O ano de 2015 chega ao fim.
Talvez um dos piores que o Brasil já atravessou. Politicamente tornou-se
vitrine de desgoverno. Nunca nossos parlamentares e governantes pensaram apenas
no próprio interesse. Deixaram de lado os anseios da população. A regra foi
manter os bolsos cheios de dinheiro, oriundo da corrupção.
Desemprego virou rotina na vida
de mais de 10 milhões de brasileiros. Eles começarão 2016 no limbo, correndo
risco de continuar fora do mercado, visto que as empresas continuam enxugando
seus quadros para caírem na vala da falência e sumirem do mapa.
A oposição, leia-se PSDB, deixou
de lado a população. Pensa apenas no poder que perdeu nas eleições
presidenciais de 2014. Sem projetos para o País insistem no impeachment que
poderá jogar o Brasil numa crise mais profunda.
Cabe a você leitor, que paga
impostos, pega ônibus, trem ou metrô lotados, manter a peteca nas mãos. Não
desista dos seus sonhos. Permaneça lutando. Não aguarde nada de nossos
políticos. São individualistas. Pensam apenas neles. Nas urnas seja vingativo:
nãos os reeleja. Façam voltar ao mundo dos comuns, onde para sobreviver
precisamos trabalhar honestamente.
Pacientes são atendidos no chão nos hospitais do Rio de Janeiro
Luís
Alberto Alves
O Rio de Janeiro, sob administração do
desgovernador Pezão (PMDB) vive o dilema de o homem morder o cachorro. Ou seja,
algo fora do comum, como exemplo do que seja notícia na ótica jornalística. Com
a saúde pública na Unidade de Terapia Intensiva, a prefeitura carioca passou a
ajudar o Estado, quando deveria ocorrer o contrário.
Atualmente, é proibido ficar
doente nesta péssima gestão do desgovernador Pezão, tão ruim quanto a anterior,
nas mãos de Sérgio Cabral Filho. Alguém com braço quebrado corre o risco de não
receber gesso para sanar o problema. Até mesmo uma pneumonia pode levar o
paciente à morte por falta de atendimento na rede hospitalar.
Sob essa gestão, a cidade receberá
os Jogos Olímpicos de 2016. Neste caso os gringos não correm risco de morrer na
porta do hospital. Muito dinheiro já foi e continua sendo gasto para a utopia
das Olímpiadas escrever o Rio de Janeiro e o Brasil na história.
Igual a família, que na miséria,
resolve bancar gigantesco réveillon para fazer bonito aos convidados. Dois dias
após comerão ovo frito e feijão com farinha de mandioca. Assim é o Rio de
Janeiro, sem dinheiro para pagar 13º salários dos funcionários da Saúde. É o
homem mordendo o rabo do cachorro.
Neste semáforo, os bandidos mirins tiraram duas vidas
Luís
Alberto Alves
A vítima para o carro no semáforo e de repente
aparecem três adolescentes criminosos. Armados, ameaçam o motorista; a esposa
tenta tirar o cinto de segurança e leva um tiro na cabeça. A dois anos de se
aposentar das salas de aula, morre a caminho do pronto-socorro.
Três horas depois, outra vida é ceifada pelos
mesmos bandidos. Menores de idade, dois deles acabaram presos e cumprirão
medidas “sócio educativas” e aos 18 anos os dois homicídios acabarão apagados
dos prontuários e viram primários na ótica da Justiça.
As duas pessoas que morreram
deixam os familiares órfãos. Tinham cumprindo a parte de contribuir para o
progresso da sociedade, onde derramaram o suor durante décadas. Quando estavam
preparados para desfrutar da aposentadoria, no caso da professora, tiveram as
vidas ceifadas violentamente.
Este é o Brasil da impunidade.
Menores bandidos ganharam cartão verde para executarem cidadãos de bem. Nada
bobos, têm noção de que permanecerão alguns meses na Fundação Casa, comendo e
bebendo às custas da sociedade. Aos 18 anos saem de ficha limpa, para talvez
continuarem no mundo do crime.
Crise fez dinheiro reduzir de quantidade no Brasil
Luís
Alberto Alves
A situação não está boa para o
comércio neste final de ano. Lojas vazias e vendedores caçando consumidor a
laço. Ninguém é bobo. Como se enfiar em dívida com 10 milhões de desempregados
no País? Pior: o risco de entrar neste triste clube em 2016. Só cliente cabeça
oca e excessivamente otimista para fechar negócio de valor alto num cenário
econômico tão crítico.
O fogo do famigerado ajuste fiscal, do então
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, queimou vários setores, inclusive da indústria
e área de serviços. É impossível produzir muito, quando as vendas se encontram
em queda livre, e lojas demitindo funcionários por anemia de consumidores.
Até o Papai Noel nas redes de
supermercados é eletrônico. Fica simulando tocar saxofone para agradar as
crianças. O comerciante optou em investir os R$ 6 mil de cachê ao bom velhinho
em funções ainda rentáveis.
Pelo meu feeling de economia,
janeiro será um mar de demissões no Brasil. Grandes indústrias no retorno das
férias coletivas aplicarão golpes de facão no quadro de empregados. Muitas
delas fizeram empréstimos em bancos para quitar o 13º salário e no início do
próximo ano a fatura chegará. Será que sobrará cachorro para matar a grito???
Sem direito a desfrutar do dinheiro da aposentadoria
Luís
Alberto Alves
Outra vez o governo tenta golpear
o trabalhador com outro projeto sacana de impor idade mínima para
aposentadoria. Todo ano é a mesma ladainha. Daqui a pouco vão revogar a Lei Áurea
para retornamos à escravidão.
Dinheiro da aposentadoria é sagrado para quem
derramou tanto suor para colocar o Brasil no estágio atual. Pela ótica dos
burocratas do Palácio do Planalto, precisamos pegar no batente até depois dos
60 anos. A regra é a mesma: impedir que as pessoas possam se aposentar “cedo” e
aproveitar o pouco de vida que lhe resta.
Pela ótica dos técnicos que formulam
essas barbaridades o ideal é ninguém se aposentar. Temos de suar a camisa até
os últimos dias da vida e morrer sem a grana deste benefício. Somos bons para
encher os cofres da Previdência, e quando chega a nossa vez, ficamos chupando
pirulito.
O Brasil é o país da desigualdade
judicial, também. Dois moradores de rua estavam detidos desde 8 de setembro, em
Teresina (PI), pela tentativa de furto de três telhas de amianto velhas e
quebradas, retiradas de uma agência abandonada do INSS (Instituo Nacional d0
Seguro Social). Diante de tamanha injustiça, o ministro Rogerio Schietti Cruz,
do STJ (Superior Tribunal de Justiça), determinou no dia 11 de dezembro a
libertação imediata de ambos.
Na decisão, ele justificou que
somente a situação de abandono social dos acusados explica a falta de
sensibilidade e a iniquidade de se manter presos dois moradores de rua que
tentaram furtar telhas deterioradas, abandonadas e sem nenhum valor para o
órgão federal.
Os dois infelizes, abandonados
temporariamente pela vida, foram presos em flagrante dentro do prédio do INSS,
sem portas, janelas ou qualquer proteção. O juiz de 1ª Instância disse que a
medida era essencial para a garantia da instrução criminal e a manutenção da
ordem pública, pois os réus não possuíam documentos nem ocupação lícita e já
teriam passagens pela polícia. Um deles ainda seria viciado em crack.
Não defendo nenhum tipo de crime, mas manter
preso dois homens em situação extrema de miséria, pelo furto de telhas velhas e
quebradas, sem nenhum valor comercial é querer ser mais realista do que o rei.
Para piorar a situação, a Defensoria Pública da União ingressou com habeas
corpus em favor da dupla no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas a liminar
acabou negada.
O Superior Tribunal de Justiça considerou a
prisão preventiva dos dois moradores de rua uma notória injustiça. Segundo ele,
o fato de os acusados não terem documentos e serem moradores de rua, onde
consomem drogas, não autoriza a conclusão
de que possam oferecer risco concreto à aplicação da lei penal.
Na avaliação do ministro do STJ,
a dupla estaria sendo presa pelo que são (mendigos) e não por efetivo risco,
não discriminado pelos juízos de origem (lesão à ordem pública, à instrução
criminal ou à aplicação da lei penal). Enquanto isso diversos políticos
corruptos, entre eles o deputado federal Paulo Salim Maluf (PP/SP) procurado
pela Interpol em 188 países circula livremente no Brasil e nada lhe acontece. Infelizmente a nossa Justiça é aplicada
somente para preto, pobre e prostituta.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB/SP) é acusado de pedaladas fiscais....
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), perto de perder o pescoço....
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL) é investigado pelo STF
Luís Alberto Alves
Literalmente, o Brasil está nas
mãos de criminosos. Caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja cassada, o vice,
Michel Temer, não poderá assumir, porque já pensa sobre denúncia de pedaladas
fiscais, quando ocupou o cargo por alguns dias. Se o TCU (Tribunal de Contas da
União) caiu de pau sobre Dilma, vai fazer o mesmo contra ele.
Nessa impossibilidade, o destino
do País poderia ficar com o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha
(PMDB/RJ). O pescoço dele está a prêmio no Conselho de Ética por causa de
remessa ilegal de dinheiro ao Exterior e possível recebimento de propina da
Petrobras, conforme investigação da Operação Lava Jato.
Entra a terceira opção para
alguém segurar o leme da nação: o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB/AL), outro envolvido em corrupção
investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em denúncias apresentadas pelo
Ministério Público Federal, na operação Lava Jato.
Sem Dilma, o Brasil ficaria nas
mãos de três bandidos de colarinho branco. Tão perigosos quanto o ladrão pé de
chinelo que rouba relógio ou correntinha de ouro na beira da praia ou mesmo sob
ameaça de arma de fogo ou faca. Detalhe: os criminosos engomados provocam mais
estragos, visto que os recursos desviados por eles seriam suficientes para
construir diversas escolas, hospitais e escolas.
Nesta altura do campeonato não
sei o que é pior: manter a presidente Dilma no poder, com vários parlamentares
de sua base governamental acusados de receber propina para facilitar obras
administradas pela Petrobras ou admitir a tese do impeachment e jogar o Brasil
nas mãos de bandidos declarados pela Justiça.
A batata de FHC começou a assar na Operação Lava Jato
Luís
Alberto Alves
A casa do ex-presidente FHC
começou a cair com as denúncias do ex-diretor da Petrobras, em 2001, Nestor
Cerveró. Ele garantiu ao juiz Sérgio Moro que teria recebido vantagens
indevidas em um negócio com a Alstom na gestão tucana de Fernando Henrique
Cardoso. O então senador Delcídio do Amaral, na época, teria dividido a propina
com Cerveró, durante a crise de energia que marcou a gestão FHC.
O argumento de que a lama da
corrupção só passou a existir na estatal nas gestões Lula e Dilma Rousseff
começou a cair. Infelizmente a grande imprensa só destaca nos telejornais,
revistas e jornais casos envolvendo petistas. Os mafiosos do PMDB, PSDB, PP e
outras agremiações ficam de fora.
Cerveró após assumir o
compromisso de deleção premiada sabe que não pode mentir perante a Justiça. Também
não tem mais nada a perder. Já foi carimbado como criminoso perante a
sociedade. O fio da meada das suspeitas envolvendo o PSDB é o depoimento do
delator Paulo Roberto da Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.
Perante o juiz Sérgio Moro ele confessou que a
dupla Delcídio e Cerveró teriam recebido propina da multinacional francesa
Alstom para facilitar a compra de turbinas termelétricas no período que em o
governo adotou medidas emergenciais para controlar a crise de abastecimento
provocado pelo “apagão” ocorrido no final da gestão tucana de Fernando Henrique
Cardoso. Como se vê, a lama da Lava Jato saiu do PT para o PSDB.
Na luta pela melhoria da educação, tamanho não é documento
Luís
Alberto Alves
O triste show de pancadaria e truculência proporcionado pela PM, a
pedido do desgovernador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou ao fim, após série de
mobilizações de estudantes contrários ao fechamento de 94 escolas em SP. Eles
ocuparam 196 colégios públicos, a maioria na capital paulista, e foram às ruas,
sob golpes de cassetetes, spray de pimenta, socos no rosto, pontapés e até
ameaça de tortura física.
O anúncio de suspensão do
fechamento das escolas ocorreu hoje (4), no início da tarde, no Palácio dos
Bandeirantes, quando o professor Alckmin garantiu que os alunos estudarão em
2016 em suas escolas e será aberto diálogo com cada uma das unidades.
Violência: a linguagem do desgovernador Alckmin (PSDB)
O clone de Adolf Hitler percebeu
que estava equivocado ao tentar enfiar goela abaixo o nefasto projeto de fechar
94 escolas, que ganhou o eufemismo de reorganização escolar. Pela ótica tucana,
crianças e adolescentes iriam estudar 1,5 quilômetro longe de suas casas. Mas na
realidade a distância seria maior e as novas unidades que receberiam os alunos
transferidos ficariam superlotadas, dificultando o trabalho dos professores.
Adolescente agredido pela PM: desrespeito ao ECA e STF
Numa atitude revolucionária,
estudantes passaram a ocupar o local onde estudam, permanecendo ali, fazendo
faxina, cozinhando e outras atividades. Em vez de ficarem nas ruas, preferiram
preservar o lugar onde aprenderam os primeiros fundamentos das regras
educacionais. Quando ameaçados pela PM, a ponto de sofrerem agressões, como
ocorreram na Escola Estadual Maria José, no bairro da Bela Vista, Centro de SP,
optaram de sair às ruas.
Criatividade contra a truculência
Corajosos deram a cara para bater. Respiraram fumaça das bombas de gás
lacrimogênio, sentiram os duros golpes de cassetetes, que poucas vezes são
usados contra criminosos, e todo tipo de truculência, sob ordem de um governo
que nada tem de democrático. Age nos moldes da Ditadura Militar, impondo
projetos de lei sem qualquer discussão com a população.
Às vezes cheguei a criticar essa
nova geração de jovens, imaginando que nunca iriam para as ruas por causas
justas. Queimei a língua. Na maneira deles, acabaram proporcionando verdadeira
aula de como lutar por nossos ideais, mesmo quando tudo rema ao contrário.
Agiram igual Davi diante do gigante Golias. Como pode uma garotinha de 14 anos
devolver uma bomba de gás lacrimogênio lançada por um troglodita duas vezes
maior que ela?
Recuar para conquistar
Preocupados muitos pais, nascidos
no final da década de 1970, pressionavam para seus filhos voltarem para casa.
Não era bom dormir na escola, sem o aconchego do lar. Felizmente a maioria
preferiu ficar no colégio, onde começaram a escrever uma nova história para um
Brasil tão carentes de lideranças jovens. Essa é o que chamo de luta justa.
Exigir melhor educação é o caminho para o Brasil deixar de ser promessa e virar
realidade.
Felizmente o professor Alckmin percebeu que a pedagogia do cassetete não
soluciona problemas educacionais. Mesmo dentro de casa, o diálogo é a medida
ideal para resolver conflitos. Que ele respeite, de verdade, a mensagem dos
estudantes e dos familiares, com suas dúvidas e preocupações. Um país democrático pensa no futuro,
discutindo no presente e enterrando práticas nefastas do passado. Se
truculência funcionasse como bom remédio, de nossas cadeias sairiam homens
sedentos de honestidade, abandonando a vida de crimes.
O erro da presidente Dilma Rousseff (PT) foi prometer o impossível
Luís
Alberto Alves
Como se fala na roça: “chegou a
hora de a onça beber água”! O processo de pedir o impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT) ficou parecido com doente respirando por aparelhos. Desde o
início do ano que a administração dela entrou na UTI (Unidade de Terapia
Intensiva). Principalmente quando aceitou a medicação oferecida pelo ministro
da Fazenda, Joaquim Levy.
Porém, o início do mal
apresentou os primeiros sintomas após sua vitória no segundo turno da sua
reeleição em 2014. Prometeu e assumiu compromissos, principalmente com
trabalhadores, que não teria condições de cumprir. Blefou feio. Acreditou na
ignorância dos eleitores.
O movimento sindical segurou a onda até o
momento em que direitos trabalhistas conquistados às duras penas foram atacados
por Dilma. Exemplo disso é o trâmite para obtenção do Seguro Desemprego. Logo
após vieram mudanças na aposentadoria e diversas pauladas. Elas contribuíram para
a presidente cair em desgraça.
O desemprego explodiu,
aumentando a taxa em mais de 100% num período inferior a um ano. Os juros, para
ganhar simpatia dos banqueiros, estouraram, chegando a quase 15%ao ano. Os
efeitos danosos do ajuste fiscal ajudaram no aumento de falências, concordatas,
recuperação judicial. Atualmente, o Brasil tem cerca de 10 milhões de pessoas
sem trabalho.
A insensibilidade de conversar
com a sociedade civil organizada tornou a presidente Dilma Rousseff refém de um
Congresso Nacional corrupto. A série de escândalos descobertos pela Operação
Lava Jato minou a credibilidade do PT e o restante da base aliada. Ela começou a sentir a solidão do poder.
Nem as denúncias de lavagem de
dinheiro envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), na boca do alçapão para perder o cargo, impediram que fosse
formulado o pedido de impeachment de Dilma. Caso consiga se manter no cargo,
terá credibilidade para tentar tirar o Brasil do lodo onde caiu. Do contrário é
apostar em outro aventureiro e talvez mais um ano perdido.
Pedagogia da violência é com professor Alckmin (PSDB)
Luís
Alberto Alves
Na escolinha do professor
Alckmin o cassetete é o principal método de ensino. Nada de diálogo. Tudo é
resolvido na pancada e spray de pimenta. Sua visão distorcida impede de
enxergar que os tempos mudaram. Dificilmente as decisões tomadas em gabinetes
fechados serão acatadas longe dali.
Extremista, continua defendendo
que o fechamento de 94 escolas em São Paulo ajudará na melhoria da qualidade da
educação. Os protestos, alguns deles reprimidos violentamente pela Polícia
Militar, uma das que mais executa negros e pobres na periferia, não revelam que
a melhor ferramenta é o diálogo.
O professor Alckmin, que talvez
fizesse muito sucesso durante a Ditadura Militar, considera norma policial
sacar arma de fogo e colocar no rosto de adolescentes, como se manifestar fosse
crime. É a barbárie sendo adotada como política de governo.
O triste espetáculo de agressões contra
estudantes continua. Na Escola Estadual Maria José, Bela Vista, Região Central
de SP, um aluno foi agredido por PMS e jogado ao chão. Para os policiais o
rapaz seria terrível criminoso. Lógico porque protestava pelo não fechamento de
escolas.
O professor Alckmin só não
percebeu que o radicalismo de seus policiais, auxiliares diretos da pedagogia
do cassetete, poderá provocar a morte de algum manifestante. Neste caso ele
jogará a culpa nos partidos de oposição. Como sempre, os covardes nunca assumem
seus erros, por mais gritantes que sejam.
O ano de 2015 chega ao fim.
Quantas lutas! Estes 365 dias mais parecem ônibus sem freios numa descida. O
pesadelo começou em janeiro, quando caiu a máscara da segunda gestão Dilma
Rousseff (PT). O ditado popular diz que os números não mentem, porém os
mentirosos inventam números.
Aquele país apresentado durante a campanha
eleitoral de 2014 é irreal. Mas a vontade de permanecer mais quatro anos no
poder, deixou de lado a verdade. Aliás, a maioria dos políticos despreza a
realidade dos fatos. Mentir para continuar desfrutando das benesses do elefante
Estado vale qualquer sacrifício.
Em dezembro passado, o
desemprego atingia a taxa de 4,3%. Em outubro chegou a 8,7%. Temos quase 10
milhões de brasileiros sem trabalho. Pior: no final do ano, quando muitos serão
cobrados pelos familiares para compra dos famosos presentes. De onde tirar o
coelho do chapéu?
A economia é igual à água em importância para
o nosso organismo. Ninguém sobrevive sem este líquido. As finanças do país
secaram. O dinheiro sumiu do bolso de quem continua no mercado. Um quilo de
quiabo custa hoje cerca de R$ 13. Mil gramas de carne, dependendo do corte,
passam dos R$ 30. O preço do combustível disparou. O litro do etanol,
dependendo da região do Brasil, chega a R$ 3,00.
O negócio é tão crítico que o próprio governo
federal anunciou que não pagará neste mês contas de água, luz e telefone, por
causa do enxugamento de R$ 10 bilhões no orçamento fiscal. Caros leitores,
quando leio uma notícia dessas só posso crer no seguinte: nossa nação faliu!
O ano de 2015 é parecido com aquele quando
perdemos alguém muito querido da família. Ficamos torcendo para chegar o
próximo. Na virada da meia-noite, os fogos estourando, torcemos para o tempo
passar rápido e logo a dor desaparecer do coração. Permanecer bem lá atrás na
estrada do tempo.
Não posso prever como será
2016, mas os respingos de 2015 deixarão fortes marcas, principalmente do
desemprego e inflação. Duas bolas de ferros acorrentadas nos pés de milhões de
brasileiros. Culpa de um governo que resolveu brincar de economia. Investiu
muito em ideologia, procurando pelo em ovo, deixando no plano inferior reformas
importantes, para manter o país funcionando. Nada ocorreu. Agora é correr para
o prejuízo ser pequeno. Do contrário, 2016 repetirá o amargo de 2015.
O fuzilamento sumário de cinco
jovens na madrugada de domingo (29) quando um carro recebeu mais de 40 tiros,
matando todos os seus ocupantes em Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro, mostra
que nossa polícia, civil e militar, está doente.
As pessoas que entram na PM ou Civil têm
nervos fracos. Não conseguem revelar aptidão para o serviço. Quando saem para o
patrulhamento encaram o cidadão comum no papel de inimigo do Estado, que
precisa ser eliminado, numa ocorrência semelhante ao campo de batalha na
guerra.
Qual justificativa para jogar essa chuva de
balas no carro onde se encontravam os jovens? Eram bandidos? Se fossem deveriam
acabar presos e julgados pela Justiça. Não cabe à PM ou Civil sair executando
suspeitos e muito menos inocentes.
Como sempre acontece neste tipo de homicídio.
Os policiais envolvidos justificam na delegacia que o automóvel estava fugindo
e que seus ocupantes atiraram contra os policiais. A mentira logo cai por
terra, quando a identificação revela que nenhum dos ocupantes do automóvel
tinham passagem. Ou seja eram inocentes. Não é em vão que a população tem medo
da polícia. Precisa de mais motivo?
Todo começo de Verão acontece a
mesma coisa em São Paulo: fortes chuvas deixam a cidade ilhada. Até o final da
Via Dutra, no bairro de Vila Maria, Zona Norte, alaga colocando em risco a vida
de diversos motoristas. A Prefeitura, independente da gestão, repete a mesma
ladainha, de que trabalha na limpeza das galerias pluviais e outras conversas
fiadas inventadas para fugir da responsabilidade.
Motorista calejado de enchente evita Vale do
Anhangabaú, Avenidas 9 de Julho, 23 de Maio, Estado, Aricanduva, Zachi Narki,
Aricanduva e até mesmo as Marginais do Tietê e Pinheiros, verdadeiras
armadilhas. Nas inúmeras administrações públicas desta capital paulista,
nenhuma resolveu o problema.
Dezembro e janeiro são lembrados como meses em
que temporais desabam sobre a cidade, em diversas regiões. As vezes o volume de
água é tão grande que em fração de segundos a avenida seca se transforma num
mar arrastando qualquer tipo de veículo e até provocando mortes.
Pelo visto nada mudou. Agora é
torcer para prever o estrago. Por que esperar das nossas autoridades é o mesmo
de apressar bicho preguiça no pé da árvore. Infelizmente o cidadão comum,
porque nossos políticos estão em outros patamares, irá pagar o pato, sentindo
no bolso o prejuízo de perder mobília e às vezes a vida de algum ente querido.
Não foi surpresa para mim a
empreiteira Andrade Gutierrez confessar que pagou propina em obras da Copa do
Mundo no Brasil. Só não viu indícios de crimes nestas construções, os alienados
das falcatruas que ocorrem neste País todos os dias. Aceitou pagar multa de R$
1 bilhão ao governo, após assumir acordo de delação e leniência com a
Procuradoria-Geral da República.
Ela atuou sozinha na reforma do estádio do
Maracanã, no Rio de Janeiro, do Mané Garrincha, em Brasília, do Beira-Rio, em
Porto Alegre e na construção da Arena Amazonas, em Manaus (AM). Encheu os
cofres de dinheiro. Mas não ficou sozinha neste assalto, muitos políticos
também participaram dessa orgia com dinheiro público.
Na época qualquer crítica era considerada
afronta. Poucos davam crédito. O importante, nesta loucura, seria abaixar a
cabeça, fechar os olhos e fingir que tudo corria normalmente. O tempo mostrou
que o jornalismo crítico, em minoria no Brasil, estava certo. O time dos puxa-sacos
mergulhavam na piscina do ufanismo.
Caso a Justiça vá mais
a fundo encontrará diversos dirigentes esportivos e políticos atolados até
pescoço neste rio de corrupção. Todos ganharam bastante dinheiro. O governo,
por outro lado, deixou obras públicas importantes para agradar os mafiosos da
Fifa. O castigo veio a cavalo. Investigados pela Justiça dos Estados Unidos, a
maioria vai tomar chá de canequinha na cadeia durante vários anos.
O senador bandido Delcídio do Amaral continuará recebendo salário de R$ 33,7 mil
Luís
Alberto Alves
Se fizermos um pente fino no
Congresso Nacional não pegaremos mais políticos corruptos? Caros leitores
entrem no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e comparem a declaração de
renda de cada um deles, desde 2000 em diante e vejam quanto cresceu o
patrimônio.
A Lei não permite que qualquer pessoa ocupando
cargo público no Poder Legislativo ou Executivo exerça qualquer tipo de função
remunerada. Por exemplo: caso seja presidente de uma empresa de produtos
eletrônicos, precisa ficar de licença. Também não pode participar de qualquer
tipo de concorrência envolvendo o governo.
Ao fazer a pesquisa, o eleitor descobrirá que
num prazo de 15 anos diversos políticos dobraram ou até triplicaram o patrimônio.
Mas como? Não estavam no Congresso Nacional ou diante da função de prefeito ou
governador? Neste ínterim entram as falcatruas...
Portanto, não acredito que
apenas o senador bandido Delcídio do Amaral (PT/MS) esteja sozinho no time de
corruptos. Existem outras pessoas, iguais a ele exercendo a função de senador
ou deputado federal, que deveriam engrossar o cordão dos criminosos de
colarinho branco.
Infelizmente a maior parte do
eleitor brasileiro é ingênua. Ainda acredita que nossos políticos estejam no
Congresso Nacional trabalhando honestamente. Podem ter certeza: eles atuam em
benefício próprio, participando de esquemas, onde cifras de milhões são comuns.
Afinal de contas, porque nas eleições eles fazem das tripas coração para se
eleger? É para te ajudar? Se você acredita em fada madrinha, Papai Noel, Duende
e outras besteiras sim...