Postagem em destaque

A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Nossa polícia está doente


Carro da vítimas foi alvejado mais de 40 vezes

Luís Alberto Alves

O fuzilamento sumário de cinco jovens na madrugada de domingo (29) quando um carro recebeu mais de 40 tiros, matando todos os seus ocupantes em Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro, mostra que nossa polícia, civil e militar, está doente.

 As pessoas que entram na PM ou Civil têm nervos fracos. Não conseguem revelar aptidão para o serviço. Quando saem para o patrulhamento encaram o cidadão comum no papel de inimigo do Estado, que precisa ser eliminado, numa ocorrência semelhante ao campo de batalha na guerra.

 Qual justificativa para jogar essa chuva de balas no carro onde se encontravam os jovens? Eram bandidos? Se fossem deveriam acabar presos e julgados pela Justiça. Não cabe à PM ou Civil sair executando suspeitos e muito menos inocentes.


 Como sempre acontece neste tipo de homicídio. Os policiais envolvidos justificam na delegacia que o automóvel estava fugindo e que seus ocupantes atiraram contra os policiais. A mentira logo cai por terra, quando a identificação revela que nenhum dos ocupantes do automóvel tinham passagem. Ou seja eram inocentes. Não é em vão que a população tem medo da polícia. Precisa de mais motivo?

Temporal pega São Paulo desprevenida




Luís Alberto Alves

Todo começo de Verão acontece a mesma coisa em São Paulo: fortes chuvas deixam a cidade ilhada. Até o final da Via Dutra, no bairro de Vila Maria, Zona Norte, alaga colocando em risco a vida de diversos motoristas. A Prefeitura, independente da gestão, repete a mesma ladainha, de que trabalha na limpeza das galerias pluviais e outras conversas fiadas inventadas para fugir da responsabilidade.

 Motorista calejado de enchente evita Vale do Anhangabaú, Avenidas 9 de Julho, 23 de Maio, Estado, Aricanduva, Zachi Narki, Aricanduva e até mesmo as Marginais do Tietê e Pinheiros, verdadeiras armadilhas. Nas inúmeras administrações públicas desta capital paulista, nenhuma resolveu o problema.

 Dezembro e janeiro são lembrados como meses em que temporais desabam sobre a cidade, em diversas regiões. As vezes o volume de água é tão grande que em fração de segundos a avenida seca se transforma num mar arrastando qualquer tipo de veículo e até provocando mortes.

Pelo visto nada mudou. Agora é torcer para prever o estrago. Por que esperar das nossas autoridades é o mesmo de apressar bicho preguiça no pé da árvore. Infelizmente o cidadão comum, porque nossos políticos estão em outros patamares, irá pagar o pato, sentindo no bolso o prejuízo de perder mobília e às vezes a vida de algum ente querido.


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sabia que tinha suborno em obras da Copa do Mundo



Luís Alberto Alves

Não foi surpresa para mim a empreiteira Andrade Gutierrez confessar que pagou propina em obras da Copa do Mundo no Brasil. Só não viu indícios de crimes nestas construções, os alienados das falcatruas que ocorrem neste País todos os dias. Aceitou pagar multa de R$ 1 bilhão ao governo, após assumir acordo de delação e leniência com a Procuradoria-Geral da República.

 Ela atuou sozinha na reforma do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, do Mané Garrincha, em Brasília, do Beira-Rio, em Porto Alegre e na construção da Arena Amazonas, em Manaus (AM). Encheu os cofres de dinheiro. Mas não ficou sozinha neste assalto, muitos políticos também participaram dessa orgia com dinheiro público.

 Na época qualquer crítica era considerada afronta. Poucos davam crédito. O importante, nesta loucura, seria abaixar a cabeça, fechar os olhos e fingir que tudo corria normalmente. O tempo mostrou que o jornalismo crítico, em minoria no Brasil, estava certo. O time dos puxa-sacos mergulhavam na piscina do ufanismo.


Caso a Justiça vá mais a fundo encontrará diversos dirigentes esportivos e políticos atolados até pescoço neste rio de corrupção. Todos ganharam bastante dinheiro. O governo, por outro lado, deixou obras públicas importantes para agradar os mafiosos da Fifa. O castigo veio a cavalo. Investigados pela Justiça dos Estados Unidos, a maioria vai tomar chá de canequinha na cadeia durante vários anos. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Só Delcídio do Amaral é corrupto no Congresso Nacional?


O senador bandido Delcídio do Amaral continuará recebendo salário de R$ 33,7 mil 

Luís Alberto Alves

Se fizermos um pente fino no Congresso Nacional não pegaremos mais políticos corruptos? Caros leitores entrem no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e comparem a declaração de renda de cada um deles, desde 2000 em diante e vejam quanto cresceu o patrimônio.

 A Lei não permite que qualquer pessoa ocupando cargo público no Poder Legislativo ou Executivo exerça qualquer tipo de função remunerada. Por exemplo: caso seja presidente de uma empresa de produtos eletrônicos, precisa ficar de licença. Também não pode participar de qualquer tipo de concorrência envolvendo o governo.

 Ao fazer a pesquisa, o eleitor descobrirá que num prazo de 15 anos diversos políticos dobraram ou até triplicaram o patrimônio. Mas como? Não estavam no Congresso Nacional ou diante da função de prefeito ou governador? Neste ínterim entram as falcatruas...

Portanto, não acredito que apenas o senador bandido Delcídio do Amaral (PT/MS) esteja sozinho no time de corruptos. Existem outras pessoas, iguais a ele exercendo a função de senador ou deputado federal, que deveriam engrossar o cordão dos criminosos de colarinho branco.

Infelizmente a maior parte do eleitor brasileiro é ingênua. Ainda acredita que nossos políticos estejam no Congresso Nacional trabalhando honestamente. Podem ter certeza: eles atuam em benefício próprio, participando de esquemas, onde cifras de milhões são comuns. Afinal de contas, porque nas eleições eles fazem das tripas coração para se eleger? É para te ajudar? Se você acredita em fada madrinha, Papai Noel, Duende e outras besteiras sim...


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Prisão de senador petista revela fundo de poço da corrupção



Delcídio Amaral foi o primeiro senador preso no Brasil
Luís Alberto Alves

A prisão hoje (25) do senador petista Delcídio Amaral, de Mato Grosso do Sul revela que a corrupção no governo Dilma Rousseff chegou ao fundo do poço. Ele é o líder da presidente no Senado. Ou seja, é o homem de confiança de Dilma para fazer negociações na aprovação ou reprovação de projetos de lei.

  Agora fica difícil para Dilma dizer que não sabia de nada. Algo semelhante ao pai que vê o filho chegar com carros de luxo em casa, sem nunca ter trabalhado e nunca desconfiar das suas atividades criminosas.

 A cara de pau de Delcídio foi tão grande que numa gravação de 1h35 minutos revela seu plano para conseguir habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para tirar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró da prisão e mandá-lo para o Exterior. Em troca Cerveró não faria acordo de delação premiada em que citaria o senador.


 Foi tão grave a denúncia do Ministério Público Federal que o STF decidiu por unanimidade pela prisão do senador petista. A conversa foi gravada pelo filho de Cerveró, Bernardo, que participou de uma reunião com Delcídio e o advogado da família, Edson Ribeiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quando nos tornamos reféns do coração



Os olhos são as janelas do coração

Luís Alberto Alves

Diversas decisões que tomamos no calor das emoções resultam em dores de cabeça. Porque não pensamos nas conseqüências. Quem freqüenta as festas noturnas é exemplo disso. Na busca para saciar a fome de sexo, joga para segundo plano o preservativo. Deixa a beleza impactar e mais tarde entra no sombrio clube do HIV positivo.

 O mais curioso nesta história é que o coração tem capacidade de criar imagens fantásticas de algo feio. As mulheres se apaixonam, na maioria das vezes pela imagem de um suposto homem de negócios, que poderá bancá-las nas famosas compras nos shoppings. O fato de ele pagar tudo, cobri-la de jóias, colocar em suas mãos cartão de crédito de limite elevado é o suficiente para deixar o cérebro de lado.

Ao andar pelas ruas, a beleza da mulher brasileira chama a atenção. Nesses poucos segundos, o homem casado há vários anos pensa como seria sua vida ao lado de uma beldade daquela. Esquece a idade, a estrutura do lar, os filhos para sonhar com possível aventura. Novamente o coração passa a perna no cérebro, isola a razão.

Poucos conseguem compreender que razão e emoção andam lado a lado, mas não sentem simpatia pela outra. A emoção considera a razão muito “devagar”. Demora em tomar decisão. Pensa demais e acaba perdendo o bonde da história. Na linguagem do jovens, ela é nerd. Já a emoção é fogo na gasolina. Mergulha de cabeça em qualquer história. Bate primeiro para perguntar depois.

 Quando temos 18 anos, somos pura emoção. Enfrentamos o perigo em qualquer lugar. O desaforo é respondido na mesma altura. É pau para toda obra. Nem medo da morte temos. Afinal de contas, em sã consciência, em casos excepcionais, quem pegaria um carro para disputar racha ou mesmo chegar aos 200 km/h numa rodovia, com o automóvel revestido de pneus carecas?


 É este afã a marca registrada do coração. Despreza o bom senso. Importante, para ele, é viver o momento, como se não fosse existir mais presente. Para o nosso próprio bem, é desaconselhável viver refém do coração. Devemos mantê-lo na balança ao lado da razão. Para um temperar o outro. Radicalismo não é bom. A vida precisa ser dividida em razão e emoção. Nesta sintonia é possível chegarmos à velhice, conscientes de que aproveitamos os bons momentos, que geraram lindas lembranças.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Poço sem fundo da Operação Lava Jato




Luís Alberto Alves

A Operação Lava Jato se parece com poço sem fundo. Chego a essa conclusão após o Ministério Público Federal informar, em relatório anexado aos autos, que o doleiro Nelson Martins Ribeiro “lavou dinheiro em favor do grupo Odebrecht e de funcionários corruptos da Petrobras”, como o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. Ribeiro foi preso na segunda-feira (16), durante a Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato.

A cada semana mais sujeira aparece neste esgoto. O assunto é o mesmo: lavagem de dinheiro para empreiteiras e propinas pagas a políticos, funcionários desonestos da estatal numa imensa estrada de desonestidade. É tanta imundície que calculo não sobrar mais espaço nas carceragens da Polícia Federal, em Curitiba (PR), para colocar mais bandidos de colarinho branco.

O mais triste nesta história é toda essa mancha escura aparecer após a Operação Lava Jato. É igual o paciente que depois da consulta o médico descobre que se encontra gravemente doente. Os inocentes úteis dizem que antes não existia corrupção no Brasil. Tudo era mil maravilhas. Mentira! Criminosos de colarinho branco nadavam de braçadas neste mar de dinheiro sujo.


 A sociedade civil organizada brasileira não pode é abaixar a cabeça e tentar empurrar tudo para debaixo do tapete. Não importa as reações, todos culpados precisam receber punições exemplares. Para mostrar à população que não existem desiguais perante a Lei, como descreve nossa Constituição Federal. Do contrário deixaremos o País como refúgio de ladrões, conscientes da impunidade.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Insanidade do Estado Islâmico




Luís Alberto Alves

Todo radical é igual; semelhante à cobra mordendo o próprio rabo. Assim classifico os malucos do Estado Islâmico. De carona no islamismo, distorceram alguns versículos do Alcorão e passaram a semear terror pelo mundo. Não é raro dinheiro do crime organizado envolvido nesta loucura.

Com cerca de 15 mil homens armados até os dentes, o Estado Islâmico conseguiu ganhar os minutos de fama que todo grupo terrorista almeja, para usar como moeda de troca. Dissidência da Al-Qaeda, resolveram enfrentar o mundo ocidental por meio de atentados.

Neste xadrez tenebroso, os perdedores são os inocentes, como as vítimas trucidadas a tiros na noite da sexta-feira (13) em Paris. Até onde vai essa loucura não é possível prever. Igual caminhão desgovernado numa descida, as ações desse grupo terrorista é intimidar o mundo civilizado, usando como bandeira de luta o islamismo.

Por outro lado, os Estados Unidos têm um pouco de culpa neste cartório recheado de atrocidades. Ao invadirem o Iraque, com a desculpa de arrancar do poder o ditador Saddam Hussein, amigo dos norte-americanos na década de 1980, aniquilaram com o sistema de segurança pública daquele país.

 Desde caldo de anarquia surgiram os embriões dos alucinados do Estado Islâmico, por meio da Al-Qaeda. Daí para chegarmos ao estágio atual não demorou muito. Agora cabe aos pais da criança acabarem com essa brincadeira macabra de assassinar inocentes usando como mote a religião.


 Como os Estados Unidos gostam de guerra, será difícil cortar a cabeça dessa serpente. A razão é simples: os armamentos usados pelo Estado Islâmico, grande parte sai da linha de produção de empresas dos americanos. Como dinheiro não tem pátria nem caráter. Considero difícil estancar essa sangria de lucro. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Multa de R$ 250 milhões é pouco para estrago provocado por mineradora Samarco


A lama invadiu a cidade mineira de Mariana


Luís Alberto Alves

A multa de R$ 250 milhões aplicada à mineradora Samarco, responsabilizada pelo rompimento das duas barragens na região de Mariana (MG), é pouca. O mar de lama provocou danos materiais, ambientais e humanos que devem atingir perto de R$ 1 bilhão. O estrago deixou cerca de 800 mil pessoas sem água em Minas Gerais.

 Desde Mariana, onde começou o acidente, até o Espírito Santo, a lama e rejeitos de mineração já atingiram 14 cidades, além de desaparecidos e extinção de município, como o de Bento Rodrigues, que após a tragédia foi banido do mapa.

O mais assustador nesta história é a fiscalização precária. Como regra brasileira, o estrago só é reparado depois que aconteceu. Não há prevenção. Funcionários das barragens provavelmente devem ter observado anormalidade no funcionamento e alertado a empresa. Mas o aviso deve ter caído no esquecimento.


 Como abutres, políticos financiados pela empresa, que tem entre seus acionistas principais, a gigante Vale, logo entrarão em campo, para argumentarem que multa tão alta poderá inviabilizar a mineradora. Mas e os estragos provocados? As vidas perdidas? A destruição das cidades? A contaminação ambiental? Qual o preço justo deste prejuízo? Só o futuro dirá!

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O que está ruim pode ficar pior


Crise aumentará desemprego no Brasil

Luís Alberto Alves

Pelos cálculos do mercado financeiro o Brasil já apresenta sinais de recessão (freio brusco na produção industrial). Na semana passada, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a produção industrial caiu 1,3% em setembro, fechando o terceiro trimestre com queda mais acentuada (-9,5%) do que o segundo (-6,5%) na comparação com igual período de 2014.

Contra números não é possível esconder o sol com peneira. A estimativa do mercado para a produção das indústrias em 2015 piorou, rumando de retração de 7% para 7,40% de uma semana à outra. Para 2016, a projeção é redução de 2%. O empresariado já começou fazer ginástica forçada para pagar o 13° Salário de seus funcionários.

 Neste ajuste fiscal maluco, queda de produção significa menos impostos no caixa do governo. Porque as fábricas diminuirão o volume de produtos saindo de suas máquinas. Sem elas no comércio, não existe mecanismo de recolhimento de tributos sobre mercadorias que não saíram das máquinas e ninguém comprou.

Se a situação econômica estava ruim, sem querer apresentar aura de pessimista, ela vai piorar. Mais demissões ocorrerão, assim como falências e concordatas. As vendas nas lojas irão cair em grande número. Por outro lado, a área de serviços aumentará o enxugamento de postos de trabalho.


 Infelizmente o remédio amargo receitado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, sob vigilância da presidente Dilma Rousseff (PT), em vez de curar o doente Brasil, está aumentando o volume de sintomas e ele corre o risco de ter um colapso. Os únicos que ficarão livres dessa catástrofe serão os banqueiros. Afinal de contas ganham dinheiro até na miséria....

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Você vive pelo seu filho?




Cuidado em excesso é prejudicial aos filhos

Luís Alberto Alves

A atual geração de filhos, com raras exceções, ainda não aprendeu a sair da barra da saia da mãe e da sombra do pai. A vida financeira depende do casal, inclusive com dinheiro para as famosas baladas. Mesmo após os 18 anos, poucos sentem disposição para enfrentar o competitivo mercado de trabalho. A famosa rotina de cobrança existente em qualquer empresa. Afinal de contas, capitalismo não é sinônimo de beneficência.

 Por causa da atual ditadura do politicamente correto, vários filhos adolescentes se esquivam de ajudar nos serviços domésticos. Os meninos fogem da lavagem de calças, moletons, camisetas e camisas. Após o almoço ou jantar passam longe da cozinha, onde a limpeza da louça vai estourar nas mãos do pai ou mãe, caso sejam de classe média baixa.

 Atentos às novidades tecnológicas, pressionam os pais para compra de celulares recém-lançados, tablets e outros produtos com símbolo de modernidade século 21. Para manter o status quo junto aos colegas de escola ou mesmo da rua, roupas de grife precisam estar presentes no guarda-roupa, mesmo que seja para usar uma vez. Claro, tudo na conta dos pais.

 Chegamos à época em que poucos filhos aprendem a ouvir não. O mundo deles resume ao sim. Como se a vida e Deus atendesse todos os nossos pedidos sem qualquer cota de sacrifício. A regra é obter conquistas sem esforço. Muitos pais, neste processo maluco, passam a viver a vida dos seus filhos. Sofrem por eles.

Para evitar a decepção de ficar sem um tênis de marca, se esfolam, estourando limite do cheque especial ou cartão de crédito, entram em dívidas para manter o capricho do filho. Errado! Este jovem vai crescer achando que a vida tem o dever de lhe dar tudo, às vezes num piscar de olhos.

 Não é assim. As lutas e os sacrifícios fazem parte do crescimento. Com eles aprendemos onde pisar fundo ou acelerar. Passamos a medir as consequências dos nossos atos. A importância de agir em grupo, deixando o egoísmo de lado. Percebendo que precisamos suar a camisa para nossas conquistas.


Quando os pais vivem essa etapa pelos filhos agem como alguém que tentam impedir que a criança saiba a diferença entre limpeza e sujeira, ruindade e bondade. Apesar de amados, nossos filhos não podem viver numa redoma de vidro. Precisam e devem aprender o peso da responsabilidade. O preço de cada objeto. Afinal de contas, quando o dinheiro não sai do próprio bolso, até injeção na testa é bem-vinda.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Sociedade exige que às vezes as pessoas possam agir iguais hienas




 
Algumas aceitam se comportar igual as hienas: sorrindo sempre
Luís Alberto Alves

A sociedade às vezes tem postura semelhante ao comportamento das hienas, conhecidas por sorrir sempre, mesmo quando tudo é ruim. Todo ser humano enfrenta problemas. Ninguém é imune a crise financeira, sentimental ou profissional. Muito menos tem gelo no sangue, ostentando eternamente aura de invencível.

 Nas empresas, principalmente de grande porte, executivos não podem, em hipótese alguma, aparentar fisionomia de preocupação, mesmo com a notícia de grande número de funcionários que perderão o emprego em questão de dias. Precisam chegar ao elevador e sorrir para o ascensorista, o porteiro, a secretária e até pela responsável pelo cafezinho.

 O professor nunca deve fornecer pistas aos alunos que muitos deles serão reprovados ou cairão nas chatas e irritantes dps. O negócio é sorrir igual hiena. Olhar a aluna gostosona, desejada pela classe toda e, por que não, colégio ou faculdade. Tudo se resume na alegria, mesmo com o coração destroçado.

 A vida sentimental é outro terreno em que se cobra comportamento de super-heroi. As tristezas precisam ficar ocultas. Nada de choro diante do esposo ou esposa ou mesmo perto dos filhos. A regra é sorrir, contar piadas para manter escondido o mal que devora o coração e a alma.

 São poucos os que admitem autenticidade. Chorar na tristeza e sorrir na alegria. Tudo de verdade. Reconhecer que a fisionomia mudou por causa de algo que preocupa. Sem tentar esconder a realidade. Não é fraqueza revelar e deixar transparecer que algo anda errado.

 Quando agimos do contrário iludimos nossos sentimentos. Chamo isso de hipocrisia. É comer ovo frito e tentar sentir na boca gosto de caviar ou picanha. É tomar água pura pensando que é saboroso suco de morango com leite condensado. Autenticidade é a marca de pessoas que reconhecem que são humanas, passíveis de erros. Não é super-heroi. Eles só existem na ficção e a vida nunca será assim: de mentirinha.