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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Crise atinge em cheio montadoras de automóveis



Crise faz pátio de montadoras ficarem superlotados

Luís Alberto Alves

 Para termos noção do tamanho da atual crise econômica brasileira, do total de 122,2 mil empregados das fábricas de veículos, aproximadamente 43 mil terão férias coletivas ou folgas neste mês de junho. Os períodos variam de uma semana a quase um mês. Só na Fiat serão 16 mil empregados em casa.

  O baque é tão grande que as montadoras pensam, através da Anfavea (associação dos fabricantes de automóveis) em conjunto com centrais sindicais, em obrigar o governo adotar rapidamente o Programa de Proteção ao Emprego, para ajudar evitar demissões. Neste programa, jornada e salários poderiam ser reduzidos em períodos de crise.

 Mas o problema é mais sério. Toda a cadeia produtiva neste segmento é afetada. O automóvel é composto de plástico (painéis, algumas peças do motor, banco, porta-malas), ferro (motor, rodas, amortecedores, pontas de eixos etc), vidros (pára brisa, retrovisores, faróis e lanternas), tinta (pintura), borracha (pneus, peças de motor), fios, dispositivos eletrônicos.

 Quando a fábrica manda embora dez funcionários, o efeito é repercutido subindo esse número para 40. A demissão de mil empregados aumentará para 4 mil em todo o setor. Para complicar, neste segmento ninguém ganha salário mínimo. Surge a dificuldade para retornar ao mercado, principalmente nos casos de mão de obra qualificada, como ocorre com ferramenteiros.


 As concessionárias ao vender poucos veículos também passam a enxugar o quadro de trabalhadores. Os carros encalhados encontram poucos corajosos a entrar numa dívida, na pior das hipóteses, de 24 meses. Numa época em que o pescoço de qualquer empregado está a prêmio, é ousadia fazer qualquer tipo de compra financiada. Esse filme os brasileiros já viram no final da década de 1990, na gestão FHC.

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