Postagem em destaque

Governo cria malha aérea emergencial para atender o Rio Grande do Sul

EBC   Radiografia da Notícia *  Canoas receberá 5 voos diários. Aeroportos regionais ampliam oferta *  Antes do fechamento, o aeroporto da c...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Aulas de pancadaria fracassam e professor Alckmin (PSDB) suspende fechamento de escolas em SP


Na luta pela melhoria da educação, tamanho não é documento

Luís Alberto Alves

O triste show de pancadaria e truculência proporcionado pela PM, a pedido do desgovernador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou ao fim, após série de mobilizações de estudantes contrários ao fechamento de 94 escolas em SP. Eles ocuparam 196 colégios públicos, a maioria na capital paulista, e foram às ruas, sob golpes de cassetetes, spray de pimenta, socos no rosto, pontapés e até ameaça de tortura física.

 O anúncio de suspensão do fechamento das escolas ocorreu hoje (4), no início da tarde, no Palácio dos Bandeirantes, quando o professor Alckmin garantiu que os alunos estudarão em 2016 em suas escolas e será aberto diálogo com cada uma das unidades.
Violência: a linguagem do desgovernador Alckmin (PSDB)


 O clone de Adolf Hitler percebeu que estava equivocado ao tentar enfiar goela abaixo o nefasto projeto de fechar 94 escolas, que ganhou o eufemismo de reorganização escolar. Pela ótica tucana, crianças e adolescentes iriam estudar 1,5 quilômetro longe de suas casas. Mas na realidade a distância seria maior e as novas unidades que receberiam os alunos transferidos ficariam superlotadas, dificultando o trabalho dos professores.
 
Adolescente agredido pela PM: desrespeito ao ECA e STF
 Numa atitude revolucionária, estudantes passaram a ocupar o local onde estudam, permanecendo ali, fazendo faxina, cozinhando e outras atividades. Em vez de ficarem nas ruas, preferiram preservar o lugar onde aprenderam os primeiros fundamentos das regras educacionais. Quando ameaçados pela PM, a ponto de sofrerem agressões, como ocorreram na Escola Estadual Maria José, no bairro da Bela Vista, Centro de SP, optaram de sair às ruas.
 
Criatividade contra a truculência
Corajosos deram a cara para bater. Respiraram fumaça das bombas de gás lacrimogênio, sentiram os duros golpes de cassetetes, que poucas vezes são usados contra criminosos, e todo tipo de truculência, sob ordem de um governo que nada tem de democrático. Age nos moldes da Ditadura Militar, impondo projetos de lei sem qualquer discussão com a população.

  Às vezes cheguei a criticar essa nova geração de jovens, imaginando que nunca iriam para as ruas por causas justas. Queimei a língua. Na maneira deles, acabaram proporcionando verdadeira aula de como lutar por nossos ideais, mesmo quando tudo rema ao contrário. Agiram igual Davi diante do gigante Golias. Como pode uma garotinha de 14 anos devolver uma bomba de gás lacrimogênio lançada por um troglodita duas vezes maior que ela?
 
Recuar para conquistar
 Preocupados muitos pais, nascidos no final da década de 1970, pressionavam para seus filhos voltarem para casa. Não era bom dormir na escola, sem o aconchego do lar. Felizmente a maioria preferiu ficar no colégio, onde começaram a escrever uma nova história para um Brasil tão carentes de lideranças jovens. Essa é o que chamo de luta justa. Exigir melhor educação é o caminho para o Brasil deixar de ser promessa e virar realidade.

Felizmente o professor Alckmin percebeu que a pedagogia do cassetete não soluciona problemas educacionais. Mesmo dentro de casa, o diálogo é a medida ideal para resolver conflitos. Que ele respeite, de verdade, a mensagem dos estudantes e dos familiares, com suas dúvidas e preocupações.  Um país democrático pensa no futuro, discutindo no presente e enterrando práticas nefastas do passado. Se truculência funcionasse como bom remédio, de nossas cadeias sairiam homens sedentos de honestidade, abandonando a vida de crimes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário