de fundamental importância a aprovação do projeto porque ele complementa a lógica de tratamento integral, conferido pela Lei Maria da Penha, e oferece mais um importante instrumento de proteção à mulher vitimada”, disse a relatora.
De acordo com a deputada, ao prever o pagamento de benefício assistencial, o projeto garante a possibilidade de reestruturação patrimonial da vítima e aumenta as chances de sua libertação de uma condição ”patriarcal, machista e opressora”.
A relatora citou estudo feito pela Secretaria de Transparência do Senado que aponta o medo do agressor como a principal razão para a não formalização de denúncia por parte da mulher. O mesmo estudo conclui que a dependência financeira e a preocupação com a criação dos filhos também despontam como graves empecilhos à efetividade da Lei Maria da Penha.
Tramitação 
O projeto será agora analisado conclusivamente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.  

Trabalhador na roça...


De volta ao passado


Brasil real!


Cara de pau!


Somália


terça-feira, 17 de outubro de 2017

Combate à violência contra mulher analisa plano de trabalho nesta quarta


Foi remarcada para esta quarta-feira (18), às 14h30, a apresentação do plano de trabalho da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher. Por falta de quórum, a reunião que estava agendada para a tarde desta terça-feira (17) não foi realizada

Luís Alberto Alves/Agência Câmara

No próximo encontro da comissão, a relatora, deputada Luizianne Lins (PT-CE), apresentará seu plano de trabalho. Também estão na pauta da comissão, a apresentação da pesquisa "Violência doméstica e familiar contra a mulher" realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher e a votação de requerimentos.

Emendas LOA
A Comissão também deve votar e enviar suas emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2018 (PLN 20/2017), que está na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). As comissões mistas permanentes do Congresso Nacional têm até o dia 20 de outubro para deliberarem sobre suas emendas. Cada uma dessas comissões pode apresentar até oito emendas ao orçamento, desde que no âmbito de suas competências regimentais.
A reunião será no plenário 6, da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado.

Comissão aprova revogação de norma do Contran que proíbe som audível fora do carro


A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 542/16, do deputado Cabo Sabino (PR-CE), que revoga a atual norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre som automotivo (Resolução 624, de 2016)

Luís Alberto Alves/Agência Câmara
A resolução proíbe a utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som audível pelo lado externo, independentemente do volume ou frequência, que perturbe o sossego público, nas vias terrestres abertas à circulação.
Conforme esta norma, o agente de trânsito deverá registrar, no campo de observações do auto de infração, a forma de constatação do fato gerador da infração.
Para Cabo Sabino, trata-se de “uma medida oportunista, com vistas a aumentar a arrecadação dos órgãos de trânsito”. Isto porque a resolução eliminou o critério estabelecido pela norma antes em vigor, que exigira a medição do som por meio de decibelímetro.
O deputado quer recuperar a validade da resolução anterior, de 2006. Essa norma proibia a utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produzisse som em nível de pressão sonora superior a 80 decibéis, medido a sete metros de distância do veículo.
Relator
O relator do projeto, deputado Marcio Alvino (PR-SP), concordou com o autor. “Concordamos que o sossego público deve ser respeitado e que a fiscalização deve atuar com rigor para coibir práticas ilegais que incomodem ou perturbem a paz das pessoas. Mas seria razoável deixar a cargo da mera percepção do agente de fiscalização do trânsito a definição sobre o sossego ter sido ou não violado? Não ficaríamos sujeitos à discricionariedade desse agente público?”, questionou Alvino.
Tramitação
O projeto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois pelo Plenário.

Comissão aprova pedido de auditoria para verificar uso de recursos do DPVAT

O seguro, que é pago por todos os donos de veículos, indeniza vítimas de acidentes de trânsito em casos de morte e invalidez permanente

Luís Alberto Alves/Agência Câmara

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Reunião Ordinária. Dep. Hugo Motta (PMDB - PB)
Hugo Motta: recursos arrecadados pelo DPVAT podem estar sendo alvo de uma quadrilha
A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou a realização de auditoria, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), para verificar possíveis irregularidades no uso dos recursos do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).
A realização do procedimento fiscalizatório está prevista na Proposta de Fiscalização e Controle 73/16, da deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ).
A deputada se baseia em reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que no dia 31 de maio de 2015 mostrou denúncias de fraudes no DPVAT da ordem de R$ 1 bilhão por ano.
Segundo a Lei 6.194/74, que regula o DPVAT, 45% dos recursos arrecadados são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e 5% ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). No ano de 2014, essas porcentagens atingiram R$ 3,82 bilhões e R$ 425 milhões, respectivamente.
“Temos, portanto, um volume muito grande de recursos arrecadados pelo DPVAT que podem estar sendo alvo de uma quadrilha que já frauda, no mínimo, a sistemática de pagamento dessas indenizações”, avaliou o relator no colegiado, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), ao recomendar a realização da auditoria.
Solicitação ao TCU
Motta determinou que seja solicitado ao TCU que examine se os recursos arrecadados pelo DPVAT estão sendo aplicados e repassados conforme a legislação aplicável. Os resultados da auditoria, segundo Motta, deverão ser enviados ao colegiado para que possa tomar as providências necessárias.

Trabalhadores reclamam de desamparo após acidente em serviço


Em audiência pública na Câmara, foram discutidos casos de limbo previdenciário, quando a previdência não assume o trabalhador lesionado para receber o seguro social, nem a empresa recebe essa pessoa de volta

Luís Alberto Alves/Agência Câmara

Quando um trabalhador sofre algum tipo de acidente no trabalho e é impossibilitado de exercer sua função tem direito a receber um seguro previdenciário pelo INSS. Quando o INSS avalia que o cidadão ainda tem condições de trabalhar, a empresa deve aceitá-lo de volta por pelo menos um ano. Mas o que fazer quando essa pessoa, ao voltar na empresa, recebe dela uma avaliação oposta à do INSS, dizendo que na verdade ela não pode voltar ao trabalho?
Quando nem a previdência assume o trabalhador lesionado para receber o seguro social e nem a empresa recebe essa pessoa de volta, alegando que ela ainda não tem condições de trabalhar, trata-se se uma situação conhecida como limbo previdenciário.
O assunto foi discutido em audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, a pedido da ADLT, a Associação em Defesa dos Lesionados no Trabalho.
O vice-presidente da organização, Fábio da Silva, relata que, no Brasil, são dois milhões de trabalhadores nessa situação. Ele mesmo faz parte desse grupo, e conta que já está há 8 meses sem receber o benefício do governo e também sem poder voltar para a empresa em que trabalhava.
"A empresa não me quer lá, o INSS não me dá o benefício. (...) Isso é uma covardia que o governo federal faz com os trabalhadores no Brasil. O INSS, a Justiça do Trabalho ficaria 8 meses sem receber salário com 4 pinos na coluna e duas placas? (...) Porque nós somos uma máquina de mutilação e o Ministério do Trabalho não faz a parte dele de fiscalizar e o INSS nem se quer para me dar a oportunidade de me reabilitar".
A associação pede a revogação da Lei (Lei 13.457/2017), aprovada em junho deste ano, que alterou a concessão de benefícios do INSS, e que sejam feitas parcerias para a reabilitação desses trabalhadores.
O analista técnico de Políticas Sociais, da Secretaria da Previdência, Orion de Oliveira, afirmou que a medida tem como objetivo melhorar a gestão dos benefícios, e que quaisquer descumprimentos da lei devem ser denunciados. Mas, de acordo com o gestor, o limbo previdenciário realmente existe, mas que a responsabilidade é da empresa que tem de receber o trabalhador que foi habilitado pelo INSS.
"Em regra, as decisões da Justiça do Trabalho têm sido de que a responsabilidade por receber esse trabalhador é da empresa, uma vez que o perito do INSS tem soberania para dizer sobre a existência de incapacidade ou não para fins de concessão de benefícios previdenciários. A reabilitação com certeza é uma política de aperfeiçoamento, a gente tem trabalhado muito nisso, contamos com parcerias como a do Sesi para que a gente possa, sim, cumprir o papel de devolver esse segurado para o mercado de trabalho".
O deputado Assis do Couto (PDT-PR), que presidiu a audiência, disse que uma das medidas a serem tomadas pela Comissão é tentar retomar um grupo de trabalho para a reabilitação integral, prevista num decreto presidencial de 2016, mas que ainda não foi posto em prática.
"Num momento de alto desemprego, de queda da economia, essas questões tendem a se alarmar. O caso do Fábio não é um caso isolado, é um caso de milhões de brasileiros que estão nessa situação, e o nosso compromisso aqui é primeiro ver o que que a gente pode alterar na legislação (...) Pedir ao INSS, ao Ministério do Trabalho, da Fazendo para que reconstitua esse grupo de trabalho, talvez em parceria com os S da iniciativa privada".
Também participaram da audiência representantes do Ministério do Trabalho, que relataram que o número de auditores é muito menor do que o necessário para atender à demanda do mercado atual, e do Senai, que indicou programas de reabilitação e reinserção dessas pessoas no mercado.

Apenas 4% das 500 maiores empresas brasileiras têm negros no corpo executivo, aponta ativista


Para a palestrante, o racismo, o patriarcado e a LGBTfobia são estruturantes do mundo do trabalho, e não exceções

Luís Alberto Alves/Agência Câmara
A presidente nacional da Unegro (União de Negros e Negras pela Igualdade), Ângela Guimarães, destacou nesta terça-feira (22) que apenas 4% das 500 maiores empresas brasileiras contam com negros no corpo de direção executivo e menos de 1% contaria com mulheres negras na direção executiva. Os dados são de pesquisa feita pelo Instituto Ethos, e, segundo a palestrante, não se alteram desde 2010.
As declarações foram dadas em seminário "LGBTfobia e Racismo no Mundo do Trabalho", promovido pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. Segundo ela, a mesma pesquisa mostrou que 56% de aprendizes e estagiários nessas empresas são negros. Ela defendeu a realização de censos oficiais sobre a presença de negros, mulheres e pessoas LGBT no mercado de trabalho.
Cotas raciais
Conforme Ângela, a barreira da escolaridade para o negro foi em grande parte superada, já que as cotas possibilitaram a ascensão ao ensino superior. “Mas não houve essa mesma correspondência no mundo do trabalho”, avaliou. Em sua opinião, o “ambiente de desmonte de direitos sociais e trabalhistas” pelo atual governo pode piorar esse quadro.
Ela defendeu um engajamento das empresas e do serviço público para “aproveitar toda a capacidade da população negra”, incluindo comitê pró-equidade, política de cotas e programas de capacitação.
Para a palestrante, o racismo, o patriarcado e a LGBTfobia são estruturantes do mundo do trabalho, e não exceções. “A mulher negra se encontra na base, no subsolo, da pirâmide estrutural do mundo do trabalho”, ressaltou. “Mulheres negras recebem apenas 35% do que recebem homens brancos desempenhando as mesmas funções”, completou.
Ângela salientou a importância do trabalho para a dignidade e a emancipação. “O direito ao trabalho deveria ser universal, mas o que nós vemos não é isso: a estrutura do mundo do trabalho é absolutamente desigual”, apontou.

Audiência debaterá projeto que busca evitar fraudes em cotas raciais


Comissão de Cultura convidou professores para discutir proposta que inclui dispositivos no Estatuto da Igualdade Racial
Luís Alberto Alves/Agência Câmara
Leonardo Prado/Câmara
Audiência pública para esclarecimentos sobre fatos relacionados ao objeto de investigação da CPI. Dep. Chico DAngelo (PT - RJ)
Chico D'Angelo: cotas precisam beneficiar apenas quem tem direito à reparação
A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realiza na quarta-feira (18) audiência pública para debater o Projeto de Lei 6573/16, que altera o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10) para exigir documento complementar na autodeclaração como negro ou pardo para fins de ação afirmativa. O projeto também prevê multa em caso de fraude comprovada, cujos recursos serão utilizados no financiamento de “ações educacionais étnico-raciais”.
“Este projeto visa aprimorar o marco legal para que as ações afirmativas possam seguir cumprindo seu objetivo de corrigir as injustiças históricas contra a população não branca e, assim, contribuir para que o País pague sua imensa dívida com a população negra, parda e indígena”, diz o autor da proposta, deputado Chico D'Angelo (PT-RJ), que solicitou o debate na comissão.
Segundo ele, o projeto foi elaborado a partir de sugestão de ativistas pela igualdade racial que consideram necessário aprimorar os mecanismos de autodeclaração para fins de ação afirmativa. “Esse projeto leva em conta denúncias de fraude – ainda que em pequena proporção – e de burlas ao sistema de ação afirmativa vigente nas instituições de ensino superior e nos concursos públicos”, afirma.
Para Chico D'Angelo, é preciso assegurar que as cotas beneficiem os grupos populacionais que possuem direito à reparação “pelos processos históricos de violência e de exclusão social contra a população não branca resultantes do colonialismo, da escravidão e de todos os seus reflexos na contemporaneidade que contribuem para o cenário de injusta divisão social das oportunidades entre os distintos grupos étnico-raciais no Brasil”.
“Também é preciso punir quem erra, pessoa ou instituição, porque a impunidade é fomentadora de maiores conflitos. E, digamos assim, estornar para a ação afirmativa dirigida à população negra o crédito resgatado com a punição”, explica o deputado.
O projeto tramita em conjunto com o PL 6473/16, que aguarda análise na Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Convidados
Foram convidados para a audiência:
- a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Isabel Cruz;
- a professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) Rosália Lemos;
- o jurista Hédio Silva Junior;
- a professora da Universidade de Brasília (UnB) Inez Montagner;
- a representante da Associação Nacional de Pesquisadores Negros, Anna Benite;
- a secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Ieda Leal.
O evento será realizado no plenário 10, após a reunião ordinária da comissão, marcada para as 14h30.

Mentira ou verdade???


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Caso MAM: nota oficial da Sociedade de Pediatria de São Paulo A Verdadeira Arte: A Pureza da Infância




Talvez, a maior dificuldade deste texto seja a de conseguir sair do lugar comum em que se transformou a discussão da performance artística no MAM, em que uma criança estimulada por sua mãe, presencia e toca um personagem nu.

Não se trata de discutir o que é Arte, mesmo porque muitos dos que tentaram não têm formação e capacitação para tal façanha.

Não se trata de atribuir o ocorrido à pedofilia ou a atos libidinosos; mesmo porque, se nos ativermos aos significados etimológico e legal desses termos, perceberemos o quão longe passa tal abordagem e o quanto incorretas são essas colocações.

Não se trata de debater posições ideológicas, em que se antagonizam a liberdade de expressão que, com exceção de exageros e de extremismos, deve ser defendida, sempre e por todos, com a censura, que deveria ser combalida, sempre e por todos.

Não se trata de discutir correntes políticas, discorrendo e navegando entre a “esquerda liberal” e a “direita fascista”, ou de se trazer o assunto para a fundamentação de convicções político-partidárias.

Não se trata de discutir a censura e a sua relação histórica com os governos e políticas de Estado transcorridos em nossa República.

Não se trata de discutir semelhanças e diferenças entre as diversas correntes e movimentos de Arte da humanidade, questionando os nus do Renascimento em contraposição ou conjunção aos nus contemporâneos.

Não se trata de dividir o mundo, as ideias e as pessoas em duas únicas correntes,
a do bem e a do mal.

Não se trata da simples discussão legalista de que a Constituição Federal e o ECA, em amplitude e especificamente, protegem as crianças e os adolescentes e impõem normas e regras que devam ser seguidas, à risca, com a punição de seus infratores.

Enfim, não se trata da discussão simplista de que esse assunto finalize e determine ações ou condutas únicas ou designadas por grupos, órgãos ou sociedades.

Trata-se de algo muito mais profundo. De trazer, de maneira verdadeira e, quiçá,
dolorosa, a discussão de que estamos, cada dia mais, diante de situações que
expõem e fragilizam as crianças e os adolescentes. Ou pior, de reconhecer
que estamos vivenciando conjunturas que passaram a ser consideradas como
normais e corriqueiras e que podem destruir a infância.

Trata-se, enquanto cidadãos, educadores, família e formadores de opinião, que façamos valer a o verdadeiro valor da palavra Dignidade, escrita e cantada em nossa Constituição Federal, mas que, no dia a dia de nosso país, não tem sido lembrada e respeitada, nem sequer - ou muito menos - por nossos líderes e políticos.

Trata-se, enquanto Sociedade de Pediatras, que não só nos preocupemos, mas também, realizemos ações e apresentemos posições em verdadeira defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Trata-se de questionar e se contrapor à existência de direitos absolutos. Entender que a Arte não cede à Lei; mas, que seus artistas, idealizadores, balizadores e realizadores podem, sim, ser questionados por indivíduos que se entendam ofendidos em suas crenças e convicções. Tudo no devido Estado de Direito, sem agressões aos arguidos, com a possibilidade de amplo contraditório. Mas, que também, não existam opressões aos que se sentiram ofendidos e que os questionarem.

Trata-se de se construir algo real a partir dessa discussão; de refletir que, nos dias atuais, a qualquer hora, e por todos os meios de comunicação, se mostram temas, músicas e apresentações com forte conteúdo erótico e sensual, que expõem as crianças e os adolescentes a situações que, não sendo adequadamente entendidas e compreendias, conduzem a uma inadequada percepção da realidade.

Trata- se de reconhecer que, de há muito, existem situações cantadas e
figuradas que passam a ser entendidas como normais. De entender que devido
à pequena experiência e as poucas situações vividas, devido à tenra idade,
e em uma fase de formação, podem ocorrer desvios ou inadequações de análise, impondo-se um risco às crianças e aos adolescentes.

Trata-se, como membros da sociedade civil e de sociedade de especialistas,
em defesa das crianças e dos adolescentes, de não nos calarmos, propondo
ações efetivas para a proteção da infância.

Trata-se de estar alerta com os riscos inerentes à exposição infinita de conteúdo da Internet. Se antes, as crianças e os adolescentes, quando no interior de seus quartos, estavam “fechados” àquele mundo restrito, hoje se fecham as portas, mas não as infinitas janelas que, pelo mundo virtual, podem conduzir a danos e sequelas no mundo real.

Trata-se de destacar o papel dos pais e responsáveis na formação do caráter
e da personalidade de seus filhos. O “faça como eu mando, não faça como
eu faço” deve ser combalido.

Trata-se de os adultos e compreenderem que situações corriqueiras e naturais para eles, como o nu, a arte, o corpo humano e o toque, podem não ser devidamente entendidas pelas crianças e pelos adolescentes, expondo-os a riscos.

Trata-se de lembramos das clássicas histórias infantis nas quais, em muitas delas, se ensinava às crianças o risco de se expor a situações e pessoas desconhecidas. De que, propostas de ganhos e de pronta felicidade podem ser armadilhas com riscos à integridade física e psicológica.
No fim - e mais importante -, trata-se de não nos calarmos; de reunir forças e de construir, conjuntamente, a outras entidades, órgãos e cidadãos sérios, um país em que o lema seja “Dignidade”, além de “Ordem e Progresso”.   


São Paulo, 10 de outubro de 2017  
Sociedade de Pediatria de São Paulo

Defesa de Nuzman entra na Justiça com novo pedido de liberdade


A defesa nega que Nuzman tenha “vínculo, de qualquer natureza, no campo de ilicitudes penais, em obras de empreiteiras, com sobrepreço e propinas, como deduzido em delações premiadas

  • Rio de Janeiro
Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman participa da apresentação da Tocha Paralímpica Rio 2016 no Rio. (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Carlos Arthur Nuzman, presidente afastado do COB (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Os advogados de defesa do presidente afastado do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, protocolaram hoje (10), no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), novo pedido de soltura. Nuzman está preso desde a semana passada, acusado de envolvimento em um suposto esquema de compra de votos no Comitê Olímpico Internacional (COI) para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos 2016.
Nesta segunda-feira (9), o juiz da 7ª Vara Federal Criminal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) no estado e transformou a prisão de Nuzman de temporária para preventiva.
No pedido de habeas corpus de Nuzman, os advogados Nélio Machado, João Francisco Neto e Guido Ferolla alegam que a prisão preventiva do dirigente é "medida abusiva, desnecessária e ilegal".
A defesa nega que Nuzman tenha “vínculo, de qualquer natureza, no campo de ilicitudes penais, em obras de empreiteiras, com sobrepreço e propinas, como deduzido em delações premiadas, que não se referem ao nome do paciente [Nuzman]”.
Os advogados também alegam que os eventos apontados pelo magistrado da 7ª Vara Federal Criminal não ultrapassam “limites de meras suspeitas, vagas conjecturas, incontáveis ilações, contexto que não oferece respaldo” para a decretação da prisão preventiva.
O juiz Bretas destacou que o objeto da investigação não se restringe à compra dos votos, que “seria apenas mais uma etapa de outra empreitada criminosa, bem maior, levada a efeito pela organização criminosa instalada na intimidade da administração do estado do Rio de Janeiro. Como já exaustivamente descrito nas decisões cautelares anteriores, às quais me reporto, a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de2016 teria criado a oportunidade adequada para a realização de várias obras de grande porte neste Estado”, indicou.
Bretas apontou ainda a evidência, por parte de Nuzman, de comportamento “tendente a promover ocultação criminosa de bens e direitos, sob a falsa aparência de regularidade fiscal”.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Outubro começa quente





Luís Alberto Alves

Outubro começa quente em termos de violência. Na Catalunha, Espanha, a votação para decidir a separação ou não do restante daquele país terminou em pancadaria. O governo autorizou a tropa de choque a reprimir violentamente o movimento que prega o desligamento da Espanha, formando outra nação...

Las Vegas
Na meca do jogo, nos Estados Unidos, um show de Country Music terminou em tragédia neste final de semana. Um bando de malucos resolveu desferir várias rajadas de tiros sobre a multidão, deixando 50 mortos e 400 feridos. Evento que celebraria a alegria, virou tragédia...

Terrorismo
O arroz de festa Estado Islâmico reivindicou a autoria desta insanidade. Tenho minhas dúvidas. Atualmente qualquer chacina nos países capitalistas, os terroristas deste grupelho de doidos assumem que estavam por trás. As investigações trarão a verdade à tona...

Louca
Assim denomino Talita Sayuri, 28 anos, acusada de atropelar e matar três pessoas, no sábado (30) no acostamento da Marginal Tietê, próximo à ponte da Vila dos Remédios, Zona Oeste de SP, Sentido Rodovia Ayrton Senna. Ela assumiu que havia bebido e sua carteira de habilitação estava suspensa...

Rocinha

Como Antecipei nesta coluna, que após a saída das Forças Armadas, a bandidagem iria retornar à favela da Rocinha e o “couro voltaria a comer”. Enquanto existir consumidores de drogas, o crime organizado não terá fim. No mais, é tentar enxugar gelo ou ensacar fumaça...