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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Bebidas alcoólicas: a porta de entrada para drogas pesadas



Os inocentes copos de bebidas alcoólica podem abrir o caminho para drogas mais fortes


Luís Alberto Alves

“Nos finais de semana se bebe muito”, ressaltou o psicólogo clínico Luís Antônio da Silva, durante palestra promovida pelo Cefatef (Centro de Formação e Estudos Terapêuticos da Família), na Câmara Municipal de SP, no último final de semana (18/10). Segundo ele, o álcool é a porta de entrada para as demais drogas, porque ganhou símbolo de status em qualquer festividade, como se não oferecesse qualquer risco à saúde.

  Depois aparecem os medicamentos, muitos de faixa preta, usados no drible ao cansaço ou mesmo insônia. “Toma-se remédios desse tipo sem qualquer preocupação que são drogas e podem causar dependência química”, disse. Na avaliação de Silva, a única diferença entre essas famílias e os usuários de tóxicos ilícitos é a busca pelo prazer.
Evento atraiu várias pessoas interessadas na complexidade que envolve o assunto

 Para complicar a situação, algumas pessoas fingem desconhecer o envolvimento do filho com as drogas, ignoram olhos vermelhos, sinais de picadas nos braços, irritabilidade, a troca do dia pela noite, dormir muito e não sair de casa. “Na fase aguda do problema, concordam em pagar o traficante para que os entorpecentes sejam usados dentro de casa, como se funcionasse para resolução do problema”, afirmou.

 Essa falsa negação perdura até a primeira overdose ou envolvimento com o crime. “Não é correto. É um relacionamento doentio. É preciso abrir os olhos, procurar ajuda para resolver o problema. Hoje, inúmeros dependentes químicos não compram drogas nas biqueiras, mas visitam colegas dentro de casas ou apartamentos luxuosos, onde ninguém nunca será incomodado”, alertou.

 O psicólogo, com muita experiência no assunto, inclusive fez trabalhos terapêutico nos Estados Unidos e Inglaterra, argumentou que a família precisa receber tratamento. Deve entender que não adianta internar o viciado. Após sair da clínica de recuperação, ele retorna ao problema. “Tudo começa dentro de casa, quando os pais ignoram que ingerir bebida alcoólica é algo natural. Os filhos pequenos imitam os gestos e depois partem para drogas ilícitas e caso fica sério”, finalizou.


 O evento, o sétimo do calendário mensal de debates promovido pelo Cefatef, reuniu diversos especialistas com objetivo de explicar como deve ser a relação familiar em paralelo ao tratamento de pessoas que tenham qualquer tipo de dependência química. Segundo o Cefatef, o viciado é levado para a comunidade terapêutica, onde só ele é tratado. “A família precisa ser inserida neste contexto, para evitar possíveis recaídas”, orientou a diretora pedagógica da entidade, Cléo Melo.

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