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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

terça-feira, 30 de junho de 2015

Gênero: escola educa ou informa?


Na infância, o preconceito é ainda desconhecido



Luís Alberto Alves

 O clima esquentou com a proposta de colocar na grade curricular do Ensino Infantil e Fundamental a disciplina a respeito de gênero. Olhando rapidamente é algo bom. Mas quando analisamos profundamente o assunto fica visível a imposição de, ainda na infância, sob argumento de combate à homofobia, evitar o preconceito sexual.

 Mentira! As crianças não são preconceituosas e muito menos têm ódio das pessoas. O coração delas é puro, não é contaminado como os adultos que enxergam maldade em qualquer tipo de ação. O que se pretende, sutilmente, é colocar na mente dos nossos filhos que é bom serem homossexuais. Cada um faz da vida o que achar melhor, inclusive na área sexual.

 Agora não é possível é tentar enfiar, este é o termo correto, na mente infantil, ainda na infância, este tipo de argumento. É o mesmo de dizer para alguém antes dos sete anos de idade, que assaltar, matar, traficar ou mesmo corromper de que isto é natural. Estão querendo colocar o carro à frente dos bois.

 Cabe à escola informar, passar dados importantes para o desenvolvimento intelectual do aluno em diversos tipos de disciplina. A educação é assunto pertinente à família. O pai ou mãe têm autoridade suficiente para definir o que é melhor para seus filhos.

 Aliás, não cabe ao Estado interferir neste tipo de discussão, quanto à decisão tomada pelos pais visando o futuro dos filhos. O governo, em diversas esferas, só pode entrar no campo, via Judiciário, usando a Polícia, quando a vida dos pequenos corre risco de morte ou mesmo a rotina familiar (caso de pais drogados ou alcoólatra) possam impactar de forma negativa o desenvolvimento das crianças.

 Não é aceitável, usando de sofismas, imporem regras para beneficiar determinados grupos da sociedade, usando a infância como massa de manobra. Discriminação ou qualquer tipo de conduta nociva às boas regras da sociedade são desconhecidos pelas crianças. Quando tiverem idade e capacidade de entenderem o funcionamento do mundo, é possível colocar na grade curricular este assunto.

O que passar disso é lobby. E cada um puxa a sardinha para o seu lado, sem qualquer preocupação com o futuro. Cabe a nós, pais e mães, escolher o melhor para os nossos filhos, dentro da melhor concepção de vida. Ninguém pode decidir por mim, o que eu devo fazer de bom para o meu filho ou filha. O Estado não paga as minhas contas, nem me ajuda no meu sustento. Portanto, também, não tem o direito de interferir na educação, que creio seja o melhor para meus descendentes.


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Caminhão sem motorista é reflexo do avanço da tecnologia




Caminhão que dispensa o uso de motorista, testado nos Estados Unidos



Luís Alberto Alves

 Vejo com certo espanto a notícia de que em breve teremos caminhões sem motoristas. Para pessoas afastadas do jornalismo automotivo é algo espetacular, fora do comum. Durante certo tempo trabalhei escrevendo matérias sobre veículos. Gostei tanto, e criei um blog (www.yohahautomotors.blogspot.com.br). Ali relato algumas experiências da indústria automobilística. Portanto esse assunto não é novidade para mim.

 O modelo Actros, da Mercedes-Benz, por exemplo, é muito avançado. Participei de test-drive, dirigindo cavalo-mecânico puxando duas carretas, totalizando 42 toneladas de carga. É mais fácil de conduzir do que automóveis populares. Câmbio automático. Oferece a facilidade de seleção de marchas, tanto na subida quanto na descida.
O cavalo mecânico Actros, que puxa uma carreta de 42 toneladas


 Mesmo na Serra do Mar, onde pilotei essa fera, ele desceu parte da rodovia, usando o freio motor, ou seja, não foi preciso pisar nos pedais normais. Ele é dotado de dispositivo responsável por medir a distância do veículo da frente. Evita colisão. Caso o motorista durma, consegue frear automaticamente, além de acender o pisca alerta e acionar as buzinas avisando a anormalidade.

 Se alguma peça quebrar, no painel é acessa uma lâmpada e dependendo da cor, o motorista conhecerá a gravidade do problema. Na oficina, o mecânico pluga o cabo do notebook no painel do caminhão e aparece qual é a peça danificada.
O interior do Actros; em matéria de conforto não deve nada aos carros de passeios


 Numa entrevista coletiva perguntei para os engenheiros quando seria possível lançar veículos de carga sem a presença de motorista. Eles foram rápidos e concisos: “Temos a tecnologia, apenas aguardamos o momento certo. No Brasil poderíamos lançar caminhões mais avançados, mas a conservação das rodovias é péssima, e dificultaria o trânsito desses produtos”.

  Caso fosse possível comprar apenas o cavalo-mecânico (para os leigos é o caminhão sem carroceria, de apenas seis rodas, destacando apenas a cabine) o motorista iria desfrutar de todo conforto oferecido por vários modelos já presentes em nossas rodovias. Ficou para trás a época de precisar de esforço físico para engate de marchas ou ter pernas fortes para usar a embreagem por causa da dureza.


 O conforto e alta tecnologia estão presentes na maioria das boleias. É fácil detectar esse detalhe nos preços desses veículos: existem cavalos-mecânicos cujo valor atinge R$ 600 mil, sem a carroceria, que, dependendo do modelo não sai por menos de R$ 250 mil. São verdadeiras naves espaciais, calculando inclusive o consumo, o esforço feito nas subidas, quantas vezes a marcha foi engatada, registro de pressão nos pneus, aceleração excessiva. Enfim radiografia total de uma viagem na estrada. Em termos de tecnologia, as montadoras de caminhões estão muito avançadas em relação aos automóveis de passeio. 

Seleção brasileira rumo à ladeira



Paraguai tirou Brasil da Copa América

Luís Alberto Alves

 Existem males que resultam em bem. É o caso da Seleção Brasileira de futebol. Não lamentei a eliminação da Copa América ao perder para o Paraguai nos pênaltis. Os ufanistas de plantão, vide o chato Galvão Bueno, que só agora encontrou defeitos no técnico Dunga, apostavam na classificação e conquista do título.  Claro, para Rede Globo interessa manter a alienação da população, apostando que o nosso futebol é a solução para todos os problemas.

  Após a descoberta da imundície dos bastidores para escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e Catar e outras sujeiras, deixei de lado o amor pelo futebol brasileiro. Seleção é jogo de cartas marcadas, até a convocação de atletas. Só entram os indicados por empresários, atualmente dominando a maioria dos clubes.

 O colega de profissão Jamil Chade mostrou recentemente, através de reportagem no jornal O Estado de S. Paulo, como eram marcados os amistosos do Brasil contra selecionados mais parecidos com time armados para peladas de final de semana. Tudo em busca de dólares. Os patrocinadores exigiam a presença de determinados craques, para atrair público.

 Enfim, verdadeiro mar de lama envolvendo até a alta cúpula da Fifa e CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ninguém preocupado com a qualidade, apenas visualizando mais dinheiro no bolso, caso dos mafiosos Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, entre outros. O time não poderia ficar imune. Começou a derrocada, reflexo puro da corrupção reinante em nosso futebol.


 Perde o tempo quem coça a cabeça e fica nervoso ao ver um gol desperdiçado, mesmo com o goleiro caído, restando apenas empurrar a bola para o fundo da rede. Há mais paixão e sinceridade na várzea, onde ainda existe futebol de verdade, sem esquema. O resto é perfumaria. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

Brasil: República Federativa dos Banqueiros





Luís Alberto Alves

A taxa de juros no cartão de crédito chegou a 360,6% ao ano. A do cheque especial atingiu 232% no mesmo período. Segundo o Banco Central, a taxa média de juros cobrada do consumidor subiu 1,2 pontos percentual passando de 56,1% em abril para 57,3% em 12 meses no mês de maio.

 Esse achaque não inclui financiamento imobiliário, crédito rural e empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento e Social). Em outras palavras os banqueiros continuam arrancando o couro do consumidor. Ganham sem fazer qualquer esforço. É a agiotagem autorizada pelo governo. 

 Desde a promulgação da Constituinte, em 1988, está mofando nas gavetas do Congresso Nacional a regulamentação dos juros bancários em 12% ao ano. Parece que nestes 27 anos nunca sobrou tempo para os nossos políticos colocarem ordem na casa. Aos bancos não interessam ganhar pouco, mesmo sendo muito ricos.

 Na maioria dos países desenvolvidos, inclusive Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, não se cobra mais de 1% de juros AO ANO. Mesmo assim, essas nações continuam ricas. Só no Brasil existe a anomalia de instituições financeiras assaltando a população.

 Os bancos não ajudam o progresso do País. Pelo contrário são individualistas. Criam taxas para todos os serviços oferecidos. Até mesmo o cartão magnético usado para saques em caixas eletrônicos não é oferecido gratuitamente ao cliente.

 Mesmo enchendo os cofres de dinheiro através de taxas, prosseguem na insanidade de dilapidar o bolso do brasileiro. Ao contrário da indústria, geram poucos empregos, principalmente nesta época de informatização. Até o pagamento de boleto é feito no caixa eletrônico, pois é isento de salário. Infelizmente o Brasil é uma república federativa dos juros...





Se dinheiro trouxesse felicidade, divórcio nunca entraria em casamento de ricos



O bilionário Onassis foi exemplo de que dinheiro não é sinônimo de felicidade


Luís Alberto Alves

 Virou chavão ouvir a máxima de que o dinheiro é a fonte da felicidade, principalmente no amor. Muitos depositam a fé na vida financeira. A conta corrente repleta de grana é solução para todos os problemas, principalmente de quem é pobre. Alguns passam a trabalhar alucinadamente tentando deixar a caderneta de poupança cheia, para não depender de ninguém e usar o dinheiro para abrir todas as portas.

 Porém, a maioria dos aficcionados da riqueza esquece-se de algo importante, mas que poucos procuram pensar de forma despreocupada. Qual a razão para os milionários e bilionários se divorciarem? Não vivem mergulhados no melhor dos mundos, onde o luxo, o prazer e poder estão na palma das mãos por causa da imensa fortuna?

 Pegue o exemplo dos ricaços de alguns países árabes. Compram aviões enormes, mandam revestir de ouro e colocam torneiras e maçanetas de diamantes. Vivem rodeados de inúmeras mulheres. Comem e bebem do melhor que existe neste planeta. Chegam à audácia de contratar cantores e bandas famosas, inclusive de rock, para shows particulares.

 Cito aqui o caso do magnata Aristóteles Onassis, nas décadas de 1940, 1950 e 1960 um dos homens mais ricos do mundo. Teve vida sentimental marcada pelo fracasso. O mesmo se repetiu com a filha Cristina, herdeira da fortuna. Era tão infeliz que nas viagens a Paris, saia de noite à procura de garotos de programas para saciar o apetite sexual.

 Apesar de bilionária era uma mulher solitária. Não teve sorte no amor. Tinha acesso às melhores iguarias do mundo. Exemplos não faltam. Outro bilionário foi Paul Getty Terceiro. Na década de 1970 teve um dos filhos seqüestrados e recebeu o pedaço da orelha dele, como prova de que os criminosos não brincavam e exigiam o pagamento do resgate.

 No auge do desespero passou a sentir inveja do seu jardineiro. Apesar do mísero salário, o empregado nunca estava triste. Ao redor do mundo existem até hoje homens e mulheres donos de gigantescas riquezas, mas pobres de espírito. Compram amizades por meio de presentes valiosos. Quando festejam algo nas suntuosas mansões precisam pagar para vários convidados sorrirem e comparecerem.

 A naturalidade inexiste. O amor é um sentimento. As pessoas compram momentos sexuais e confundem com amor. Adquirem coberturas ou mesmo residências enormes, dotadas de muito luxo, mas sem o calor, afeto e a beleza de um lar, que somente o amor  é capaz de dar.

 Muitos grã finos sustentam modelos e atrizes famosas. As escravizam com dinheiro, deixando-as reféns de cartões de créditos e carros de marcas renomadas. Durante algum tempo a farsa é mantida, até atingir o rompimento. Por maior que seja o poder financeiro, ele não tem condições de criar um grande amor. Aparece atração sexual, menos o desejo de estar ao lado de alguém sem qualquer interesse na vida financeira.


 É por causa disso que os milionários e bilionários se divorciam. Por que acabam conhecendo e sentindo na carne que o dinheiro não é capaz de trazer a felicidade a ninguém. Apenas ajuda manter bom padrão de conforto, menos o sorriso sincero e o caloroso beijo de alguém eternamente apaixonado. Essa virtude independe do sucesso financeiro. Ela é regida pelo coração, dono de razões que a própria razão desconhece.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Nunca reclame de quem Deus retirou de sua vida





Casamento após o divórcio nunca mais será o mesmo numa reconciliação

Luís Alberto Alves

 Jamais caia no erro de reclamar com Deus por Ele ter retirando alguém de sua vida. Elogie. Agradeça. Talvez você não imagine como seria o teu futuro ao lado daquela pessoa. Porém, algumas “personas” insistem em chorar o leite derramado, cometendo o deslize de pedir ao Senhor uma segunda chance ao lado do ex-marido, ex-esposa ou até mesmo de retornar àquela empresa onde passou flash de bons momentos.

 Para nossa felicidade, Deus tem o maravilhoso poder de saber o que acontecerá mais adiante em todos os sentidos. É natural após decorridos meses ou poucos anos de divórcio o coração tentar enganar a mente, vendendo a proposta de que uma segunda chance poderia ser melhor, pois não se repetiria os erros responsáveis por aquela separação.

 A filosofia popular diz que: “copo de cristal colado nunca será o mesmo”. Outras palavras este adágio explica que nada consertado ficará parecido com o original, livre de falhas ou manchas. No caso de relacionamento matrimonial, nunca o casal viverá o êxtase da primeira vez, quando mergulharam profundamente no casamento dos sonhos.

 Se o motivo do divórcio foi infidelidade, a sombra da desconfiança vai continuar pairando, quando surgir alguma situação parecida da época em estiveram casados até chegar à separação. O beijo terá outro sabor. Mesmo o contato sexual aparecerá carregado de desconfiança. Os velhos fantasmas continuarão rondando a cabeça de ambos.

                                                   Beijo apaixonado

É igual jogador de futebol que, após pendurar as chuteiras, teima em entrar novamente em campo. Quebrará a cara na primeira derrota do time. A crítica vai dizer que ele está fora de ritmo, deveria ter ficado em casa. É o velho lema de sair por cima, no auge, quando são poucas as reclamações.

 Caso você esteja com a mente bombardeada para voltar ao passado, peça forças para Deus lhe manter no presente. Ao lado do novo alguém que lhe faz feliz. Evite cair no erro de tentar a segunda chance. Nada ali será igual à primeira vez, nem mesmo o beijo apaixonado quando estiveram frente a frente no ato sexual. Tudo terá clima de segunda época.

 Logo aparecerão as terríveis comparações. Nunca esqueça de que depois da separação cada um resolveu correr para recuperar o tempo perdido naquele casamento. Ocorreram boas e más experiências. Elas explodirão na cama onde vocês dois tentarão dormir outra vez. No amor, a melhor época é quando nos conhecemos, com a química e desejo de pretender ficar ao lado daquele alguém pelo resto da vida.


Porém, Deus tem planos melhores para nós. Se Ele retirou, é porque reservou grande tesouro para ser desfrutado. Para pegarmos a chave desse cofre não podemos tentar voltar ao passado. É preciso olhar adiante, contemplar a bela terra onde mana leite e mel e a felicidade nos aguarda em um jardim florido, num belo dia de Verão, com o sol brilhando no horizonte. Esqueça o passado, viva o presente e espere o futuro.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Nissan do Mississippi vive na época da escravidão



Na linha de montagem da Nissan, em Canton, Mississippi, funcionários são obrigados a usar fraldões

Luís Alberto Alves

 Fiquei estarrecido com as práticas escravagistas adotadas pela filial da Nissan na cidade de Canton, Mississippi, Estados Unidos. Primeiro ela proíbe a eleição de dirigentes do sindicato dos metalúrgicos para representar seus funcionários (o sindicalismo norte-americano funciona por empresas). Caso seja implementado, ameaça sair da cidade, deixando milhares de desempregados.

 Ela segue a risca os conselhos ditatoriais do seu presidente, o brasileiro Carlos Ghosn, que também está à frente da montadora francesa Renault. Ficou conhecido no mundo empresarial automobilístico como “senhor morte” por causa do elevado número de demissões realizado na Nissan quando assumiu o poder.

 A fábrica da Nissan em Mississippi rompe todos os limites da sensatez. Os funcionários têm jornada de oito horas seis dias por semana, com agravante que nos finais de semana são obrigados a trabalhar no turno da noite, para garantir a fabricação de 300 automóveis por turno. Os temporários ficam 10 horas no serviço durante os sete dias da semana.

 Para não atrapalhar a linha de produção, os empregados desse setor são obrigados a usar fraldões. Os baixos salários são outros péssimos adjetivos praticados pela Nissan. A montadora recusou, inclusive, orientação do governo dos Estados Unidos para tirar da ordem do dia essas práticas daninhas. A resposta foi ameaçar ir embora do solo norte-americano.

 Infelizmente esse tipo de mentalidade empresarial ainda vigora em diversos países. O capital transnacional visualiza o maior lucro possível, deixando sem segundo plano a saúde dos trabalhadores e bem-estar social. Por causa disto, é grande o número de divórcios em Canton, porque o marido ou esposa que trabalham na Nissan geralmente pouco tempo ficam em casa, ao lado dos filhos.

 Mas em nome da grande quantidade de dinheiro que entra no cofre da japonesa Nissan, tudo isso é ignorado. Em vez de dialogar, responde com ameaças, quando o correto seria conversar e compreender que não estamos mais na época da escravidão. Que nos Estados Unidos os Direitos Sociais, conquistados na década de 1960, ainda continuam em vigor, para desgosto do ditador Carlos Ghosn...


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Metralhadora giratória da Globo aponta para sindicatos




A Rede Globo, mesmo em queda, continua atirando para todos os lados

Luís Alberto Alves

 A família Marinho, dona da Rede Globo, tem ojeriza a tudo que soe com apelo popular. Nos humorísticos, a população de baixa renda é humilhada, por meio de pseudo piadas. De forma subliminar tenta mostrar que pobre não tem cultura, é burro. E quando consegue ganhar dinheiro, é visto como exótico. Repare nas roupas dos novos ricos em programas globais.

 No domingo (14) a bola da vez foram sindicatos de trabalhadores que segundo o padrão de jornalismo da Globo se enriqueceram à custa dessa classe social. A carga foi pesada. Curioso que nunca vi nenhuma reportagem profunda apurando o famoso Sistema S, ou seja, que inclui Sesc, Senac, Sesi e Senart. Por ali passam milhões, mas não é recomendável mexer em caixa de abelhas raivosas.

 Os sindicatos patronais também ficam foram do esquema. E as federações industriais? O que falar de dirigentes que estão à frente dessas entidades há décadas? Como representam o grande capital, não é aconselhável pisar no calo de nenhum deles.

 Não sou advogado do diabo, nem pretendo defender ninguém. Como jornalista, profissão que amo de verdade, apresento apenas fatos, muitas vezes ignorados pelos leigos. Eles ficam fascinados pelo fato em si, principalmente quando recebem a tarja de “reportagem especial”. Nas entrelinhas não conseguem compreender o objetivo daquela matéria.

  Imagine o Brasil sem sindicatos? Um país onde diversas empresas tratam seus funcionários como se fossem gados. Algumas demitem mulheres grávidas, outras obrigam o empregado a trabalhar em ambientes sujos e equipamentos perigosos, colocando sua vida em risco.

 Aliás, recomendo a você internauta a pesquisar e estudar profundamente o Projeto de Lei no Senado 432/2015, ele visa excluir do conceito de escravidão, as situações semelhantes à escravidão. Ou seja, alguém trabalhando sem comer direito, sem uniforme, num ambiente imundo, em jornadas extenuantes, qualquer garantia de direito social e trabalhista.

 Contra esse Projeto de Lei, que na teoria vai revogar a Lei Áurea, trazendo a escravidão de volta, com a diferença que atingirá a todos, não apenas negros, a Rede Globo não levanta a voz. Porque o defensor do grande capital nunca atacará seus comparsas. Agora resta saber quem será a próxima da metralhadora global....


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Acidentes de trabalho: a dura realidade brasileira




Brasil aumenta exército de inválidos a cada acidente de trabalho

Luís Alberto Alves

 O Brasil que não aparece na televisão é o do acidente de trabalho. Atinge diretamente o fígado do capitalismo nacionalismo, ávido por lucro a qualquer custo, usando funcionário como bucha de canhão ou bagaço da laranja. Em 2012 o País registrou mais de 705 mil acidentes e doenças profissionais. De cada dez empregados acidentados, homens ou mulheres, oito foram de empresas terceirizadas. A cada mil acidentes, oito pessoas morreram.

  Na avaliação do chefe do Ministério Público do Trabalho, Luiz Carlos Camargo, o Brasil está criando um verdadeiro exército de pessoas que jamais voltarão aos seus postos de trabalho, compostos de mutilados, doentes, viúvos e viúvas, por conta do processo de produção em vigor neste País. “Se não tivermos uma forma efetiva de mudar esse processo, nós teremos um exército de inválidos”, disse.

 Em nível mundial, de acordo com dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), há dois anos mais de 270 milhões de trabalhadores sofreram esse tipo de acidente. Cerca de 2,3 milhões perderam a vida. Aproximadamente 5.500 pessoas morreram por dia, ou seja, a cada 15 segundos 160 empregados acabaram vítimas de desastres e doenças profissionais e uma faleceu.

 Por causa da indústria alimentícia, Santa Catarina ocupa o triste primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes de trabalho. Somente em 2012, cerca de 48 mil cidadãos foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho. De cada mil habitantes, 7,6 deles terminaram vítimas de acidentes e doenças profissionais.

 Outro dado triste é que na cidade de Chapecó, onde há diversos frigoríficos, pesquisa realizada pelo Ministério Público do Trabalho revelou que os operários em Santa Catarina adoecem 48% a mais que a média nacional. A saúde deles atingida, principalmente nos setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista.


 Infelizmente esse Brasil não merece destaque nos grandes telejornais, principalmente na Rede Globo. Ali, a regra é concentrar fogo no governo federal, isentando os demais chefes de executivo de culpa, como se o restante do Brasil estivesse em clima de lua de mel. Nem a grave crise hídrica merece destaque. Tudo é culpa do céu, que despeja chuva em volume insuficiente. O aumento assustador da violência em São Paulo fica fora do noticiário. Afinal não é bom criticar governo tucano. São santos e desejam o bem para o povo. Claro os que fazem parte da elite financeira....

terça-feira, 9 de junho de 2015

Jesus Cristo é ridicularizado na Parada Gay





A simulação da crucificação de Jesus Cristo é afronta ao cristianismo


Luís Alberto Alves

 “Minha liberdade termina aonde começa a do próximo”, diz a sabedoria popular. Outro adágio conhecido é: “Devagar com o andor que o santo de barro”. Infelizmente os organizadores da Parada Gay em São Paulo desconhecem essas duas máximas. Na defesa dos seus direitos partem para ataques contra parcela da sociedade que não aceita o estilo de vida deles. Aliás, ninguém é obrigado a aceitar qualquer postura, que na sua visão particular possa ferir seus conceitos.

 Quando alguém critica um homossexual, logo é tachado de homofóbico. Agora quando ocorre o oposto é natural, faz parte do jogo democrático? Não é assim. Já faz algum tempo que nas paradas gays, o cristianismo é atacado. Há pouco tempo, em 2013, um grupo de lésbicas, no Rio de Janeiro, na marcha das vadias, levou imagens de santos católicos e crucifixos. Quebraram as imagens e passavam as cruzes na vagina, simulando ato sexual.

 Nesse domingo (7) novamente os cristãos foram atacados, sob argumento de liberdade de expressão. Uma atriz, ou pretendente a esta profissão, simulou a crucificação de Jesus Cristo em cima de um trio elétrico. Com os seios de fora e transbordando ar de deboche fez parte de algo deplorável. Já não basta outro grupo de homossexuais proporem a queima da Bíblia em praça pública e gritar que Deus era homofóbico.

 Calculo que os organizadores da Parada Gay desconheçam o que diz a Constituição Federal, a Lei suprema do País, a respeito de símbolos e liturgias religiosas. O que aconteceu domingo durante a Parada Gay é crime. É afronta contra a fé cristã. É o mesmo de chegar diante de um quartel é queimar a bandeira brasileira. Para os militares, esse simples pedaço de pano para os leigos, é a representação da pátria, a qual prometeram dar a vida para defendê-la.

 Talvez os membros da Parada Gay não conheçam profundamente a vida de Jesus Cristo. Alguns pseudo intelectuais dizem que o Filho de Deus é fruto de marketing católico. Quanta ignorância. Na época em que Jesus viveu ainda não existia catolicismo. Se de fato fosse invenção de marketing do Vaticano, como alguém sem dinheiro e qualquer recurso de propaganda conseguiria manter seus ideais e estilo de vida intacta após tantos séculos?

 Todos têm direito a fazer da própria vida o que achar melhor. Agora não podem é sair atropelando, denegrindo, ironizando e fazendo chacota da fé alheia. Cristãos são pacíficos, mas isto não impede diversas ações na Justiça exigindo respeito e até pesada indenização por esse tipo de violência gratuita.

 Ninguém tem direito a fazer este tipo de ataque contra a fé cristã, ou qualquer outro tipo de religiosidade. É preciso ter bom senso. Caldo de galinha e prudência não fazem mal a ninguém. Quando reivindicamos direitos, precisamos obedecer ao direito do próximo. É perigoso quando setores da sociedade, no afã da defesa dos seus direitos, parte para o radicalismo. É mal para os dois lados.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

Globo vira vaselina no escândalo da Fifa




William Bonner e Renata Vasconcellos fazem ginástica para noticiar o escândalo Fifa

Luís Alberto Alves

O jornalismo da Rede Globo virou vaselina no escândalo da roubalheira da Fifa onde a maioria dos diretores da entidade ou está presa ou indiciada pelo FBI (polícia federal dos Estados Unidos), acusada de vários crimes, entre eles lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

 O Jornal Nacional, tão azedo para noticiar as falcatruas cometidas pelos políticos do PT, com direito a matérias especiais, parece pisar em ovos. Nas chamadas anunciando novidades da investigação, citam poucas vezes o nome do mafioso Joseph Blatter, presidente da Fifa que resolveu renunciar no início desta semana, após ser eleito em 29  maio.

 Mesmo quando citam o jornal New York Times e a rede ABC, uma das maiores emissoras de televisão do mundo e responsável pela transmissão de campeonatos de futebol nos Estados Unidos, não falam que Blatter está sendo investigado.

 Nos telejornais da casa é ignorado que outro réu confesso, o empresário J. Hawilla é sócio de Paulo Daudt Marinho, filho e herdeiro de João Roberto Marinho, na TV TEM de São José do Rio Preto (SP), afiliada da Rede Globo no Interior paulista, atingindo 318 cidades e 7,8 milhões de habitantes.
 João Roberto Marinho, um dos três filhos de Roberto Marinho, fundador do império Rede Globo, é sócio de dois filhos de J. Hawilla (Stefano e Renata) na TV TEM de Sorocaba (SP).

 A TV ABC nos Estados Unidos, mesmo transmitindo campeonatos de futebol naquele país, agiu de forma diferente. Destacou no seu programa matinal “Good Morning America” (o Bom Dia Brasil deles), que fontes familiarizadas com o caso afirmaram que Blatter está sendo investigado pelo FBI e por promotores norte-americanos.


 É por causa disto que o presidente da Fifa renunciou ao cargo. O telespectador dos Estados Unidos tem uma cobertura melhor a respeito deste escândalo, porque a ABC não tem rabo preso nesta história. Infelizmente no Brasil ainda se procura encobrir o sol com peneira. Porém, as redes sociais retiram a máscara do jornalismo tendencioso da Rede Globo.