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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Quando algumas pessoas são mais especiais do que outras



A modelo Aline Furlan desapareceu após sair de um bar em Piracicaba, interior paulista

Luís Alberto Alves

O caso da modelo Aline Furlan, que ficou desaparecida 16 dias, é curioso. A Polícia da região de Piracicaba (SP) se mobilizou para tentar localizá-la, inclusive usando helicóptero visando encontrar o veículo, com o qual ela foi vista saindo de uma festa em Piracicaba, interior paulista, para se dirigir à sua casa em Santa Bárbara d´Oeste.

O esforço policial é elogiável. Porém fica o questionamento: caso Aline fosse uma jovem da periferia, filha de favelados, pobre, funcionária de alguma empresa de pequeno porte, existiria o mesmo empenho da Polícia? É bem provável que não. Tudo estaria na tenebrosa estatística de casos a esclarecer.

No Brasil existem pessoas que são mais iguais do que outras, por causa da posição social, econômica ou política que ocupam. O Zé Ninguém ou Maria sem sobrenome é apenas número. Se por ventura sumirem do mapa, dificilmente algum delegado irá gastar tempo no esclarecimento daquele crime.


Essa dura realidade perdura há séculos. O sistema escolhe quem merece tratamento top. Pessoas integrantes do time do Miséria Futebol Clube jamais, salvo exceções, receberão atenção da Segurança Pública. As Mães da Praça da Sé sentem na pele essa realidade. Procuram seus filhos há anos, por que a polícia os deixou de lado. 

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