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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Baderneiros transformam Centro de SP em bagunça


Policial prende um dos desordeiros que depredou e saqueou lojas próximo à Praça Ramos de Azevedo



Luís Alberto Alves

 Cinco minutos. Este foi o tempo necessário para o fogo consumir um ônibus articulado estacionado próximo ao Theatro Municipal de SP, Praça Ramos de Azevedo, Centro. As ruas próximas se transformaram em bagunça. Desocupados, maioria adolescente e jovem passou a depredar e saquear lojas. Até o final desta tarde (16), a polícia prendeu 70 pessoas envolvidas nos atos de vandalismo.

 O estopim de tudo começou no período da manhã, quando teve início a reintegração de posse de um prédio ocupado por Sem Tetos, na Avenida São João. Para dificultar a ação, moradores passaram a jogar pelas janelas pedaços de móveis, inclusive porta de geladeira e tudo que conseguiam arremessar contra a tropa de choque da PM.

 Quando ocorrem episódios desta natureza, logo aparecem defensores da liberdade de expressão. Criticam a repressão policial. Inocentam manifestantes, mesmo aqueles flagrados pelas câmeras das emissoras de televisão chutando portas de estabelecimentos comerciais, para entrar e furtar as mercadorias. É a inversão dos valores: o errado é certo e o certo é errado.
Ônibus incendiado ao lado do Theatro Municipal

 O ônibus incendiado estava a cerca de 200 metros da sede da prefeitura de SP, uma das mais importantes do País, cuja cidade tem 12 milhões de habitantes. Infelizmente o PT, ao longo dos anos foi complacente com desmandos dos movimentos populares. Desviou o olhar para os abusos cometidos por entidades que mais se parecem organizações criminosas.

 Talvez esta seja a razão para o aumento da ojeriza de parte do eleitor contra o partido. Nunca devemos ignorar que a maioria da população é conservadora. Principalmente a classe média baixa. Diversos comerciantes investiram o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para abrir negócio próprio e continuar ganhando a vida. Eles nunca aceitarão, em nome de uma pseudo democracia, ter suas lojas destruídas e saqueadas por criminosos infiltrados nestes movimentos sociais.

Hoje (16) a região central da cidade parou. No período da manhã ninguém conseguia passar ou atravessar pelo viaduto do Chá, Avenidas São João, Ipiranga, Rio Branco e Ruas Xavier de Toledo e Consolação. Imagino o desespero de tantos motoristas de ambulâncias que tinham dificuldade para chegar à Santa Casa ou mesmo subir na direção do Hospital das Clínicas.

 Quantos paulistanos não ficaram reclusos dentro dos ônibus parados e atemorizados com as depredações que aumentavam a cada instante. Quem estava a pé logo virou alvo das bombas de efeito moral, recurso usado para conter distúrbios. Novamente os defensores da liberdade de expressão criticaram a polícia. Não podia agir desta forma. Porém nenhum deles teve a audácia de abordar os desordeiros e dizer que democracia não é sinônimo de bagunça. Infelizmente pimenta nos olhos dos outros é doce.


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