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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Torturadores são denunciados à Justiça Federal



Delegado Aparecido Calandra...

Coronel reformado Brilhante Ulstra

e o delegado Dirceu Gravina, trio de torturadores do DOI/Codi paulista

Luís Alberto Alves

 Na segunda-feira (22), o Ministério Público Federal em São Paulo denunciou à Justiça Federal o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ulstra, o delegado aposentado Aparecido Laertes Calandra e o delegado da Polícia Civil, Dirceu Gravina. O trio é acusado de matar, por motivo torpe, sob tortura, o jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino, durante interrogatório em julho de 1971 no DOI/Codi da capital paulista.

 Durante vários anos a família da vítima tenta colocar na cadeia os assassinos de Merlino. Escondidos sob a capa da Lei da Anistia, aprovada em agosto de 1979, os acusados alegam que os crimes cometidos foram perdoados. Portanto não podem ser presos.

 Porém o trio macabro se esquece  de que delitos contra a humanidade não prescrevem e jamais podem receber anistia. Durante a Ditadura Militar brasileira, de 1964 a 1985, diversos opositores do regime morreram tomando choques elétricos pendurados em pau de arara ou sentados na terrível cadeira de dragão.
 Merlino sofreu tratamento cruel durante 24 horas, a ponto de uma de suas pernas entrar no processo de gangrena, por causa da quantidade de choques recebida. Também sofreu diversos tipo de golpes desferidos pelos delegados Aparecido Laertes Calandra e por Dirceu Gravina. Ambos eram conhecidos pela brutalidade e instinto assassino quando interrogavam presos políticos.

 O coronel Brilhante Ulstra é suspeito de comandar sessões de torturas no DOI/Codi paulista, na Rua Tutóia, Paraíso, Zona Sul. Nas décadas de 1960 e 1970 esse endereço virou sinônimo de morte dolorosa. Quando convocado para prestar depoimentos, Ulstra alega desconhecer o que acontecia naquela câmara do terror. Às vezes cita a Lei da Anistia para dizer que seus delitos foram esquecidos. Ninguém sabe até quando continuará essa novela, mas um dia virá o capítulo final, com o trio de torturadores punidos.


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