Agora é oficial: o
STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a Receita Federal a checar os dados de
qualquer brasileiro, cujas finanças possam registrar sinais de lavagem de dinheiro
ou qualquer outro crime fiscal. A partir de agora, o Leão poderá olhar sua
conta corrente e obter as informações que necessitar.
Como o STF é a
instância máxima judicial no País, não tem para onde correr. Caso você seja
honesto e nunca procurou fugir das responsabilidades. Jamais usou a conta para
guardar dinheiro sujo, não precisa temer. Agora do contrário é melhor colocar
as barbas de molho.
Exemplo disso é o
enriquecimento ilícito. O suspeito tem rendimento salarial de R$ 3 mil e
ostenta padrão de alguém que fatura R$ 300 mil, inclusive com carro de luxo,
casa na praia, fazendas, apartamentos de cobertura e diversas viagens ao
Exterior.
Por causa de uma
minoria irresponsável a maioria pagará o pato. Os corruptos nunca esperavam que
esse dia fosse chegar. Apostaram que a Lava Jato seria fogo de palha. Agora o
negócio é sério. O aval do STF é a carta branca que a Receita Federal aguardava
para combater a sonegação.
A tecnologia avançou
e começa a prejudicar o homem. Exemplo disto é a dependência dos telefones
celulares. Até no banheiro ele está presente, na hora de tomar banho, na mesa
do café, almoço, jantar e pasmem que alguns casais não o abandonam na hora do
relacionamento sexual.
É deselegante
almoçar com alguém que não larga o celular nem para colocar a comida na boca.
Você ali, esperando manter um diálogo, os dedos dela ou dele escorregando no
aparelho para responder às mensagens recebidas das redes sociais ou qualquer
outro aplicativo.
Diversos casais já
viraram pauta de jornais e televisão pelo uso excessivo dos celulares. Maridos
que não suportam mais esposas escravas deste pequeno aparelho em algo parecido
com dependência química. Qual explicação para uma pessoa que toma banho ouvindo
aplicativos deste aparelho?
Em vez de o
adultério tomar o lugar na destruição de casamentos, é o celular que assume
este posto. A partir do momento em que um telefone ganha mais importância do
que um marido ou esposa, o relacionamento entrou na perigosa zona amarela de
que o fim se aproxima rapidamente, igual mensagem do WhatsApp...
Onde estavam, em 16 de fevereiro de 1976, o
chefe do DOI/Codi, Audir Santos Maciel; o tenente Tamotu Nakao, o delegado
Edevarde José, os carcereiros Alfredo Umeda e Antonio José Nocete, além de
Ernesto Eleutério e José Antônio de Mello? Todos, sem exceção, participavam da
morte, sob tortura, do metalúrgico Manoel Fiel Filho. O delegado Edevarde José
e o tenente da PM, Tamotu Nakao, foram os responsáveis diretos pela execução de
Manoel Fiel Filho naquele final de semana fatídico.
Preso
ao meio-dia de 16 de fevereiro daquele ano, às 13 horas do sábado, o
metalúrgico não resistiu aos maus tratos e morreu. O crime cometido pela vítima
era receber exemplares do jornal Voz Operária, publicado pelo PCB (Partido
Comunista Brasileiro). Passados 40 anos, todos os envolvidos citados acima
continuam livres. Sequer perderam os cargos que exerciam, muito menos
aposentadoria, obtida com derramamento de sangue dos opositores do regime
militar que tomou o poder no golpe de estado de 1964.
Atualmente, Tamotu Nakao, com 82 anos,
encarregado de indicar qual a melhor tortura para o preso confessar, e o
delegado de Polícia Edevarde José, 85 anos, posam de bons velhinhos. São dois
facínoras. Caso o Brasil fosse um país sérios, estariam atrás das grades, como
já ocorreu na Argentina, Uruguai e Chile, países que passaram por ditaduras nas
décadas de 1970 e 1980.
Que a
morte de Manoel Fiel Filho sirva de alerta aos críticos da democracia. A
maioria dos governos comete erros e cabe aos eleitores, por meio do voto,
retiraram o seu mandato. Não é apelando a facínoras como o tenente da reserva,
Tamotu Nakao, e ao delegado Adevarde José, que a situação política se
normalize. Este passado tenebroso deve cair no esquecimento para sempre.
Torcida corintiana resolveu criticar entidades corruptas do nosso futebol
Luís Alberto Alves
Gostei da postura da
torcida Gaviões da Fiel no jogo de ontem (14) quando exibiu faixas de protesto
contra os corruptos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), da FPF
(Federação Paulista de Futebol) e exigindo investigações contra os envolvidos
no roubo de merenda em São Paulo.
Curioso é o que o
juiz da partida entre Corinthians e São Paulo mandou a polícia retirar as
faixas. Por acaso a Constituição não informa que é livre o direito de
protestar, desde que não seja por motivos racistas, xenófobos machistas?
Qual razão para
blindar este tipo de manifestação? Por acaso nossas entidades futebolísticas é
um olimpo de honestidade? Demorou muito para os torcedores perceberem que é
preciso despertar político para questões que fogem do assunto futebol.
Muito bacana também
as críticas contra o monopólio da Rede Globo, que às vezes coloca jogos às 22
horas, para não bater de frente com lixo de seus produtos exibidos neste horário.
Espero que essa ação não acabe tão rápido como chuva de Verão.
Para algumas pessoas se apaga a luz do túnel da vida
Luís Alberto Alves
Muitos anos atrás entrevistei um morador de rua. Apesar da
violência e sofrimento provocado pelo tempo ainda tinha boa fisionomia. Percebi
que se articulava bem. Não falava errado. Era conciso nas palavras. Após algum
tempo perguntei qual o motivo para estar fazendo da rua sua casa. Os olhos
marejaram. Colocou as mãos no queixo e começou a descrever o motivo responsável
para deixá-lo naquela situação.
Segundo ele, na primeira metade da década de 1970 ajudou a
desenvolver o programa usado pelo Metrô de SP na sua então única linha, a
Norte/Sul, para controle dos trens. Engenheiro eletrônico, ganhou muito
dinheiro e status. Viajava sempre ao lado da esposa e três filhos. A vida
estava bela. Não tinha motivos para reclamação ou mesmo fazer qualquer tipo de
crítica. Assim continuou por algum tempo.
Num feriado prolongado viajou ao Interior de SP. Todos
juntos. Ali a vida dele iria mudar para sempre. O carro se envolveu em
acidente, provocando a morte da esposa e dos filhos. Ferido gravemente não
conseguiu assistir ao enterro dos seus
familiares. O choque foi grande. Continuou no Metrô de SP, mas para esquecer a
tristeza e sufocar a saudade mergulhou fundo no alcoolismo. Pouco tempo depois
perdeu o emprego.
Passado mais de 15 anos não sei o que aconteceu com esse
morador de rua. Porém lembrei-me dessa história para mostrar que mudanças
bruscas podem acontecer na vida. Sem preparo espiritual, principalmente da
parte de Deus, é difícil continuar de pé. Ninguém está isento de passar por
algo trágico. Portanto quando olhar para um mendigo, primeiro tente entender o
motivo de ele estar ali. Não julgue antes de conhecer aquela situação.
O médico e pesquisador Plínio Santos Filho apresentou denúncia ao Ministério Público Federal de Pernambuco
Luís Alberto
Alves
Quanto à disseminação em massa da microcefalia, após ler a
denúncia ao Ministério Público Federal, feita pelo médico e pesquisador Plínio
Santos Filho faço alguns questionamentos: 1) Se o Zika Vírus foi descoberto no
final da década de 1940 por um cientista em Israel, por que só agora ocorreu o
estouro dessa doença? 2) Por que só atinge mulheres grávidas, que agora estaria
transmitindo a moléstia via relações sexuais e até pelo beijo?
3) Qual a razão de o ministério da Saúde começar a
desclassificar a denúncia do médico Plínio Santos Filhos, antes mesmo de o
Ministério Público Federal decidir se acata a denúncia? 4) Qual a razão para
início de uma operação abafa, visando classificar o alerta do médico de boato,
sem qualquer argumento para contrapor aos argumentos feitos por ele?
5) Qual a razão para o Ministério da Saúde não disponibilizar
a carteira de vacinação das mães de bebês com microcefalia para comprovar ou
não sua teoria? 6) Por que o Ministério da Saúde não analisa as denúncias feitas
pelo médico Plínio Santos de forma clara, sem qualquer tipo de sofisma, como é
marca da maioria dos governos, como na época da ditadura militar abafando a
epidemia de meningite na primeira metade de 1970.
7) Caso realmente
seja boato, e o médico Plínio Santos esteja interessado apenas nos 5 minutos de
fama, que a maioria das pessoas almeja, principalmente nas redes sociais, que o
governo e entidades médicas respeitadas pelos estudos nesta área apresentem
argumentos sérios e acabe com a polêmica. Do contrário continuará pairando no
ar algo estranho, de que o governo esconde assunto sério a respeito do Zika
Vírus, talvez por interesses financeiros.
No jornalismo de boa qualidade (algo raro atualmente,
principalmente na Rede Globo e revista Veja, por exemplo), não aquele baseado
no famoso Ctrl C e Ctrl V, aprendi com diversos repórteres competentes, com os
quais trabalhei nestes 30 de profissão, que tudo deve ser investigado. Bom
repórter nunca deve confiar cegamente em respostas de órgãos governamentais. É
interessante ouvir diversas fontes, para tirar todas as dúvidas.
Caso o médico Plínio
Santos seja um charlatão ou interessado apenas em promoção pessoal, é preciso
checar sua trajetória no campo da Medicina e confirmar se realmente ele tem
todos os títulos que apresenta. Por outro lado o governo não pode continuar
apostando na tese do boato. É caso sério de saúde e o assunto não pode ser
tratado de forma amadora.
Esse blog aguarda respostas dos questionamentos feitos no
início deste texto, tanto por parte do Ministério da Saúde quando do Ministério
Público Federal de Pernambuco. Se essa denúncia for ignorada e continuar este
triste jogo de empurra, confirma que a saúde no Brasil já saiu da UTI (Unidade
de Terapia Intensiva) e desceu para o necrotério para o trabalho de autópsia.
Hoje (10) acabou a
folia do carnaval. Não existe mais motivo para empurrar mais para frente, compromissos
que deveriam ser honrados desde o início do ano. No Congresso Nacional vai
continuar a masturbação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a
novela da cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
Diversos empresários
de pequeno porte terão de honrar na próxima segunda-feira (15) o vale ou
adiantamento de parte dos salários dos funcionários. Muitos não sabem de onde
vão tirar dinheiro, por causa da grave crise econômica que tortura o Brasil
desde o final de 2014.
Há décadas o País
adota este comportamento danoso: só funcionar após o carnaval. Os diversos
presidentes e ditadores que já passaram por Brasília e até mesmo na época de
Rio de Janeiro, sede do poder do governo federal, nunca moveram uma palha para
mudar esse péssimo hábito.
Agora não há
desculpa. É preciso colocar a mão na massa e trabalhar de verdade. É inadmissível
perdermos mais um ano, como ocorreu com 2015. Os políticos, de oposição e
situação, precisam parar de brincadeira e pensar nesta triste nação, tão
maltratada. Do contrário o caldeirão explodirá. Afinal de contas temos 10
milhões de desempregados. O rastilho de
pólvora está no chão, só falta a faísca para acender...
Numa Ditadura Militar não é possível se manifestar
Luís Alberto Alves
Nos
últimos meses virou moda bater panela, xingar governantes, principalmente a
presidente Dilma Rousseff (PT), e se tornar o dono da verdade. Ninguém presta
no Brasil, só quem vai às ruas criticar a atual política financeira que jogou o
País numa gigantesca crise, onde não faltam motivos para reclamar.
A
democracia assegura o direito de colocar a boca no trombone. É bom que continue
assim. Afinal de contas, os políticos não gostam de ouvir reivindicações.
Tratam os eleitores como cidadãos de segunda classe, após ganhar sinal verde
para exercer outro mandato.
O
grande problema é que desonestos exigem honestidade do próximo, quando eles
mesmos estão no mesmo patamar do erro. É o caso de pessoas que estacionam em
vagas de idosos, deficientes; forjam despesas para escapar do pente fino do
Imposto de Renda, subornam policiais para escapar de multas, criticam
professores quando repreendem alunos sem educação e etc.
São
os hipócritas de plantão. Só enxergam erros na vida dos outros, mesmo quando
estão mergulhados na lama do erro. Julgam-se acima do bem e do mal, quando a
realidade prova o contrário. É essa minoria, sem nenhum caráter, que joga
veneno nas redes sociais, pregando retorno da ditadura militar, sem qualquer
conhecimento da palavra democracia.
A crise econômica é
matéria prima dos telejornais. Toda noite o apocalipse financeiro é anunciado.
O Brasil virou o pior local do mundo. Desemprego, miséria, violência, caos na
saúde pública e falências. Comentaristas contratados para elogiar banqueiros só
falam de desgraças.
O telespectador
hipnotizado imagina que o País entrou na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Por alguns momentos pensa que tudo acabou. O Negócio é ficar quieto dentro de
casa, almoçar de bico calado para não levantar a ira do patrão e perder o
trabalho.
Mas ai chega o
feriado prolongado, principalmente de Carnaval. Serão quase cinco dias de
descanso gastos na farra. O negócio é vestir fantasia de banqueiro e espantar o
baixo astral. Mas com rodoviárias e aeroportos superlotados, rodovias
congestionadas, é meio difícil saber onde está a crise.
Às vezes, a economia
brasileira é hipocondríaca. Existe dificuldade, mas ela é muito valorizada.
Parece que a intenção do mercado financeiro é que todos percam o gosto pela
vida. Fiquem dentro de casa chorando as pitangas e reclamando dos políticos.
Apesar de tudo, a fila continua andando...
Hoje é fevereiro. Faltam
11 meses para terminar mais um ano. Algumas pessoas vão cair na real na
quarta-feira de cinzas, após o término do Carnaval. Pode ser tarde para chegar
ao fim da corrida, em 31 de dezembro, numa boa posição.
O ser humano adora
reclamar, porém não é muito esforçado para resolver os problemas que aparecem
na sua vida. Gosta de reclamar. É pouco esforçado. Gosta de mordomias. Se
possível amaria receber o salário sem comparecer à empresa.
Felizmente o tempo é
rápido. Não espera ninguém. Prossegue na infinita marcha. É democrático. Trata
a todos com igualdade. Desconhece posição social, cor, sexo, preferência
política. Não olha para trás. O foco é o futuro sem nunca reduzir ou aumentar a
velocidade.
Pode parecer
besteira falar do tempo, numa semana que terminará no Carnaval. É duro o atleta
olímpico perder a medalha de ouro por causa de milésimos de segundo, ou o
médico lamentar a morte de alguém que chegou ao pronto-socorro segundos
atrasados, vítima de enfarto. Pense bem: ainda faltam 11 meses para não chorar
o leite derramado.