Do dinheiro movimentado pelo FGTS, juros baixos faz pequena quantia cair na conta do trabalhador |
Luís
Alberto Alves
Trabalhador não é amado pela sorte. Bastou aparecer no Congresso Nacional projeto
de lei visando corrigir a remuneração do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço) pelo índice da poupança para as construtoras se levantarem contrárias.
Este dinheiro é aplicado em financiamento
imobiliário. Atualmente 65% do que é captado pela caderneta de poupança é
direcionado para ajudar na habitação. Como sempre acontece, os bancos pegam
essa grana e utilizam nos Certificados de Recebíveis Imobiliários, conhecido
como CRI no mercado.
Por esse meio, o dinheiro da poupança, que
deveria ser usado na construção de casas, também financia imóveis comerciais.
Porém, a proposta do PL de corrigir a remuneração pelo índice da poupança vai
colocar água no chope das construtoras.
O lobby em Brasília é para dividir pela metade
essa correção. Uma parte vai para os trabalhadores e outra ao mercado
imobiliário. Ou seja, quando vinha algo para ajudar o FGTS render juros
compatíveis com o suor derramado numa empresa, aparece outro lobisomem para
sugar o sangue da classe que contribui para o progresso do País.
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