Luís
Alberto Alves
A taxa de juros no cartão de
crédito chegou a 360,6% ao ano. A do cheque especial atingiu 232% no mesmo
período. Segundo o Banco Central, a taxa média de juros cobrada do consumidor
subiu 1,2 pontos percentual passando de 56,1% em abril para 57,3% em 12 meses
no mês de maio.
Esse achaque não inclui financiamento
imobiliário, crédito rural e empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
e Social). Em outras palavras os banqueiros continuam arrancando o couro do
consumidor. Ganham sem fazer qualquer esforço. É a agiotagem autorizada pelo
governo.
Desde a promulgação da Constituinte, em 1988,
está mofando nas gavetas do Congresso Nacional a regulamentação dos juros
bancários em 12% ao ano. Parece que nestes 27 anos nunca sobrou tempo para os
nossos políticos colocarem ordem na casa. Aos bancos não interessam ganhar
pouco, mesmo sendo muito ricos.
Na maioria dos países desenvolvidos, inclusive
Estados Unidos, Japão e Grã-Bretanha, não se cobra mais de 1% de juros AO ANO. Mesmo
assim, essas nações continuam ricas. Só no Brasil existe a anomalia de
instituições financeiras assaltando a população.
Os bancos não ajudam o progresso do País. Pelo
contrário são individualistas. Criam taxas para todos os serviços oferecidos.
Até mesmo o cartão magnético usado para saques em caixas eletrônicos não é
oferecido gratuitamente ao cliente.
Mesmo enchendo os cofres de dinheiro através
de taxas, prosseguem na insanidade de dilapidar o bolso do brasileiro. Ao
contrário da indústria, geram poucos empregos, principalmente nesta época de
informatização. Até o pagamento de boleto é feito no caixa eletrônico, pois é
isento de salário. Infelizmente o Brasil é uma república federativa dos
juros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário