Postagem em destaque

A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Dilma não é mais presidente do Brasil






Luís Alberto Alves

Igual doente terminal na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), terminou a agonia da presidente afastada Dilma Rousseff. Não conseguiu emplacar o segundo mandato, pelo qual recebeu 54 milhões de votos. Incompetente, encontrou dificuldade para realizar as mudanças econômicas e políticas que o Brasil carece há décadas.

Contaminada pelo vírus da arrogância petista, não percebeu que ao seu lado, o vice-presidente Michel Temer, era cobra que lhe picaria meses depois, injetando veneno mortal, lhe retirando do poder. Filha política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma nunca soube voar sozinha. Dependia do padrinho.

De cintura dura, jamais conseguiu dialogar com o Congresso Nacional. Nem com a base aliada tinha bom trânsito. Tratava a todos a chicote. O troco veio hoje. No momento que precisava mais dos parlamentares de sua base, sentiu a corda arrebentar e jogá-la no chão. Ficará oito anos longe de eleições.


Qual rumo o País tomará? É difícil dizer. O interino Michel Temer, que assumirá o posto titular não goza de apoio da população. É um pau mandado, como se fala na gíria. Prometeu medidas impopulares, em vez de atacar os sonegadores e grandes devedores do governo. Neste jogo, a corda estourou do lado fraco: o povo!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Pesquisa confirma extermínio de jovens negros no Brasil




Luís Alberto Alves

Pesquisa publicada nesta semana revela que no Brasil temos um processo de extermínio de jovens negros, na faixa etária de 15 a 29 anos. Pior, de 100%, 94% são homens. A maioria é vítima de arma de fogo. O estudo realizado pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) mostra uma política clara de extermínio.

Antes, existiam comentários e dos quais o governo se esquivava dizendo que nada apontava para essa causa. Agora, após minucioso estudo, ficou bem claro que ser jovem e negro no Brasil, é meio caminho andado rumo ao cemitério, deixando para trás sonhos de entrar na faculdade ou mesmo constituir família e despontar no mercado de trabalho.

Desde a década de 1960, quando a Ditadura Militar assumiu o poder em 1964, acabou implantada na mente das polícias Civil e Militar que o povo era o inimigo da segurança nacional. Precisava ser combatido como algo estranho no País. Passados 31 anos do fim deste tenebroso sistema de governo e o Brasil continua refém desta terrível ideologia.

Para a polícia, qualquer negro é suspeito, não importa a região. Caso esteja de carro num bairro de elite, logo é confundido como bandido e precisa sofrer severo combate. As justificativas são invalidas. Nem o crachá de funcionário ou carteira de trabalho assinada convence Pms ou investigadores. É negro. Logo é bandido.

Caso continue o extermínio, dentro de algum tempo não teremos mais negros neste país. Eles estarão dentro dos cemitérios. Nem Hitler teria tamanha inteligência para sumir com uma etnia, de forma legal. Usa a polícia, sob argumento de combater a violência, e mata livremente os jovens negros que encontra pela frente, principalmente nas periferias.


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Qualquer semelhança é mera coincidência



Luís Alberto Alves

O corpo humano, no quesito funcionamento, tem certa semelhança com os automóveis novos. Na adolescência está no auge. Desconhece o cansaço. Raramente vai ao médico, assim como o veículo 0 km passará longe da oficina. Tudo funciona perfeitamente. Consegue cobrir grandes distâncias sem fadiga.

As peças lubrificadas permitem excelente desempenho. É igual o coração de jovem, os olhos, os ouvidos, os dentes, a musculatura e até a mente. Por causa disso as Forças Armadas escolheram os 18 anos como idade limite para o Serviço Militar obrigatório. A tropa está no auge e pode pegar pela frente qualquer tarefa e tira de letra.

Mas o velho e metódico tempo nos aguarda. Aos poucos, ele se aproxima e a perfeição começa a bater em retirada. Principalmente após os 35 anos, quando a celulite abraça as mulheres lentamente e a barriga insiste em marcar presença junto aos homens. As cáries já demonstram sua fúria junto aos dentes.

Depois dos 55 anos o tempo já mostra o impacto de sua presença. A memória começa a falhar. A energia física não é a mesma. Nem mesmo a vontade gostosa de fazer sexo prevalece todos os dias. Tudo entra em marcha lenta. Até a pressa em mudar o mundo, marca da juventude, cede lugar à calma. Enfim, a velhice do corpo se aproxima e com ela a perda da velocidade, em alguns casos, até do raciocínio.



segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fatalismo não prevaleceu nestas Olímpiadas



Festa de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Luís Alberto Alves

Antes do início destes Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o Apocalipse iria se tornar realidade. A Rede Esgoto, digo Globo, a cada dia encontrava algo para desclassificar as Olímpiadas. Assaltos, rede caótica de saúde, infraestrutura insuficiente. Tudo era motivo para descer a lenha neste evento esportivo.

Quando se falava em medalhas, o Brasil, pelos comentários dos “iluminados” da Globo, o País não passaria de três. Faria bem feio. O que esperar da porta voz do caos, da emissora que teve grande influência no golpe para retirada da presidente da República, Dilma Rousseff?

As bravatas do terrorista Estada Islâmico mereciam grande destaque. Poderiam provocar atentados na Vila Olímpica ou mesmo sequestrar esportistas. O Zika vírus visitava frequentemente os telejornais. A profecia seria a de milhares de turistas infectados sem atendimento nos hospitais.

Felizmente não aconteceu o que tanto sonhava a elite podre e reacionária brasileira. Apesar das falhas, as Olímpiadas do Rio de Janeiro foram um sucesso. A própria imprensa internacional, mais sensata do que a nossa, elogiou, principalmente a alegria de uma nação, que mesmo tão sofrida, ainda guarda dentro de si a felicidade de fazer uma festa.



sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Classe média sofre agora com os pancadões universitários



Luís Alberto Alves

Enquanto os pancadões estavam restritos à periferia ninguém ligava. Muito menos ganhava espaço na grande mídia. Pela lógica dos grandes veículos de comunicação, pobre só é notícia quando tem desgraça como produto final. Do contrário é perda de tempo. O mesmo raciocínio é aplicado a essas festas.

Agora água ultrapassou a cintura nas residências próximas às faculdades, principalmente as de grande porte, caso da PUC nas Perdizes, São Judas Tadeu, na Mooca, e UNI-FMU, bairro da Liberdade. Depois das aulas, carros dotados de som potente despejam música em volume bem alto.

Até início da madrugada ninguém consegue dormir. A PM é chamada para acabar com a bagunça, usando spray de pimenta, bombas de gás carbônico. Neste caso, é proibido bater. São filhinhos da burguesia. O sistema é invertido. Na periferia o couro come, na cidade ele faz jejum.

Pimenta nos olhos alheio é doce. Já faz tempo que na periferia as pessoas não podem dormir de sexta-feira para sábado e de sábado para domingo. Encontram dificuldade para entrar na rua onde moram, nem sequer conseguem estacionar o carro na garagem. Se reclamam são ameaçados pelos donos das biqueiras. Já nos pancadões universitários é a grana que fala alto.



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Nos Jogos Olímpicos da Corrupção, Brasil só ganharia ouro


Na modalidade licitação pública, Paulo Maluf ganharia todas as medalhas de ouro

Luís Alberto Alves

Olímpiadas da Corrupção. Brasil entra em campo com time imbatível, mesmo trazendo atletas idosos: Paulo Maluf, José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá e os caçulas Eduardo Cunha, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Sérgio Cabral, Eduardo Paes, Renan Calheiros, Beto Richa, José Genoino, Zé Dirceu e outros não muitos famosos.

Na modalidade desvio de verba pública, José Sarney dispara na corrida de 100 metros livres, batendo o recorde de 5s. Nem o jamaicano Bolt conseguiria alcançá-lo de tão rápido que é para arrancar dinheiro público para o seu bolso. Outro ouro garantido é Paulo Maluf, na modalidade licitação pública.

O item cobrança de propina de empreiteiras, a parada fica indigesta com Eduardo Cunha, Aécio Neves e Jader Barbalho.  O trio de ouro. Conseguiram o mesmo tempo ao exigir dinheiro em qualquer tipo de construção que saia do chão no Brasil. A de prata cai nas mãos de Sergio Cabral e Eduardo Paes nas obras das Olímpiadas do Rio de Janeiro.

A medalha de ouro para roubo de merenda escolar ninguém tira de Geraldo Alckmin. A prata cai nas mãos de Romero Jucá no quesito destruição de indígenas em Roraima. José Genoino, Zé Dirceu e Renan Calheiros encostam Alckmin no item corrupção.

O problema é entregar as medalhas, Maluf pegou o ouro e Eduardo Cunha cobrou propina para pintar de dourado tampinha de refrigerante. 

Na hora de levar o dinheiro, Genoino escondeu a maior parte da quantia na cueca. Para solucionar o problema o medalha truculência, Beto Richa, tentou resolver no braço o problema. Pagou mico, porque o cangaceiro Jader Barbalho colocou jagunços no circuito. Ninguém levou as medalhas para a casa. Elas sumiram!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Mês de agosto próximo do fim





Luís Alberto Alves

O oitavo mês do ano caminha rumo ao fim. Parecido com carro de fórmula-1, o tempo continua veloz. Nem parece que o dia 1º de janeiro foi ontem, quando a maioria das famílias festejou, traçou planos e imaginava outra longa jornada. Nada disso aconteceu.

Desde que passei da barreira dos 40 anos, percebo que os 12 meses andam muito rápido. Vou me deitar pensando em longa noite de sono e quando abro os olhos percebo que a madrugada se aproxima do fim. Chega o dia e no escritório ele prossegue acelerando fundo.

Lembro-me de que um amigo assistiu documentário de televisão, onde um físico explicou a razão desta suposta velocidade do tempo. Segundo ele, a Terra acelerou, por causa inexplicada, alguns milésimos de segundos em sua rotação e sentimos na prática essa mudança.


Outros dizem ser apenas impressão. Nunca ocorreu essa velocidade. O tempo segue na sua pegada normal. Não creio. Sinto o envelhecimento nos meus documentos, mas mentalmente é como se ainda tivesse 30 anos. Percebo não ter a mesma força física, mas ainda não me encontro enferrujado.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Temer consegue unir centrais sindicais


Juruna, secretário-geral da Força Sindical discursa diante da sede da Fiesp

Boneco do presidente interino Michel Temer, alvo de muitos protestos

Luís Alberto Alves

O presidente interino Michel Temer conseguiu unir as centrais sindicais num Dia Nacional de Luta que ocorreu hoje com diversos protestos por todo o País. Ao anunciar que iria mexer na Previdência Social e retiraria conquistas trabalhistas, colocou fogo na pólvora.

Por questões ideológicas, algumas centrais não participam de algumas atividades. Mas o que se viu hoje de manhã (16) na Avenida Paulista foi algo que o próprio governo não acreditou. O quarteirão entre a Rua Pamplona e o Parque Trianon, diante do Masp, acabou tomado por diversos sindicalistas.

É óbvio que trabalhador nenhum aceita perder benefícios que obteve por meio de greve e até luta. Exemplo disso é a proposta de aumento de jornada de trabalho, das atuais 44 horas para 80, como é sonho da retrógrada Confederação Nacional da Indústria.


Não é novidade a respeito do modo de agir de parte do empresariado brasileiro. Atrasados, se pudessem revogavam a Lei Áurea para trazer a escravidão ao mercado. Esquecem do maior patrimônio em suas mãos: os funcionários. Preferem investir em máquinas, pois elas não reclamam nem reivindicam melhores condições de trabalho no chão de fábrica.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Como as drogas liquidaram com Amy Winehouse






Luís Alberto Alves

Nos últimos dias ouvi muito as canções gravadas por Amy Winehouse. Que talento! Como essa jovem cantava bem. Tire as dúvidas ouvindo o hit “Love is a Losing Game”, num dueto inesquecível com o rapper Mos Def. Sem frescura ou recurso técnico conseguia mandar o recado perfeitamente.

Infelizmente Amy não foi inteligente para ficar distante das drogas e morreu precocemente. Soube mesclar ao seu repertório o som inesquecível do Rock e Soul Music das décadas de 1950 e 1960, nas levadas que faziam os gênios daquela época, entre eles Sam Cooke, Bobby Womack.

Não podemos deixar de lado a banda que a acompanhava. Músicos de primeira linha. Reproduziam perfeitamente a pegada desses dois belos estilos de Black Music. Para azar dos fãs de excelentes cantoras, Amy entrou na mesma rota perigosa de Janis Joplin, Billie Holiday de quem se espelhou, até na entonação de voz e outras divas, como nossa Elis Regina.



Ainda hoje existem os defensores das drogas como excelente opção de vida. Mentira! Entorpecentes funcionam para retirar a vida lentamente, asfixiando talentos, semelhantes ao de Amy Winehouse. Caso não tivesse mergulhado neste inferno ela ainda faria muito sucesso. Mesmo assim adentrou à galeria das grandes cantoras da Black Music. Ironia: Amy e Janis Joplin eram intérpretes brancas que soltava a voz iguais as divas negras Billie Holiday e Ella Fitzgerald. 
https://www.youtube.com/watch?v=fy9Aa0XAwrE


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Mercenários tomam conta da seleção brasileira



Luís Alberto Alves

A seleção brasileira está cheia de mercenários. Jogadores preocupados apenas em manter a canela intacta e continuar ganhando fortunas no Exterior. O maior deles é o arrogante Neymar. Só para fazer comercial de uma empresa farmacêutica ganhou a bagatela de R$ 5 milhões.

No campo, o time é uma vergonha. Não tem padrão, parece um bando de baratas tontas quando recebe jato de aerossol. O amor à camisa desapareceu no futebol masculino. Realidade oposta das meninas, que a cada partida enchem os nossos olhos. Talvez por que ganham pouco ou nada para entrar em campo.

Infelizmente, os culpados pelo surgimento desses monstros somos nós da imprensa, principalmente alguns coleguinhas da área esportiva. A cada dia eles criam um ídolo de barro para alavancar audiência ou aumentar a grade de anunciantes. O resultado é esse horror que assistimos durante esta Olímpiada.


Se a CBF parasse na Praça da Sé, em SP, na Pampulha, em Minas Gerais, na Praça XI, no Rio de Janeiro e na Praia da Boa Viagem, em Pernambuco, e selecionasse os desempregados bons de bola, desse treinamento físico e alimentação correta, já estaríamos fazendo bonito nos estádios há muito tempo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Pokémon Go do brasileiro é o emprego


Luís Alberto Alves

O Pokémon Go do brasileiro é o emprego. O aplicativo precisa urgentemente mostrar onde existe empresa contratando. Em vez de ficar circulando pelas ruas da cidade igual barata tonta, este tipo de Pokémon Go ajudaria muito a reduzir a grave crise econômica em que o Brasil mergulhou.

Imagine o cidadão com três filhos pequenos, pagando aluguel (a essa altura do campeonato se encontra atrasado e próximo do despejo), faltando comida em casa e até dinheiro para sair em busca de algum trabalho, acessando o Pokémon Go Emprego? Seria a solução de diversos problemas.

Poucos anos atrás o medo do brasileiro era ser vítima da violência. Agora não é mais. O terror de qualquer pessoa é quando chega o final da tarde e o chefe pede para ela ir conversar com o gerente de Recursos Humanos. Pode ter certeza de algo: o suor frio vai descer do seu rosto, temendo entrar no time do desemprego.

Ainda não há pesquisa sobre o assunto, mas calculo que cresceu o número de homens sem desejo sexual pela esposa. O medo de perder o trabalho mexeu na estrutura emocional e a mente já não tem como segurar esse sentimento. Repito: tudo isso pode ser resolvido com o aplicativo Pokémon Go emprego. Quando aparecerá não posso determinar. Mas precisa surgir rápido.



quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Geração mimada recusa obedecer às ordens da vida



Luís Alberto Alves

Mais mordomias é a exigência da nova geração. Se possível gostariam de receber a comida na boca, além de dormir o dia inteiro. Detestam trabalhar e também estudar. Adorariam passar de ano sem pisar na escola. Não suportam passar pelos testes aplicados pela vida para se chegar à maturidade.

Quando entram no mercado de trabalho, imaginam que a empresa é um pedaço de casa. Ficam nervosos a partir do momento em que passam a receber ordens e cobranças da chefia. Pensam que receber salários não exige a contrapartida de trabalhar e render resultados.

Para colaborar neste caos alguns pais agem igual mosca morta. Não deixam os filhos lavar um prato ou copo. Os isolam da máquina ou tanque onde deveriam passar sabão e esfregar cuecas e calcinhas. Recebem tratamento de príncipes e princesas. Imagina que aqui do lado fora será a mesma coisa.

Na escola da vida, precisamos entender que o mundo não gosta de preguiçosos. Essa geração mimada não pode mais continuar neste pedestal, para o próprio bem dela. Do contrário serão eternos clientes de psicanalistas onde tentarão expulsar frustrações que eles mesmos cultivaram na adolescência.




terça-feira, 2 de agosto de 2016

Quando algumas pessoas são mais especiais do que outras



A modelo Aline Furlan desapareceu após sair de um bar em Piracicaba, interior paulista

Luís Alberto Alves

O caso da modelo Aline Furlan, que ficou desaparecida 16 dias, é curioso. A Polícia da região de Piracicaba (SP) se mobilizou para tentar localizá-la, inclusive usando helicóptero visando encontrar o veículo, com o qual ela foi vista saindo de uma festa em Piracicaba, interior paulista, para se dirigir à sua casa em Santa Bárbara d´Oeste.

O esforço policial é elogiável. Porém fica o questionamento: caso Aline fosse uma jovem da periferia, filha de favelados, pobre, funcionária de alguma empresa de pequeno porte, existiria o mesmo empenho da Polícia? É bem provável que não. Tudo estaria na tenebrosa estatística de casos a esclarecer.

No Brasil existem pessoas que são mais iguais do que outras, por causa da posição social, econômica ou política que ocupam. O Zé Ninguém ou Maria sem sobrenome é apenas número. Se por ventura sumirem do mapa, dificilmente algum delegado irá gastar tempo no esclarecimento daquele crime.


Essa dura realidade perdura há séculos. O sistema escolhe quem merece tratamento top. Pessoas integrantes do time do Miséria Futebol Clube jamais, salvo exceções, receberão atenção da Segurança Pública. As Mães da Praça da Sé sentem na pele essa realidade. Procuram seus filhos há anos, por que a polícia os deixou de lado. 

Olímpiadas da insegurança



Luís Alberto Alves

Na sexta-feira (5) começam as Olímpiadas do Rio de Janeiro. Nas pistas e ginásios serão travadas batalhas na busca pela tão sonhada medalha de ouro, principalmente por atletas brasileiros, para não repetirem o fiasco da Copa do Mundo/2014, quando a seleção de futebol foi humilhada pela goleada de 7x1 no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

O grande problema não é dentro do local onde ocorrerão os Jogos Olímpicos, mas do lado de fora. Nas ruas e avenidas da cidade, território comandado pelo crime organizado, ávido em ganhar muito dinheiro vendendo drogas e até praticando assaltos contra turistas.

Não levo a sério a bravata de que as Forças Armadas vão impedir os bandidos de continuar tirando o sossego da população. Para quem não mora no Rio de Janeiro, desconhece os inúmeros morros que circundam a outrora a cidade maravilhosa. Lá de cima é possível enxergar a movimentação da polícia.

Os militares usam tanques e só alguém com alto grau de miopia para não visualizar uma máquina de guerra deste porte pronta a reprimir qualquer ação arquitetada pelos criminosos. A mídia, amestrada pelos grandes anunciantes, poderá passar a imagem de que tudo está bem. Apenas ilusão.