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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Qual o melhor momento para pedir aumento salarial?

Mas, toda moeda tem dois lados 

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Não é fácil trabalhar ganhando baixo salário em qualquer empresa


Ricardo Haag

Existe um momento certo ou estratégia mais adequada para pedir um aumento salarial? Muitos acreditam que não, mas essa é uma decisão que, com certeza, precisa ser muito bem analisada. Afinal, muito além de levar em consideração o momento financeiro da companhia, é preciso ponderar sua evolução profissional na empresa e se utilizar de argumentos pautados em dados que concretizem seu ponto de vista e auxiliem a atingir o objetivo desejado nessa conversa.

Todos nós, em algum momento de nossa trajetória, nos encontramos em um cenário que desejamos receber uma maior remuneração por nossas atividades – seja para nos sentirmos mais satisfeitos e reconhecidos pelos nossos esforços ou, principalmente, para termos melhores condições financeiras frente à inflação global.

Por mais que essa seja uma situação corriqueira no mercado, é preciso levar alguns pontos em consideração antes de pedir um aumento salarial, evitando fazer esse pedido em momentos inadequados em relação à condição do negócio ou ao próprio mérito do profissional. Para isso, o primeiro passo a ser avaliado é sobre a qualidade e assertividade das entregas feitas dentro das expectativas estabelecidas – ou seja, se há uma satisfação completa do trabalho feito com uma excelência acima do esperado.

Contrário

Seja em um projeto específico, em todas as responsabilidades para as quais foi contratado ou entregas estabelecidas, é importante trazer dados que comprovem essas conquistas e sirvam de apoio para mostrar a importância de seu trabalho para o crescimento da empresa. Até porque, a presença de fatos que ilustrem essa justificativa são informações completamente relevantes de serem utilizadas a favor do aumento salarial.

Agora, não é inteligente pedir essa maior remuneração se a companhia não estiver em um bom momento financeiro. Antes de conversar com os superiores, é essencial buscar compreender como a empresa se encontra economicamente, se está crescendo e conquistando as metas estipuladas e suas perspectivas. Caso contrário, qualquer pedido de aumento apenas irá gerar um clima e percepção negativo por parte do empregador.

Em muitas empresas, existe uma política salarial bem firmada estabelecida, justamente, para evitar qualquer tipo de desentendimento e angústia frente ao questionamento merecedor de um aumento de salário. Na maioria das vezes, são definidas com base no tempo de permanência do profissional na companhia ou a conquista dos objetivos desejados – o que contribui para que tenham uma maior noção do primeiro ponto destacado sobre o merecimento frente ao seu desempenho.

Motivo

De acordo com dados divulgados no Relatório de Cargos e Salários em Startups 2022, como exemplo, 57,32% dos profissionais que trabalham nessas empresas seguem uma política salarial estruturada. Para eles, é clara a importância do oferecimento desta política para gerar transparência e clareza aos times em relação ao seu trajeto profissional – assim como sua influência no desenvolvimento de uma comunicação próxima e objetiva entre as equipes.

Mas, toda moeda tem dois lados. Por mais benéfica que essa política seja, o atraso da entrega desse aumento por qualquer motivo, muito provavelmente pode gerar uma insatisfação e insegurança perante os times, fazendo com que levem em consideração a possibilidade de buscarem por outras vagas que não demonstrem tais riscos em termos de crescimento profissional e maior remuneração ao longo de sua trajetória.

Pedir um aumento de salário exige uma dose importante de autoconhecimento junto com uma leitura analítica do cenário do negócio, de forma que tenha todos os argumentos positivos a favor da conquista de uma maior remuneração. Quando certificado desses pontos, a conversa deve ser a mais harmônica e construtiva possível, sem qualquer tom de ameaça que abra espaço para interpretações erradas. A união da coerência e sensibilidade definitivamente irá elevar a chance de sucesso desse pedido.

Ricardo Haag é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

O que esperar da indústria 4.0 no Brasil em 2023?

 Esses sistemas impactam diretamente no aumento da produtividade 

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Esse tipo de sistema impactará o futuro da indústria


Nimrod Riftin

A tecnologia tem transformado o modo em que vivemos e a sociedade como um todo, incluindo a indústria. Nos últimos anos, o setor tem se abastecido das novidades que os elementos tecnológicos apresentam e tornado processos que antes eram manuais em tarefas automatizadas.

A Indústria 4.0 é um conceito que engloba a integração à manufatura de novas tecnologias, como Internet das Coisas (IoT da sigla em inglês), computação em nuvem, ‘big data’, inteligência artificial e aprendizado de máquina. A correta adoção dessas tecnologias, conforme os conceitos da Indústria 4.0, tem revolucionado a forma com que as empresas criam, produzem e distribuem seus produtos.

Esses sistemas impactam diretamente no aumento da produtividade de cada organização, aumentando também sua eficácia geral. Além disso, em linhas gerais, a utilização de sistemas baseados na indústria 4.0 gera aumentos na disponibilidade das máquinas, redução na utilização de energia e no desperdício de material e sucata.

A inteligência artificial também pode ser utilizada para identificar problemas futuros ou falhas, permitindo que a tomada de decisões a partir dos dados filtrados seja muito mais eficaz e certeira, evitando maiores prejuízos no decorrer dos processos.

Perspectivas para 2023

Em 2023, mais empresas tendem a buscar alternativas que substituam os processos manuais de chão de fábrica por processos tecnológicos de ponta, que possuem os benefícios citados acima.

Esse movimento de adesão tem crescido no país. Segundo estudo da Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC), cerca de 70% das 9,4 mil empresas entrevistadas investiram em novidades tecnológicas em 2021 e 58,4% pretendem aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2023.

Porém, o novo ano para a indústria 4.0 não se trata apenas de novas tecnologias, mas da continuação progressiva dos sistemas que estão estabelecidos no mercado e da adoção por aqueles que ainda não o utilizam.

O Brasil ainda precisa se consolidar como um país que pode ser uma grande potência tecnológica, e todo este processo passa por investimentos, criação de oportunidades e conhecimento compartilhado.

A indústria 4.0 deve nortear o futuro da indústria e se consolidar com a 4° revolução industrial, transformando o modo como as empresas enxergam as possibilidades de uso das máquinas nos chãos de fábrica nas próximas décadas e em outros campos em que a indústria 4.0, por meio da tecnologia, pode ser mais do que apenas um auxílio, mas um agente ativo e transformador de todo um sistema.

Nimrod Riftin, CEO global da Belago Technologies

 

Pesquisadora é vítima de ódio e intolerância nas redes sociais

 

Michele Prado precisou recorrer a assistência jurídica devido a obra escrita baseada na explicação das bases políticas direita e esquerda

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Nas redes sociais as pessoas desconhecem o termo "direita"


Francisco Gomes Júnior

A pesquisadora e escritora Michele Prado, autora do livro “Tempestade Ideológica”, obra que dispõe a destrinchar e explicar a política, e um de seus espectros ideológicos - a direita-, enfrenta uma situação inusitada e bastante perturbadora.

O que a motivou a estudar, pesquisar e escrever sobre o tema é uma premissa simples: existem inúmeras obras que tratam das diferentes formas de pensamento e organização da esquerda, mas há um número muito pequeno de livros que tratem da direita. 

Por falta de aprofundamento, pessoas simplesmente concluem que “isso é coisa da direita”, desconhecendo que a direita não é uma unidade, mas sim um pensamento ideológico dividido em vários segmentos. “A obra busca esclarecer que há uma direita conservadora liberal até uma extrema direita que não descarta soluções heterodoxas para ganhar e permanecer no poder”, explica Francisco Gomes Junior, especialista em Direito Digital, sócio da OGF Advogados e responsável pela defesa de Michele.

Pesquisa

Por conta da originalidade, a obra de Michele Prado vem obtendo destaque e ela vem sendo cada vez mais convidada a participar de eventos e conceder entrevistas a grandes veículos de mídia. Além disso, quando formadores de opinião e jornalistas renomados como Fernando Gabeira, por exemplo, acessam a pesquisa de Michele, citam nominalmente a importância da escritora e a necessidade de aprofundar o estudo da direita.

“A repercussão do trabalho de Michele, entretanto, a torna vítima de movimentos de intolerância e ódio, o que acontece com muitos influenciadores que escrevem algo com conotação política”, afirma Junior. De acordo com o especialista, nos últimos meses houve escalada de postagens violentas que atacam Michele e até mesmo sua família, o que a levou a buscar assistência jurídica para resguardar sua imagem e até a integridade física.

“A liberdade de se expressar sobre uma obra ou pessoa não comporta liberdade de ofensa. Quando isso acontece, o trabalho jurídico consiste em identificar os ofensores, por meio de ordem judicial e seus IPs (Internet Protocol). Com essa identificação, realizamos as queixas crime contra os autores e caberá às autoridades policiais a condução das investigações”, explica Junior, também presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor).

Vítimas

De fato, é recomendável que qualquer pessoa que sofra agressões, assédios ou ameaças pelas redes sociais reaja e busque assegurar seus direitos, combatendo a cultura do ódio. Muitas vezes, a segurança de uma suposta impunidade leva o ofensor a achar que pode continuar a agir, por isso é importante que as vítimas não fiquem inertes, mas atuem para inibir estas condutas.

“A tecnologia avança rapidamente e não há mais anonimato nas redes sociais. Aqueles que se escondem em perfis falsos ou se valem de IPs localizados em outros países se surpreenderão quando forem chamados a responder por seus atos. Não se prejudica ou destrói a saúde mental das pessoas escondendo-se com algum artifício técnico, não há mais esse esconderijo”, finalizou o especialista.

Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Ato unificado reúne sindicalistas em defesa de funcionários das Americanas

 Ficou encaminhado que a comunicação da empresa com os Sindicatos será transparente

As  Americanas preparam demissões para tentar sair da crise e o trabalhador paga o pato


Redação/Hourpress

O ato unificado em defesa dos 44 mil trabalhadores das Lojas Americanas que aconteceu nesta sexta-feira, 3, na Cinelândia (RJ), reuniu cerca de 300 participantes. Logo pela manhã, dirigentes sindicais se reuniram na sede do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro, como o presidente da Fecomerciários e da CNTC, Luiz Carlos Motta, Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, e Nilton Souza Neco, presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre, além do presidente da entidade carioca, Márcio Ayer. 


Também estiveram presentes representantes das Centrais Sindicais UGT, Força Sindical, CTB, CUT, NCST e CSB. Em seguida, todos se dirigiram para o ato e, em cima de um carro de som, discursaram para os presentes garantindo a unidade dos comerciários na defesa dos direitos dos trabalhadores das Americanas. Finalizado o ato, os dirigentes sindicais se reuniram com representantes da rede varejista. Ficou encaminhado que a comunicação da empresa com os Sindicatos será transparente. As entidades ressaltaram que as homologações causadas pela recuperação judicial das Americanas devem ser feitas nos Sindicatos para resguardar os direitos dos funcionários. Os representantes da empresa pediram uma semana para responder à solicitação.

Motta
O presidente Motta afirmou aos participantes: “É o primeiro ato que participo depois da minha posse dia 1º como deputado federal. É de muita responsabilidade. Queria parabenizar esta unidade das Centrais Sindicais, mas, principalmente, quero pedir uma salva de palmas para todos que estão presentes aqui. Juntos, temos um só objetivo: defender os interesses dos trabalhadores das Lojas Americanas”.