Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Heroína matou Janis Joplin há 44 anos




Se não tivesse virado refém das drogas, Janis Joplin teria trilhado carreira brilhante


Luís Alberto Alves

 Até hoje não compreendo o fascínio de artistas talentosos pelas drogas. Chegaram ao topo da escada do sucesso, desfrutam de fama e têm a conta corrente recheada de dinheiro. Infelizmente muitos deles mergulham na piscina mortal dos entorpecentes. O ano de 1970, por exemplo, foi trágico para o Rock. Numa paulada perdeu dois grandes nomes: Jimi Hendrix e Janis Joplin, ambos por overdose.

 Quando apareceu num festival de música na década de 1960, com sua inconfundível voz rouca, as gravadoras perceberam que estavam diante da sucessora de Billie Holiday. Detalhe: a garota branca que cantava Blues com apego e voz sofrida de uma intérprete negra, visto que o Blues retrata os sofrimentos dos afro-americanos na época da escravidão. É lamento, daí o nome, cujo significado não é azul, como muitos imaginam, mas triste, na linguagem da gíria.

 Joplin gostava de Billie Holiday. Sempre visitava o seu túmulo em Nova York. Infelizmente herdou dessa grande intérprete o gosto mórbido pelas drogas, inclusive heroína, verdadeira bomba atômica a destruir neurônios a partir do momento que passa a circular pelo corpo humano. Antes de mergulhar neste pó do inferno, Joplin já era refém do álcool. Bebia muito.

 Quando passou a cantar profissionalmente, participando de turnês e viajando bastante, inclusive veio ao Brasil para conhecer o carnaval do Rio de Janeiro, com direito a desfile na escola de samba Mangueira, no final dos anos de 1960, não agüentava ficar longe das picadas de heroína e cocaína.

 Mesmo assim gravou quatro álbuns de sucesso num curto espaço de tempo. Misturava Soul e Rock no repertório. Ouvir Joplin cantando “Summertime” e deixar os ouvidos serem massageados pela beleza de uma voz única, que nunca mais apareceu no Showbiz. Imagino como seria a carreira desta brilhante cantora, caso não tivesse morrido aos 27 anos. Inúmeras canções de sucesso teriam passado pelos seus lábios e o nosso cenário artístico estaria mais rico, livre de tantas cantoras que chegaram às paradas de sucesso, deixando em destaque o bumbum, para as pessoas esquecerem de que não têm voz para cantar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário