Luís
Alberto Alves
A Operação Lava Jato se parece
com poço sem fundo. Chego a essa conclusão após o Ministério Público Federal
informar, em relatório anexado aos autos, que o doleiro Nelson Martins Ribeiro “lavou
dinheiro em favor do grupo Odebrecht e de funcionários corruptos da Petrobras”,
como o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa. Ribeiro foi preso na
segunda-feira (16), durante a Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato.
A cada semana mais sujeira
aparece neste esgoto. O assunto é o mesmo: lavagem de dinheiro para
empreiteiras e propinas pagas a políticos, funcionários desonestos da estatal
numa imensa estrada de desonestidade. É tanta imundície que calculo não sobrar
mais espaço nas carceragens da Polícia Federal, em Curitiba (PR), para colocar
mais bandidos de colarinho branco.
O mais triste nesta história é
toda essa mancha escura aparecer após a Operação Lava Jato. É igual o paciente
que depois da consulta o médico descobre que se encontra gravemente doente. Os
inocentes úteis dizem que antes não existia corrupção no Brasil. Tudo era mil
maravilhas. Mentira! Criminosos de colarinho branco nadavam de braçadas neste
mar de dinheiro sujo.
A sociedade civil organizada brasileira não
pode é abaixar a cabeça e tentar empurrar tudo para debaixo do tapete. Não
importa as reações, todos culpados precisam receber punições exemplares. Para
mostrar à população que não existem desiguais perante a Lei, como descreve
nossa Constituição Federal. Do contrário deixaremos o País como refúgio de
ladrões, conscientes da impunidade.
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