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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Estados Unidos acenam para Irã combater Estado Islâmico



Iranianos resistiram ao boicote dos Estados Unidos e agora podem ajudar o algoz

Luís Alberto Alves

Nem o norte-americano mais fanático iria acreditar na proposta que o presidente Barack Obama tem na manga: reatar amizade com o Irã para que o país dos aiatolás resolva a crise internacional criada pelos malucos do Estado Islâmicos, semeada de extremismo, onde pregam conversão à força ao islamismo, além de estupros coletivos de adolescentes.

 Os fanáticos do Estado Islâmico já dominam parte da Síria e Iraque, cujo sonho é criar um califado, implantando uma modalidade radical do islamismo, só praticada no Afeganistão. Os Estados Unidos perceberam cedo que só bombardeios aéreos não serão suficientes para mandar à sepultura os loucos que estão transformando o Oriente Médio em outro pesadelo.

 Ninguém duvida da capacidade do Irã em mexer com extremistas. Hezbollah e Hamas sobrevivem no Líbano e Faixa de Gaza por causa do apoio dos aiatolás, baseados na mina de dinheiro jorrada dos seus inúmeros poços de petróleo. Desde 1979, quando passaram a enfrentar o boicote econômico liderado pelos norte-americanos, não desapareceram da face da terra. Pelo contrário se mantiveram de pé, exportando terror para o restante do Ocidente.


 Em obediência ao dito popular: “Quando não puder vencer teu inimigo, una-se a ele”. Meio a contragosto, e sob ameaças de atentados nos principais aeroportos e metrôs da Europa e Estados Unidos, Barack Obama percebeu que não vale mais a pena ignorar o Irã de fora da pauta para resolver e acabar com várias guerras no Oriente Médio. Parece filme de terror, mas tudo isso é verdade.

Amizades duram igual pedra de gelo no sol



A maioria das amizades não resiste ao passar do tempo

Luís Alberto Alves

 Você já reparou que a maioria de suas amizades virou pó? Tente se lembrar dos seus amigos de Ensino Fundamental. Daqueles que você passou vários anos do lado, principalmente nos momentos das provas, quando a cola salvadora ajudava salvar a nota. Após a conclusão do curso cada um seguiu para o seu lado.

 Chegou o Ensino Médio. Ao término dessa etapa, outra vez as amizades saíram de cena. Mesmo com as promessas de que iriam se ver nos finais de semana para as festas ou baladas, como dizem atualmente. Na faculdade ocorre o mesmo. O baile da formatura é o sinal de que nada será como antes. Parcerias duradouras de quatro ou seis anos, caso do curso de Medicina, diluirão.

 Às vezes alguns dos amigos de turma serão encontrados no trabalho ou mesmo na rua, durante eventos. Mas a pressa e a vontade de continuar ganhando dinheiro para sustentar a família empurrarão ao esquecimento os planos de se ver. Alguns quando casam procurarão convidar aquelas pessoas que estiveram do lado vários anos. Mas até elas apresentarão motivos para evitar ir à cerimônia. Você deixou de ser prioridade. Perdeu a importância.

 O único momento onde alguns tentam mudar a postura, usando frases cheias de clichês, é no velório. Diante do caixão onde jaz o corpo do amigo ou amiga de vários anos na faculdade, Ensino Médio ou mesmo trabalho, palavras são sussurradas: “Puxa, como fui te esquecer. Porque nunca me telefonou para dizer que sua vida estava ruim. Iria lhe socorrer. Que Deus lhe acolha nos seus braços”.


 Na saída do cemitério, durante as despedidas, vão ocorrer as trocas de telefones e a falsa promessa de que todos se tornarão a encontrar, como ocorria no passado. Mentira! O pacto dura poucos dias. Depois cada um retornará à rotina de ganhar o salário para o sustento e o esquecimento tratará de jogar a pá de cal naquelas intenções. Infelizmente os verdadeiros amigos são teu marido, esposa ou filhos. Aliás, até esses últimos após o casamento deixam os pais em segundo plano....

De olho no poder, candidatos deixam propostas de lado e partem para denúncias




O tucano Aécio Neves vai preparar munição contra....

...a presidente Dilma Rousseff (PT), que também vai bombardear....

... a ambientalista Marina Silva (PSB), visando tomar ou se manter no poder

Luís Alberto Alves

 Na maioria das eleições a mesma tática suja é colocada em ação: denúncias para manchar a reputação do adversário. Candidatos esquecem propostas de governo na gaveta e começam o festival de factóides, cujo objetivo é derrubar as intenções de votos. Até domingo (5), PT, PSDB e PSB usarão deste horrível expediente para roubar a cereja do bolo do vizinho.

 Curioso nesta história é que o passado político é esquecido. Como ocorre nos ataques do PT contra Marina Silva (PSB). A candidata verde teve a militância no meio ambiente jogada no lixo. Esqueceram até que ela um dia esteve senadora pelo atual partido da presidente Dilma Rousseff. Sua passagem pelo ministério do Meio Ambiente virou página negra.


 Já o tucano Aécio Neves sofre nas redes sociais pela suposta dependência química. A qual ele nunca veio a público para se explicar. Na dúvida, internautas maldosos carregam as pilhas e descem a lenha no candidato do PSDB. Na busca do poder tudo é válido. A ética é deixada de lado. O que vale é retirar o adversário do caminho. Talvez esse seja o motivo para o crescimento de votos nulos e brancos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Heroína matou Janis Joplin há 44 anos




Se não tivesse virado refém das drogas, Janis Joplin teria trilhado carreira brilhante


Luís Alberto Alves

 Até hoje não compreendo o fascínio de artistas talentosos pelas drogas. Chegaram ao topo da escada do sucesso, desfrutam de fama e têm a conta corrente recheada de dinheiro. Infelizmente muitos deles mergulham na piscina mortal dos entorpecentes. O ano de 1970, por exemplo, foi trágico para o Rock. Numa paulada perdeu dois grandes nomes: Jimi Hendrix e Janis Joplin, ambos por overdose.

 Quando apareceu num festival de música na década de 1960, com sua inconfundível voz rouca, as gravadoras perceberam que estavam diante da sucessora de Billie Holiday. Detalhe: a garota branca que cantava Blues com apego e voz sofrida de uma intérprete negra, visto que o Blues retrata os sofrimentos dos afro-americanos na época da escravidão. É lamento, daí o nome, cujo significado não é azul, como muitos imaginam, mas triste, na linguagem da gíria.

 Joplin gostava de Billie Holiday. Sempre visitava o seu túmulo em Nova York. Infelizmente herdou dessa grande intérprete o gosto mórbido pelas drogas, inclusive heroína, verdadeira bomba atômica a destruir neurônios a partir do momento que passa a circular pelo corpo humano. Antes de mergulhar neste pó do inferno, Joplin já era refém do álcool. Bebia muito.

 Quando passou a cantar profissionalmente, participando de turnês e viajando bastante, inclusive veio ao Brasil para conhecer o carnaval do Rio de Janeiro, com direito a desfile na escola de samba Mangueira, no final dos anos de 1960, não agüentava ficar longe das picadas de heroína e cocaína.

 Mesmo assim gravou quatro álbuns de sucesso num curto espaço de tempo. Misturava Soul e Rock no repertório. Ouvir Joplin cantando “Summertime” e deixar os ouvidos serem massageados pela beleza de uma voz única, que nunca mais apareceu no Showbiz. Imagino como seria a carreira desta brilhante cantora, caso não tivesse morrido aos 27 anos. Inúmeras canções de sucesso teriam passado pelos seus lábios e o nosso cenário artístico estaria mais rico, livre de tantas cantoras que chegaram às paradas de sucesso, deixando em destaque o bumbum, para as pessoas esquecerem de que não têm voz para cantar.



Para avançar rumo ao futuro é preciso deixar o passado para trás



O passado, às vezes, reúne lembranças amargas, que precisam ser esquecidas para sempre 

Luís Alberto Alves

 Estamos próximo do final de setembro de 2014. Mas existem pessoas ainda presas a lembranças, trágicas, de muitos anos atrás. Não conseguem sair do fosso criado pelo passado. Você já olhou dentro do guarda-roupa e reparou na quantidade astronômica de camisas, cuecas, calças, vestidos, gravatas, calcinhas, saias, blazers que estão ocupando espaço, relembrando momentos que não voltam mais.

 Lembro da entrevista com a viúva de um executivo, vítima da queda do avião da TAM em outubro de 1996 segundos depois após decolar do Aeroporto de Congonhas, Zona Sul de SP, matando todos seus 99 passageiros e tripulantes. Ela disse que guardou por vários anos as roupas do ex-esposo. Só se livrou delas após casar novamente.

 Tem outro caso interessante de empresário brasileiro de sucesso. Perdeu os pais, porém mantém ainda limpo e com toda a mobília o apartamento onde o casal morava. Paga, inclusive, faxineira para limpar o imóvel toda a semana.

 Para avançarmos rumo ao futuro não podemos ficar preso às lembranças do passado. Se o casamento acabou, com direito a divórcio e partilha de bens, inexiste qualquer razão para guardar o álbum do matrimônio destruído. O melhor local para guardar as fotos daqueles momentos, hoje sinônimo de tristeza e até mágoa, é a lata de lixo.

 Poucas pessoas compreendem o ritual do velório, quando todos têm liberdade de chorar, gritar, fazer declarações, às vezes tardias, de amor e carinho pelo morto. É o momento para retirarmos do nosso coração todo tipo de sentimentos que possa impedir nossa caminhada em direção ao futuro.

 Quando choramos os nossos entes queridos falecidos, percebemos anos depois que sentimos saudades, mas não é algo torturante ao coração. É a lembrança gostosa. De alguém que passou e viveu junto conosco, e teve de encerrar a missão a qual Deus coloca para cada um de nós cumprirmos durante determinado tempo neste mundo.

 O gosto doce e misterioso do futuro só pode chegar aos teus lábios e encher os olhos de alegria a partir do momento que o passado deixar de ser peso em tua vida. Após acabar de ler essa crônica, levante, deixe o Ipad, computador ou notebook de lado e comece a faxinar sua casa. Envie ao lixo livros ou revistas cujos conteúdos estão ultrapassados, CDs de cantores há muito tempo esquecidos pelo sucesso, roupas, calçados e até móveis velhos e quebrados.

 Vá até a cozinha, revire as gavetas da pia e veja quais talheres estão amassados, facas de pontas quebradas, formas de bolo entortadas e enferrujadas, pneus velhos encostados no canto da garagem, documentos sem nenhuma utilidade. Revire principalmente o baú onde você guardava lembranças de um casamento falido, noivado trágico ou mesmo namoro, marcado por momentos de tristezas.


 Rasgue bem a papelada, inclusive as fotos, coloque dentro sacos plásticos resistentes e quando o caminhão de lixo passar na frente de sua casa ou prédio, entregue ao lixeiro e diga em silêncio, porém para Deus ouvir: “Passado, você não me pertence mais, ficou para trás, perdido no tempo, não volta mais”!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Presidente Dilma posa de ingênua na ONU, ao criticar ataques contra radicais islâmicos


Radicais do Estado Islâmico desconhecem diálogo como  recurso político


Luís Alberto Alves

 Durante discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), nesta semana, a presidente Dilma Rousseff criticou os bombardeios contra alvos do Estado Islâmico na Síria e Iraque feitos pelos Estados Unidos e outras nações da Europa. Argumentou que o diálogo seria o melhor caminho, em vez de aplicar a força contra os radicais que tentam criar outro país naquela região, implantando o islamismo à força.

 Talvez a nossa presidente imagine tratar de pessoas sensatas, aptas a sentar numa mesa de negociação e discutir como políticos civilizados. Pelo visto ela não conhece profundamente os extremistas de Alá. Nem os malucos do talibã chegam aos pés, em nível de loucura, dos militantes do Estado Islâmico.

 Simpatizantes do terror, não hesitam em cortar as cabeças de adversários, principalmente de profissionais de imprensa. Recentemente seqüestraram 300 mulheres, muitas delas adolescentes, para servirem de escravas sexuais aos combatentes dessa causa insana. Na maioria delas fizeram incisões no clitóris para evitar o prazer feminino. Numa prática semelhante à Idade Média.

 São doidos, com os quais é impossível manter qualquer tipo de diálogo. Ignoram oposição. Quem cai na besteira de criticá-los perde a própria vida. Como é possível conversar desta forma? São profundamente extremistas. Só conhecem a linguagem da violência, do som de tiros de metralhadoras e fuzis.

 A violência nunca foi ferramenta de diálogo. Porém, existem situações em que o emprego da força é necessário. É igual rebelião de presos. Não adianta entrar na carceragem oferecendo flores e sorrisos pedindo a rendição de todos os detentos. A situação só volta ao normal com uso da tropa de choque, usada para restabelecer a ordem.


 Talvez a presidente Dilma não conheça profundamente a política dos extremistas islâmicos. De grupos políticos simpáticos à luta armada como recurso para chegar ao poder. São os mesmos que pregam a extinção de Israel, de cristãos e até mesmo de mulheres. Não trazem dentro da mente o ideal de se travar a luta no campo das idéias, sem pregar a destruição do próximo. Na visão dessa escória, o mundo deveria retornar ao período tenebroso da Idade Média, quando o catolicismo torturava e matava os hereges. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Educação pública insiste em métodos que não ensinam crianças e adolescentes




Muitos desconhecem a forma correta de escrever

Luís Alberto Alves

 Imagine uma criança aos dez anos de idade, na quinta série do Ensino Fundamental sem saber ler. Pode parecer mentira, mas na cidade de São Paulo, nas escolas estaduais, onde alunos são aprovados, bastando não estourar o número de faltas durante ano letivo, inúmeros alunos desconhecem a diferença entre usar dois “s” ou não numa palavra.

 Pedir que escrevam pequeno texto de 20 linhas, recheados de frases com palavras difíceis como: exceção, perceptível, instantaneamente, excelso, assessoria, exagero entre outras, revelará o desconhecimento completo de regras básicas.

 Muitos escrevem obedecendo ao som que sai da boca: em vez de lixo, grafam “licho”, no lugar de amor, rabiscam “ámor”. Até palavras simples como casa, alguns não sentem vergonha de colocar no papel “Kasa”. Pedir a conjugação de verbo é abusar da inteligência de inúmeros desses alunos. Poucos sabem a diferença entre presente e passado.

 Numa sabatina de história, de uma sala de 50 alunos, talvez cinco tenham lembranças de fatos importantes ocorridos em nosso país e mundo. Alegam que se lembrar desse tipo de assunto é tarefa para velhos. Entendam que “velhos” nessa geração é alguém com 30 ou 40 anos. Coitados, desconhecem que a velhice inicia aos 60 anos.

 Quando o cerco aperta exigindo conhecimentos de Matemática, a carência de conhecimento extrapola. Desconhecem que as quatro operações da aritmética são: subtração, adição, multiplicação e divisão. Ignoram que o zero é o elemento neutro da adição e o um o elemento neutro na multiplicação. Ficam bravos se perguntamos qual é maior: 1.000 centímetros  ou dez metros.


 Jamais insistam com eles em assuntos relacionados a Ciências. Nunca pergunte quais são os três estados da água: vapor, gelo e líquido. Também deixe de lado perguntas como: é a Terra que gira em torno do sol ou o contrário? A quantidade de água é maior em nosso planeta ou temos mais terra do que água. Pelo visto a geração de alunos das escolas públicas paulistas está fadada ao fracasso.

Mortes de miseráveis são esquecidas pelos países ricos



O genocídio de Ruanda deixou 800 mil mortos em 1994


Luís Alberto Alves

 Qual o valor de uma vida? Na Europa e América do Norte ela nunca é esquecida. Basta surgir alguma epidemia e as manchetes de jornais exploram o assunto profundamente. Mesmo que morram apenas dez pessoas, o mundo se mobiliza para conter o avanço da moléstia. Casos de atentados merecem muito destaque.

 Se milhares percam suas vidas na África ou mesmo na América do Sul e Central, o assunto fica sem importância. Exemplo disso ocorre agora com o Ebola dizimando na África Ocidental, onde até início de setembro 1.900 vidas se perderam, no pior surto mundial, de acordo com balando divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). No final de agosto, o continente negro esquecido pelas grandes potências registrava 1.552 mortes.

  Em 1994 o mundo fechou os olhos para o genocídio ocorrido em Ruanda com 800 mil vítimas. Extremistas hutus numa luta sangrenta contra tutsis, minoria no país, começaram a matança entre 6 de abril e 4 julho daquele ano. Briga política foi a culpada desta gigantesca chacina, visto que os exilados tutsis tinham sido expulsos de Ruanda pelos hutus.

 O genocídio teve como base o dinheiro apropriado de programas internacionais de ajuda, financiados pelo Banco Mundial e FMI (Fundo Monetário Internacional). Calcula-se que US$ 134 milhões foram gastos para preparar essa matança, numa das nações mais pobres da terra. As grandes potências, por meio de seus serviços de espionagem, sabiam que essa enorme chacina iria ocorrer. Mas fecharam os olhos. Oitocentas mil pessoas acabaram massacradas, quase todas as mulheres estupradas. Muitos dos 5 mil meninos nascidos dessas violações também foram mortos.

 O mesmo ocorreu na África do Sul. Durante décadas os negros acabaram vítimas do odioso regime do apartheid. Novamente as grandes potências mantiveram os olhos fechados. O foco era a briga entre protestantes e católicos na Irlanda do Norte, com o Exército Republicano Irlandês, o Ira explodindo bombas pelas ruas de Belfast. Às vezes noticiavam atritos provocados pelos terroristas bascos na Espanha.

 Como acontece atualmente, nos países ricos, onde estão as principais empresas de comunicação do mundo, deixam em segundo plano as tragédias que explodem rotineiramente em nações pobres. Na visão deles não é bom investimento se preocupar com chacinas envolvendo miseráveis.


 O quadro só muda de figura se três filhos de pais ricos na Europa, Estados Unidos ou Japão perder a vida nas ruas. Neste caso, o mundo vai levantar bandeira de luta para punir culpados e exigir o retorno da paz. Caso sejam pobres, na visão míope dos governantes ricos, a morte deles não provocará nenhum dano à economia. Pelo contrário, será uma boca a menos a consumir os já escassos recursos alimentares.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Torturadores são denunciados à Justiça Federal



Delegado Aparecido Calandra...

Coronel reformado Brilhante Ulstra

e o delegado Dirceu Gravina, trio de torturadores do DOI/Codi paulista

Luís Alberto Alves

 Na segunda-feira (22), o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou à Justiça Federal o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ulstra, o delegado aposentado Aparecido Laertes Calandra e o delegado da Polícia Civil, Dirceu Gravina. O trio é acusado de matar, por motivo torpe, sob tortura, o jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, durante interrogatório em julho de 1971 no DOI/Codi da capital paulista.

 Durante vários anos a família da vítima tenta colocar na cadeia os assassinos de Merlino. Escondidos sob a capa da Lei da Anistia, aprovada em agosto de 1979, os acusados alegam que os crimes cometidos foram perdoados. Portanto não podem ser presos.

 Porém o trio macabro se esquece  de que delitos contra a humanidade não prescrevem e jamais podem receber anistia. Durante a Ditadura Militar brasileira, de 1964 a 1985, diversos opositores do regime morreram tomando choques elétricos pendurados em pau de arara ou sentados na terrível cadeira de dragão.
 Merlino sofreu tratamento cruel durante 24 horas, a ponto de uma de suas pernas entrar no processo de gangrena, por causa da quantidade de choques recebida. Também sofreu diversos tipo de golpes desferidos pelos delegados Aparecido Laertes Calandra e por Dirceu Gravina. Ambos eram conhecidos pela brutalidade e instinto assassino quando interrogavam presos políticos.

 O coronel Brilhante Ulstra é suspeito de comandar sessões de torturas no DOI/Codi paulista, na Rua Tutóia, Paraíso, Zona Sul. Nas décadas de 1960 e 1970 esse endereço virou sinônimo de morte dolorosa. Quando convocado para prestar depoimentos, Ulstra alega desconhecer o que acontecia naquela câmara do terror. Às vezes cita a Lei da Anistia para dizer que seus delitos foram esquecidos. Ninguém sabe até quando continuará essa novela, mas um dia virá o capítulo final, com o trio de torturadores punidos.


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Violência domina São Paulo




Câmeras pegaram bandidos praticando o crime

Luís Alberto Alves

Atualmente não existe mais lugar seguro em São Paulo. Em qualquer região, os bandidos atacam. Principalmente próximo a condomínios fechados, local escolhido pela classe média alta para fugir da violência. O governo paulista discursa, dizendo que a polícia está nas ruas e tudo se encontra sob controle. Mentira.

 Na segunda-feira (15), a empresária Vanessa Barone, 39 anos, foi executada por criminosos quando bandidos, em duas motos, interceptaram o seu carro, onde estava com seus dois filhos, no Rio Pequeno, Zona Oeste. Na entrega da bolsa, um de seus filhos reagiu e acabou atingido por vários tiros, pelo garupa que estava moto, enquanto outro comparsa pegava os objetos de valor da vítima.

 Não importa a região, os ladrões agem na certeza da impunidade. Matar mais outra pessoa, já é algo rotineiro. Quando presos, ficam pouco tempo na cadeia, transformada em verdadeiras universidades do crime. Por causa das brechas do Código Penal, quando condenados a 30 anos de reclusão, ao cumprir um terço da pena (10 anos), volta às ruas e o círculo vicioso se repete.


 A população não sabe para onde correr: blindar toda a casa com arame farpado, cerca elétrica, grades nas janelas, pontas de lança nos portões, câmeras ou até mesmo (para quem tem muito dinheiro) contratar segurança particular ou fugir para dentro de condomínios fechados, verdadeiros presídios de cidadãos honestos. Enquanto isso, não há interesse da classe política em mudar esse quadro: eles vivem em outro mundo, onde o perigo é ficar longe do poder...

Morte de Eduardo Campos fez bem a Marina Silva



A ambientalista Marina Silva (PSB) corre o risco de ganhar a eleição no segundo turno

A presidente Dilma Rousseff (PT), que nunca gostou de Dilma no governo Lula, poderá voltar para casa mais rápido

Luís Alberto Alves

 Existem situações curiosas na vida. Exemplo disso é o atual momento político vivido pela candidata à presidência do Brasil, Marina Silva (PSB). Antes da morte do cabeça de chapa Eduardo Campos em agosto, na cidade de Santos (SP), ambos figuravam em terceiro lugar na corrida ao Palácio do Planalto, com 9% das intenções de voto.
 O tucano Aécio Neves estava com 21% e tudo indicava que chegaria ao segundo turno com a presidente Dilma Rousseff (PT). Nas entrevistas e campanhas de rua, ele era o alvo dos petistas. Ninguém acreditava em Marina Silva. Poderia no máximo chegar 15%, sem oferecer perigo ao sonho do PT de permanecer no poder por mais quatro anos, totalizando 16 anos à frente do Brasil.

 Mas o destino, sempre ele a nos pregar peça e provocar surpresa, não foi consultado. Após o acidente fatal que matou Campos, o cenário mudou por completo. Marina assumiu o comando da chapa do PSB e passou a ditar as regras. O quadro mudou. Desbancou o candidato do PSDB, Aécio Neves e corre o risco de no segundo turno tirar a cereja do bolo da presidente Dilma.

  Pode parecer brincadeira macabra, porém a perda de Campos resultou em grande bem para a ambientalista Marina. Suas propostas passaram a ser ouvidas com maior seriedade, fugindo do discurso feito armado pelo PT, tentando vender a proposta de que mais quatro anos, com Dilma Rousseff, poderão mudar radicalmente os rumos do País.

 A cabeça do eleitor não pensa assim. Exige reviravolta no cenário atual. Os mais esclarecidos recusam engolir o atual estilo petista de governar. A aura de partido político isenta de corruptos sumiu. Os escândalos estouram em todos os cantos do Brasil. Os mais conservadores (eles estão presentes em todos os partidos e fazem a diferença em qualquer eleição) torceram o nariz para avanços concedidos a minorias.


 Alguns até decidiram anular o voto, porque se cansaram do mesmo discurso. Parecido com os engatados em centros acadêmicos e assembléia sindical. Tudo pode acontecer até o segundo turno. Porém algo é mais do que certo: um vacilo de Dilma Rousseff, ela perde a chance de ficar no Palácio do Planalto por outra temporada de quatro anos. Quanto ao tucano Aécio: teve os 15 minutos de fama. Sem propostas viáveis, precisa comer mais grama para tentar concretizar o sonho de dirigir o Brasil.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Geração teen atual despreza contato pessoal




Mesmo juntas, a atenção fica concentrada nos celulares, em vez do contato pessoal

Luís Alberto Alves

 Não importa a idade, os adolescentes de hoje deixam sem segundo plano o contato pessoal para aumentar a atenção com celulares ou smartphone. Seus amigos estão nas redes sociais. Poucos ainda saem de casa para jogar futebol ou praticar brincadeiras típicas desta idade. Nas festas, eles ficam sentados nas mesas, de olho na tela do aparelho celular.

 A preocupação é enviar fotos rápidas do que estão vendo. Parece febre de mostrar ao colega a importância de participar daquele evento. Vale tudo. Desde o prato cheio de comida ao pedaço de bolo, ou mesmo para realçar a qualidade do tênis que usa nos pés. Tudo gira ao redor da informática.

 No café da manhã ou almoço de final de semana, tanto em casa quanto no restaurante, as mãos estão ocupadas com os celulares. Puxam pouca conversa com os pais ou mesmo irmãos. Consideram que o melhor é a conversa virtual, até com alguém que não conhece pessoalmente.

 Quando os pais interferem, recebem xingamentos como respostas. Ou mesmo a observação de que é caretice perder tempo com diálogos. As imagens no celular valem mais. É campeonato de revelar ao mundo que consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo. Nem as intimidades ficam de fora. As meninas mostram calcinhas ou até peças de sutiã para as colegas em poses sensuais. Quando a imagem ganha a internet, percebe o erro cometido.

 Nunca devemos ignorar os avanços da tecnologia. Porém é perigoso quando tudo começa a girar em tordo dela. Inclusive as relações familiares. Nenhuma máquina é capaz de substituir a sensibilidade humana, o abraço carinhoso dos pais, o olhar alegre e mesmo a doce voz de uma mãe ao acariciar o rosto do filho.


 Pelo visto caminhamos a passos velozes para uma sociedade onde a relação pessoal vai dar lugar ao contato virtual. Homens serão tratados como máquinas. Amizades deixarão o grau de importância de estar lado a lado, para figurar na tela fria de um computador, onde o indesejável poderá ser excluído rapidamente. O perigo disto tudo é que a essência do amor vai se perder e a barbárie ganhará terreno e poder para dominar corações e mentes.

Baderneiros transformam Centro de SP em bagunça


Policial prende um dos desordeiros que depredou e saqueou lojas próximo à Praça Ramos de Azevedo



Luís Alberto Alves

 Cinco minutos. Este foi o tempo necessário para o fogo consumir um ônibus articulado estacionado próximo ao Theatro Municipal de SP, Praça Ramos de Azevedo, Centro. As ruas próximas se transformaram em bagunça. Desocupados, maioria adolescente e jovem passou a depredar e saquear lojas. Até o final desta tarde (16), a polícia prendeu 70 pessoas envolvidas nos atos de vandalismo.

 O estopim de tudo começou no período da manhã, quando teve início a reintegração de posse de um prédio ocupado por Sem Tetos, na Avenida São João. Para dificultar a ação, moradores passaram a jogar pelas janelas pedaços de móveis, inclusive porta de geladeira e tudo que conseguiam arremessar contra a tropa de choque da PM.

 Quando ocorrem episódios desta natureza, logo aparecem defensores da liberdade de expressão. Criticam a repressão policial. Inocentam manifestantes, mesmo aqueles flagrados pelas câmeras das emissoras de televisão chutando portas de estabelecimentos comerciais, para entrar e furtar as mercadorias. É a inversão dos valores: o errado é certo e o certo é errado.
Ônibus incendiado ao lado do Theatro Municipal

 O ônibus incendiado estava a cerca de 200 metros da sede da prefeitura de SP, uma das mais importantes do País, cuja cidade tem 12 milhões de habitantes. Infelizmente o PT, ao longo dos anos foi complacente com desmandos dos movimentos populares. Desviou o olhar para os abusos cometidos por entidades que mais se parecem organizações criminosas.

 Talvez esta seja a razão para o aumento da ojeriza de parte do eleitor contra o partido. Nunca devemos ignorar que a maioria da população é conservadora. Principalmente a classe média baixa. Diversos comerciantes investiram o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para abrir negócio próprio e continuar ganhando a vida. Eles nunca aceitarão, em nome de uma pseudo democracia, ter suas lojas destruídas e saqueadas por criminosos infiltrados nestes movimentos sociais.

Hoje (16) a região central da cidade parou. No período da manhã ninguém conseguia passar ou atravessar pelo viaduto do Chá, Avenidas São João, Ipiranga, Rio Branco e Ruas Xavier de Toledo e Consolação. Imagino o desespero de tantos motoristas de ambulâncias que tinham dificuldade para chegar à Santa Casa ou mesmo subir na direção do Hospital das Clínicas.

 Quantos paulistanos não ficaram reclusos dentro dos ônibus parados e atemorizados com as depredações que aumentavam a cada instante. Quem estava a pé logo virou alvo das bombas de efeito moral, recurso usado para conter distúrbios. Novamente os defensores da liberdade de expressão criticaram a polícia. Não podia agir desta forma. Porém nenhum deles teve a audácia de abordar os desordeiros e dizer que democracia não é sinônimo de bagunça. Infelizmente pimenta nos olhos dos outros é doce.