Empresa nenhum faz jornal para guardar em sua própria casa |
Luís
Alberto Alves
Todo pai ou mãe é protecionista em relação aos
filhos. Se pudesse não os deixariam andar sozinhos. Caso das meninas é mais
sensível. Os interessados nunca ganham terreno facilmente. Por mais bonzinho, a
suspeita prevalece. Lógico, que em época de Aids, tudo cuidado é pouco.
A violência é outro tormento. Adolescente
gosta de festa. Chovendo ou fazendo frio, eles desejam aproveitar o final de
semana. Por falta de experiência, desprezam o perigo. Acreditam num mundo bom,
onde não existem pessoas ruins.
Para os pais sobra a bucha de conviver ao lado
de alguém despreocupado com as pessoas do mal. Muitos casais não perceberam
ainda que filho é igual jornal: você faz para o mundo. Pode demorar, mas chega
o dia em que eles batem as asas.
Ao contrário de alguns países europeus e dos
Estados Unidos, no Brasil os filhos ficam dentro de casa até mais de 25 anos.
Outros casam e continuam embaixo da sombra dos velhos. Poucos ousam colocar os
pés na estrada rumo à conquista do seu espaço.
Nessa hora aparece a superproteção. Não é bom
blindar os filhos das más experiências. É interessante repassar várias
informações. Mostrar como agir com os desonestos. Desconfiar, porém sem cair na
neurose de considerar todo o mundo inimigo.
A própria vida vai encarregar de mostrar os
caminhos do amadurecimento. Principalmente após a primeira decepção amorosa.
Quando achamos que o nosso mundo caiu e nada mais vale a pena. Até encontrarmos
a cara metade e tudo muda rapidamente.
Determinadas situações existem para acelerar o
nosso crescimento. Quando alguém vive encastelado sem qualquer contato
exterior, pode virar presa fácil quando resolver colocar a cara para fora da
caverna. Devemos proteger nossos filhos, porém de forma saudável, mostrando que
na vida sofrer decepções faz parte do crescimento.
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