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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Candidatos à presidência zombam da inteligência do eleitor




Os candidatos a presidente, na campanha 2014: Levy Fidelix (PRTB), presidente Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Eduardo Jorge (PV), Luciana Genro (Psol), Aécio Neves (PSDB) e pastor Everaldo (PSC)

Luís Alberto Alves

 Após o debate realizado ontem (2), na Rede Globo, com os principais candidatos à presidência da República, ficou mais nítido que o Brasil continuará como caminhão sem freios descendo a ladeira. As propostas variam do arrocho econômico total, que na visão do PSDB é o melhor para Brasil, pois segundo seus economistas, salário alto é causa de todos os males do País, à loucura sonhada pelo Psol.

 Os nanicos PV, PRTB, PSC e Psol, de Eduardo Jorge, Levy Fidelix, pastor Everaldo e Luciana Genro estão à procura de alguns minutos de fama. Na visão de Luciana Genro o melhor exemplo de administração pública é praticado na Venezuela, com pitadas do autoritarismo da Coreia do Norte. Aposta num modelo de regime que já morreu em diversos países do mundo por causa do atraso econômico e ausência de liberdade.
  Levy Fidelix, ancorado num discurso nervoso, é a imagem pura do charlatanismo e saudade do Regime Militar. Se conseguisse voltar no tempo e aparecesse no Palácio do Planalto em 1970, com certeza iria beijar as mãos do ditador e carniceiro Garrastazu Médici. Desde quando surgiu no cenário político insiste na construção do aerotrem, como solução para o caótico transporte coletivo brasileiro.

 PV, do qual Eduardo Jorge está como candidato a presidente, não se parece em nada com o similar alemão. O partido é um balaio de gato, onde questões ecológicas ficam nos planos inferiores durante negociação com o governo. Aliás, um dos filhos do coronel do sertão, o ainda senador José Sarney, Zequinha, está na legenda há vários anos e nunca se posicionou contrário aos ataques sofridos pelo meio ambiente.

 Com tanto problema sério, o PV resolveu encampar a liberalização da maconha para solucionar o problema das drogas. É como se a Justiça permitisse que assaltos de pequeno valor não fossem considerados mais crimes. Fisiológico, de verde este partido tem apenas o gosto pelo dinheiro que sai dos cofres do governo na troca de apoio.

 O Psol continua crendo em regimes falidos como tábua de salvação para o Brasil. Aposta nas administrações públicas de Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e China, como o pulo do gato para os brasileiros avançarem. Espertos exibem discurso liberalizante, defendendo todas as minorias, para passar a imagem de democratas. Mas se assumissem o poder iria baixar a mão de ferro, a exemplo do que ocorre na Venezuela, Cuba e China. São lobos ditadores vestido em pele de cordeiro.

 O tucano Aécio Neves mais parece um navio sem bússola. Até agora não apresentou propostas fidedignas. Apenas criticou ou alterou nomes de programas que o PSDB manteve quando esteve no governo do Brasil na era FHC. Naquela época o desemprego batia na faixa 20%, além de implementar nas escolas públicas a aprovação automática. Bastava o aluno não faltar para concluir o Ensino Fundamental. O presidente do Banco Central, Arminio Fraga, é a mostra clara do pensamento de Aécio Neves: salário alto ajuda inflação subir. Portanto reajuste zero é a solução para conter os preços.

 Marina Silva, do PSB, mescla a política ambientalista com o tempero do agronegócio como solução para o Brasil voltar a subir nas tabelas. O semblante calmo passa a impressão de governante sem ataque de nervos. O problema é que seu partido carece de profissionais que possam lhe ajudar nesta caminhada. Ao recorrer aos quadros de partidos adversários, passará a impressão que não houve mudança. Além de correr o risco de virar refém de um Congresso Nacional repleto de parlamentares interessados apenas em engordar o patrimônio.

 Por ùltimo resta a presidente Dilma Rousseff (PT). Os inúmeros escândalos pipocados nos últimos anos mancharam a imagem de um partido que surgiu na década de 1980, trazendo a proposta de mudança na política. O passar dos anos mostrou que o PT é igual as agremiações que combatia (PMDB e PDS, atual PP). Fez alianças com os eternos coronéis do sertão, como Jader Barbalho, Sarney, Renan Calheiros e até colocou o tão criticado ex-ministro da Fazenda, na Ditadura Militar, Delfim Netto, como conselheiro.

 Com 12 anos no poder, caso Dilma se reeleja neste domingo (5), o Brasil corre o risco de virar um novo México, onde o PRI Esteve no poder cerca de 70 anos. A situação daquele país não mudou. O continuísmo é perigoso em qualquer situação. É igual ao motorista que nunca muda o trajeto de casa até o trabalho ou faculdade. De tanto passar por aquele local, deixa de visualizar criticamente as mudanças que vão ocorrendo pelo caminho. Democracia é sinônimo de alternância no poder. Mas infelizmente no Brasil, falta é candidato e partido que tenham propostas boas para virar de vez a mesa do subdesenvolvimento do país.



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