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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Acidentes de trabalho: a dura realidade brasileira




Brasil aumenta exército de inválidos a cada acidente de trabalho

Luís Alberto Alves

 O Brasil que não aparece na televisão é o do acidente de trabalho. Atinge diretamente o fígado do capitalismo nacionalismo, ávido por lucro a qualquer custo, usando funcionário como bucha de canhão ou bagaço da laranja. Em 2012 o País registrou mais de 705 mil acidentes e doenças profissionais. De cada dez empregados acidentados, homens ou mulheres, oito foram de empresas terceirizadas. A cada mil acidentes, oito pessoas morreram.

  Na avaliação do chefe do Ministério Público do Trabalho, Luiz Carlos Camargo, o Brasil está criando um verdadeiro exército de pessoas que jamais voltarão aos seus postos de trabalho, compostos de mutilados, doentes, viúvos e viúvas, por conta do processo de produção em vigor neste País. “Se não tivermos uma forma efetiva de mudar esse processo, nós teremos um exército de inválidos”, disse.

 Em nível mundial, de acordo com dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), há dois anos mais de 270 milhões de trabalhadores sofreram esse tipo de acidente. Cerca de 2,3 milhões perderam a vida. Aproximadamente 5.500 pessoas morreram por dia, ou seja, a cada 15 segundos 160 empregados acabaram vítimas de desastres e doenças profissionais e uma faleceu.

 Por causa da indústria alimentícia, Santa Catarina ocupa o triste primeiro lugar no ranking nacional de doenças e acidentes de trabalho. Somente em 2012, cerca de 48 mil cidadãos foram vítimas de acidentes e doenças do trabalho. De cada mil habitantes, 7,6 deles terminaram vítimas de acidentes e doenças profissionais.

 Outro dado triste é que na cidade de Chapecó, onde há diversos frigoríficos, pesquisa realizada pelo Ministério Público do Trabalho revelou que os operários em Santa Catarina adoecem 48% a mais que a média nacional. A saúde deles atingida, principalmente nos setores industriais de frigoríficos, têxteis e comércio varejista.


 Infelizmente esse Brasil não merece destaque nos grandes telejornais, principalmente na Rede Globo. Ali, a regra é concentrar fogo no governo federal, isentando os demais chefes de executivo de culpa, como se o restante do Brasil estivesse em clima de lua de mel. Nem a grave crise hídrica merece destaque. Tudo é culpa do céu, que despeja chuva em volume insuficiente. O aumento assustador da violência em São Paulo fica fora do noticiário. Afinal não é bom criticar governo tucano. São santos e desejam o bem para o povo. Claro os que fazem parte da elite financeira....

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