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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Você vive pelo seu filho?




Cuidado em excesso é prejudicial aos filhos

Luís Alberto Alves

A atual geração de filhos, com raras exceções, ainda não aprendeu a sair da barra da saia da mãe e da sombra do pai. A vida financeira depende do casal, inclusive com dinheiro para as famosas baladas. Mesmo após os 18 anos, poucos sentem disposição para enfrentar o competitivo mercado de trabalho. A famosa rotina de cobrança existente em qualquer empresa. Afinal de contas, capitalismo não é sinônimo de beneficência.

 Por causa da atual ditadura do politicamente correto, vários filhos adolescentes se esquivam de ajudar nos serviços domésticos. Os meninos fogem da lavagem de calças, moletons, camisetas e camisas. Após o almoço ou jantar passam longe da cozinha, onde a limpeza da louça vai estourar nas mãos do pai ou mãe, caso sejam de classe média baixa.

 Atentos às novidades tecnológicas, pressionam os pais para compra de celulares recém-lançados, tablets e outros produtos com símbolo de modernidade século 21. Para manter o status quo junto aos colegas de escola ou mesmo da rua, roupas de grife precisam estar presentes no guarda-roupa, mesmo que seja para usar uma vez. Claro, tudo na conta dos pais.

 Chegamos à época em que poucos filhos aprendem a ouvir não. O mundo deles resume ao sim. Como se a vida e Deus atendesse todos os nossos pedidos sem qualquer cota de sacrifício. A regra é obter conquistas sem esforço. Muitos pais, neste processo maluco, passam a viver a vida dos seus filhos. Sofrem por eles.

Para evitar a decepção de ficar sem um tênis de marca, se esfolam, estourando limite do cheque especial ou cartão de crédito, entram em dívidas para manter o capricho do filho. Errado! Este jovem vai crescer achando que a vida tem o dever de lhe dar tudo, às vezes num piscar de olhos.

 Não é assim. As lutas e os sacrifícios fazem parte do crescimento. Com eles aprendemos onde pisar fundo ou acelerar. Passamos a medir as consequências dos nossos atos. A importância de agir em grupo, deixando o egoísmo de lado. Percebendo que precisamos suar a camisa para nossas conquistas.


Quando os pais vivem essa etapa pelos filhos agem como alguém que tentam impedir que a criança saiba a diferença entre limpeza e sujeira, ruindade e bondade. Apesar de amados, nossos filhos não podem viver numa redoma de vidro. Precisam e devem aprender o peso da responsabilidade. O preço de cada objeto. Afinal de contas, quando o dinheiro não sai do próprio bolso, até injeção na testa é bem-vinda.

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