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A Ineficiência do Gasto Público

    Pixabay Radiografia da Notícia *  Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado *  Logicamente num regi...

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Filho é igual jornal: se faz para o mundo




Empresa nenhum faz jornal para guardar em sua própria casa

Luís Alberto Alves

 Todo pai ou mãe é protecionista em relação aos filhos. Se pudesse não os deixariam andar sozinhos. Caso das meninas é mais sensível. Os interessados nunca ganham terreno facilmente. Por mais bonzinho, a suspeita prevalece. Lógico, que em época de Aids, tudo cuidado é pouco.

 A violência é outro tormento. Adolescente gosta de festa. Chovendo ou fazendo frio, eles desejam aproveitar o final de semana. Por falta de experiência, desprezam o perigo. Acreditam num mundo bom, onde não existem pessoas ruins.

 Para os pais sobra a bucha de conviver ao lado de alguém despreocupado com as pessoas do mal. Muitos casais não perceberam ainda que filho é igual jornal: você faz para o mundo. Pode demorar, mas chega o dia em que eles batem as asas.

 Ao contrário de alguns países europeus e dos Estados Unidos, no Brasil os filhos ficam dentro de casa até mais de 25 anos. Outros casam e continuam embaixo da sombra dos velhos. Poucos ousam colocar os pés na estrada rumo à conquista do seu espaço.

 Nessa hora aparece a superproteção. Não é bom blindar os filhos das más experiências. É interessante repassar várias informações. Mostrar como agir com os desonestos. Desconfiar, porém sem cair na neurose de considerar todo o mundo inimigo.

 A própria vida vai encarregar de mostrar os caminhos do amadurecimento. Principalmente após a primeira decepção amorosa. Quando achamos que o nosso mundo caiu e nada mais vale a pena. Até encontrarmos a cara metade e tudo muda rapidamente.


 Determinadas situações existem para acelerar o nosso crescimento. Quando alguém vive encastelado sem qualquer contato exterior, pode virar presa fácil quando resolver colocar a cara para fora da caverna. Devemos proteger nossos filhos, porém de forma saudável, mostrando que na vida sofrer decepções faz parte do crescimento.

Leão confirma: fraudes no futebol brasileiro atingem R$ 4 bilhões


Leão ficou nervoso com calote de R$ 4 bilhões


Luís Alberto Alves

 Na minha época de editor-chefe no jornal paulistano Metrô News, de 2008 a 2010, estava arquitetando uma reportagem sobre suspeita de lavagem de dinheiro no futebol brasileiro. Algo que exigia muito fôlego. Não pude concretizar o sonho, porque em fevereiro de 2010 sai daquela empresa.

 É comum nas redações discutirmos vários assuntos e deles saem boas matérias. A pauta sobre maracutaia neste esporte, que é a paixão do brasileiro, surgiu nessa conversa. A boa marca do bom jornalista é questionar. Nunca aceitar de bate - pronto qualquer desculpa esfarrapada.

 Sempre desconfiei das transações milionárias. O craque, às vezes nem é grande talento, é vendido para times do Exterior por fábulas e após algum tempo retorna ao Brasil, como ocorreu com o atacante André, companheiro de Neymar no Santos. Comercializado com time de futebol da Ucrânia, menos de um ano depois, estava de volta ao Brasil até permanecer encostado no Atlético Mineiro.

 Exemplos não faltam. O curioso dessa história são os clubes. Vendem tantos atletas e continuam na miséria. Como se explica essa anomalia? O Santos ganhou milhões na transação de Neymar com o Barcelona e prossegue de pires na mãos. Para onde foi o dinheiro?

 O Corinthians já passou para frente diversos atletas para o Exterior e quase teve o ex-presidente Andres Sanchez preso por causa de dívida de R$ 21 milhões com a Receita Federal. Exemplos não faltam. A mesma rotina é aplicada em outros times da América Latina e Europa.

 Não podemos menosprezar a inteligência do crime organizado. A partir do momento em que a Receita Federal detectou que empresas ligadas ao futebol brasileiro estariam burlando o Leão, podem ter certeza que o buraco é mais embaixo.


 Neste mundo podre onde imperam cartolas desonestos, a malandragem é algo comum. Confiantes na impunidade de nossas autoridades muitos insistem nas práticas ilícitas para ganhar dinheiro fácil. Este motivo explica porque muitos deles persistem em disputar a presidência de grandes clubes. Por caridade ninguém aceitaria engolir sapo de torcedor mal educado. Tudo converge para criminalidade. O futuro dirá se estou errado.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

FBI dá lição na justiça brasileira



Justiça brasileira deveria imitar o FBI

Luís Alberto Alves

 O brasileiro gosta de imitar tudo que acontece no Exterior, principalmente nos Estados Unidos. Basta conferir a programação das emissoras de televisão. A maioria dos quatros é cópia do que acontece lá fora. Até no jornalismo é importado o modelo americano ou europeu. Não é errado se espelhar em algo bom para fazer outro melhor.

 Porém no quesito Justiça, o assunto muda de figura. Somos o país da impunidade, onde raras vezes alguém rico é condenado e cumpre pena. Escorados na muleta chamada brecha judicial, os endinheirados escritórios de advocacia conseguem protelar o caso até chegar à prescrição.

 O STF (Supremo Tribunal Federal) é pai e mãe dos poderosos corruptos ou ladrões que colocaram as mãos em milhões e continuam livres. Se for político, é muito difícil sentar nos bancos dos réus. O “honesto” deputado Paulo Maluf (PP/SP) é exemplo disso. Procurado em mais de 180 países pela Interpol, anda livremente no Brasil, sem a nossa polícia poder colocar as algemas nele.

 No caso da cartolagem bandida da Fifa, com sete deles presos na Suíça pelo Ministério Público daquele país e ajuda do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos), algum deles acabaria detido no Brasil? O capo José Maria Marin, bajulador da Ditadura Militar, ex-governador de São Paulo e ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), não sentiria o peso da justiça.

 Logo os ministros do STF liberariam habeas corpus, colocariam o caso em segredo de justiça e ninguém tiraria o seu sossego até o caso cair no esquecimento. O mesmo ocorreria com empresário de comunicação J.Hawilla, que de repórter esportivo na década de 1970 virou dono da Traffic Group, responsável pela negociação de diversos campeonatos no Brasil e América Latina, inclusive da Copa Libertadores da América.

Aliás, Hawilla é famoso por escrever reportagem mentirosa contra Rivelino, após a perda do título de campeão paulista em 1974, o acusando de pipoqueiro. Fez a cabeça da torcida do Corinthians e o craque acabou escorraçado do Parque São Jorge. Entrou no Fluminense e ganhou vários títulos. Quase 30 anos depois, num evento cheio de mafiosos da CBF, ele pediu desculpas a Rivelino do erro cometido.


 O FBI dá grande lição ao Judiciário brasileiro, mostrando que ninguém pode ficar acima da Lei. Ela deve ser igual para todos. Apesar dos erros cometidos pelos Estados Unidos em apoiar ditaduras em várias regiões do mundo, ninguém podem acusá-los de proteger poderosos. Aliás, naquele país não existe cartel de veículos de comunicação. A toda poderosa CNN, maior emissora de televisão do mundo, não pode ser dona de rádios, revistas e jornais, como ocorre no Brasil, por exemplo, com a Rede Globo. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Ex-presidente da CBF poderá pegar 20 anos de prisão




Marin corre risco de pegar 20 anos de cadeia

Luís Alberto Alves

Essa é a notícia que você imagina ser delírio ou mesmo sonho: todo poderoso ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin, ser preso pelo FBI (polícia federal dos Estados Unidos) na Suíça e correr o risco de pegar 20 anos de cana, mesmo aos 83 anos, regra ignorada no Brasil, onde após os 70 anos a Justiça livra qualquer pilantra de tomar chá de canequinha e  banho frio na cadeia.

Ele e outros seis cartolas são acusados de cometer diversas irregularidades em contratos de torneios esportivos na América do Sul e Central. Do total de 14 réus, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos os acusam de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro entre outros delitos.

 A investigação aponta suborno de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) em questões ligadas a transmissão de jogos e direitos de marketing do futebol na América do Sul e Estados Unidos. O esquema fraudulento existe desde a década de 1990.

 A sujeira é tão grande que envolve recebimento de propinas por autoridades do futebol vindas de executivos de marketing, em conexão com a comercialização de direitos de imagem e marketing de várias partidas e campeonatos, incluindo eliminatórias da Concacaf, a Copa Ouro da Concacaf, a Liga dos Campeões da Concacaf, a Copa América da Conmebol, a Copa Libertadores da Conmebol e a Copa Brasil, organizada pela CBF.

 Como castigo tarda, mas não falha, a cartolagem da Américas imaginou que nunca o esquema seria descoberto abusaram da sorte. No Brasil a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Nike foi enterrada para bancada da bola na Câmara dos Deputados. Até um livro descrevendo as falcatruas dessa empresa de artigos esportivos num contrato milionário com a CBF acabou censurado.

 Mas agora o negócio estourou na Justiça Norte-Americana onde não existe nenhum “Gilmar Mendes” para livrar poderosos da prisão. Sendo pessimista, a maioria desses cartolas vai precisar comprar vários frascos de Lexotan e se acostumar a usar macacão cor de abóbora. Se fosse no Brasil, o caso sofreria asfixia e logo cairia no esquecimento.


terça-feira, 19 de maio de 2015

Maracutaia na convocação da Seleção Brasileira






Luís Alberto Alves

 A matéria publicada pelo colega de profissão Jamil Chade, no jornal O Estado de S.Paulo, recentemente, mostra os bastidores das convocações da Seleção Brasileira. Pura maracutaia. Os atletas servem de isca para empresas de marketing esportivo ganhar fortunas. Claro com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) retirando sua porcentagem.
Dicá da Ponte Preta

 Como já passei dos 50 anos, deixei de crer em Papai Noel, Fada Madrinha, Duendes, Cristais, Pirâmides e outras besteiras. Aos 18 anos vibrava e ficava nervoso com o time do Brasil saindo invicto da Copa do Mundo da Argentina, em 1978, sem ganhar o campeonato. Discutia no trabalho, no portão de casa e dentro do ônibus.

 Naquela época questionava por que determinados jogadores não eram convocados, mesmo “fazendo chover”. Cito o caso do meio campista Dicá, da Ponte Preta, de Campinas. Artista nos lançamento de longa distância e mestre na cobrança de faltas. Sempre era ignorado nas convocações.

 Lembro do ponta-esquerda Nei do Palmeiras, na década de 1970 e início da de 1980. Só vestiu a camiseta amarela da Seleção, uma vez, em amistoso disputado no Maracanã. Era bom. Driblava como poucos. E o que dizer do divino Ademir da Guia. Foi para a Copa da Alemanha e só jogou o segundo tempo de Brasil e Polônia. Nunca mais apareceu na seleção.

 Lembro do camisa 8 do Cruzeiro de Belo Horizonte, Zé Carlos, que ajudou o Guarani de Campinas a conquistar o Campeonato  Brasileiro de 1978. Era um maestro em campo. Ignorado nas convocações. Durante muitos anos nenhum craque de times do Norte e Nordeste sentiu o sabor de vestir a camiseta verde e amarela do Brasil.

  Longe do jornalismo, onde entrei em 1985, desconhecia os bastidores desse mundo podre do futebol. Ali não prevalece a técnica, mas os interesses de dirigentes ávidos por dinheiro. Craques só para servirem de entrada para venda ao Exterior. Seleção é vitrine, semelhante à de açougue, onde o consumidor aprecia a carne que levará para casa.
Nei, ponta esquerda do Palmeiras, em amistoso do Brasil

 Como suspeitava, convocação do time do Brasil é jogo de carta marcada. Interessa o atleta que renderá dinheiro, e muito, às empresas de marketing esportivo, empresários e cartolas. A emoção do drible ou falta bem cobrada é algo do passado. O presente requer atletas que funcionem, desculpe o trocadilho, igual garota de programa: atraia muita atenção e dinheiro para outros bolsos.


 Infelizmente deixei de ver o futebol com romantismo. Desconfiava há muito tempo de o porquê grandes jogadores ficarem longe da Seleção Brasileira. Agora confirmei minhas suspeitas. Eles eram craques, mas foram azarados de encontrar dirigentes de caráter duvidoso como obstáculos em suas carreiras.

Ressaca pós-maratona





O autor deste blog na maratona 2015 disputada em São Paulo em 17 de maio 

Luís Alberto Alves

 Só quem disputou uma maratona vai compreender perfeitamente essas linhas escritas. É o desafio contra o próprio corpo. Correr vários quilômetros na academia, sobre o tapete da esteira não se compara com o asfalto onde os pés pisam durante as horas de prova.

 Ali você está ao lado de milhares de pessoas. A maratona 2015 teve 16 mil inscritos. A largada no Ibirapuera teve lentidão. Durante 10 minutos não havia condições de correr, apenas andar, às vezes até tropeçando nos pés de outros competidores.

 Perto da placa marcando 1 km foi possível começar a disputa para valer. Mesmo aquecido por causa do alongamento, o organismo ainda está frio. Com o passar do tempo e quilômetros começam a surgir às primeiras gotas de suor no rosto e restante do corpo.

  Aos poucos a multidão vai rareando, aparecem os primeiros clarões, desaparece o risco de esbarrar nas pernas do colega que corre ao lado ou diante de você. A garganta dá sinal de secura. As pernas ainda estão imunes ao cansaço.

 Após 12 quilômetros, muitos participantes percebem que foram emotivos ao fazer a inscrição nesta modalidade esportiva. Deveriam ter ficado em casa, assistindo pela televisão, o desempenho de vários atletas de academia ou de final de semana.

 Infelizmente muitos inscritos numa maratona são freqüentadores de parques públicos aos finais de semana, onde correm 2 quilômetros e depois de 30 minutos de pique acreditam ter ganhado preparo para correr pelo menos 25 quilômetros.
A sonhada medalha após várias horas de corrida

 O buraco é mais embaixo. Pelo menos três vezes semanalmente é preciso ralar quase duas horas, acompanhado de diversos exercícios de resistência e fortalecimento da musculatura, além de alimentação adequada.

É importante simular o desgaste de uma prova real. Correr mais de 18 quilômetros é recomendável, em boa velocidade, não apenas trotando. E claro marcando o tempo no relógio. Ficar distante de bebidas alcoólicas e cigarro, além de alimentação saudável.

 Esse é o segredo para não sair destruído de uma maratona, direto para o hospital a bordo da ambulância. Saber dosar o ritmo é outra estratégia importante. O corpo sente o ritmo pesado. Logo aparecem fisgadas na coxa, panturrilha ou virilha.

Neste caso não é aconselhável manter o pique. É hora de reduzir a potência, mas continuar em frente. Parar e sentar é assinar o cartão azul da corrida. O corpo vai esfriar e o desânimo vem velozmente. Acabou a prova.


 Para quem chegou ao fim, restará o cansaço, mesmo após muito preparo. Não somos máquina. A musculatura sentirá o desgaste do tempo de corrida, principalmente as pernas. É a ressaca pós-maratona. Reflexo do esforço gasto durante a competição. O melhor remédio é descansar. Dar refresco ao copo. Longe dos treinos.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Construtoras tentam melar projeto que corrige FGTS pelo índice da poupança







Do dinheiro movimentado pelo FGTS, juros baixos faz pequena quantia cair na conta do trabalhador

Luís Alberto Alves

 Trabalhador não é amado pela sorte.  Bastou aparecer no Congresso Nacional projeto de lei visando corrigir a remuneração do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) pelo índice da poupança para as construtoras se levantarem contrárias.

 Este dinheiro é aplicado em financiamento imobiliário. Atualmente 65% do que é captado pela caderneta de poupança é direcionado para ajudar na habitação. Como sempre acontece, os bancos pegam essa grana e utilizam nos Certificados de Recebíveis Imobiliários, conhecido como CRI no mercado.

 Por esse meio, o dinheiro da poupança, que deveria ser usado na construção de casas, também financia imóveis comerciais. Porém, a proposta do PL de corrigir a remuneração pelo índice da poupança vai colocar água no chope das construtoras.


 O lobby em Brasília é para dividir pela metade essa correção. Uma parte vai para os trabalhadores e outra ao mercado imobiliário. Ou seja, quando vinha algo para ajudar o FGTS render juros compatíveis com o suor derramado numa empresa, aparece outro lobisomem para sugar o sangue da classe que contribui para o progresso do País. 

terça-feira, 12 de maio de 2015

Urgente: PT articulou morte de Jesus Cristo

A morte de Jesus Cristo mudou o mundo


Luís Alberto Alves

 O sinédrio, que reunia os 70 anciões responsáveis pelo julgamento de ações contrárias ao judaísmo, não teve dúvida de pedir a cabeça de Jesus Cristo no ano 33 de nossa era. Suas idéias subversivas estavam contaminando parte da população. Principalmente a máxima de “amar o nosso próximo como a nós mesmos”, deixando em segundo plano o princípio de Talião, o famoso “olho por olho, dente por dente”.

 Não tenho subsídios para informar, pois o continente americano ainda não havia sido invadido pelos europeus, mas suspeito que o PT esteve por trás da crucifixão de Jesus Cristo. Segundo a direção do partido, o mestre não gostava de submeter-se às doutrinas do partido fundado por Lula.

 No quesito financeiro ousou divulgar que todo trabalhador precisa doar 10% do salário bruto, o dízimo, às igrejas. Para tanto pegou a Torá (livro religioso dos judeus, onde está o Velho Testamento da Bíblia) e mostrou o motivo de prestar solidariedade a Deus.

 A diretoria do PT ficou doida de raiva. Calcularam o estrago financeiro que essa medida poderia causar nas finanças da agremiação. Além do mais, Jesus Cristo fazia milagres a olho nu. Curava cegos, estancava hemorragias crônicas, multiplicava pães e peixes, sem qualquer recurso de mágica, curava paralisia e ressuscitava mortos.

 Não dava para competir com o filho de Deus. Principalmente se Ele tivesse a idéia de tentar obter algum cargo político por meio do voto direto. Conseguiu montar pequeno exército de 70 seguidores, a maioria párias da sociedade. Audacioso, recrutou um fiscal corrupto do governo, chamado Mateus e 12 pescadores, a maioria analfabeta.

 Impediu que uma prostituta fosse morta a pedradas, mas aconselhou que ela nunca mais vendesse o corpo a ninguém, inclusive aos idosos e falsos moralistas membros do Sinédrio (espécie de STF da época). Sem disparar nenhum tiro ou mesmo proferir discurso nervoso nas ruas, ganhou a simpatia do povo de Jerusalém e cidades vizinhas.

 Mas o PT não gosta de sombra, de pessoas honestas, que odeiam a corrupção. Usaram a rede interna de intriga do partido e começaram a fritar a reputação de Jesus Cristo. Procuram o Sinédrio e alertaram os seus membros do perigo oferecido a Israel, caso não fosse aplicado corretivo forte no mestre.

 Não contentes reforçaram o coro junto Pôncio Pilatos, homem de frente do governo romano e fiel ao imperador César. A trama perfeita, e o PT sabe como ninguém trabalhar neste sentido, haja vista o caso do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, até hoje mergulhado em profundo mistério.

 Em pouco tempo Jesus caiu nas garras dos romanos. Dali para frente logo chegaria à crucifixão. O PT acompanhou tudo de perto. Ajudou engrossar o coro junto ao Sinédrio de que o cadáver do mestre tinha sido seqüestrado pelos seus seguidores, visando desclassificar sua ressurreição.

 Dali em diante esteve envolvido em todas as principais tramas políticas e religiosas ocorridas após a morte de Jesus Cristo. Séculos depois articulou junto ao imperador Constantino que o governo romano adotasse o cristianismo. Depois influenciou Martinho Lutero a romper com o Vaticano, criando o protestantismo.

 Não contentes, na Grã-Bretanha incentivou várias pessoas embarcarem rumo ao novo mundo, na então América, para criar outra nação, que no futuro iria explorar vários países, inclusive na queda de presidentes eleitos democraticamente. Repetiu a dose em Portugal, enchendo a cabeça da dinastia Aviz, para pegar a escória, enfiar em caravelas na busca por novo país.

 Em todos os episódios sangrentos e corruptos ocorridos no mundo, o PT esteve por trás. Até chegar ao momento atual. Onde qualquer ato de ruindade é atribuído ao partido fundado por Lula e demais sindicalistas em 1980. É a sórdida campanha do ódio. Mesmo não sendo culpado, vai pagar a conta.

 É a imunda tática empregada pela elite, que desde o início da civilização, nunca se conformou em ficar longe do poder ou aceitou dividir a administração da nação com os desfavorecidos. Explorando o semi analfabetismo de grande parcela da população espalham factóides como se fossem verdadeiros. O objetivo é culpar o PT por toda desgraça existente na face da Terra, mesmo quando ele seja inocente.

 Adotam o discurso do chefe de propaganda nazista Joseph Goebels, de repetir a mesma mentira várias vezes até torná-la verdade.  Infelizmente esse recurso é empregado diariamente em qualquer ação política no Brasil. O PT não é santo, tem as mãos sujas por fazer coligações com o lado mais podre da política brasileira para chegar ao poder. Porém, é injusto atribuir a essa agremiação todas as mazelas existentes neste País atualmente.


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Mãe: fonte inesgotável de amor





Luís Alberto Alves

 Ônibus lotado, numa manhã chuvosa, ela sobe com o filho de dois anos no colo e a sacola de roupas, além da sua. Franzina segura na alça de ferro para não cair, após o motorista sair velozmente. Por alguns minutos a maioria dos passageiros homens finge não vê-la. Após várias sacudidas nas curvas e ruas esburacadas, consegue sentar.

 Já castigada pela idade e sofrimento, depois de quase 8 horas de viagens, a velhinha está no pátio do presídio da cidade de Presidente Prudente, cerca de 700 km de SP. Trouxe a comida solicitada pelo filho condenado a 80 anos de cadeia. Duas vezes ao mês repete o martírio de sair de casa na periferia, pegar o ônibus às 21h do sábado e chegar às 5h da madrugada em Prudente. Tudo para levar amor ao seu menino, que mesmo amaldiçoado pela Justiça, continua sendo o grande amor dela.

 A disposição para limpar casa de família não é a mesma de 20 anos atrás. Porém, como não nasceu em berço de ouro, é preciso enfrentar forno quente para assar bolo e salgados, além de cozinhar, lavar e passar. Separada do esposo, que a trocou por outra mais nova, após dez anos de casamento, esse é o recurso honesto para não deixar a fome e a miséria fixarem residência no lar.

 Trabalhar de garçonete não é tarefa fácil em qualquer bar ou restaurante. Mas quando se fica viúva antes dos 20 anos, com dois filhos para sustentar, é necessário ignorar as cantadas de fregueses sem caráter. Várias horas de pé, os braços e pés doendo, a cabeça latejando de tantas conversas sem pé e cabeça. Mesmo assim tudo é esquecido, quando chega em casa e recebe o abraço caloroso dos filhos e declaração de amor, inocente como toda criança faz.

 Mais cruel quando o recurso usado para espantar a fome da mesa é exercer a profissão mais antiga do mundo. Enfrentar homens drogados ou alcoolizados, de hálito podre, sugando o seio, na ânsia para sufocar a fome de prazer. O ritual é repetido há três anos, ao perceber que o mercado de trabalho fecha as portas para quem tem baixo nível escolar. Difícil é responder para a filha de seis anos o motivo de usar bastante maquiagem e perfume cada vez que sai de casa.


 Mas dor maior ficou reservada para aquela mulher amorosa, mãe de um dos maiores homens já visto nesta Terra. Por semear a paz, o amor e o Reino de Deus, acabou crucificado numa cruz. O coração partido ao visualizar a vida saída do seu ventre 33 anos atrás se torcendo e morrendo aos poucos. Inerte ela não pode fazer nada, apenas chorar e testemunhar que somente o amor de mãe é incomparável, difícil de explicar, porém sincero e eterno. 

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Empreiteiras deram quase R$ 80 milhões ao PT e PSDB



Nas eleições brasileiras, a honestidade é carta fora do baralho

Luís Alberto Alves

As empreiteiras integrantes do grupo investigado por formação de cartel e desvios na Petrobras deram em 2014, durante eleições gerais no Brasil, R$ 78 milhões ao PT e PSDB. É o que revela as prestações de contas de ambos os partidos, encaminhadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

 De forma racional, essas doações foram apenas por simpatias partidárias? As empresas tiraram esse dinheiro do bolso para contribuir para o debate político no Brasil, visando melhoria na qualidade de vida da população?

 Não! É puro interesse. Jogo do “toma-lá-dá-cá”. Tanto que investiram nas duas agremiações que chegariam ao final do jogo de eleger o próximo presidente da República, o dono da chave do cofre para liberar fortunas no formato de licitações de obras.

 No Brasil há muitos anos existe a troca de favores entre políticos e empresários. Os endinheirados ajudam na campanha e após a vitória, o troco virá no formato de participação nas construções públicas, geralmente superfaturadas.

 Nesse campo minado não existe santo. Todos estão contaminados com o desejo de continuar ganhando fortunas. No caso das empreiteiras, elas faturam bilhões há décadas. Sempre tiveram forte influência no Congresso Nacional, para silenciar qualquer tipo de ação que pudesse secar a fonte de dinheiro.


 Desta vez, o tiro saiu pela culatra. A prisão do doleiro Alberto Yousseff desmontou o castelo de cartas marcadas. Ele resolveu dar os nomes de todos os envolvidos. Escritórios renomados de advocacia tentaram destruir os argumentos da Operação Lava Jato. Mas os tempos são outros. O esgoto está escorrendo na calçada da Esplanada dos Ministérios e chegando ao Palácio do Planalto. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Nervosismo é o câncer das grandes cidades





Luís Alberto Alves

 Estamos numa sociedade mergulhada na barbárie. Hoje, a maioria da população paulistana virou barril de pólvora prestes a explodir. Poucos têm paciência com o próximo. Qualquer ação é objeto de violenta reação. Resultado disso tivemos no final de semana passada, quando o Insegurança de um estacionamento de uma loja de roupas, na cidade de Embu das Artes (SP) deu quatro tiros num consumidor, que acabara de sair do local.

 O motivo da morte: a bandeira do cartão de crédito dele não era aceita naquele estabelecimento comercial. Saiu à procura de caixa eletrônico e pagar pela estadia do carro. A fortuna de R$ 12,00. Estava acompanhado de três colegas. No retorno, o funcionário do local onde estava guardado o carro começou a discutir. Na troca de ofensas, quatro disparos ceifaram a vida de um jovem.

 Nas ruas e avenidas muitos motoristas deixaram a paciência em casa. Qualquer freada brusca é motivo para xingamentos e ameaças. Os motoboys, embalados pela velocidade excessiva, são mestres em chutar espelhos retrovisores, portas ou riscar a pintura do veículo, que ousou aguardar o vermelho do sinal.

 Fila de banco é outro local repleto de nervosismo. Basta o caixa demorar, para começar os comentários nervosos. Numa compra, o lojista é culpado por todos os problemas econômicos atravessados pelo Brasil. O consumidor reclama de tudo. Mas se esquece de que ninguém é obrigado a comprar nada. Tem livre arbítrio.

 Os jovens, principalmente adolescentes, com raras exceções, transformaram o lar onde moram em campo minado. Reclamam da comida, dos refrigerantes, sucos, roupas e calçados presenteados pelos pais. Enfim, tudo é motivo de crítica. Até dormir merece comentários furiosos. Gritam por qualquer problema. Numa idade onde não há motivos para tamanha carga de preocupação. Afinal são sustentados.

 O medo da demissão transformou o interior das empresas em hospício. Chefes carrascos pisam nos subalternos com prazer. Usam o argumento da crise econômica e passam a semear clima de terror. Patrões utilizam mesma estratégia para recusar reajuste salarial e terminam qualquer diálogo com o argumento de que vai cortar despesas e dentro delas postos de trabalho.

 Ser calmo atualmente é tarefa para poucos. O normal é tomar atitudes insanas. Chutar o pau da barraca por qualquer motivo. É partir para briga por motivos insignificantes. É jogar o carro sobre pedestre atravessando na faixa. É humilhar a caixa do supermercado , que por problemas de saúde no ombro e pulso, digita lentamente os valores das mercadorias. É fazer pouco caso da esposa ou esposo, porque um deles cometeu qualquer falha.

 Enfim, tudo é justificativa para gritos e palavrões. A paciência virou objeto raro na sociedade atual. O discurso belicoso está na ponta da língua de qualquer um. Para conter a violência, não faltam defensores da pena de morte. A repressão policial contra movimentos sociais é semelhante à adotada na Ditadura Militar de 1964. Agora a resolução dos problemas passa pela barbárie. Arrebentar, quebrar ou aniquilar parecem remédios para curar o mal dos dias de hoje: impaciência!



segunda-feira, 4 de maio de 2015

Auxílio-reclusão para familiares de vítimas



Detento ganha dinheiro na cadeia e familiares da vítima ficam na dificuldade

Luís Alberto Alves
Vejo com alegria a proposta em análise na Câmara dos Deputados alterando a Lei de Benefícios da Previdência Social (8.213/91) para destinar integralmente o valor do auxílio-reclusão à família da vítima nos casos de homicídio, tentado ou consumado, ou quando ocorrer seqüelas irreversíveis ou parciais à mesma.
 Hoje, o auxílio-reclusão é pago aos dependentes do trabalhador que contribui para a Previdência Social enquanto esse segurado estiver preso em regime fechado ou semi-aberto e não receber remuneração da empresa a qual trabalha. Assim a justiça estará completa. Familiares das vítimas merecem ser ressarcidas.
 Aliás, o Brasil trata criminosos como se fossem vítimas e essas últimas como condenadas. O bandido que tirou a vida de alguém, principalmente se for chefe de família, deve arcar com as despesas domésticas das pessoas que perderam o pai ou mãe.
 Cadeia não pode, jamais, parecer com hotel. Ali o detento precisa trabalhar e duro, para retirar o glamour de que roubar, traficar ou até matar seja algo bonito. O condenado precisa sentir na própria pele a besteira cometida
 Dentro das regras da Lei, não vejo barreiras para tirar a população carcerária, mais de meio milhão no Brasil, dessa letargia. Descontados os locais de péssimas acomodações, na maioria predomina benesses como: farto café da manhã, almoço e jantar. No final de semana visita íntima e acesso a drogas.
 Numa rotina dessas, qual criminoso vai tentar sair do caminho do ilícito? Ainda mais quando ganha auxílio-reclusão. O Congresso Nacional não pode continuar dormindo em questões tão sérias, as quais prejudicam a população.