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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Audiência debaterá projeto que busca evitar fraudes em cotas raciais


Comissão de Cultura convidou professores para discutir proposta que inclui dispositivos no Estatuto da Igualdade Racial
Luís Alberto Alves/Agência Câmara
Leonardo Prado/Câmara
Audiência pública para esclarecimentos sobre fatos relacionados ao objeto de investigação da CPI. Dep. Chico DAngelo (PT - RJ)
Chico D'Angelo: cotas precisam beneficiar apenas quem tem direito à reparação
A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados realiza na quarta-feira (18) audiência pública para debater o Projeto de Lei 6573/16, que altera o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/10) para exigir documento complementar na autodeclaração como negro ou pardo para fins de ação afirmativa. O projeto também prevê multa em caso de fraude comprovada, cujos recursos serão utilizados no financiamento de “ações educacionais étnico-raciais”.
“Este projeto visa aprimorar o marco legal para que as ações afirmativas possam seguir cumprindo seu objetivo de corrigir as injustiças históricas contra a população não branca e, assim, contribuir para que o País pague sua imensa dívida com a população negra, parda e indígena”, diz o autor da proposta, deputado Chico D'Angelo (PT-RJ), que solicitou o debate na comissão.
Segundo ele, o projeto foi elaborado a partir de sugestão de ativistas pela igualdade racial que consideram necessário aprimorar os mecanismos de autodeclaração para fins de ação afirmativa. “Esse projeto leva em conta denúncias de fraude – ainda que em pequena proporção – e de burlas ao sistema de ação afirmativa vigente nas instituições de ensino superior e nos concursos públicos”, afirma.
Para Chico D'Angelo, é preciso assegurar que as cotas beneficiem os grupos populacionais que possuem direito à reparação “pelos processos históricos de violência e de exclusão social contra a população não branca resultantes do colonialismo, da escravidão e de todos os seus reflexos na contemporaneidade que contribuem para o cenário de injusta divisão social das oportunidades entre os distintos grupos étnico-raciais no Brasil”.
“Também é preciso punir quem erra, pessoa ou instituição, porque a impunidade é fomentadora de maiores conflitos. E, digamos assim, estornar para a ação afirmativa dirigida à população negra o crédito resgatado com a punição”, explica o deputado.
O projeto tramita em conjunto com o PL 6473/16, que aguarda análise na Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Convidados
Foram convidados para a audiência:
- a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Isabel Cruz;
- a professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) Rosália Lemos;
- o jurista Hédio Silva Junior;
- a professora da Universidade de Brasília (UnB) Inez Montagner;
- a representante da Associação Nacional de Pesquisadores Negros, Anna Benite;
- a secretária de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Ieda Leal.
O evento será realizado no plenário 10, após a reunião ordinária da comissão, marcada para as 14h30.

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