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terça-feira, 13 de junho de 2023

Artigo: Maturidade tecnológica é vital para cibersegurança

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A cibersegurança mais acessível e compreensível reduz a ação de crimes cibernéticos

Radiografia da notícia

As notícias sobre essas ocorrências assustam, e não por menos

*  o mundo deve perder por ano, até 2025, em torno de US$ 10,5 trilhões por causa de crimes cibernéticos

A evolução da maturidade tecnológica passa por adotar modelos disruptivos

 Maturidade tecnológica começa por mudar procedimentos e comportamentos nas situações mais básicas

Fábio Zanin e Fabrizio Alves, sócios fundadores da VIVA Security

Os episódios de ataques cibernéticos pululam. Do link malicioso enviado por e-mail ou aplicativo de mensagem até o roubo de dados de organizações e a derrubada de sistemas estratégicos, o problema atinge todo o mundo. Afinal, cada vez mais nossa vida, como pessoa física ou jurídica, de alguma forma está presente no ambiente digital.

As notícias sobre essas ocorrências assustam, e não por menos. Os impactos, não só econômicos, como sociais e psicológicos, são inevitáveis e deixam marcas difíceis de serem cicatrizadas. Só para se ter uma ideia, o mundo deve perder por ano, até 2025, em torno de US$ 10,5 trilhões por causa de crimes cibernéticos. O levantamento é da Cybersecurity Ventures.

Diante desse cenário, a sociedade começa a prestar mais atenção para a necessidade de se investir em cibersegurança. Nós, inclusive, acabamos de unir nossas empresas originais, prestadoras desse serviço, a Virtù Tecnológica e a Vantix Cibersegurança, para constituir a VIVA Security. O propósito que moveu essa decisão e que vai nortear a nova empresa é este: democratizar a cibersegurança.

Decisão

Ou seja, estamos nos referindo a tornar a cibersegurança mais acessível e compreensível para todos da organização, em primeiro lugar. Mas, em especial, também, para os cargos de decisão.

Para isso, precisamos começar pelo seguinte: o despertar para a importância da maturidade tecnológica das organizações. “Maturidade tecnológica” não é força de expressão; é um conceito estabelecido no mercado, e que diz respeito ao sistema de avaliação e medição dos processos e das tecnologias empregadas por uma instituição, a fim de se acompanhar o quanto a corporação é “madura” no tratamento das questões tecnológicas.

A evolução da maturidade tecnológica passa por adotar modelos disruptivos, para que essa compreensão se dê de forma quase automática (por scores, por exemplo). Ainda, detectar pontos falhos e providenciar correções.

Zelosos

Quando falamos em processos e tecnologias empregados, estamos falando não só dos mais complexos e avançados. Maturidade tecnológica começa por mudar procedimentos e comportamentos nas situações mais básicas, elementares. Maturidade tecnológica é investir em soluções de prevenção e combate a ataques cibernéticos, mas é também assumir gestos e atitudes mais zelosos.

Quer um exemplo? Muitas vezes, por praticidade, comodidade (ou melhor seria dizer comodismo?), vemos equipes compartilhando logins e senhas de e-mails corporativos, ou de acesso a sistemas. Isso quando não os “esquecemos” abertos. Outra situação rotineira: naturalizamos o hábito de fornecer nosso CPF em todo o lugar, sem se preocupar para quê, por que, e quem está por perto captando a informação que prestamos.

Do pequeno negócio à mais gigantesca corporação, não cabem mais descuidos assim. O que estamos advertindo, em outras palavras, é que cibersegurança é também questão de cultura. Está certo, os episódios de crimes cibernéticos nos assustam, já estamos entendendo a importância de investir na prevenção e combate, porém ainda encaramos a tarefa como de responsabilidade única “do pessoal da TI”. Não é. Cibersegurança é uma responsabilidade compartilhada.

Inovação

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação criou, no final do ano passado, uma “calculadora” de maturidade tecnológica, baseada na Metodologia TRL (Technology Readiness Level), “ferramenta de gestão que permite acompanhar a evolução de maturidade de um determinado projeto, provendo informações essenciais para a tomada de decisões relativas ao seu andamento. A metodologia TRL tem o intuito de avaliar a maturidade das tecnologias”. Ela passa a ser obrigatória para projetos de ciência, tecnologia e inovação no âmbito governamental ou de instituições de pesquisa vinculadas, todavia, o objetivo é deixar a calculadora de acesso livre a todos os atores que lidam com tecnologia.

Ou seja, é um caso que reafirma o quão imprescindível é a maturidade tecnológica, e o quanto ela pode ser mensurável. Reafirma, também, a importância de tornar esses instrumentos mais acessíveis.

A VIVA Security, nascida agora em 2023, estabelece-se para contribuir fortemente com esse processo de construção de uma maturidade tecnológica e, por consequência, de democratização da cibersegurança. Porque é uma necessidade vital.

TRF concede liminares que garantem FIES a estudantes de Medicina

    Pixabay

O relator baseou-se no artigo 205 da Constituição Federal

Radiografia da notícia

Tribunal reverte duas decisões em primeira instância e beneficiam

formados em Biomedicina e Farmácia que buscam a segunda graduação

As duas liminares foram concedidas pelo desembargador Souza Prudente, do TRF 1ª Região


Nos dois despachos, o relator destacou com base no Artigo 205 da Constituição Federal, de que a educação, direito de todos 


Ambos os alunos tiveram o financiamento negado porque já contam com a primeira graduação


Redação/Hourpress


O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF) reverteu duas decisões em primeira instância e concedeu liminares que garantem acesso a estudantes de Medicina – um da cidade de Candeias (MG) e outro de Goiânia (GO) – ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), mesmo sem terem feito o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Ambos os alunos tiveram o financiamento negado porque já contam com a primeira graduação. Eles são formados em Biomedicina e Farmácia, respectivamente.

 

As duas liminares foram concedidas pelo desembargador Souza Prudente, do TRF 1ª Região, que é responsável pelo Distrito Federal, Minas Gerais, Goiás e outros 10 estados do país. Os dois alunos recorreram por meio de agravos de instrumentos porque, pela ordem, a 8ª Vara Federal Cível e a 20ª Vara Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF) negaram os pedidos, em primeira instância, encaminhados junto com as suas ações que solicitam o FIES.

 

Com as duas decisões, o relator determinou que a União, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – mantenedor do FIES - e a Caixa Econômica Federal adotem as medidas necessárias para conceder o financiamento aos dois alunos. O mesmo procedimento foi adotado junto a Lael Varella Educação e Cultura LTDA (mantenedora da faculdade em Minas) e a Sociedade de Cultura Goiana (da instituição em Goiânia).


Trabalho

 

Nos dois despachos, o relator destacou com base no Artigo 205 da Constituição Federal, de que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

 

“O FIES foi criado com o intuito de possibilitar a educação. Se você coloca um ponto de corte para que o aluno tenha acesso a um financiamento, não faz sentido e acaba ferindo a própria natureza da criação do FIES”, argumenta Danilo Machado, especialista em Direito Estudantil e sócio do escritório Machado & Costa Advocacia Estudantil. O advogado representou os estudante em ambos os casos.

 

Conheça os dois casos


As duas liminares foram concedidas no fim de maio. A primeira delas se refere a um biomédico da cidade de Candeias, que decidiu voltar aos estudos, no curso de Medicina da Faculdade de Minas (Faminas-BH), que fica em Belo Horizonte. Esse aluno teve a liminar negada, em primeira instância, pela 8ª Vara Cível da SJDF.

 

A outra liminar garantiu o acesso ao FIES a um farmacêutico, que tentou o financiamento para também estudar Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), localizada em Goiânia. Nesse caso, a recusa inicial foi na 20ª Vara Cível da SJDF. Nos dois casos, os autores alegaram que precisavam do financiamento para se formarem.



Mais de 202 mil casos de violações contra a pessoa idosa são registrados no 1º trimestre de 2023

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O idoso, na maioria das vezes, é agredido pelos próprios familiares

Radiografia da notícia

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia alerta para a importância da denúncia e lembra os diferentes tipos de violência contra a pessoa idosa

Os dados são da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (ONDH/MDHC)

A violência contra a pessoa idosa é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada

Quando se fala em violência, o mais comum é que se considere apenas a física, porém ela pode se manifestar de várias formas

Redação/Hourpress

Apenas nos três primeiros meses de 2023, mais de 202 mil casos de violação de direitos humanos contra pessoas idosas foram registrados no Brasil. Os dados são da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (ONDH/MDHC) e representam um aumento de 97% em relação ao mesmo período de 2022, quando 102,8 mil violações foram registradas.
 

Após solicitação da Rede Internacional de Prevenção ao Abuso de Idosos (INPEA), em 2011 a Assembléia Geral das Nações Unidas reconheceu 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa. Nesta data, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) chama a atenção para a importância da denúncia e para as diferentes formas de violência a que está exposta a população em idade avançada.
 

“A SBGG tem feito uma contínua campanha de conscientização e prevenção da violência contra a pessoa idosa, abordando o tema em eventos, a exemplo no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado no início do ano, e em suas redes sociais. No mês de junho, que é inteiramente dedicado ao tema, a entidade pretende reforçar a iniciativa, abordando as diversas facetas desta lamentável situação”, afirma a presidente da SBGG, Dra. Ivete Berkenbrock.
 

A violência contra a pessoa idosa é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um ato único, repetido ou a falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento em que exista uma expectativa de confiança que cause danos ou sofrimento a uma pessoa idosa”. “Trata-se de uma violação de direitos humanos que atinge a dignidade do ser idoso e tem efeitos desastrosos”, alerta a doutora em enfermagem e especialista em Gerontologia pela SBGG, Dra. Jordelina Schier.
 

Quando se fala em violência, o mais comum é que se considere apenas a física, porém ela pode se manifestar de várias formas. As mais frequentes são: física (maus-tratos, agressões, ferimentos, abusos), psicológica (agressões verbais, humilhações, ameaças), sexual, negligência e abandono (omissão e ausência de cuidados necessários) e financeira (envolve o uso não consentido de recursos financeiros e patrimoniais, bem como uso ilegal de recursos).
 

“Nem sempre as marcas da violência estão expostas no corpo, muitas vezes elas permanecem ocultas na memória de quem sofre, nas entrelinhas das relações abusivas ou na negligência da atenção da família, dos profissionais, dos serviços e do Estado. Independentemente do tipo de violência, certamente, a raiz da violação de direitos e da dignidade humana da pessoa idosa passa pelo etarismo fomentado em nossa sociedade”, afirma a especialista em gerontologia pela SBGG.
 

A situação é agravada quando se nota que o deflagrador das violências é, muitas das vezes, uma pessoa muito próxima à vítima, o que dificulta a iniciativa da denúncia, conforme explica a Dra. Jordelina Schier: “Em boa parte dos casos, o agressor é o próprio cuidador. Como viver sem o cuidador? Como conviver com ele depois da denúncia? Portanto, o contexto da violência ainda é desafiador, apesar de todos os dispositivos legais e políticas públicas criados para o seu enfrentamento”.
 

Um dos canais mais eficientes para este tipo de registro é o Disque 100.“Por meio dele, as crescentes denúncias de violência contra a pessoa idosa no período de pandemia Covid-19 trouxeram à tona a ponta do iceberg, considerando que muitos casos não são notificados, permanecem não ditos, não são reconhecidos socialmente como abusos, nem são diagnosticados pelos profissionais que atendem a pessoa idosa”, afirmou a especialista ao reforçar que todos podem colaboram com a denúncia desses casos de violência.
 

Revisão estrutural

Para a Dra. Jordelina Schier, a mudança desse panorama só será possível com uma transformação abrangendo diversos âmbitos da vida em comunidade: “A sociedade urge por mudanças no seu modo de pensar, ser e agir. É preciso uma verdadeira revisão estrutural e profunda quanto aos estereótipos, preconceitos e discriminação contra a idade das pessoas, que garanta o direito fundamental de envelhecer de forma ativa e com dignidade, numa união de todos”.
 

A especialista reforça a necessidade de campanhas como a de 15 de junho. “Precisamos falar sobre violência, compreender a multidimensionalidade, aprender a reconhecer e, sobretudo, ter uma rede de prevenção, cuidado e enfrentamento. Se você suspeita que uma pessoa idosa seja vítima de qualquer tipo de violência, denuncie. Ligue para o Disque 100, procure unidades de saúde ou assistência social, delegacia de polícia especializada ou, em caso de risco iminente, disque 190!”, finalizou a Dra. Jordelina Schier.

Prefeitura de SP define normas para o licenciamento de empreendimentos na região central

    Agência Brasil 

Prefeitura de SP adota novas regras para construção na região central da cidade

Radiografia da notícia

Regulamentação da Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE) busca contribuir para a transformação do centro de São Paulo

O incentivo à habitação é uma das principais estratégias deste plano urbanístico

A nova legislação determina que os projetos edilícios sejam protocolados na Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL)

Outra novidade é a prorrogação por mais 90 dias para que o interessado com projeto edilício protocolado na Prefeitura até 14 de setembro de 2022 

Redação/Hourpress

A Prefeitura de São Paulo publicou, no Diário Oficial desta segunda-feira (12), o Decreto 62.466/2023, que estabelece procedimentos para o protocolo e a análise de pedidos de licenciamento edilício no âmbito da Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE - Lei nº17.844/2022). Ao esclarecer o fluxo de tramitação e análise dos processos, o objetivo da regulamentação é contribuir para a transformação do centro de São Paulo. Consulte o Decreto na íntegra.
 

A nova legislação determina que os projetos edilícios sejam protocolados na Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), onde receberão identificação própria para sinalizar a participação na AIU-SCE. Segundo o texto, a documentação a ser apresentada para o protocolo, bem como a análise técnica dos projetos, será amparada no Código de Obras e Edificações (Lei nº 16.642/2017).
 

Além disso, o decreto esclarece quais são as atribuições da SMUL e da São Paulo Urbanismo no fluxo de análise dos processos de licenciamento edilício. A SMUL será responsável por coordenar a implantação da AIU-SCE e analisar os pedidos de licenciamento, enquanto a SP Urbanismo terá a função de controlar os estoques de potencial construtivo adicional da AIU-SCE e dar transparência sobre a utilização desses estoques, através de publicações no site e diálogo com o Conselho Gestor da AIU-SCE. A empresa municipal também deverá elaborar os projetos necessários ao desenvolvimento do Programa de Intervenções estabelecido em lei.


Projeto
 

Outra novidade é a prorrogação por mais 90 dias para que o interessado com projeto edilício protocolado na Prefeitura até 14 de setembro de 2022 (início da vigência da Lei nº 17.844/2022), e sem despacho decisório, manifeste interesse em ter seu projeto analisado nos termos da legislação da AIU-SCE.
 

Para fomentar a estratégia de incentivo ao atendimento habitacional a famílias de baixa renda, o decreto garante a manutenção dos incentivos urbanísticos previstos no Quadro 2 do Plano Diretor Estratégico (PDE) para a implantação de Empreendimentos de Habitação de Interesse Social (EHIS) e Empreendimentos de Habitação de Mercado Popular (EHMP) nas Áreas de Transformação.

 

 

Conta segregada no FUNDURB

A legislação atribui à Secretaria Municipal da Fazenda (SF) a responsabilidade pela criação de uma conta segregada da AIU-SCE junto ao Fundo de Desenvolvimento (FUNDURB), mediante solicitação da SMUL. A conta receberá os recursos arrecadados pela venda de potencial construtivo adicional (outorga onerosa) e o montante arrecadado será destinado para a implantação do Programa de Intervenções da AIU-SCE.

 

 

Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE)

A Lei nº 17.844/2022, que institui e regulamenta a Área de Intervenção Urbana do Setor Central (AIU-SCE), prioriza o atendimento habitacional para famílias de baixa renda e prevê a antecipação de investimentos para mobilidade urbana.
 

Ela tem como uma das principais premissas o adensamento populacional e construtivo na região, com diversos incentivos para a população mais vulnerável. Nesse contexto, ela prevê que, ao menos, 40% dos recursos arrecadados com outorga onerosa sejam destinados à construção de moradias populares para famílias com renda de até 2 salários mínimos e que, pelo menos, 20% sejam destinados para melhorias na rede de equipamentos públicos. 


O incentivo à habitação é uma das principais estratégias deste plano urbanístico para a transformação do centro. Acompanhada de obras de infraestrutura e melhorias na rede de equipamentos públicos – estabelecidas em seu programa de intervenções –, o plano busca resgatar o centro como indutor de investimentos para cidade. A expectativa é atrair cerca de 220 mil novos moradores à região.
 

Além da pauta habitacional, considerando que a região possui uma grande concentração de edifícios de valor cultural, a lei também prevê a destinação mínima de 5% para a preservação do patrimônio histórico, ambiental e cultural.
 

O Decreto publicado nesta segunda-feira é mais uma medida para efetivar os objetivos da AIU do Setor Central. Em 29 de março, a Prefeitura regulamentou o Conselho Gestor deste plano urbanístico com colegiado composto por 22 membros, entre representantes do Poder Público e da sociedade civil. Clique aqui para relembrar.

Artigo: Como fica o bolso do contribuinte com a tributação de rendimentos no Exterior?

     Pixabay

Leão não descuida um segundo do dinheiro que você ganha

Radiografia da notícia

Ainda, nos termos da Medida Provisória que deverá ser convertida em lei, os ganhos cambiais também devem ser taxados

*Antes da MP n º 1.171/23, os rendimentos obtidos no exterior somente eram submetidos à tributação no momento de sua repatriação

*Verifica-se, nesse sentido, verdadeira dissonância com a tributação de rendimentos auferidos em investimentos de origem nacional

Ou seja, seu dispêndio depende de prévia declaração do contribuinte e de homologação da Receita Federal

Nicholas Coppi e Gabriela Piubeli*

Com o advento da Medida Provisória nº 1.171/23, o contribuinte brasileiro residente no País, que tiver sob sua custódia investimentos no exterior, deverá declarar e recolher Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) sobre os rendimentos obtidos a partir de janeiro de 2024.

Dentre as aplicações financeiras estrangeiras tributáveis pelo IRPF, estão abrangidos os depósitos bancários, cotas de fundos de investimentos, apólices de seguro, títulos de renda fixa e de renda variável, derivativos e participações societárias, entre outros. Ainda, nos termos da Medida Provisória que deverá ser convertida em lei, os ganhos cambiais também devem ser taxados.

No caso de empresas offshore controladas por pessoa física, que tenham renda passiva acima de 20% ou estejam em paraísos fiscais ou localidades com regime tributário privilegiado, as faixas de rendimentos e alíquotas são as mesmas da pessoa física e tributáveis anualmente após a apuração dos resultados.

Brasil

Antes da MP n º 1.171/23, os rendimentos obtidos no exterior somente eram submetidos à tributação no momento de sua repatriação (Lei 13.254/2016 – Repatriação de Recursos do Exterior), ou seja, somente quando eram transferidos para o Brasil e se sujeitavam às alíquotas progressivas do IRPF.

A nova MP, por sua vez, prevê a isenção do imposto para a parcela anual dos rendimentos de até R$6.000,00 (seis mil reais), 15% de alíquota sobre a parcela anual que exceder R$6.000,00 e não ultrapassar R$50.000,00 (cinquenta mil reais) e 22,5% sobre o que ultrapassar cinquenta mil reais.

Verifica-se, nesse sentido, verdadeira dissonância com a tributação de rendimentos auferidos em investimentos de origem nacional, à medida que esses últimos são beneficiados por uma faixa de isenção na ordem de R$35.000,00 (trinta e cinco mil reais) e estão sujeitos, em linhas gerais, à alíquota de 15% (15 por cento).

Campo

Cumpre ressaltar que, independentemente de nova previsão, todos os tipos de investimentos em ativos de renda fixa, variável, derivativos e cotas de fundos de investimentos auferidos durante o ano-calendário de 2024, serão tributáveis pelo IRPF e deverão ser declarados na Declaração de Ajuste Anual em 2025, em campo próprio e de forma segregada.

Por fim, é importante esclarecer que os rendimentos auferidos no exterior propriamente ditos não serão reduzidos, à medida que não há como exigir a retenção na fonte e o IRPF, como se sabe, é um imposto sujeito à homologação. Ou seja, seu dispêndio depende de prévia declaração do contribuinte e de homologação da Receita Federal. No entanto, há algo importante a observar: o lucro líquido dos investidores e acionistas será diminuído com o IRPF incidente sobre os rendimentos auferidos no Exterior que ultrapassarem R$ 6 mil reais.

Assim, conclui-se, in genere, que o mercado financeiro não recebeu positivamente a nova regulamentação, considerando principalmente a significante redução na faixa de isenção para os rendimentos de origem estrangeira. Apesar disso, não se verifica um desestímulo aos investimentos no Exterior. Na realidade, estamos diante de uma redefinição de estratégias.

*Nicholas Coppi é advogado, especialista (IBET) e mestre em Direito Tributário (PUC-SP). Professor de Programas de Pós-Graduação em Direito Tributário.

*Gabriela Piubeli é advogada tributarista, bacharel em Direito pela PUC-SP e pós-graduanda em Gestão Tributária pela USP.


Como identificar o crush perfeito a partir da análise da letra

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Estilo de escrita poderá revelar perfil do futuro amor

Radiografia da notícia

Para ter certeza se vale a pena arriscar e se entregar ao amor, nada melhor do que analisar um recado

* Quem costuma rasurar, demostra variações na forma de amar, um dia ama de um jeito, no outro dia, de uma forma diferente

Consoantes que começam com lancinhos, refletem carinho e dedicação ao relacionamento

Quando a escrita é mais arredondada, a comunicação é mais fácil entre as partes

Redação/Hourpress

Difícil saber se a pessoa realmente é o tal do “match perfeito”, mas com a análise da letra, é possível descobrir o tipo de personalidade e algumas características. Para ter certeza se vale a pena arriscar e se entregar ao amor, nada melhor do que analisar um recado ou uma cartinha romântica e descobrir curiosidades.

Segundo a grafóloga Célia Siqueira, existem traços na escrita que são fáceis de identificar a condição comportamental e o estado emocional, principalmente quem no momento, está de coração aberto para um novo relacionamento, como por exemplo, a pessoa que escreve a letra L em formato de laço ou parecido com o número 2, é um sinal de quem deseja encontrar logo um novo amor.

“Importante entender que a grafia irregular apresenta instabilidade mental. Quem costuma rasurar, demostra variações na forma de amar, um dia ama de um jeito, no outro dia, de uma forma diferente. Pessoas que não fecham as vogais A e O, ainda estão com o pensamento no passado, em relacionamentos anteriores. Já quem faz o pingo do “i” como uma bolinha ou uma vírgula, é infantil, não escuta o outro e acha que tem sempre razão”, diz Célia.

A especialista também explica que a letra M, quando escrita de forma desenhada, quase como um coração, demonstra um amor mais seguro, tranquilo e sólido. Consoantes que começam com lancinhos, refletem carinho e dedicação ao relacionamento. Quando a escrita é mais arredondada, a comunicação é mais fácil entre as partes. A assinatura completa, com nome e sobrenome, indica pessoas abertas para encontrar a cara metade. Quando a frase “eu te amo” tem um ou mais pontos de exclamação no final, quer dizer que a pessoa demonstra o que realmente sente e é verdadeira na afirmação.

Para mais informações sobre grafologia, acesse o Instagram: institutoceliasiqueira_oficial.

Na estação Itaquera você conhecerá doença que atinge mais de 16 milhões de brasileiro

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O controle é essencial para detectar sinais desta doença

Radiografia da notícia

* ADJ Diabetes Brasil promove evento que conta com testes de glicemia gratuitos, questionário de avaliação de risco e orientações profissionais

* Agentes de saúde estarão na estação, entre 9h e 16h

Esse aumento pode acontecer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina

Os casos mais comuns são de diabetes tipo 1 e o tipo 2

Redação/Hourpress

No próximo dia 16, a estação Corinthians-Itaquera do metrô será palco do lançamento da campanha Diabetes no Alvo. Idealizada pela ADJ Diabetes Brasil, a iniciativa tem como objetivo conscientizar e sensibilizar os passageiros de uma das mais movimentadas estações de São Paulo sobre a importância de se realizar o teste de glicemia precocemente e evitar complicações causadas por um diagnóstico não conhecido do diabetes.

 

Agentes de saúde estarão na estação, entre 9h e 16h, realizando os testes de glicemia, a aferição de peso, altura e circunferência abdominal, a aplicação de questionário para avaliar o risco de desenvolver diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, além das primeiras orientações. A participação é gratuita e quem estiver passando por lá também poderá tirar fotos em um painel instagramável, com cunho educativo, disponibilizado no local.

 

“O evento visa conscientizar e levar o máximo de informações sobre esta condição que atinge mais de 16 milhões de brasileiros, fazendo do país o 5º no mundo com maior prevalência de diabetes. É uma iniciativa necessária, já que um em cada dois adultos no mundo não tem o diagnóstico, segundo o Atlas da Federação Internacional da Diabetes (IDF) de 2021”, afirmou Dr. Ronaldo Pineda Wieselberg, vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil e professor de Endocrinologia na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

 

A doença

O diabetes é uma condição crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue. Esse aumento pode acontecer devido a defeitos na secreção ou na ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, cuja principal função é favorecer a entrada da glicose nas células para gerar energia.

 

Os casos mais comuns são de diabetes tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 costuma acometer crianças e adolescentes e é considerado uma doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células beta e faz com que o pâncreas pare de produzir insulina. O tipo 2 é a forma mais comum da doença. Representa 90% dos casos e surge quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou até mesmo não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.

 

Um dos principais fatores de risco para se desenvolver diabetes tipo 2 é a obesidade, conforme explica o vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil: “Além da obesidade, existem outras condições a serem observadas, como a hereditariedade, a má alimentação, o sedentarismo e a pressão alta. Ao ser diagnosticada com diabetes, a pessoa precisa fazer algumas adaptações na rotina, especialmente no que diz respeito à alimentação e à prática de exercícios físicos”.

A Campanha Diabetes no Alvo será realizada em parceria com a Merck Brasil e conta com o apoio da Roche e do Metrô de São Paulo. Para participar, basta comparecer à linha Corinthians Itaquera, no dia 16, entre as 9h e às 16h.

 

Campanha Diabetes no Alvo

Endereço: Estação Corinthians Itaquera do metrô

Data: 16 de junho de 2023

Horário: das 9h às 16h

Participação gratuita


 




A música pode ser um bom investimento com a gestão correta

     Divulgação


Radiografia da notícia

* O mercado musical tem um grande potencial e aproveitá-lo pode ser um bom negócio para alcançar rendimentos inemagináveis

Na música é preciso ter em mente qual o roteiro para a carreira

* Todo artista deve trabalhar sua estratégia e possuir um bom planejamento

* Existem muitos mitos e dúvidas sobre passos certeiros que levam a uma carreira de sucesso

* Esse é um caminho ainda considerado alternativo, que tem atraído milhares de pessoas

Redação/Hourpress

Já sonhou em seguir carreira na música, seja para cantar ou tocar algum instrumento? Se você disse sim, já deve ter ouvido que o ramo da música não tem retorno fácil, precisa de sorte, e que é só para quem tem talento e dinheiro. Contudo, é preciso ficar atento a complexidade da indústria, porque ser bem-sucedido neste mercado depende de um conjunto de fatores interligados.

Existem muitos mitos e dúvidas sobre passos certeiros que levam a uma carreira de sucesso e gestão de carreira é um deles. A banda Malta, por exemplo, que depois do impacto enorme na sua primeira apresentação no reality show "Superstar", exibido na Rede Globo, garantiu a grande vitória e uma ascensão que dura anos após sua vitória, com a ajuda da gestão de carreiras. Hoje, a banda produz suas músicas pela MS Produções Artísticas, produtora de Curitiba.

Segundo o diretor-executivo da MS, Marcelo Scutti, possuir no seu time uma gestão é um investimento. “A gestão de carreira é uma necessidade para qualquer pessoa do ramo, sem isso não existe artista, com talento ou sem, que vá longe. Eu criei a MS com o intuito de trazer ao mercado da música uma produtora e gravadora de qualidade, mas sem a gestão o negócio não flui para o artista. Nós conhecemos o mercado e sabemos qual o melhor caminho para dar os melhores resultados, por isso oferecemos o serviço de gestão”, diz o empreendedor.

Todo artista deve trabalhar sua estratégia e possuir um bom planejamento. Isso vai direcioná-lo para alcançar sucesso.“Hoje o artista precisa ser multi, fazer coisas diferentes e estar em plataformas diversas para atrair um público fiel. Não tem como fazer tudo sozinho ou virará um processo doloroso. Por isso, a gestão é necessária, o artista foca em produzir e o resto seu time cuida, evitando perda de tempo e mirando perfeitamente o alvo. É o que eu sempre digo que um músico precisa: uma boa música, um bom plano de negócios e algum investimento”, diz Marcelo.

Esse é um caminho ainda considerado alternativo, que tem atraído milhares de pessoas ao redor de todo o mundo, muitas delas talentosas. Uma carreira musical é fruto de muito trabalho com as pessoas certas, independente da sorte ou habilidade. Afinal, o sucesso da carreira surge com comprometimento, planejamento e investimento.

Lula: ação conjunta é essencial para recuperar atrasos na alfabetização

     Ricardo Stuckert / PR

O ministro Camilo Santana (Educação), a primeira-dama, Janja Silva, o presidente Lula e a
pequena Maria Eduarda

Radiografia da notícia

* Presidente assina decreto que institui Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e diz que trabalho com estados e municípios foi determinante para formular a nova política

* Lula destacou a autonomia de estados e municípios para adotarem iniciativas compatíveis com as necessidades e realidades locais

* Ele lamentou os retrocessos na educação e a perda de qualidade do ensino público nos últimos anos

* O ministro Camilo Santana (Educação) detalhou as bases do compromisso, destacou o protagonismo de estados e municípios

Redação/Hourpress

Em cerimônia de lançamento do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada – que tem como objetivo assegurar que 100% das crianças estejam alfabetizadas ao fim do segundo ano do Ensino Fundamental e a recomposição das perdas de formação decorrentes da pandemia – o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da cooperação entre União, estados e municípios para assegurar que as crianças tenham direito à educação de qualidade e formação na idade adequada.
 

Segundo o presidente, o compromisso (conheça os detalhes) é uma aliança que une Governo Federal, governos estaduais e prefeituras em torno de ações que vão combater os retrocessos pelos quais a educação passou nos últimos anos e reverter o quadro de, hoje, mais de 50% das crianças que saem do ensino fundamental não dominarem habilidades de leitura e escrita.

 

“O compromisso não é uma ideia que o Ministério da Educação tirou do chapéu. Pelo contrário, foi construído após muito diálogo com especialistas e gestores dos estados. Nasceu da cooperação e, com a cooperação, sairá do papel e fará diferença nas salas de aula. Os governadores que aderirem ao compromisso, e tenho certeza de que todos os 27 farão isso, serão responsáveis por estabelecer, em conjunto com seus municípios, as políticas locais de alfabetização”, disse o presidente.
 

R$ 3 bilhões EM 4 ANOS - Lula destacou a autonomia de estados e municípios para adotarem iniciativas compatíveis com as necessidades e realidades locais e anunciou que o Governo Federal investirá cerca de R$ 3 bilhões no programa, sendo R$ 1,95 bilhão ainda neste ano mais R$ 550 milhões por ano entre 2024 e 2025. Os recursos serão destinados para ação como formação de professores e gestores, aquisição de materiais de ensino e melhoria da infraestrutura escolar.
 

Ele lamentou os retrocessos na educação e a perda de qualidade do ensino público nos últimos anos, por falhas do Estado, e disse que o Compromisso, cujo decreto de instituição foi assinado na cerimônia, representa uma virada de página.
 

“Estamos dando fim ao descaso e às disputas menores para nos concentrarmos no que realmente importa: as nossas crianças, que precisam, mais do que nunca, de adultos que lhe deem as mãos e a garantida proteção. Juntos, vamos garantir que 100% das crianças estejam alfabetizadas ao concluir o segundo ano do ensino fundamental”.


PROTEGER - Na cerimônia com presença de ministros, governadores, prefeitos, gestores escolares, professores e alunos, Lula lembrou as medidas já anunciadas para a Educação desde janeiro, e reafirmou que a educação é uma das prioridades do Governo Federal. “Não há nada mais importante que garantir que as crianças exerçam os seus direitos, inclusive o direito de serem alfabetizadas”.

Segundo o presidente, quando o poder público falha, é preciso dar as mãos aos pequenos que não sabem se defender, proteger os seus direitos e o seu futuro. “É exatamente esse o sentido do Compromisso Nacional da Criança Alfabetizada”, declarou.
 

O ministro Camilo Santana (Educação) detalhou as bases do compromisso, destacou o protagonismo de estados e municípios, que serão partes fundamentais do pilar gestão e governança do compromisso, com coordenações locais e regionais. “Essa política só tem sucesso e resultado se tiver participação dos três entes federados e da sociedade”.

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Em relacionamento emocional você é dependente emocional?

 Permanecer em relacionamentos insatisfatórios devido ao medo da solidão pode ter efeitos psicológicos prejudiciais

Cuidar da saúde mental é o caminho

Sinais comuns, como baixa autoestima, insegurança, medo

Ela explica que, se essas experiências foram marcadas por desamparo e baixa autoestima

Divulgação
É um problema preocupante que impede o estabelecimento de relações saudáveis


Redação/Hourpress

"Eu não vivo sem você." Uma frase comum e frequentemente dita em relacionamentos amorosos pode ser um sinal de dependência emocional. A dependência emocional, muitas vezes mascarada como carinho e cuidado, é um problema preocupante que impede o estabelecimento de relações saudáveis. Áurea Chagas, professora de Psicologia do CEUB, faz um alerta sobre os sinais e sintomas desse problema psicológico-afetivo, e explica as possíveis causas e abordagens terapêuticas eficazes para superá-lo.

Sinais comuns, como baixa autoestima, insegurança, medo, necessidade de controle sobre o outro, choro fácil, distúrbios do sono e da concentração, baixa tolerância à frustração, dificuldade para ficar sozinho, dificuldade em tomar decisões e fazer escolhas, são indícios de um parceiro que desenvolve um comportamento dependente. De acordo com a psicóloga, a dependência emocional é uma condição psíquica que se desenvolve ao longo da vida de uma pessoa e pode ser acompanhada por uma série de sintomas.

Segundo a especialista, a dependência emocional pode afetar negativamente a saúde mental e emocional dos indivíduos que se relacionam, pois eles tendem a se concentrar excessivamente em suas próprias necessidades de atenção e aceitação. Ela explica que a pessoa pode desenvolver quadros de depressão, ansiedade, fobias e até sintomas físicos, como dores crônicas. "Isso dificulta a compreensão da subjetividade do outro como um indivíduo autônomo, levando a exigências constantes para reafirmar o amor do parceiro. Essa dinâmica prejudica a qualidade do relacionamento e pode causar sofrimento para ambos os parceiros", destacou.

Crucial

Quanto às causas veladas da dependência emocional e do medo da solidão, Áurea ressalta que o ambiente inicial dessa pessoa quando criança desempenha um papel crucial. A docente do CEUB revela que se a criança não recebe cuidado emocional adequado durante seu desenvolvimento, ela pode crescer sentindo-se desvalorizada e não reconhecida.

"Esses sentimentos de desvalorização podem se manifestar na vida adulta como dependência emocional, tornando a solidão uma experiência aflitiva. A falta de recursos psíquicos para lidar com as emoções e os próprios desejos contribui para essa dificuldade em ficar sozinho", explicou a psicóloga.

De acordo com a especialista, as pessoas que desenvolvem dependência emocional, inconscientemente, podem repetir padrões de relacionamento baseados em suas primeiras experiências de amor, também na infância. Ela explica que, se essas experiências foram marcadas por desamparo e baixa autoestima, é comum que busquem parceiros que de alguma forma reproduzam essas dinâmicas. "A repetição desses padrões geralmente leva a relacionamentos insatisfatórios e até abusivos", revelou.
Sou dependente emocional. E agora?

Pessoa

Cuidar da saúde mental é o caminho. Dentre algumas das estratégias terapêuticas eficazes para superar a dependência emocional, a especialista destaca a importância do reconhecimento da necessidade de auxílio profissional. Ela ressalta que, nestes casos, o autoconhecimento é fundamental nesse processo, permitindo que a pessoa identifique os fatores que contribuem para sua dependência emocional. Para o tratamento, a professora afirma que várias abordagens psicológicas podem auxiliar nesse processo, desde que se busque ajuda com um profissional qualificado e com o qual a pessoa se sinta confortável para discutir suas dificuldades.

No enfrentamento ao medo de estar sozinho em meio à pressão para ter um relacionamento no Dia dos Namorados, Áurea Chagas ressalta que o amor próprio e o bem-estar individual são as únicas coisas que importam. "O fator primordial é sentir-se bem consigo mesmo antes de entrar em um relacionamento. Se necessário, buscar ajuda profissional pode ser um passo importante para a construção desse amor próprio".

Áurea destaca que algumas atividades ajudam no processo de exercitar a autoestima e a autoconfiança no enfrentamento e tratamento da dependência emocional. Ela sugere que cada indivíduo encontre prazer em atividades que aprecie, como viajar, ler, estudar, nadar ou desafiar-se em novas habilidades.

Saudável

Para manter a saúde mental em dia, a docente garante que construir uma vida satisfatória é um processo individual, mas buscar ajuda profissional pode acelerar esse processo. "A dependência emocional é um desafio significativo, mas com o apoio adequado e a busca pelo autoconhecimento, é possível superá-la e desenvolver relacionamentos mais saudáveis e satisfatórios", finalizou.