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terça-feira, 19 de maio de 2015

Maracutaia na convocação da Seleção Brasileira






Luís Alberto Alves

 A matéria publicada pelo colega de profissão Jamil Chade, no jornal O Estado de S.Paulo, recentemente, mostra os bastidores das convocações da Seleção Brasileira. Pura maracutaia. Os atletas servem de isca para empresas de marketing esportivo ganhar fortunas. Claro com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) retirando sua porcentagem.
Dicá da Ponte Preta

 Como já passei dos 50 anos, deixei de crer em Papai Noel, Fada Madrinha, Duendes, Cristais, Pirâmides e outras besteiras. Aos 18 anos vibrava e ficava nervoso com o time do Brasil saindo invicto da Copa do Mundo da Argentina, em 1978, sem ganhar o campeonato. Discutia no trabalho, no portão de casa e dentro do ônibus.

 Naquela época questionava por que determinados jogadores não eram convocados, mesmo “fazendo chover”. Cito o caso do meio campista Dicá, da Ponte Preta, de Campinas. Artista nos lançamento de longa distância e mestre na cobrança de faltas. Sempre era ignorado nas convocações.

 Lembro do ponta-esquerda Nei do Palmeiras, na década de 1970 e início da de 1980. Só vestiu a camiseta amarela da Seleção, uma vez, em amistoso disputado no Maracanã. Era bom. Driblava como poucos. E o que dizer do divino Ademir da Guia. Foi para a Copa da Alemanha e só jogou o segundo tempo de Brasil e Polônia. Nunca mais apareceu na seleção.

 Lembro do camisa 8 do Cruzeiro de Belo Horizonte, Zé Carlos, que ajudou o Guarani de Campinas a conquistar o Campeonato  Brasileiro de 1978. Era um maestro em campo. Ignorado nas convocações. Durante muitos anos nenhum craque de times do Norte e Nordeste sentiu o sabor de vestir a camiseta verde e amarela do Brasil.

  Longe do jornalismo, onde entrei em 1985, desconhecia os bastidores desse mundo podre do futebol. Ali não prevalece a técnica, mas os interesses de dirigentes ávidos por dinheiro. Craques só para servirem de entrada para venda ao Exterior. Seleção é vitrine, semelhante à de açougue, onde o consumidor aprecia a carne que levará para casa.
Nei, ponta esquerda do Palmeiras, em amistoso do Brasil

 Como suspeitava, convocação do time do Brasil é jogo de carta marcada. Interessa o atleta que renderá dinheiro, e muito, às empresas de marketing esportivo, empresários e cartolas. A emoção do drible ou falta bem cobrada é algo do passado. O presente requer atletas que funcionem, desculpe o trocadilho, igual garota de programa: atraia muita atenção e dinheiro para outros bolsos.


 Infelizmente deixei de ver o futebol com romantismo. Desconfiava há muito tempo de o porquê grandes jogadores ficarem longe da Seleção Brasileira. Agora confirmei minhas suspeitas. Eles eram craques, mas foram azarados de encontrar dirigentes de caráter duvidoso como obstáculos em suas carreiras.

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