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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Caminhão sem motorista é reflexo do avanço da tecnologia




Caminhão que dispensa o uso de motorista, testado nos Estados Unidos



Luís Alberto Alves

 Vejo com certo espanto a notícia de que em breve teremos caminhões sem motoristas. Para pessoas afastadas do jornalismo automotivo é algo espetacular, fora do comum. Durante certo tempo trabalhei escrevendo matérias sobre veículos. Gostei tanto, e criei um blog (www.yohahautomotors.blogspot.com.br). Ali relato algumas experiências da indústria automobilística. Portanto esse assunto não é novidade para mim.

 O modelo Actros, da Mercedes-Benz, por exemplo, é muito avançado. Participei de test-drive, dirigindo cavalo-mecânico puxando duas carretas, totalizando 42 toneladas de carga. É mais fácil de conduzir do que automóveis populares. Câmbio automático. Oferece a facilidade de seleção de marchas, tanto na subida quanto na descida.
O cavalo mecânico Actros, que puxa uma carreta de 42 toneladas


 Mesmo na Serra do Mar, onde pilotei essa fera, ele desceu parte da rodovia, usando o freio motor, ou seja, não foi preciso pisar nos pedais normais. Ele é dotado de dispositivo responsável por medir a distância do veículo da frente. Evita colisão. Caso o motorista durma, consegue frear automaticamente, além de acender o pisca alerta e acionar as buzinas avisando a anormalidade.

 Se alguma peça quebrar, no painel é acessa uma lâmpada e dependendo da cor, o motorista conhecerá a gravidade do problema. Na oficina, o mecânico pluga o cabo do notebook no painel do caminhão e aparece qual é a peça danificada.
O interior do Actros; em matéria de conforto não deve nada aos carros de passeios


 Numa entrevista coletiva perguntei para os engenheiros quando seria possível lançar veículos de carga sem a presença de motorista. Eles foram rápidos e concisos: “Temos a tecnologia, apenas aguardamos o momento certo. No Brasil poderíamos lançar caminhões mais avançados, mas a conservação das rodovias é péssima, e dificultaria o trânsito desses produtos”.

  Caso fosse possível comprar apenas o cavalo-mecânico (para os leigos é o caminhão sem carroceria, de apenas seis rodas, destacando apenas a cabine) o motorista iria desfrutar de todo conforto oferecido por vários modelos já presentes em nossas rodovias. Ficou para trás a época de precisar de esforço físico para engate de marchas ou ter pernas fortes para usar a embreagem por causa da dureza.


 O conforto e alta tecnologia estão presentes na maioria das boleias. É fácil detectar esse detalhe nos preços desses veículos: existem cavalos-mecânicos cujo valor atinge R$ 600 mil, sem a carroceria, que, dependendo do modelo não sai por menos de R$ 250 mil. São verdadeiras naves espaciais, calculando inclusive o consumo, o esforço feito nas subidas, quantas vezes a marcha foi engatada, registro de pressão nos pneus, aceleração excessiva. Enfim radiografia total de uma viagem na estrada. Em termos de tecnologia, as montadoras de caminhões estão muito avançadas em relação aos automóveis de passeio. 

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