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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A mulher que coloca medo em qualquer pessoa

O encontro de Marilyn Monroe ocorreu lentamente até chegar a noite fatal


Luís Alberto Alves

 Imagino a cara de Napoleão Bonaparte, general vencedor de tantas batalhas, quando se deparou com aquela mulher de beleza sinistra e olhar aterrorizante. Provavelmente tentou dialogar ou mesmo jogar alguma bravata para escapar do seu abraço.

 O mesmo digo em relação a Hitler. Mas esse foi covarde. Saiu à procura do colo dessa macabra força feminina. Esqueceu-se dos sonhos de implantação do Terceiro Reich em todo o mundo. O outro ditador, Josef Stálin, assassino de milhões de soviéticos, após o regime sangrento implantado na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1917, acabou torturado por essa mulher, até chegar ao fim, abandonado por todos.

 O delegado carniceiro, capacho da Ditadura Militar brasileira, Sérgio Paranhos Fleury, terror dos presos políticos nas décadas de 1960 e 1970, não teve valentia de atemorizá-la. Pelo contrário, ela correu atrás desse policial imundo e o asfixiou enchendo os seus pulmões de água do mar. Sentiu na pele o desespero de tentar respirar e o ar fugir das narinas.

 A fome dela é insaciável. Pega qualquer um, não importa a classe social, cor, opção sexual, condição financeira, anônimo ou famoso. Imagino a cara de espanto do Beatle John Lennon. No auge do sucesso esbravejou a mentira de que sua banda seria mais famosa do que Jesus Cristo. Não teve tempo de qualquer diálogo.

 E a arrogante Marilyn Monroe, linda de corpo e rosto. Desejo sexual de milhões de homens na década de 1950. Neste caso o encontro lento, ocorreu aos poucos. Marylin, apesar do grande sucesso e fortuna acumulada através dos seus filmes e também pelas camas de famosos onde dormia, era infeliz. A aproximação aconteceu a conta gotas e recebeu o golpe certeiro enquanto dormia.

 Elvis Presley, o grande ícone do Rock, driblou o encontro com essa mulher sinistra até a década de 1970. Porém, antes passou a flertar e ter encontros esporádicos com essa dama macabra. Quando veio a grande noite, na suntuosa mansão de Memphis, hoje transformada em museu, retratando as conquistas proporcionadas pelas canções que imortalizou, Elvis já dormia nos braços dela.

 O que dizer do arquiteto do golpe militar de 1964, general Golbery do Couto e Silva. A cabeça pensante das Forças Armadas. A peça importante no tabuleiro do regime de terror implantado no Brasil e que chegou ao fim em 1985. Talvez tentou jogar uma conversa fiada, ludibriar ou mesmo ameaçar. Não teve jeito. No primeiro abraço caiu no chão.

 O asqueroso Al Capone, facínora responsável pelo terror semeado em Chicago, nos Estados Unidos, na década de 1930. Era temido por qualquer polícia daquela época. Tanta valentia não serviu para correr do beijo e abraço desta mulher terrível, que desde o começo do mundo semeia pânico no ser humano.


 Posso citar inúmeras personalidades, arrogantes quando vivas, que não conseguiram escapar dos tentáculos da morte. O único que tripudiou sobre ela foi Jesus Cristo, após voltar à vida três dias após a crucificação. Os outros homens e mulheres, nenhum teve força para impedir a chegada desta mulher que faz qualquer um adormecer eternamente, usando diversos artifícios para consolidar seus objetivos. 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Amor resiste à falta de dinheiro?





Luís Alberto Alves

 Imagine duas pessoas que se amam. Quando estão juntos o forte amor de ambos solta faíscas. A todo o momento se acariciam. Não escolhem lugar para transar: sala, cozinha, banheiro, em cima da mesa de jantar, no sofá, cadeira ou até mesmo dentro do cinema, aproveitando o escurinho.

 Ah! A conta do celular deste casal é alta, por causa das inúmeras ligações feitas todos os dias, a qualquer hora. Conversam para dizer olá!, tudo bem! ou mesmo para ouvir a voz do outro. Na concepção da palavra é amor em estado bruto, igual petróleo quando sai do fundo do mar ou mesmo da terra. A cumplicidade deles é visível na troca de olhares.

 Tudo isso é lindo e maravilhoso. Porém a falta de dinheiro suficiente para manter navegando no mar desse relacionamento em águas calmas vai provocar rachaduras. Por mais romântico que seja o casamento, ele não agüenta à falta de grana. Os atritos surgirão nos momentos de fazer a compra do mês ou da semana no supermercado, o pagamento da prestação do apartamento, do carro ou mesmo do colégio ou faculdade dos filhos.

 Infelizmente o mundo gira em torno do dinheiro, principalmente de grandes quantias. Daquelas suficientes para bancar viagens às praias lindas do Nordeste ou do Caribe, ou mesmo para passear de barco a remo no Rio Sena em Paris ou sentir o frio da neve nos Alpes da Suíça. Sapatos italianos, seda chinesa, perfumes franceses e outros tipos de mimos passam pelas mãos das notas esverdeadas, símbolo de poder financeiro.


 Sem dinheiro, até o prazer sexual desaparece, visto que orgasmo é resultado de 70% de cuca fresca e 30% de esforço. Pesquisas revelam que a maioria dos divórcios tem como causa os estragos causados pela anemia financeira no casamento. Infelizmente nem tudo em nossa vida é regado a romantismo. A realidade existe para nos acordar, colocarmos os pés no chão. Para se viver muitos anos juntos e felizes, é recomendável regar a conta bancária com notas de grande valor monetário. Servirá de barreira para espantar qualquer crise conjugal.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Dilma precisa cair agora na real




Após a lua de mel da vitória contra Aécio Neves, é preciso trabalhar para valer e resolver os problemas do Brasil

Luís Alberto Alves

 Após conquistar nas urnas o inédito segundo mandato, a presidente petista Dilma Rousseff precisa cair na real. Deve aumentar sua jornada de trabalho e procurar solucionar várias questões que são eternos pesadelos do brasileiro. A saúde pública, por exemplo, é um caos em todo o País. O infeliz que não tiver bom plano de saúde e recorrer aos hospitais públicos vai morrer na porta.

 A segurança pública é outro gargalo. Até agora não consegui compreender por qual motivo nossos quartéis continuam sendo dormitórios de militares, treinando para uma guerra contra inimigo externo que nunca ocorrerá. Pior, esse terrível mal está atravessando todos os dias nossas fronteiras, trazendo armas e drogas para ajudar dizimar nossa população, principalmente na periferia das grandes cidades.

 A educação virou piada. Professores ganham péssimos salários e alunos entram analfabetos e saem da mesma forma. As escolas viraram ponto de encontros de criança e adolescentes. Às sextas-feiras, tanto no período da manhã quanto à noite, poucos ficam dentro das salas assistindo aulas. A rua é o melhor lugar.

O meio ambiente, desde a primeira gestão Dilma, virou patinho feio. A bancada ruralista, na troca de votos, prossegue destruindo o que ainda resta de vegetação Brasil afora. O importante é dinheiro na conta corrente. Em diversas regiões, árvores cederam lugar para plantação de soja, cana de açúcar e pastos para gado.

 Esgoto sanitário é utopia na maioria das residências do Norte, Nordeste e até sudeste. Calcula-se que o Brasil trate apenas 27% do esgoto doméstico. O restante é despejado in natura nos córregos, que ajudam a matar lentamente os poucos rios de água limpa. Este descaso ambiental é responsável pelo grande número de crianças doentes, congestionando as alas infantis dos hospitais.

 Após discurso, e foram vários desde agosto, é hora de a presidente Dilma Rousseff começar a cumprir as promessas de campanha. Ninguém vive de palavras vazias. A população se cansou de conversa fiada. Deseja ver a mudança acontecendo. Não aceita mais o argumento vazio de que o governo está trabalhando. O eleitor quer ver resultado prático. Tudo para o bem deste país. Não pode é continuar nesta triste situação. Algo vergonhoso.


Derrota tucana não é motivo para pedir divisão do Brasil




Luís Alberto Alves

 Considero a absurda a proposta do deputado tucano estadual Coronel Telhada, sugerindo a divisão do Brasil por causa da derrota do presidenciável Aécio Neves. Estamos num regime democrático. O eleitor tem o direito de votar no candidato que esteja afinado com sua ideologia. A ditadura acabou em 1985.

 É muito perigoso este tipo de comentário, num discurso repleto de ódio à população do Norte e Nordeste do País. Nas redes sociais após o resultado declarando a presidente Dilma Rousseff (PT) reeleita, estouram vários comentários racistas, xingando pessoas daquela região brasileira, que tiveram grande importância na vitória da petista.

 Ninguém gosta de perder, mas partir para esse discurso é muito perigoso. É como se oposição fosse inimiga. Precisamos da união de todos para lutarmos, cada vez mais, por uma nação, onde as diferenças sociais e econômicas sejam reduzidas significativamente. Plantar sementes de ódio não resolverá nada.

 Não sou ingênuo a ponto de crer que nossa elite goste de negros, pobres e nordestinos. A maior parte é preconceituosa. Se pudesse procuraria por todos meios revogar a Lei Áurea para que a escravidão voltasse e ninguém recebesse salário para trabalhar, mas chibatadas.

Infelizmente esse pensamento de exclusão ainda existe nas regiões Sul e Sudeste. Usam o velho argumento de que a preguiça seria amiga inseparável dos habitantes do Norte e Nordeste. Mentira: são pessoas trabalhadoras. É só verificar nas empresas de limpeza, nas cozinhas dos apartamentos luxuosos e nas obras da construção civil. Muitos deixaram suas famílias para trás na busca por futuro melhor aqui no Sudeste.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

É justo não reclamar de filhos que recusam ajudar nas tarefas domésticas?


Alguns adolescentes ou jovens detestam lavar louça

Luís Alberto Alves

 A cena já conhecida: após almoço ou café da manhã, copos e pratos sujos são deixados sobre a mesa. No banheiro fica espalhada pelo chão ou dependuradas cuecas ou calcinhas. O mesmo ocorre em relação aos sapatos ou roupas. Este tipo de ação não é de crianças de sete anos de idade, mas de adolescente acima dos 15 anos ou mesmo jovem na faixa etária dos 20 anos.

 Reclamar é chover no molhado. Alegam sempre cansaço, mesmo quando ficam o dia inteiro navegando na internet. Somente a minoria é consciente de que precisa ajudar nas tarefas domésticas. Para complicar, essas pessoas não se encontram na classe média alta. É gente da periferia ou mesmo de classe média baixa.

 No caso das meninas, elas se consideram princesas. É sacrilégio molhar as mãos com detergente para lavar o copo onde bebeu leite ou suco. Ficar alguns minutos na cozinha lavando louça é tarefa considerada trabalho escravo. Recusam. Caso os pais insistam partem para a ignorância.

 Após passar dos 18 anos, caso dos meninos, continuam embaixo das asas do restante da família, na compra de roupas, calçados, produtos de beleza e até o dinheiro para as festas de final de semana. A palavra trabalho tem sinônimo de loucura para eles. Quando aceitam pegar no batente, exigem bons salários, mesmo sem qualquer tipo de experiência profissional.

 As meninas sonham em casar com alguém rico. Marido milionário responsável por todos os desejos de consumo. Principalmente de ter empregada e babá em casa. O matrimônio servirá apenas para momentos de prazer e as famosas compras de perfumes, roupas e sapatos nos shoppings da vida. Muitas delas não sabem a diferença de pepino e abobrinha.

 Infelizmente muitos pais acostumaram mal os filhos. Passaram a ilusão de que na vida tudo é fácil. As conquistas não exigem esforços. Que casamento é ilha de felicidade. Onde nenhum dos noivos precisa fazer nada. O dinheiro jorra do chão. Salário é depositado de forma mágica na conta corrente, mesmo quando inexiste talento profissional.

 Para não criar futuras pessoas traumatizadas, os pais devem cobrar responsabilidade dos filhos. Mostrar que na vida existe preço. Nada chega as nossas mãos facilmente. Até mesmo o casamento exige solidariedade entre marido e mulher. Precisam estar juntos nas dificuldades, principalmente financeira. Compartilhar informações, sem qualquer segredinho besta. Desde criança é necessário enfatizar que não é vergonhoso lavar um copo ou prato após a refeição. É importante saber cozinhar e cuidar das roupas. Tudo para quando chegar o momento de voar sozinho, o medo e a incerteza não se transformem em bolas de ferros dificultando o crescimento.


Denúncias da revista Veja merecem credibilidade?



Doleiro Alberto Youssef teria confessado que Dilma e Lula sabiam do esquema de corrupção na Petrobras

Luís Alberto Alves

 A menos de 72 horas da eleição que poderá indicar a continuidade da gestão Dilma Rousseff (PT) ou acesso de Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto, a revista Veja divulgou parcialmente ontem (23) que o doleiro Alberto Youssef confessou ao Ministério Público em Curitiba (PR) que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teriam conhecimento sobre o esquema de corrupção na Petrobras.

 Curioso é que o advogado de defesa de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, garante que seu cliente não falou nada a respeito do assunto. O doleiro assinou acordo de delação premiada para obter redução de pena. De forma irresponsável, na reportagem a Veja assegura que um advogado de Youssef estava presente ao depoimento.

 Basto ressaltou nunca ter ouvido nada confirmando o envolvimento de Lula e Dilma neste escândalo de corrupção na Petrobras, que teria desviado R$ 10 bilhões desde 2006 em contratos com diversas construtoras.

 É visível a intenção da editora Abril, proprietária da revista Veja, ajudar o candidato tucano Aécio Neves. Numa rápida pesquisa de todas as edições publicadas desde o segundo mandato de Lula até a gestão Dilma Rousseff, todas elas criticam ferozmente o governo. Algo parecido como mulher divorciada enumerando os diversos defeitos existentes no ex-marido.

 Nos bastidores vários colegas de profissão sabem o motivo de tamanha perseguição do grupo Abril contra os governos Lula e Dilma: redução de verba estatal e ampliação do leque para impressão de livros didáticos publicados pelo governo federal. Para deixar o caldo mais grosso, entram os 30% das ações vendidas para grupo de comunicação sul-africano, apoiador do odioso regime do apartheid. Ou seja, munição pesada contra qualquer ação de cunho popular.

 Se por acaso estivessem no poder os tucanos Geraldo Alckmin ou José Serra, a revista Veja faria diversas reportagens críticas? São Paulo atravessa a pior seca dos últimos 80 anos, e raramente é publicada matéria abordando o problema que tira o sossego de mais de 9 milhões de habitantes. Os males do mundo, na visão do grupo Abril, são causados pelo PT. Nos outros partidos políticos só existem santos. Os demônios, na avaliação de Veja, seriam todos petistas.


 Às poucos dias da eleição que vai definir o próximo presidente do Brasil, é muito perigoso publicar matéria mais parecida como tábua de salvação do candidato do PSDB, Aécio Neves. A liberdade de imprensa é salutar, faz bem à democracia. Porém quando vira arma de extorsão ou ataques terroristas, a Justiça precisa punir com rigor. Afinal de contas, como disse o sábio Jesus Cristo, “o que o homem plantar, ele ceifará”. O grupo Abril pode colher muito frutos ruins distribuídos em ação judicial movida pelo governo federal.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bebidas alcoólicas: a porta de entrada para drogas pesadas



Os inocentes copos de bebidas alcoólica podem abrir o caminho para drogas mais fortes


Luís Alberto Alves

“Nos finais de semana se bebe muito”, ressaltou o psicólogo clínico Luís Antônio da Silva, durante palestra promovida pelo Cefatef (Centro de Formação e Estudos Terapêuticos da Família), na Câmara Municipal de SP, no último final de semana (18/10). Segundo ele, o álcool é a porta de entrada para as demais drogas, porque ganhou símbolo de status em qualquer festividade, como se não oferecesse qualquer risco à saúde.

  Depois aparecem os medicamentos, muitos de faixa preta, usados no drible ao cansaço ou mesmo insônia. “Toma-se remédios desse tipo sem qualquer preocupação que são drogas e podem causar dependência química”, disse. Na avaliação de Silva, a única diferença entre essas famílias e os usuários de tóxicos ilícitos é a busca pelo prazer.
Evento atraiu várias pessoas interessadas na complexidade que envolve o assunto

 Para complicar a situação, algumas pessoas fingem desconhecer o envolvimento do filho com as drogas, ignoram olhos vermelhos, sinais de picadas nos braços, irritabilidade, a troca do dia pela noite, dormir muito e não sair de casa. “Na fase aguda do problema, concordam em pagar o traficante para que os entorpecentes sejam usados dentro de casa, como se funcionasse para resolução do problema”, afirmou.

 Essa falsa negação perdura até a primeira overdose ou envolvimento com o crime. “Não é correto. É um relacionamento doentio. É preciso abrir os olhos, procurar ajuda para resolver o problema. Hoje, inúmeros dependentes químicos não compram drogas nas biqueiras, mas visitam colegas dentro de casas ou apartamentos luxuosos, onde ninguém nunca será incomodado”, alertou.

 O psicólogo, com muita experiência no assunto, inclusive fez trabalhos terapêutico nos Estados Unidos e Inglaterra, argumentou que a família precisa receber tratamento. Deve entender que não adianta internar o viciado. Após sair da clínica de recuperação, ele retorna ao problema. “Tudo começa dentro de casa, quando os pais ignoram que ingerir bebida alcoólica é algo natural. Os filhos pequenos imitam os gestos e depois partem para drogas ilícitas e caso fica sério”, finalizou.


 O evento, o sétimo do calendário mensal de debates promovido pelo Cefatef, reuniu diversos especialistas com objetivo de explicar como deve ser a relação familiar em paralelo ao tratamento de pessoas que tenham qualquer tipo de dependência química. Segundo o Cefatef, o viciado é levado para a comunidade terapêutica, onde só ele é tratado. “A família precisa ser inserida neste contexto, para evitar possíveis recaídas”, orientou a diretora pedagógica da entidade, Cléo Melo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Estressado não é sinônimo de nervoso




Neologismo é a criação de palavras para alterar determinados significados

Luís Alberto Alves

 O brasileiro adora passar por cima das regras dos dicionários. Adotam sentidos para palavras, cujo significado é oposto. Não tem ligação nenhuma ao pé dos parâmetros do português. Virou moda falar que alguém nervoso é estressado. Errado! Pessoa estressada é o indivíduo abatido pelo cansaço, cujo corpo começa emitir sinais de que não agüenta mais a dura rotina de trabalho ou estudo.

 É nessa fase a ocorrência de queda dos cabelos, suor excessivo, falta de sono, mesmo desejando dormir; ausência de apetite, unhas quebradiças e contínuo esquecimento. O nervoso nunca sentirá esses sintomas. Mas por motivos desconhecidos, nas ruas o motorista neurótico recebe a tarja de estressado. Talvez por falta de conhecimento do nosso idioma ou influência de nossas novelas, cada vez mais de péssimo conteúdo.

 Por causa do grande acesso à informática, e à tecla del, muitos inventam palavras, algumas derivadas do inglês, caso de deletar (apagar), printar, escanear e outras baboseiras. Na política dizer mensalão significa escândalo de pagamento de propina pelo governo para deputados votarem projetos da situação.

 Anos atrás para dizer que algo explodiu, causou alvoroço, diversos jornais passaram a usar a palavra detonou. O leigo assumiu e reproduzia nas conversas de boteco. Na década de 90, trecho do samba enredo da Portela também virou neologismo: “Arrebentou a boca do balão”. Para destacar algo magnífico, colunistas sociais, artistas e atletas não sentiam vergonha de usar a frase acima.

É o caso, por exemplo, de namorido (namorado + marido) usado pelas meninas que não aceitam casar e resolvem morar juntos. É neologismo porque é uma palavra nova, às vezes compreendidas por determinadas pessoas. Outros usam bebemorar (beber + comemoração) para correr aos botecos nos finais de semana.

 No lugar de dizer que alguém vive sintonizado com vários assuntos, se fala plugado, termo utilizado pela maioria dos internautas. Talvez a preguiça deles o levou a reduzir a palavra refrigerante para “refri”. O absurdo é utilizar facebookcídio, quando é tomada a decisão de excluir a página desta rede social. É atropelar de vez o nosso português!


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Corrida presidencial: com 17% em pesquisa, Aécio ganha de Dilma ou será cavalo paraguaio?




Só no dia 26 que Aécio Neves (PSDB) poderá dizer: "ganhei"

Luís Alberto Alves

 O falecido e folclórico presidente do Corinthians dizia sempre que: “o jogo só termina depois de acabar”. Ou seja, qualquer resultado, tanto no futebol quanto na política, pode sofrer mudanças repentinas. Não se pode contar com o ovo da galinha antes de ela botar. A mais recente pesquisa IstoÉ/Sensus aponta o tucano Aécio Neves com 17% de vantagem sobre a presidente Dilma Rousseff (PT).

 Para os mais fanáticos do PSDB, o neto de Tancredo Neves já está sentado na cadeira da presidência da República. Basta apenas terminar 2014. Porém seu avô ganhou as eleições do opositor Paulo Maluf, candidato apoiado pela Ditadura Militar em 1985 e subiu a rampa do Palácio do Planalto dentro de um caixão. Morto, foi morar num cemitério.

 Tudo pode acontecer até o dia 26, quando ocorrerá nova votação neste segundo turno. Um fato inédito pode tirar a faixa de Aécio ou de Dilma. Por mais que a propaganda eleitoral seja bonita e sofisticada, ninguém sabe o conteúdo existente na mente de quem vai apertar a tecla escolhendo quem ficará no comando do Brasil por mais quatro anos.


 As brigas e denúncias, algumas sem qualquer fundamento, de PT e PSDB prosseguirão. As duas legendas se acham paladinas da justiça, isentas de qualquer sujeira, resquícios da corrupção existente no País. Vale lembrar que no mundo da política, o mais santo empurra a mãe em cadeira de rodas para se manter mamando nas tetas da vaca do poder.


 O maior desejo do brasileiro é continuar desfrutando das melhorias que caíram das mesas nos últimos anos. Ninguém deseja a volta de alta taxa de desemprego, nem de arrocho salarial, qualidade de todo governo tucano. Inflação alta é outro bicho assustador e precisa ficar mantido preso com políticas financeiras bem elaboradas, não apenas em discursos. Como se diz na China: não importa a cor do gato, o importante é que ele coma o rato.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Órfãos eleitorais de Marina Silva



No segundo turno, eleitores caem no voto de cabresto

Luís Alberto Alves

 Caso Marina Silva (PSB) resolva apoiar (isto está bem claro) o tucano Aécio Neves neste segundo turno, ficarão órfãos os simpatizantes que descarregaram 22,18 milhões de votos em sua chapa. Detalhe: a ambientalista era a terceira opção para quem se cansou do PSDB e PT e desejava renovação, ar puro na política. A cúpula do PSB pretende bater o martelo de olho nos cargos e ministérios que possam “sugar”.

 Infelizmente a vontade do eleitor é desprezada na segunda etapa das eleições, quando apenas dois candidatos disputarão a vaga de presidente ou mesmo governador. Curioso é que os políticos imaginam que sejam bobas as pessoas que votaram neles no primeiro turno. Apelam para o tenebroso cabresto, forçando novos votos nas candidaturas que resolveram apoiar.

 Quando 22,18 milhões de brasileiros resolveram escolher Marina Silva, como opção política, categoricamente deixaram de lado Dilma Rousseff e Aécio Neves. Agora chega o segundo turno e, por causa dos acordos de gabinetes, tentam empurrar goela abaixo o apoio a Aécio Neves.

 Não é assim a visão da população. Ela sofre na pele o descaso do governo e até das gestões tucanas. Sonharam, esse é o termo correto, e apostaram suas fichas em Marina Silva, para fugir do dualismo PSDB e PT. Porém se decepcionaram. De olho nos ministérios e inúmeros cargos, o PSB deixa de lado a opinião dos seus eleitores. O saldo verde da conta corrente soa melhor. Afinal, ninguém sobrevive de ideologia. Principalmente no Brasil.






segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eleições 2014: Dilma e Aécio vão ao 2º turno; Marina Silva será o fiel da balança?

Aécio Neves vai correr atrás do apoio de Marina Silva para tentar chegar à presidência do Brasil



Candidata do PSB teve quase 23 milhões de votos....

Que poderão garantir o segundo mandato de Dilma, caso ela deixe as rusgas de lado contra a ambientalista

 Luís Alberto Alves
 A disputa pela Presidência da República será decidida em segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Marina Silva (PSB) ficou em terceiro lugar.
 Dilma alcançou 41,6% dos votos válidos (43,27 milhões), contra 33,6% de Aécio Neves (34,89 milhões) e 21,3% de Marina Silva (22,18 milhões). Para evitar o segundo turno, a petista precisaria de mais votos que a soma de todos os outros candidatos.
 O resultado surpreendeu porque as pesquisas apontavam um empate entre Aécio e Marina, ambos com entre 22 e 24%, e o tucano atingiu 12% a mais de votos, principalmente em São Paulo, onde venceu as eleições com 10 milhões dos votos válidos (44,71%), contra 6 milhões (25,61%) de Dilma.
 Mas os ataques do PT contra a candidata Marina Silva (PSB) poderão custar caro neste segundo turno: seus eleitores serão o fiel da balança. Qualquer dos dois concorrentes que ficar com parte dos 22,18 milhões de votos da ambientalista continua ou sentará na cadeira de presidente da República para os próximos quatro anos.
 Não é segredo no mundo político que Dilma Rousseff detesta Marina Silva. Aliás, essa briga entre as duas contribuiu para a saída da então senadora do PT, quando percebeu que Lula resolveu cacifar Dilma para sucedê-lo. A maioria dos projetos que Marina deixou no ministério do Meio Ambiente, acabou parando no lixo na gestão Dilma.
 Nos últimos dias o fogo cerrado contra a candidata do PSB, após defender autonomia na presidência do Banco Central, aumentou a distância entre as duas. Agora, com o tucano Aécio Neves no segundo turno, o PT terá de se virar para conquistar parte dos votos de Marina Silva. Do contrário, o postulante do PSDB vai sentar na cadeira de presidente, que seu avô, Tancredo Neves, não conseguiu em 1985.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Candidatos à presidência zombam da inteligência do eleitor




Os candidatos a presidente, na campanha 2014: Levy Fidelix (PRTB), presidente Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (Psol), Aécio Neves (PSDB) e pastor Everaldo (PSC)

Luís Alberto Alves

 Após o debate realizado ontem (2), na Rede Globo, com os principais candidatos à presidência da República, ficou mais nítido que o Brasil continuará como caminhão sem freios descendo a ladeira. As propostas variam do arrocho econômico total, que na visão do PSDB é o melhor para Brasil, pois segundo seus economistas, salário alto é causa de todos os males do País, à loucura sonhada pelo Psol.

 Os nanicos PV, PRTB, PSC e Psol, de Eduardo Jorge, Levy Fidelix, pastor Everaldo e Luciana Genro estão à procura de alguns minutos de fama. Na visão de Luciana Genro o melhor exemplo de administração pública é praticado na Venezuela, com pitadas do autoritarismo da Coreia do Norte. Aposta num modelo de regime que já morreu em diversos países do mundo por causa do atraso econômico e ausência de liberdade.
  Levy Fidelix, ancorado num discurso nervoso, é a imagem pura do charlatanismo e saudade do Regime Militar. Se conseguisse voltar no tempo e aparecesse no Palácio do Planalto em 1970, com certeza iria beijar as mãos do ditador e carniceiro Garrastazu Médici. Desde quando surgiu no cenário político insiste na construção do aerotrem, como solução para o caótico transporte coletivo brasileiro.

 PV, do qual Eduardo Jorge está como candidato a presidente, não se parece em nada com o similar alemão. O partido é um balaio de gato, onde questões ecológicas ficam nos planos inferiores durante negociação com o governo. Aliás, um dos filhos do coronel do sertão, o ainda senador José Sarney, Zequinha, está na legenda há vários anos e nunca se posicionou contrário aos ataques sofridos pelo meio ambiente.

 Com tanto problema sério, o PV resolveu encampar a liberalização da maconha para solucionar o problema das drogas. É como se a Justiça permitisse que assaltos de pequeno valor não fossem considerados mais crimes. Fisiológico, de verde este partido tem apenas o gosto pelo dinheiro que sai dos cofres do governo na troca de apoio.

 O Psol continua crendo em regimes falidos como tábua de salvação para o Brasil. Aposta nas administrações públicas de Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e China, como o pulo do gato para os brasileiros avançarem. Espertos exibem discurso liberalizante, defendendo todas as minorias, para passar a imagem de democratas. Mas se assumissem o poder iria baixar a mão de ferro, a exemplo do que ocorre na Venezuela, Cuba e China. São lobos ditadores vestido em pele de cordeiro.

 O tucano Aécio Neves mais parece um navio sem bússola. Até agora não apresentou propostas fidedignas. Apenas criticou ou alterou nomes de programas que o PSDB manteve quando esteve no governo do Brasil na era FHC. Naquela época o desemprego batia na faixa 20%, além de implementar nas escolas públicas a aprovação automática. Bastava o aluno não faltar para concluir o Ensino Fundamental. O presidente do Banco Central, Arminio Fraga, é a mostra clara do pensamento de Aécio Neves: salário alto ajuda inflação subir. Portanto reajuste zero é a solução para conter os preços.

 Marina Silva, do PSB, mescla a política ambientalista com o tempero do agronegócio como solução para o Brasil voltar a subir nas tabelas. O semblante calmo passa a impressão de governante sem ataque de nervos. O problema é que seu partido carece de profissionais que possam lhe ajudar nesta caminhada. Ao recorrer aos quadros de partidos adversários, passará a impressão que não houve mudança. Além de correr o risco de virar refém de um Congresso Nacional repleto de parlamentares interessados apenas em engordar o patrimônio.

 Por ùltimo resta a presidente Dilma Rousseff (PT). Os inúmeros escândalos pipocados nos últimos anos mancharam a imagem de um partido que surgiu na década de 1980, trazendo a proposta de mudança na política. O passar dos anos mostrou que o PT é igual as agremiações que combatia (PMDB e PDS, atual PP). Fez alianças com os eternos coronéis do sertão, como Jader Barbalho, Sarney, Renan Calheiros e até colocou o tão criticado ex-ministro da Fazenda, na Ditadura Militar, Delfim Netto, como conselheiro.

 Com 12 anos no poder, caso Dilma se reeleja neste domingo (5), o Brasil corre o risco de virar um novo México, onde o PRI Esteve no poder cerca de 70 anos. A situação daquele país não mudou. O continuísmo é perigoso em qualquer situação. É igual ao motorista que nunca muda o trajeto de casa até o trabalho ou faculdade. De tanto passar por aquele local, deixa de visualizar criticamente as mudanças que vão ocorrendo pelo caminho. Democracia é sinônimo de alternância no poder. Mas infelizmente no Brasil, falta é candidato e partido que tenham propostas boas para virar de vez a mesa do subdesenvolvimento do país.