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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Classe média sofre agora com os pancadões universitários



Luís Alberto Alves

Enquanto os pancadões estavam restritos à periferia ninguém ligava. Muito menos ganhava espaço na grande mídia. Pela lógica dos grandes veículos de comunicação, pobre só é notícia quando tem desgraça como produto final. Do contrário é perda de tempo. O mesmo raciocínio é aplicado a essas festas.

Agora água ultrapassou a cintura nas residências próximas às faculdades, principalmente as de grande porte, caso da PUC nas Perdizes, São Judas Tadeu, na Mooca, e UNI-FMU, bairro da Liberdade. Depois das aulas, carros dotados de som potente despejam música em volume bem alto.

Até início da madrugada ninguém consegue dormir. A PM é chamada para acabar com a bagunça, usando spray de pimenta, bombas de gás carbônico. Neste caso, é proibido bater. São filhinhos da burguesia. O sistema é invertido. Na periferia o couro come, na cidade ele faz jejum.

Pimenta nos olhos alheio é doce. Já faz tempo que na periferia as pessoas não podem dormir de sexta-feira para sábado e de sábado para domingo. Encontram dificuldade para entrar na rua onde moram, nem sequer conseguem estacionar o carro na garagem. Se reclamam são ameaçados pelos donos das biqueiras. Já nos pancadões universitários é a grana que fala alto.



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