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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

17 de fevereiro de 1976: ditadura militar matava Manoel Fiel Filho




Luís Alberto Alves

Onde estavam, em 16 de fevereiro de 1976, o chefe do DOI/Codi, Audir Santos Maciel; o tenente Tamotu Nakao, o delegado Edevarde José, os carcereiros Alfredo Umeda e Antonio José Nocete, além de Ernesto Eleutério e José Antônio de Mello? Todos, sem exceção, participavam da morte, sob tortura, do metalúrgico Manoel Fiel Filho. O delegado Edevarde José e o tenente da PM, Tamotu Nakao, foram os responsáveis diretos pela execução de Manoel Fiel Filho naquele final de semana fatídico.

 Preso ao meio-dia de 16 de fevereiro daquele ano, às 13 horas do sábado, o metalúrgico não resistiu aos maus tratos e morreu. O crime cometido pela vítima era receber exemplares do jornal Voz Operária, publicado pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro). Passados 40 anos, todos os envolvidos citados acima continuam livres. Sequer perderam os cargos que exerciam, muito menos aposentadoria, obtida com derramamento de sangue dos opositores do regime militar que tomou o poder no golpe de estado de 1964.

Atualmente, Tamotu Nakao, com 82 anos, encarregado de indicar qual a melhor tortura para o preso confessar, e o delegado de Polícia Edevarde José, 85 anos, posam de bons velhinhos. São dois facínoras. Caso o Brasil fosse um país sérios, estariam atrás das grades, como já ocorreu na Argentina, Uruguai e Chile, países que passaram por ditaduras nas décadas de 1970 e 1980.

 Que a morte de Manoel Fiel Filho sirva de alerta aos críticos da democracia. A maioria dos governos comete erros e cabe aos eleitores, por meio do voto, retiraram o seu mandato. Não é apelando a facínoras como o tenente da reserva, Tamotu Nakao, e ao delegado Adevarde José, que a situação política se normalize. Este passado tenebroso deve cair no esquecimento para sempre.


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