Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Quando nos tornamos reféns do coração



Os olhos são as janelas do coração

Luís Alberto Alves

Diversas decisões que tomamos no calor das emoções resultam em dores de cabeça. Porque não pensamos nas conseqüências. Quem freqüenta as festas noturnas é exemplo disso. Na busca para saciar a fome de sexo, joga para segundo plano o preservativo. Deixa a beleza impactar e mais tarde entra no sombrio clube do HIV positivo.

 O mais curioso nesta história é que o coração tem capacidade de criar imagens fantásticas de algo feio. As mulheres se apaixonam, na maioria das vezes pela imagem de um suposto homem de negócios, que poderá bancá-las nas famosas compras nos shoppings. O fato de ele pagar tudo, cobri-la de jóias, colocar em suas mãos cartão de crédito de limite elevado é o suficiente para deixar o cérebro de lado.

Ao andar pelas ruas, a beleza da mulher brasileira chama a atenção. Nesses poucos segundos, o homem casado há vários anos pensa como seria sua vida ao lado de uma beldade daquela. Esquece a idade, a estrutura do lar, os filhos para sonhar com possível aventura. Novamente o coração passa a perna no cérebro, isola a razão.

Poucos conseguem compreender que razão e emoção andam lado a lado, mas não sentem simpatia pela outra. A emoção considera a razão muito “devagar”. Demora em tomar decisão. Pensa demais e acaba perdendo o bonde da história. Na linguagem do jovens, ela é nerd. Já a emoção é fogo na gasolina. Mergulha de cabeça em qualquer história. Bate primeiro para perguntar depois.

 Quando temos 18 anos, somos pura emoção. Enfrentamos o perigo em qualquer lugar. O desaforo é respondido na mesma altura. É pau para toda obra. Nem medo da morte temos. Afinal de contas, em sã consciência, em casos excepcionais, quem pegaria um carro para disputar racha ou mesmo chegar aos 200 km/h numa rodovia, com o automóvel revestido de pneus carecas?


 É este afã a marca registrada do coração. Despreza o bom senso. Importante, para ele, é viver o momento, como se não fosse existir mais presente. Para o nosso próprio bem, é desaconselhável viver refém do coração. Devemos mantê-lo na balança ao lado da razão. Para um temperar o outro. Radicalismo não é bom. A vida precisa ser dividida em razão e emoção. Nesta sintonia é possível chegarmos à velhice, conscientes de que aproveitamos os bons momentos, que geraram lindas lembranças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário